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Nome Artístico
Paulo Netto de Freitas
Nome verdadeiro
Paulo Netto de Freitas
Data de nascimento
2/7/1901
Local de nascimento
Santos, SP
Data de morte
1/10/1981
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Radialista. Nascido em Santos, SP, mudou-se para o Rio de Janeiro aos cinco anos de idade. Morou no bairro boêmio da Lapa e aprendeu a tocar violão bastante jovem.

Dados artísticos

Começou a carreira artística em rodas boêmias no bairro carioca da Lapa. Participou de serestas e shows ao lado do amigo e companheiro Almirante, e com o famoso Bando dos Tangarás que era formado por: Almirante, Braguinha, Noel Rosa e Alvinho. Por ser muito alto ficou conhecido como “Trepadeira”. Foi um dos pioneiros do rádio no Brasil. Trabalhou nas Rádios Transmissora Brasileira, na qual apresentou o “Programa Grajahú”, Rádio Nacional, com o “Programa Paulo Netto”, Rádio Continental com o “Programa Suburbano”, Rádio Guanabara com o “Programa Melodias Favoritas”, e Rádio Tupi com o “Programa Hora do Mercado Municipal”. Em 1931, estreou em disco pela Parlophon quando gravou juntamente com o Bando de Tangarás as canções “Sinhá Ritinha”, uma música sertaneja de Noel Rosa, e “Diva”, de sua autoria. Em seguida, gravou as canções “Quebranto” e “Pra vancê”, de João de Barro, o Braguinha, e a paródia “Pesado treze”, de Noel Rosa. Ainda em 1931, gravou na Odeon duas paródias de Lamartine Babo para as músicas “Eterna prontidão”, de Antônio Viana, e “Família Urango-Tango”, música de E. Discepolo. Em 1932, gravou o fox-trot “Galgo russo”, de J. Thomaz e Orestes Barbosa, e a valsa “Fim de amor”, de Pedro Cabral e Pascoal Carlos Magno. No ano seguinte, registrou o samba “Vivo triste”, de Alberto Otávio Vasconcelos, e a valsa “Felicidade”, de M. Pereira Franco e Orestes Barbosa. Também em 1933, gravou na Victor a marcha “Mulata fuzileira”, parceria com Hervê Cordovil, e o samba “Como é que pode”, de Hervê Cordovil e João Tolomi. Ainda no mesmo ano, teve a marcha “Coração de picolé”, com Jayme Pitolomi gravado na Victor pela cantora Elisa Coelho. Nos anos seguintes, deu seqüência a seu trabalho no Rádio e em 1939, atuou no filme musical “Banana da terra”, de Wallace Downey, que contou com as participações de Carmem Miranda, Oscarito, Dircinha Batista, Lauro Borges e Castro Barbosa entre outros. No ano seguinte, atuou no filme “Laranja da China” contracenando com Grande Othelo, Francisco Alves, Virginia Lane, Lauro Borges e Castro Barbosa, e Barbosa Júnior. Em 1941, particpou do filme “Foot-ball em família” ao lado de Grande Othelo, Dircinha Batista, Jayme Costa, Renato Murce e outros. Trabalhou durante muitos anos com Paulo Tapajós no departamento Musical da Rádio Nacional. Criou shows em cinemas e teatros com o elenco de artistas e cantores da Rádio Nacional. Teve destacada atuação em campanhas para o concurso “Rainha do Rádio” trabalhando com Ângela Maria, Marlene e Emilinha Borba. Foi também historiador e montou um grande acervo com documentos, recortes e fotos que deixou para o filho. Gravou um total de sete disco pelas gravadoras Parlophon, Odeon e Victor.

Discografias
1933 Victor 78 Mulata fuzileira/Como é que pode
1933 Odeon 78 Vivo triste/Felicidade
1932 Odeon 78 Galgo russo/Fim de amor
1931 Odeon 78 Eterna prontidão/Família Urango-Tango
1931 Parlophon 78 Pesado treze
1931 Parlophon 78 Quebranto/Pra vancê
1931 Parlophon 78 Sinhá Ritinha/Diva
Obras
Coração de picolé (c/ Jayme Pitolomi)
Diva
Mulata Fuzileira (c/ Hervé Cordovil)