2.002
Nome Artístico
Pedro Camargo
Nome verdadeiro
Pedro Geraldo Camargo Rocha
Data de nascimento
8/4/1941
Local de nascimento
São Paulo, SP
Data de morte
24/6/2015
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Letrista. Pianista. Ator. Cineasta.

 

Entre 1949 e 1952, estudou piano com Vera Bertucci, Nise Obino e Lúcia Branco.

 

Em 1960, freqüentou os seminários de dramaturgia do Teatro de Arena. Por essa época, integrou o elenco do Teatro Jovem no Rio de Janeiro.

 

Trabalhou em cinema e televisão.

 

Escreveu e produziu especiais e minisséries para a televisão.

 

Em 1966, passou a integrar o quadro da American Society of Composers and Publishers (Ascap).

 

Como publicitário, integrou os quadros das agências Obra (Organização Brasileira de Rádio), Denison Propaganda e McCann-Erickson Publicidade, trabalhando como redator, diretor de comerciais e compositor de jingles.

 

Dirigiu cinco filmes de longa-metragem, entre eles “Amor e Traição” e alguns curtas-metragens, tendo sido contemplado com prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior.

 

Ministrou cursos de iniciação de cinema e foi o criador da primeira oficina de formação de atores para o cinema no Brasil.

 

Como professor lecionou o curso “Introdução ao Cinema”, no Departamento de Comunicação da PUC-Rio, e “Interpretação para Cinema”, no Curso de Formação de Atores da Faculdade da Cidade.

 

Também atuou como professor de Análise de Filmes e Prática Cinematográfica no Curso de Graduação em Cinema da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

 

Publicou, pela Editora Nova Era/Record, “Iniciação ao tarô”, também traduzido para o espanhol.

 

Trabalhou como Diretor Editorial da versão brasileira da revista Ano Zero.

 

Faleceu, vítima de complicações de uma cirrose hepática contra a qual lutava há anos. Foi cremado no Memorial do Carmo, no RJ.

 

Foi, por 25 anos, professor de cinema na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Dados artísticos

Em 1959, compôs a trilha sonora para a peça “O sol gira em torno da terra”, de Andrej Widrzinski, com direção de Francisco Fernandes, encenada no Teatro do Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.

No ano de 1961, escreveu, dirigiu e compôs as músicas da telepeça “Para viver amanhã”, apresentada no programa “Teledrama Continental”, da TV Continental, canal 9 do Rio de Janeiro. Dois anos depois, compôs o tema musical do programa de televisão “O show é o Rio”, escrito por Oduvaldo Vianna Filho, Dias Gomes, Armando Costa e Antonio Carlos Fontoura, com direção de Flávio Rangel, na TV Excelsior, canal 7 do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 1963, compôs o tema musical do programa infantil “Brincando de show”, na TV Excelsior, canal 7.

 

Em 1964, teve a sua primeira música gravada, “Sozinha de você”, em parceria com Durval Ferreira, interpretada por Tita. Por essa época, compôs com vários parceiros, entre eles, Durval Ferreira, Eumir Deodato, José Ari e Ugo Marota, diversos jingles para a Agência de Publicidade Tempo Produções Artísticas e seus clientes Coca-Cola, Manchete, Fatos & Fotos e Ponto Frio. No ano seguinte, foi lançada a primeira gravação de “Chuva” (c/ Durval Ferreira), no disco “Os gatos”, com arranjos de Eumir Deodato e solo de Maurício Einhorn. Neste mesmo ano, a música foi vertida para o inglês por Ray Gilbert com o nome “The Day It Rained”. Mais tarde, a canção seria regravada por vários artistas, entre eles, Silvinha Telles, Wilson Simonal, Zimbo Trio, Samba Trio, Claudette Soares, Manfredo Fest Trio, Mitchel & Ruff, Dick Farney, Baden Powell, Maurício Einhorn, Maestro Gaya, Milt Jackson, Sarah Vaughn e Emílio Santiago.

 

No ano de 1966, compôs com Durval Ferreira a canção infantil “ABC” para o filme “Adorável Trapalhão”, de J. B Tanko, com Renato Aragão. No ano seguinte, Roberto Carlos interpretou “É tempo de amar” (c/ José Ari) no disco “Ritmo de aventura”. A música ainda ganhou uma versão para o italiano, “Tempo di sapere amore”, incluída no lado “B” do compacto simples do “Festival de San Remo”, vencido por Roberto Carlos com “Canzone per te”.

 

Em 1968, Elizete Cardoso, no LP “Momentos de amor”, interpretou “Chuva”, de sua autoria. No ano seguinte, essa mesma música foi tema do filme “Os Paqueras”, de Reginaldo Farias.

 

Nos anos 70 estreou no cinema, lançando “Estranho triângulo”, com Carlos Mossy, José Wilker e Leila Santos. Depois, vieram “Eu transo, ela transa”, “Os primeiros momentos” e “Amor e traição”. 

No ano de 1979, escreveu, dirigiu e compôs a música para o curta-metragem “Celacanto provoca lerfá-um!”, premiado no “Festival de Brasília” e no “Festival de Penedo”. Neste mesmo ano, compôs o tema musical “Circo”, para seu filme “Amor e traição” (ou A Pele do Bicho).

 

Em 1981, seu longa-metragem “Amor e traição” representou oficialmente o Brasil na “XVII Mostra Internacionale del Nuovo Cinema di Pesaro”, na Itália. Mais tarde, o filme participou de 14 mostras internacionais.

Entre seus vários intérpretes estão Tito Madi e Dóris Monteiro, em “Verdade em paz” (c/ Durval Ferreira); Os Gatos, em “O show é o Rio”, “Novo sol”, “Porque somos iguais” e “Verdade em paz”, todas em parceria com Durval Ferreira; Emílio Santiago, em “Porque somos iguais”; Capitão Asa e Martinha, em “ABC” (c/ Durval Ferreira); Rosana Toledo e Eumir Deodato, em “Encanto triste” (c/ Durval Ferreira); Os Cariocas, em “Razão de voltar” (c/ José Ari) e vários conjuntos da Jovem Guarda, inclusive Lafayette e Seu Conjunto, em “Tempo de amar”, em parceria com José Ari.

Obras
A voz do sambista
ABC (c/ Durval Ferreira)
Bicho-papão (c/ Durval Ferreira)
Brincando de show
Chuva (c/ Durval Ferreira)
Circo
Deixa ficar (c/ José Ari)
Encanto triste (c/ Durval Ferreira)
Flor das incertezas
Há sempre uma esperança (c/ José Ari)
Manhã que nasceu canção (c/ Durval Ferreira)
Novo sol (c/ Durval Ferreira)
O show é o Rio
Porque somos iguais (c/ Durval Ferreira)
Razão de voltar (c/ José Ari)
Ruazinha (c/ José Ari)
Sozinha de você (c/ Durval Ferreira)
Tempo di sapere amore (c/ José Ari)
The Day It Rained (c/ Durval Ferreira e Ray Gilbert)
Verdade em paz (c/ Durval Ferreira)
É tempo de amar (c/ José Ari)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso – Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D.