
Cantor. Pesquisador. Jornalista.
Nasceu no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
Neto, por parte de pai, da pianista e cantora Gylce Porto que, com o pseudônimo Rose Lee, integrou o cast da Rádio Nacional entre 1937 e 38. Sua mãe é prima do saxofonista, flautista, compositor e arranjador Carlos Malta e sobrinha do compositor e pianista Sérgio Malta.
Na adolescência, cantou no coral Viva Voz, em 1992.
Formado em Jornalismo e Publicidade pela PUC-Rio, trabalhou no diário esportivo “Lance!” entre os anos de 1997 e 2001, e no “Portal do Esporte” da Globo.com, em 2001. Atuou como colaborador da” Revista Petrobras” e de publicações da Fundação Roberto Marinho.
Iniciou sua carreira como cantor em 1966, participando das rodas de samba do bar Bip Bip, em Copacabana (RJ) e, mais tarde, das rodas realizadas no Bar Semente, na Lapa (RJ), a convite da cantora Teresa Cristina.
Apresentou-se pela primeira vez profissionalmente, ao lado de Teresa Cristina e Cristina Buarque, em um show em homenagem ao compositor Geraldo Pereira, realizado na Sala Funarte Sidney Miller, no Rio de Janeiro, em 2000.
Em 2002 participou do espetáculo “O samba é minha nobreza”, concebido por Hermínio Bello de Carvalho, com direção musical de Paulão Sete Cordas. Em temporada no cinema Odeon BR, no Rio de Janeiro, o espetáculo contou com as participações de Cristina Buarque, Roberto Silva, Nilze Carvalho, Pedro Miranda, Mariana Bernardes, Pedro Aragão e Paulão Sete Cordas. Para o mesmo espetáculo, contribuiu entrevistando personagens da música popular brasileira, ao lado de Pedro Aragão, para os filmes que foram exibidos durante as apresentações. O CD duplo “O samba é minha nobreza”, lançado pela gravadora Biscoito Fino, foi apontado pelo jornal O Globo como um dos dez melhores discos do ano.
Ainda em 2002, participou do espetáculo “Lembranças cariocas”, com Pedro Miranda e Nilze Carvalho, apresentado no Carioca da Gema, no bairro da Lapa (RJ). Com um repertório reunindo sambas lançados em 1952 e composições de sambistas como Moreira da Silva, Carlos Cachaça, Bide e Marçal, o projeto, concebido pelo produtor Lefê Almeida, rendeu um CD lançado pela gravadora Deckdisc, em maio de 2003.
Em 2003 participou do CD-tributo “Um ser de luz – saudação a Clara Nunes” (Deckdisc), gravando o samba “Minha festa”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Nesse mesmo ano, iniciou as gravações do CD “Dois bicudos”, em parceria com Alfredo Del-Penho, com quem dividiu a pesquisa e seleção de repertório que incluiu canções inéditas de Nelson Cavaquinho, Cartola, Geraldo Pereira e Paulo Cesar Pinheiro. Com participações especiais de Cristina Buarque e Zé Cruz, o disco foi lançado em 2004 com dois shows realizados no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro. Dirigido por Mauricio Carrilho, o CD saiu pelo selo Quelé (das gravadoras Acari Records e Biscoito Fino) e foi indicado ao “Prêmio TIM” no ano seguinte, na categoria “Melhor disco de samba”.
Em 2004 apresentou, ao lado de Nilze Carvalho, o espetáculo “Lembranças Cariocas 2” (edição Praça Tiradentes), de Lefê Almeida, com direção musical de Lucas Porto, realizado no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro.
Em 2005 lançou, ao lado de Alfredo Del-Penho e Pedro Miranda, o CD “Lamartiníadas – a música de Lamartine Babo”, baseado no espetáculo homônimo realizado pelo trio dentro da série 2Lamartine em revista”, realizada em 2004 no Teatro 2 do CCBB-Rio. O disco, produzido por Henrique Cazes e lançado pela gravadora Deckdisc, foi indicado ao “Prêmio Rival BR” na categoria “Tributo”. Nesse mesmo ano, participou do espetáculo “Cachaça dá samba”, na Cachaçaria Mangue Seco, na Lapa (RJ), ao lado de Alfredo Del-Penho, Henrique Cazes (diretor musical), Beto Cazes e Luís Filipe de Lima. Com repertório variado dedicado à pinga, o espetáculo resultou no CD homônimo gravado em 2006 pela Deckdisc, e lançado em 2007, com espetáculos realizados no Rio, em Curitiba, Recife, Belo Horizonte e Brasília.
Entre 2003 e 2005, integrou o elenco fixo do Carioca da Gema, apresentando-se às quintas-feiras com a cantora Áurea Martins e o regional É Luxo Só, formado por Paulo Aragão, Pedro Aragão, Márcio Almeida, Kiko Horta, Alisson e Zizinho. O ano de 2003 marcou também o início de seu trabalho como coordenador de música popular do Centro de Música da Funarte, onde permaneceu até 2007, sob a direção de Ana de Hollanda. Nesse período, participou da retomada do Projeto Pixinguinha e de sua realização em 2004, 2005 e 2006.
Em 2006 dividiu com Ana Costa o espetáculo “Samba, o mapa do Rio”, de Lefê Almeida, com direção musical de Lucas Porto, apresentado no bar Mistura Carioca, na Lapa (RJ).
Em 2007 participou do CD “Rancho Flor do Sereno”, interpretando as faixas “São Jorge Guerreiro” (Maurício Carrilho e Paulo César Pinheiro) e “Santo Amaro” (Luiz Claudio Ramos, Franklin da Flauta e Aldir Blanc). O disco, lançado de forma independente com o patrocínio da Petrobras, registrou composições e arranjos dedicados ao grupo Flor do Sereno fundado no bar Bip-Bip em 2000. Também em 2007, teve sua primeira experiência como ator no espetáculo “Sassaricando – e o Rio inventou a marchinha”, ao lado de Eduardo Dussek, Soraya Ravenle, Alfredo Del-Penho, Juliana Diniz e Sabrina Korgut. O musical de Rosa Maria Araujo e Sérgio Cabral, com direção cênica de Claudio Botelho e Charles Moeller, e direção musical de Luís Filipe de Lima, estreou no Teatro Sesc Ginástico, no Rio de Janeiro), com longa trajetória em temporadas sucessivas nos principais teatros do Rio e apresentações em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Conservatória (RJ), Curitiba, Manaus, Niterói (RJ), Porto Alegre, Recife, Salvador, Vitória. Além de duas temporadas em São Paulo. “Sassaricando” foi desdobrado em um CD duplo (2007) e em um DVD (2008), lançados pela gravadora Biscoito Fino.
Em 2008, formou o grupo Samba Bom, com Beto Cazes, Tiago Prata, Luís Filipe de Lima, Fábio Cazes e Alexandre Maionese.
Em 2009 participou do espetáculo “Theatro Musical Brazileiro I (1860-1914)”, de Luiz Antonio Martinez Corrêa e Marshall Netherland, com direção de Fabio Pilar e direção musical de Marcelo Alonso Neves. Encenado no Teatro 1 do CCBB-Rio, o musical também contou no elenco com Helga Nemeczyk, Mona Vilardo, Renata Celidônio, Jorge Luís Cardoso e José Mauro Brant. Nesse mesmo ano, dividiu com Ana Costa um dos espetáculos da série “No tempo do Nice”, encenado no Teatro 3 do CCBB-Rio, e começou a atuar como pesquisador e consultor de música popular brasileira para a montagem do Novo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, com sede na Praia de Copacabana.
Em 2010, participou do espetáculo “É com esse que eu vou – o samba de carnaval na rua e no salão”, segundo musical de Rosa Maria Araujo e Sérgio Cabral, com direção de Cláudio Botelho/Charles Moeller e direção musical de Luís Filipe de Lima. Com estreia no Teatro Oi Casa Grande (RJ), o elenco contou também com Soraya Ravenle, Marcos Sacramento, Alfredo Del-Penho, Beatriz Faria, Lilian Valeska e Makley Matos. O espetáculo foi registrado em CD duplo (2010) e DVD (2011), lançados pela gravadora Biscoito Fino. Paralelamente ao espetáculo, atuou no sítio virtual “Brasil Memória das Arte”, da Funarte, pesquisando e escrevendo sobre a história do “Projeto Pixinguinha”.
A partir de 2006, participou anualmente do Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso, na Lapa (RJ), como integrante do coro da Banda Fundição, comandada pelo saxofonista Marcelo Bernardes. Como solista, interpretou no concurso de 2007 a marcha-rancho “Velho palhaço” (Paulo Gomes) e em 2010 a marchinha “Bom dia” (Renato Torres Lima), campeã daquele ano, com Alfredo Del-Penho.
Em 2011 sua gravação da música “O que será de mim” (Francisco Alves, Ismael Silva e Nilton Bastos), ao lado de Alfredo Del-Penho, entrou para a trilha do CD de sambas da novela “Insensato Coração”, da Rede Globo. Nesse mesmo ano realizou, ao lado de Pedro Amorim, uma temporada de shows na casa Trapiche Gamboa, no Rio de Janeiro. Acompanhados dos músicos, Julião Pinheiro (violão de sete cordas), Magno Júlio (percussão) e Marcus Thadeu (percussão) a dupla apresentou a cada semana um tributo a um sambista consagrado como Zé Keti, o primeiro homenageado.
Em 2013 integrou o elenco do musical “Sassariquinho”, versão infantil do espetáculo “Sassaricando”, de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, com direção de Claudio Botelho.
(c/ Soraya Ravenle, Marcos Sacramento, Alfredo Del-Penho, Beatriz Faria, Lilian Valeska e Makley Matos)
(c/ com Alfredo Del-Penho)
(c/ Eduardo Dussek, Soraya Ravenle, Alfredo Del-Penho, Juliana Diniz e Sabrina Korgut)
(c/ Eduardo Dussek, Soraya Ravenle, Alfredo Del-Penho, Juliana Diniz e Sabrina Korgut)
(c/ Alfredo Del-Penho e Pedro Miranda)
(c/ Alfredo Del-Penho)
(c/ Nilze Carvalho e Pedro Miranda)
(c/ Roberto Silva, Cristina Buarque, Teresa Cristina, entre outros)