Trompetista. Compositor. Regente.
Foi contemporâneo de Albertino Pimentel, Candinho Trombone, Francisco Braga, no Colégio dos Meninos Desvalidos, em cuja banda tocaram juntos. Quando o maestro e compositor Francisco Braga então regente da banda obteve uma bolsa de estudos para se especializar em Paris, Paulino foi indicado para substituí-lo. Em 1896, então com 16 anos de idade, foi candidato a primeiro Mestre da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, sendo derrotado por Anacleto de Medeiros.
Trompetista de boa técnica, seu tango “Pierrô”, é considerado um autêntico carro de fogo para os solistas desse instrumento. Em 1910, atuando como maestro de orquestras de teatro de revista, auxiliou o palhaço de circo e cantor Banjamin de Oliveira na adaptação da opereta “A viúva alegre”, de Franz Lehar, conseguindo, segundo palavras do pesquisador José Ramos Tinhorão, “o prodígio de instrumentalizar todas as músicas da opereta para banda”.
A partir de 1912, dedicou-se ao teatro de revista. Produziu partituras para revistas, operetas e burletas, sendo a primeira delas, “O Rio civiliza-se”. Neste mesmo ano, dirigiu a Orquestra do Teatro Rio Branco, sendo o primeiro maestro a reger o músico Pixinguinha, então com 14 anos de idade. Colaborou com alguns famosos libretistas, como Bastos Tigre (O Maxixe), João Foca, Raul Pederneiras, Catulo da Paixão Cearense (O Marroeiro). Seu tango “Vatapá”, foi regravado,em 1971, na RCA Victor por Radamés Gnattali (piano), Altamiro Carrilho (flauta), Paulo (bombardino), Dino e Meira (violões) e Canhoto (cavaquinho). O disco foi lançado em 1972 pela Editora Abril, no fascículo 48 “Donga e os primitivos”, da série História da Música Popular Brasileira. Em 1983, sua polca de concerto “Sedutora”, foi especialmente gravada para o LP duplo “Bandas de música – De ontem e de hoje”, lançado pela FENAB.