3.001
©
Nome Artístico
Paulinho Tapajós
Nome verdadeiro
Paulo Tapajós Gomes Filho
Data de nascimento
17/8/1945
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
25/10/2013
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Produtor musical. Escritor. Arquiteto. Filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós. Irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.

Durante sua infância, costumava freqüentar o auditório da Rádio Nacional, emissora da qual seu pai era diretor artístico. Cresceu em um ambiente musical, convivendo com artistas como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnatalli, entre outros, que costumavam freqüentar sua casa.

Recebeu as primeiras noções de música através do pai. Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro. Mais tarde, aprofundou sua técnica com Almir Chediak.

Em 1971, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Dados artísticos

Participou do “Música Nossa”, projeto realizado no final da década de 1960 com o objetivo de promover encontros entre compositores e cantores em espetáculos realizados no Teatro Santa Rosa (RJ). O primeiro registro fonográfico de uma composição de sua autoria ocorreu em 1968, no LP “Música Nossa” (Philips), com a gravação de “Madrugada” (c/ Arthur Verocai) pela cantora Magda. Ainda nesse ano, compôs, com Edmundo Souto e Danilo Caymmi, a música “Andança”, que conta com mais de 300 gravações, no Brasil e no exterior.

Destacou-se, como compositor, entre 1968 e 1970, em festivais nacionais e internacionais de música, dentre os quais:

1967 – II Festival Internacional da Canção (FIC): finalista com “Saudade demais” (c/ Arthur Verocai), defendida por O Quarteto.

1968 – Festival Universitário de Música Popular Brasileira de Porto Alegre (RS): 2º lugar com “Canto pra dizer-te adeus” (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), defendida por Iracema Werneck; finalista com as canções “Companheiro” (c/ Beth Campbell Machado), defendida por Iracema Werneck; “Minha chegada” (c/ Arthur Verocai), defendida por Eduardo Conde, “Lá vem ela” (c/ Arthur Verocai), defendida por Beth Carvalho e Eduardo Conde; e “Tá na hora” (c/ Arthur Verocai), defendida por Beth Carvalho.

1968 – III Festival Internacional da Canção (FIC): 3º lugar, na fase nacional, com “Andança” (c/Edmundo Souto e Danilo Caymmi), defendida por Beth Carvalho e o grupo Golden Boys; finalista, na fase nacional, com “Guerra de um poeta” (c/ Beth Carvalho), defendida por Sônia Lemos.

1968 – I Festival Universitário de Música Popular Brasileira da TV Tupi: finalista com “Frevo da saudade” (c/ Fred Falcão), defendida por Claudette Soares.

1968 – II Festival Fluminense da Canção Popular: finalista com as canções “Abre a roda” (c/ Edmundo Souto), defendida por O Grupo; e “Rosa menina” (c/ Arthur Verocai), defendida pelo conjunto 004.

1969 – IV Festival Internacional da Canção (FIC): 1º lugar, na fase nacional, e 1º lugar, na fase internacional, com “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto), defendida por Evinha, classificação que lhe valeu o prêmio Galo de Ouro; 5º lugar, na fase nacional, com “Minha Marisa”(c/ Fred Falcão), defendida pelo grupo Golden Boys; 7º lugar, na fase nacional, com “A velha porta” (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho), defendida por Beth Carvalho e As Gatas, contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete;

1969 – II Olímpiada da Canção de Atenas (Grécia): 6º lugar com “Rumo sul” (c/ Edmundo Souto), defendida por Beth Carvalho.

1969 – II Festival Universitário da Música Brasileira da TV Tupi: finalista com as canções “Em qual estrada” (c/ Fred Falcão), defendida por Maysa; “O cosmonauta que virou luar” (c/ Edmundo Souto), defendida por Golden Boys e o grupo Youngsters; e “A menina e a fonte” (c/ Arthur Verocai e Arnoldo Medeiros), defendida pelo grupo Golden Boys;

1969 – II Festival Universitário de Porto Alegre: finalista com as canções “Chamamento” (c/ Luís Cláudio Ramos) e “Caminhos (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), defendida por Iracema Werneck.

1970 – Festival da Canção de Juiz de Fora (MG): 2º lugar com “Clara” (c/ Arthur Verocai), defendida por Evinha;

1970 – Festival Internacional de Viña del Mar (Chile): 4º lugar com “Avenida Atlântica” (c/ Fred Falcão), defendida pelo grupo Golden Boys;

1970 – V Festival Internacional da Canção (FIC): finalista na fase paulista com “Vivências” (c/ Chico Lessa e Edmundo Souto), defendida pelo conjunto O Terço; finalista na fase nacional com as canções “Minha história” (c/ Ivan Lins e Arthur Verocai), defendida por Fototi, e “Tema do caminhante” (c/ Renato Corrêa), defendida pelo Trio Esperança.

1970 – Festival Internacional da Canção de Caracas: finalista com “A menina e a fonte” (c/ Arthur Verocai e Arnoldo Medeiros), defendida por Eliana Pittman, contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete.

Em 1969 e 1970, exerceu os cargos de diretor artístico e produtor musical do selo Forma (Philips), na gravadora Phonogram (depois PolyGram e hoje Universal Music), que lançou no mercado fonográfico artistas como Ivan Lins, O Terço, Lucinha Lins, Gonzaguinha e Fagner, entre outros.

Na década de 1970, participou das trilhas sonoras das seguintes novelas de televisão:

1970 – “Irmãos Coragem” (Rede Globo): com “Irmãos Coragem” (c/ Nonato Buzar), tema de abertura da novela.

1970 – “A próxima atração” (Rede Globo): com “Tema de Regina” (c/ Edmundo Souto) e “Quem vem de lá” (c/ Arthur Verocai).

1970 – “Assim na terra como no céu” (Rede Globo): com “Assim na terra como no céu” (c/ Nonato Buzar e Roberto Menescal), “Mon ami (Fatos e Fotos)” (c/ José Roberto Bertrami), tema de abertura da novela, “Tema de Suzy” (c/ Roberto Menescal) e “Amiga” (c/ Roberto Menescal).

1970: “Verão vermelho” (Rede Globo): com “Onde você mora” (c/ Edmundo Souto).

De 1970 a 1978, atuou como produtor musical contratado do selo Philips, na gravadora Phonogram (depois PolyGram e hoje Universal Music), tendo sido responsável por discos de vários artistas, como Lucinha Lins, Dorinha Tapajós, César Costa Filho, Gonzaguinha, Carlos da Fé, Fagner (“Manera Fru Fru Manera”), O Terço (“O Terço”), Ivan Lins (“Agora” e “Deixa o trem seguir”), Antonio Adolfo (“Antonio Adolfo”), Trio Mocotó (“Muita zorra”),Toquinho & Vinicius (“Vinicius e Toquinho, Toquinho e Vinicius”), Nara Leão (“Meu primeiro amor”), Carlos Lyra (“Eu e elas”), Jorge Benjor (“Negro é lindo”, “Ben”, “A tábua de esmeraldas”, “10 anos depois” e “Solta o pavão”), Gilberto Gil e Jorge Benjor (“Gil & Jorge”), Altamiro Carrilho (“Antologia do chorinho”), Banda do Canecão, Quinteto Violado (“Antologia do baião”, “Folguedo”), Quarteto em Cy (“Antologia do samba-canção”, volumes 1 e 2, “Quatro sucessos em Cy”), e MPB 4 (“Sucessos”, vol 4, “10 anos depois” e “Palhaços e reis”), entre outros, além de projetos com diversos artistas, como “Som Livre Exportação”, “Máximo de Sucessos vol. 14”, “Cem anos de Carnaval”, “Os maiores sambas-enredo”, “16 sucessos brasileiros” “Encontros”, “Encontros vol. 2” e “Orações profanas”, entre outros.

Em 1972, gravou, com sua irmã Dorinha Tapajós, o compacto duplo “Paulinho e Dorinha”, contendo as canções “É natural” (c/ Antonio Adolfo), “O profeta”, “O triste” (c/ Roberto Menescal) e “Vivências” (c/ Chico Lessa e Edmundo Souto).

Lançou, em 1974, o LP, “Paulinho Tapajós”, contendo suas canções “Clara” e “Seis horas da manhã”, ambas com Arthur Verocai, “Caminho de São Tiago” (c/ Edmundo Souto), “Sob o seu cobertor” e “Se pelo menos você fôsse minha”, ambas com Roberto Menescal, “Retrato do meu velho avô” e “O pijama (Qualquer dia desses)”, ambas com Luiz Cláudio Ramos, “Andança” (com Edmundo Souto e Danilo Caymmi), “Carta a meu pai” (c/ Antonio Adolfo), “Sorvete de melão”, “A velha”, “A planta” e “O apartamento”.

Entre 1977 e 1980, atuou como produtor musical da TV Globo, tendo sido responsável pelo programa “Fantástico” e os especiais “Saudade não tem idade”, “Especial Milton Nascimento”, “Especial Frenéticas” e “Alerta geral”.

Em 1979, lançou o LP “A história se repete”, contendo suas canções “Sapato velho” e “De brincadeira”, ambas com Mú Carvalho e Claudio Nucci, “Quinze anos” e “Costureira”, ambas com Naire, “Lição de botequim” (c/ Carlinhos Vergueiro), “Pera, uva ou maçã” (c/ Arthur Verocai), “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto) e a faixa-título (c/ Sivuca), além de “Um simples cidadão”, “O troco”, “Sonho de rainha” e “Pro nosso neném”, todas sem parceiros.

Em 1979 e 1980, ocupou o cargo de diretor artístico e de produção da gravadora Isaec (RS).

Trabalhou, também, como produtor musical autônomo para as gravadoras BMG/Ariola , Copacabana, Warner, Som Livre, Continental, CID e Universal, tendo sido responsável por discos de Sivuca (“Vou vida afora” e “Cabelo de milho”), Vânia Carvalho (“Vânia”), Aretha (“Aretha”), Os Carioquinhas (“Os Carioquinhas no choro”), Nélson Gonçalves (“Cante comigo”), Alcione (“Tempo de guarnicê”) e Jorge Benjor (“A Banda do Zé Pretinho”), entre outros, e ainda pelos projetos “Tal pai, tal filho”, “Estão voltando as flores”, “Verde que te quero ver” e “Eternos meninos”. Assinou, também, a produção musical do show e disco “Cantares brasileiros 1 – A Modinha”, para a Companhia Internacional de Seguros.

Na década de 1980, prosseguiu participando de trilhas sonoras de novelas de televisão, com as canções “No tempo dos quintais” (c/ Sivuca), para a novela “Água viva” (TV Globo/1980); “Coisas do coração” (c/ Mú Carvalho), para a novela “Os ricos também choram” (SBT/1982); e “Minha pequena princesa” (c/ Mú Carvalho), para a novela “O direito de amar” (TV Globo/1987).

Ainda nos anos 1980, participou dos seguintes festivais de música:

1981: Festival Internacional da Canção Turística dos Países do Mediterrâneo e da América Latina de Estoril (Portugal): com “Rancho do dia a dia” (c/ Reinaldo Arias);

1985: Festival de Carnaval da TV Manchete: com “Rancho do eternamente” (c/ Edmundo Souto), defendida por Chico Puppo e Fabíola; e “Coração moleque” (c/ Sivuca), defendida por Clarisse Grova.

Lançou, em 1981, o LP “Amigos e parceiros”, registrando suas canções “Seja o que Deus quiser” (c/ Ivan Lins), “Fábula” (c/ Toquinho), “Afina o meu violão” (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho), “No tempo dos quintais” (c/ Sivuca), “As portas do meu sorriso” (c/ Fagner), “Nos cabarés” (c/ Carlinhos Vergueiro), “Cantor de boite” (c/ Arthur Verocai), “Amiga” (c/ Roberto Menescal), “Mínimas” (c/ Maurício Tapajós e Luiz Fernando Veríssimo), “Abel e Caim” (c/ Maurício Tapajós), “O choro do Bruno” (c/ Abel Ferreira) e “Coisas de mãe”.

Em 1983, gravou o LP “Coisas do coração”, contendo suas composições “Depois do bloco”, “Cabelo de milho”, “Filha da noite” e “Bêbados e boêmios”, todas com Sivuca, “Aguapé” e “Soja com cachaça”, ambas com Edmundo Souto, “Canção de esperar neném” (c/ Beth Carvalho), “Riacho de pranto” (c/ Reinaldo Arias), “Repente” (c/ Arthur Verocai) e a faixa-título (c/ Mú Carvalho).

No ano seguinte, a Escola de Samba Unidos do Cabuçu venceu o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, com “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, samba-enredo de sua autoria, em parceria com Edmundo Souto, Iba Nunes e Luís Carlos da Vila.

Ainda na década de 1980, compôs, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil “Astrofolias”, de Ana Luíza Job, e participou da trilha sonora da peça “Sapatinho de cristal”, encenada por Lucinha Lins, com a música “Juntando trapinhos” (c/ Ary Sperling e Paulinho Mendonça).

Em 1986, publicou uma parte de sua obra, como compositor e letrista, no livro “De versos”, que recebeu ilustrações de Ziraldo. Ainda nesse ano, assinou, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil “Passa, passa, passará”, de Ana Luíza Job.

Atuou também na área publicitária, tendo realizado trabalhos de criação e produção de jingles para campanhas da Mesbla, Caderneta de Poupança Delfin, Du Loren, Classificados do Globo, Mister Pizza, Morumbi Shopping e Vila Borghese, entre outros.

Participou de trilhas sonoras para o teatro, tendo assinado as versões para o espetáculo “Promisses, promisses”.

No cinema, teve músicas de sua autoria incluídas nas trilhas sonoras dos filmes: “André, a cara e a coragem”, “Se segura, malandro”, “Os vagabundos trapalhões”, “As moças daquela hora”, “Os trapalhões na Serra Pelada”, “João e Maria”, “Os Trapalhões na Arca de Noé”, “O donzelo”, “A revolta dos anjos”, “Galinho de briga” e “The last fight”.

Publicou os seguintes livros infantis: “Verde que te quero ver” e o didático “Aprenda com a turma do verde”, ambos em parceria com Edmundo Souto, tematizando a questão ecológica, “Eternos meninos”, “Janjão, o anjo doidão”, “Pé de sonhos”, “Amor de índio”, “Cometa coração”, “Victor James”, “Boi da cara pintada”, cujo texto remete ao movimento dos “caras- pintadas” no contexto do impeachment de Fernando Collor, e “Betinho, corpo magrinho, coração grandão”, uma homenagem ao sociólogo Betinho e sua campanha pela cidadania. Adaptou para o teatro, em forma de musical, os livros “Verde que te quero ver” (c/ Edmundo Souto), “Eternos meninos” e “Janjão, o anjo doidão”. As trilhas sonoras de “Verde que te quero ver” (c/ Edmundo Souto) e “Eternos meninos” foram lançadas em LP. Adaptou “Verde que te quero ver” para televisão, assinando também a produção musical do especial, exibido em 1984, pela Rede Globo, com a participação de Beth Carvalho, A Cor do Som, Lucinha Lins e Viva Voz, entre outros. Ainda na área infantil, foi responsável pela produção de “Brinque-book: canta e dança II” (livro e fita cassete), que registrou uma leitura contemporânea de cantigas de roda, com destaque para “O cravo brigou com a rosa”, “Na mão direita tem uma roseira”, “Meu limão, meu limoeiro”, “Trem de ferro” e “Marcha soldado”, entre outras.

No início da década de 1990, compôs a trilha sonora da peça infantil “Floresta tenebrosa”.

Em 1991, participou do projeto “Poeta mostra a tua cara”, criado e dirigido por Solange Kafuri.

Lançou, em 1996, o CD “Coração poeta”, contendo suas canções “Cabelo de milho”, “No tempo dos quintais”, “Tô com o diabo no corpo” e “Filha da noite”, todas com Sivuca, “Assim na terra como no céu” (c/ Nonato Buzar e Roberto Menescal), “Amiga” (c/ Roberto Menescal), “Irmãos coragem” (c/ Nonato Buzar), “Sapato velho” (c/ Mú Carvalho e Claudio Nucci), “Coisas do coração” (c/ Mú Carvalho), “Afina meu violão” (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho), “Andança” (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto), “Minha Marisa” (c/ Fred Falcão), “Uma velha canção” (c/ Mauricio Tapajós) e a faixa-título (c/ Nelson Cavaquinho). O disco contou com a participação especial de Ivan Lins, Danilo Caymmi, Fagner, Beth Carvalho, MPB 4, Sivuca, João Nogueira e Chico Buarque, entre outros.

Em 1998, gravou o CD “Reencontro”, registrando suas composições “Romântico demais” e “O show não tem final”, ambas com Mú Carvalho, “Do fundo do armário” (c/ Nelson Cavaquinho), “Desencontros marcados” (c/ Maurício Tapajós), “Meu braço de violão” (c/ Raul Ellwanger), “Joatinga” (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho), “Donos do Brasil” (c/ Fagner e Nonato Luiz), “Na magia dessas canções” (c/ Reinaldo Arias), “Duas vidas” (c/ Paulinho Soares), “O Campo do Chico (O baba do Chico)” (c/ Jerônimo Jardim), “Patins” (c/ Claudio Nucci), “Colecionador de amigos” (c/ Jorge Benjor) e “Nas quebradas da vida” (c/ Antônio Adolfo), além da faixa-título (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), que remete aos 30 anos de “Andança”, canção emblemática na carreira dos três compositores, e “Ao Chico com carinho” (c/ Edmundo Souto e Moacyr Luz), finalista na escolha do samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira para o tema “Chico Buarque da Mangueira”, do Carnaval desse ano, que nesta gravação contou com a participação da Velha Guarda da Mangueira. O disco contou, ainda, com a participação de Claudio Nucci, Danilo Caymmi, Fagner, Ivan Lins, Beth Carvalho e Golden Boys.

Ainda na década de 1990, apresentou-se em diversos espaços culturais, como Bar Vinicius, Hipódromo Up, Far Up, Casa de Cultura Laura Alvim, Sala Funarte Sidney Miller, Espaço Cultural Correia Lima, no Rio de Janeiro, Espaço Cultural Mário de Andrade, Vou Vivendo, Villaggio Café e Parque da Aclimação, em São Paulo, entre outros.

Em 1999, participou do Festival de Inverno de Conservatória (RJ). Nesse mesmo ano, apresentou-se, com Guilherme de Brito, no Bar Vinicius (RJ).

Fez parte da diretoria da União Brasileira de Compositores (UBC), nas décadas de 1980 e 1990.

Em 2000, apresentou-se no Merci Piano Bar (RJ). Também nesse ano, dividiu o palco do Bar Vinicius (RJ) com Marcello Lessa. Os dois compositores apresentaram nesse show, além de músicas próprias, algumas canções de Maurício Tapajós e Paulo Emílio. Ainda em 2000, realizou shows no Parque da Aclimação, em São Paulo, e participou do projeto “Sextas Acústicas”, em São Bernardo do Campo, e “Viva Melhor, Viva Música”, em Campos. Também nesse ano, participou do “Encontro Galego no Mundo – Latim em Pó”, realizado em Santiago de Compostela.

Em 2001, apresentou-se no Shopping America Off Price, no Bar Vinicius, no Espaço Cultural Cremerj (Projeto “Terças Musicais”), no Shopping Downtown, no Rio de Janeiro, no Teatro Sesc, em Campos, e no Feitiço Mineiro (Projeto “Bossa Nova no Feitiço Mineiro”).

Em 2002, fez show no Bar do Tom (RJ). Nesse mesmo , participou da trilha sonora do filme “Xuxa e os Duendes 2”, com as músicas “Acalanto de Aninha” e “Quando a gente ama pra valer”, ambas em parceria com Mú Carvalho. Também em 2002, assinou a produção musical do Acústico de Jorge Benjor (CD, DVD e musical de televisão), indicado para o Prêmio Multishow, no ano seguinte.

Em 2003, foi lançado o CD “O lirismo de Paulinho Tapajós”, contendo canções de sua autoria interpretadas por Gerli e Haroldo Goldfarb. Também nesse ano, fez temporada de shows no Vinicius Piano Bar (RJ), durante o mês de novembro, ao lado da cantora Claudia Telles e dos músicos Marcello Lessa (violão) e Don Chacal (percussão). O mesmo show foi apresentado no Bar do Tom (RJ).

Em 2004, o disco “O lirismo de Paulinho Tapajós” foi contemplado com o prêmio Melhor CD Tributo pelo “Jornal das Gravadoras”.

Lançou, em 2005, em parceria com Marcello Lessa, o CD autoral “Viola violão” (Dabliú Discos), contendo no repertório as canções inéditas “Mangueira é música”, “Vou vivendo de folia”, “Chorinho pro meu violão”, “Tem coco no guerenguê”, “Bonequinha sapeca” e “Rádio Nacional”, todas com Marcello Lessa, “Troca de mal” (c/ /Paulo Emílio e Marcello Lessa), “A vaca foi pro brejo” c/ (Marcello Lessa e Queca Vieira), “Viola violão” e “Chuvarada”, ambas com Claudio Nucci, além de regravações de “Menininha do portão” (c/ Nonato Buzar), “Andança” c/ (Edmundo Souto e Danilo Caymmi), “Aguapé” (c/ Edmundo Souto) e “Cabelo de milho” (c/ Sivuca). O disco contou com a participação de Claudio Nucci (nas faixas “Viola violão”, “Vou vivendo de folia” e “Chuvarada”) e Simone Guimarães (nas faixas “Vou vivendo de folia” e “Aguapé”), além de Lucinha Lins, que interpretou, acompanhada pelo pianista Haroldo Goldfarb, a canção “Rádio Nacional”. Nesse mesmo ano, publicou, pela editora Nova Fronteira, os livros “A lenda da vitória-régia” e “A lenda do uirapuru”, abrindo a série “Lendas brasileiras”.

Novamente ao lado de Marcello Lessa, lançou, em 2006, o CD “Par ou ímpar”, contendo as seguintes parcerias de ambos: “Pagode caipira” e “O camponês”, ambas com a participação de Eudes Fraga, “Baixo Leblon” (com a participação de Wanda Sá), “Veludo azul” (com a participação de Luís Melodia), “Brasileiro”, “Só xote”, “Reisado”, “Buena Vista” e a faixa título. Também no repertório, regravações de sucessos de sua lavra com outros parceiros: “Coisas do coração” (c/ Mú Carvalho), registrando solos de Lozinha, Gerli e Aline Anandi, “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto), esta com atuação solo de Claudia Telles, “Irmãos coragem” (c/ Nonato Buzar), “No tempo dos quintais” (c/ Sivuca), “Sapato Velho” (c/ Mú Carvalho e Claudio Nucci) e “Coração poeta” (c/ Nelson Cavaquinho). Participaram também do disco os músicos Joelson Lima (baixo e cavaquinho), César Machado (bateria), Josimar Monteiro (violão 7 cordas), Kiko Lazzarotto (cavaquinho), Marcelo Tapajós (craviola e violão de aço), Haroldo Goldfarb (teclados), Chico (acordeom), Dodô Moraes (teclados e acordeom), Zé Carlos Bigorna (sax tenor e flauta), Santiago (surdo, pandeiro, tamborim e chocalho), Machadinho ((pandeiro, surdo, tamborim, repique, block e triangulo), João Bani (bongô, clave, chocalho, queixada, caxixi e block), Juran Ribeiro (guiro, clave, conga e cow-bell) e Mário Gesteira (alfaia), além do próprio compositor (voz e violão de nylon) e seu parceiro Marcello Lessa (voz, violão de nylon, violão de aço e craviola). Nos vocais, Aline Anandi, Gerli, Lozinha e Thaís Motta, Claudia Telles e Clarisse Grova.

No dia 29 de agosto de 2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série “Sarau da Pedra”, projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio da gravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra proferida pela escritora Stella Caymmi, além de um show da cantora Claudia Telles e do violonista e cantor Marcello Lessa, acompanhados do percussionista Cássio Acioli, com músicas de autoria do compositor homenageado.

Lançou, em 2008, o CD autoral “Preparando a canção”, contendo “Estrela da manhã”, “Forró pra namorar”, “Coração vadio” e “Minha Guanabara”, todas de sua parceria com Claudio Nucci, “Quiabo com jiló apimentado” e “Bom dia”, ambas de sua parceria com Marcello Lessa, “A companheira” (c/ Guilherme de Brito), “Graveto de fogueira” (c/ Renato Corrêa), “Que futebol que nada” (c/ Marcos Lima e Marcio Proença), “Descanso” (c/ Tavito), “A caravela” (c/ Danilo Caymmi), “Beijos” (c/ Cartola) e “Pêra, uva ou maçã” (c/ Arthur Verocai), além de “A velha” e a canção-título, ambas de sua exclusiva autoria. Fez show de lançamento do disco na Modern Sound (RJ), tendo a seu lado Marcello Lessa (violão), Joelson Lima (baixo), César Machado (bateria), Maurício Gouvêa e Marcelo Tapajós.

Em 2009, Alberto Rosenblit registrou no CD “De bem com a vida” as canções “Dia a dia”, “Pixinguinha morreu de rir” e “Beco das Garrafas”, todas parcerias de ambos.

Em 2010, apresentou-se no Bar do Tom (RJ), dividindo o palco com Claudinha Telles e Tavynho Bonfá, com o show “Sucesso Sempre”, do qual participaram também os músicos Marcello Lessa (violão), Marcelo Tapajós (violão de aço), Paulo Fernando Marcondes Ferraz (percussão) e Laudir de Oliveira (percussão).

Discografias
2008 CID CD Preparando a canção
2008 CID CD Preparando a canção (Paulinho Tapajós)
2006 Kuarup Music CD Par ou ímpar

(Paulinho Tapajós e Marcello Lessa)

2006 Kuarup CD Par ou ímpar (Paulinho Tapajós e Marcello Lessa)
2005 Dabliú Discos CD Viola Violão

(Paulinho Tapajós e Marcello Lessa)

2005 Dabliú Discos CD Viola Violão (Paulinho Tapajós e Marcello Lessa)
2003 Dabliú Discos CD O lirismo de Paulinho Tapajós (Gerli e Haroldo Goldfarb)

Tributo

2003 Dabliú Discos CD O lirismo de Paulinho Tapajós (Gerli e Haroldo Goldfarb) - tributo
1998 CID CD Reencontro
1998 CID CD Reencontro (Paulinho Tapajós)
1996 CID CD Coração poeta
1996 CID CD Coração poeta (Paulinho Tapajós)
1986 Selo Artezanal LP Passa, passa, passará - Musical infantil de Antonio Adolfo, Xico Chaves e Paulinho Tapajós

(Vários artistas)

1986 Artezanal LP Passa, passa, passará - Musical infantil de Antonio Adolfo, Xico Chaves e Paulinho Tapajós (Vários artistas) - autoral
1985 Artes e Artimanhas LP Eternos meninos - História infantil musical de Paulinho Tapajós

(Vários artistas)

1985 Artes e Artimanhas LP Eternos meninos - História infantil musical de Paulinho Tapajós (Vários artistas) - autoral
1984 Selo Artezanal LP Astrofolias - Musical infantil de Antonio Adolfo, Xico Chaves e Paulinho Tapajós

(Vários artistas)

1984 Artezanal LP Astrofolias - Musical infantil de Antonio Adolfo, Xico Chaves e Paulinho Tapajós (Vários artistas) - autoral
1984 WEA LP Verde que te quero ver (A lenda de Luana) - Um musical infantil de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto

(Vários artistas)

1984 WEA LP Verde que te quero ver (A lenda de Luana) - Um musical infantil de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto (Vários artistas) - autoral
1983 Gravadora Copacabana LP Coisas do coração
1983 Copacabana LP Coisas do coração (Paulinho Tapajós)
1981 Selo Crazy/Copacabana LP Amigos e parceiros
1981 Crazy/Copacabana LP Amigos e parceiros (Paulinho Tapajós)
1979 Selo Isaec LP A história se repete
1979 Isaec LP A história se repete (Paulinho Tapajós)
1974 RGE/Fermata/Som Livre LP Paulinho Tapajós
1974 RGE/Fermata LP Paulinho Tapajós (Paulinho Tapajós)
1972 PolyGram (Forma) Compacto Duplo Paulinho e Dorinha

(Paulinho Tapajós e Dorinha Tapajós)

1972 PolyGram (Forma) Compacto Duplo Paulinho e Dorinha (Paulinho Tapajós e Dorinha Tapajós)
Obras
A arvore (c/ Claudio Nucci)
A caravela (c/ Danilo Caymmi)
A companheira (c/ Guilherme de Brito)
A donzela (c/ Naire)
A estrela e a platéia (c/ Antonio Adolfo)
A história se repete (c/ Sivuca)
A menina e a fonte (c/ Arthur Verocai e Arnoldo Medeiros)
A planta
A vaca foi pro brejo (c/ Marcello Lessa e Queca Vieira)
A velha
A velha casa (c/ Roberto Menescal)
A velha porta (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho)
A vida é um grande poema (c/ Mú Carvalho)
Abel e Caim (c/ Maurício Tapajós)
Abelhinha (c/ Antonio Adolfo)
Acalanto de Aninha (c/ Mú Carvalho)
Acalanto de Luana (c/ Beth Carvalho)
Adereço de mão (c/ Ronaldo Nascimento)
Afina o meu violão (c/ Edmundo Souto e Beth Carvalho)
Aguapé (c/ Edmundo Souto)
Amiga (c/ Roberto Menescal)
Andança (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi)
Anúncio (c/ Arthur Verocai)
Ao Chico com carinho (c/ Edmundo Souto e Moacyr Luz)
Aonde você mora (c/ Edmundo Souto)
Aos povos da floresta (c/ Mú Carvalho)
Arapuá fazendo mel (c/ Sivuca)
As portas do meu sorriso (c/ Fagner)
Assim como eu (c/ Cleberson e Paulo César Santos)
Assim na terra como no céu (c/ Roberto Menescal e Nonato Buzar)
Até voltar (c/ Fred Falcão)
Ave Maria (c/ Roberto Menescal)
Avenida Atlântica (c/ Fred Falcão)
Baby blue (c/ Ivan Lins e Octávio Burnier)
Bailado (c/ Sivuca)
Baixo Leblon (c/ Marcello Lessa)
Beco das garrafas c/ Alberto Rosenblit
Beijos (c/ Cartola)
Bendito fruto (c/ Glorinha Gadelha)
Bendito seja (c/ Naire)
Beth (c/ Arthur Verocai)
Beth Carvalho, a enamorada do samba (c/ Edmundo Souto, Luís Carlos da Vila e Iba Nunes)
Bis (c/ Arthur Verocai)
Blues da raposa (c/ Antonio Adolfo)
Bom Pará (c/ Sebastião Tapajós)
Bom dia (c/ Marcello Lessa)
Bonequinha sapeca (c/ Marcello Lessa)
Brasileiro (c/ Marcello Lessa)
Buena Vista (c/ Marcello Lessa)
Bêbados e boêmios (c/ Sivuca)
Cabelo de milho (c/ Sivuca)
Calendário da Mara (c/ Mú Carvalho)
Caminhos (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi)
Cantiga por Luciana (c/ Edmundo Souto)
Canto pra dizer-te adeus (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi)
Cantor de boate (c/ Arthur Verocai)
Canção de esperar neném (c/ Beth Carvalho)
Canção de fadas (c/ Mú Carvalho)
Canção do arco-íris (c/ Edmundo Souto e João Pacífico)
Canção do despertar (c/ Edmundo Souto)
Canção que se imaginara (c/ Sivuca)
Canções (c/ Antonio Adolfo)
Capim do vale (c/ Sivuca)
Carta a meu pai (c/ Antonio Adolfo)
Catavento (c/ Arthur Verocai)
Cavaleiro alado (c/ Renato Aragão)
Chega de demanda (c/ Cartola)
Chorinho pro meu violão (c/ Marcello Lessa)
Choro livre (c/ Sivuca)
Chove (versão de Non domandarti -- Pino Donagio e Vito Palavitini)
Chuvarada (c/ Claudio Nucci)
Cidade (c/ Eustáquio Sena)
Ciúme de rapaz (versão de "Jelous guy", de John Lennon)
Clara (c/ Arthur Verocai)
Coelhinho saci (c/ Ary Dias Sperling)
Coisa mais doida (c/ Renato Aragão)
Coisas de mãe
Coisas do coração (c/ Mú Carvalho)
Conquista do cacique (c/ Edmundo Souto)
Conto de fadas (c/ Sivuca)
Convocação dos super-heróis (c/ Mú Carvalho)
Coragem pra se separar (c/ Oberdan)
Coração menino (c/ Renato Aragão e Glorinha Gadelha)
Coração poeta (c/ Nélson Cavaquinho)
Coração vadio (c/ Claudio Nucci)
Dança dos brinquedos (c/ Edmundo Souto)
De brincadeira (c/ Claudio Nucci)
De pés no chão (c/ Edmundo Souto)
Dedicado a ela (c/ Arthur Verocai)
Demorô (c/ Cláudio Cartier)
Depois do bloco (c/ Sivuca)
Desafogo (c/ Antônio Adolfo)
Descanso (c/ Tavito)
Desencontros marcados (c/ Maurício Tapajós)
Dia a dia c/ Alberto Rosenblit
Dia do juízo (c/ Carlos Lyra e Kate Lyra)
Do fundo do armário (c/ Nélson Cavaquinho)
Doce doce (c/ Aécio Flávio)
Donos do Brasil (c/ Nonato Luís e Raimundo Fagner)
Dorinha (c/ Fred Falcão)
Duas irmãs (c/ Naire)
Duas vidas (c/ Paulinho Soares)
Dá licença (c/ Nonato Buzar)
Elementar, meu caro Watson (c/ Nonato Buzar)
Escrava (c/ Edmundo Souto e Bororó Felipe)
Estorinha (c/ Nonato Buzar)
Estrela da manhã (c/ Claudio Nucci)
Eternos meninos (c/ Mú Carvalho)
Eu quero é bem mais (c/ Mú Carvalho)
Fatos e fotos (c/ José Roberto Bertrami)
Febre de amor (c/ Vicenzo Tempra)
Feito você (versão de Quien como tú -- Ana Gabriel)
Feliz feliz (c/ Naire)
Filha da noite (c/ Sivuca)
Filhos (c/ Arthur Verocai)
Flor de alecrim (c/ Mú Carvalho)
Fora do ar (c/ Pisca)
Forró da bicharada (c/ Sivuca)
Forró pra namorar (c/ Claudio Nucci)
Frevo da saudade (c/ Fred Falcão)
Fábula (c/ Toquinho)
Galinho de briga (c/ Raimundo Fagner)
Guerra de um poeta (c/ Beth Carvalho)
I get baby (c/ Arthur Verocai)
Irmãos Coragem (c/ Nonato Buzar)
Joatinga (c/ Beth Carvalho e Edmundo Souto)
João Batista (c/ Edmundo Souto)
Juntando trapinhos (c/ Ari Sperling e Paulinho Mendonça)
Lendas (c/ Egberto Gismonti)
Lição de botequim (c/ Carlinhos Vergueiro)
Macho e fêmea (c/ Sivuca)
Madrugada (c/ Arthur Verocai)
Mangueira é música (c/ Marcello Lessa)
Maria Aninha (c/ Fred Falcão)
Meia-noite (c/ Danilo Caymmi e Beth Campell)
Menininha do portão (c/ Nonato Buzar)
Menino perdido (c/ Antonio Adolfo)
Meu braço de violão (c/ Raul Ellwanger)
Minha Guanabara (c/ Claudio Nucci)
Minha Marisa (c/ Fred Falcão)
Minha chegada (c/ Arthur Verocai)
Minha história (c/ Arthur Verocai e Ivan Lins)
Minha pequena princesa (c/ Mú Carvalho)
Morena (c/ Yutaka)
Mínimas (c/ Maurício Tapajós e Luís Fernando Veríssimo)
Na magia dessas canções (c/ Reinaldo Arias)
Nas quebradas da vida (c/ Antonio Adolfo)
No tempo dos quintais (c/ Sivuca)
Nos cabarés (c/ Carlinhos Vergueiro)
Nossa rua (c/ Alberto Arantes)
Nova manhã (c/ Arthur Verocai)
Não tem perdão (c/ Nonato Buzar)
O apartamento
O boto desbotado (c/ Edmundo Souto e Mú Carvalho)
O caminho de São Tiago (c/ Edmundo Souto)
O campo do Chico (c/ Jerônimo Jardim)
O camponês (c/ Marcello Lessa)
O choro do Bruno (c/ Abel Ferreira)
O colecionador de amigos (c/ Jorge Benjor)
O cometa (c/ Antonio Adolfo)
O corso (c/ Alberto Arantes)
O dia em que el rey voltou à terra de Santa Cruz (c/ Sivuca)
O espantalho (c/ Claudio Nucci)
O menestrel das cabras (c/ Naire)
O palhaço real (c/ Edmundo Souto)
O pijama (c/ Luís Cláudio Ramos)
O profeta
O que será que aconteceu? (c/ Vicenzo Tempra)
O retrato do meu velho avô (c/ Luís Cláudio Ramos)
O show não tem final (c/ Mú Carvalho)
O triste (c/ Roberto Menescal)
O troco
Olhar bandido (c/ Cláudio Cartier)
Olho-d'água (c/ Nonato Buzar)
Olhos de Lígia (c/ Arthur Verocai)
Pagar pra ver (c/ Edmundo Souto e Fernando de Lima)
Pagode caipira (c/ Marcello Lessa)
Par ou ímpar (c/ Marcello Lessa)
Paraíso (c/ Vicenzo Tempra)
Paraíso perdido (c/ Ary Dias Sperling)
Passa passa passará (c/ Antonio Adolfo e Xico Chaves)
Patins (c/ Claudio Nucci)
Paz de Penedo (c/ Naire)
País das maravilhas (c/ Antonio Adolfo)
Pelo amor de Deus (c/ Nonato Buzar)
Penar (c/ Antonio Adolfo)
Pequena princesa (c/ Mú Carvalho)
Pixinguinha morreu de rir c/ Alberto Rosenblit
Plantando sonhos (c/ Antonio Adolfo)
Preparando a canção
Pro nosso neném
Pro que der e vier (c/ Sivuca)
Promessas (versão de Promisses -- Peter Ross, Danny White e Basia Trzetrezelewska)
Pêra, uva ou maçã (c/ Arthur Verocai)
Quando a gente ama pra valer (c/ Mú Carvalho)
Quando eu ficar grandão (c/ Ary Dias Sperling)
Que flor é você? (c/ Mú Carvalho)
Que futebol que nada (c/ Marcos Lima e Marcio Proença)
Quem vem de lá? (c/ Arthur Verocai)
Quiabo com jiló apimentado Marcello Lessa)
Quinze anos (c/ Naire)
Raio de luar (c/ Edmundo Souto)
Reencontro (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi)
Regina (c/ Edmundo Souto)
Reisado (c/ Marcello Lessa)
Repente (c/ Arthur Verocai)
Riacho de pranto (c/ Reinaldo Arias)
Roda de palmas (c/ Nonato Buzar e Armando Pittigliani)
Romântico demais (c/ Mú Carvalho)
Rosa faceira (c/ Fred Falcão)
Roseana (c/ Nonato Buzar)
Rumo sul (c/ Edmundo Souto)
Rádio Nacional (c/ Marcello Lessa)
Samba-enredo exaltação à mulher (c/ Edmundo Souto)
Sapato velho (c/ Mú Carvalho e Claudio Nucci)
Saudade demais (c/ Arthur Verocai)
Saudade, solidão (c/ Mú Carvalho e Luís Caldas)
Se eu morresse (c/ Roberto Menescal)
Se pelo menos você fosse minha (c/ Roberto Menescal)
Seis horas da manhã (c/ Arhtur Verocai)
Seja o que Deus quiser (c/ Ivan Lins)
Sem pudor (c/ Mú Carvalho)
Sinhazinha (c/ Nonato Buzar)
Sob o seu cobertor (c/ Roberto Menescal)
Soja com cachaça (c/ Edmundo Souto)
Sol e chuva (c/ Cartola)
Sonho de neve (c/ Sivuca)
Sonho de rainha
Sorvete de melão
Só quero ver (c/ Edmundo Souto)
Só xote (c/ Marcello Lessa)
Tem coco no guerenguê (c/ Marcello Lessa)
Tem que se amar de novo (c/ Reinaldo Arias)
Tema de Suzy (c/ Roberto Menescal)
Tema do caminhante (c/ Renato Corrêa)
Tia Miquita (c/ Arthur Verocai)
Trilhas (c/ Roberto Menescal)
Troca de mal (c/ Marcello Lessa e Paulo Emílio)
Três Maria (c/ Antonio Adolfo)
Tupã Tupi (c/ Arthur Verocai)
Tá na hora (c/ Arthur Verocai)
Tô com o diabo no corpo (c/ Sivuca)
Um dia azul de abril (c/ Naire)
Um dia no circo (c/ Roberto Menescal)
Um simples cidadão
Uma velha canção (c/ Maurício Tapajós)
Valsa antiga (c/ Roberto Menescal)
Veludo azul (c/ Marcello Lessa)
Ventania (c/ Fabíola)
Verde que te quero ver (c/ Edmundo Souto)
Verso e cantoria (c/ Edmundo Souto e Bororó Felipe)
Vida vitória (c/ Mú Carvalho)
Vinho guardado (c/ Danilo Caymmi)
Viola violão (c/ Claudio Nucci)
Violão meu rei (c/ Fred Falcão)
Viva a música (c/ Antonio Adolfo)
Vivências (c/ Edmundo Souto e Chico Lessa)
Você tem que sambar (c/ Antonio Adolfo)
Vou vivendo de folia (c/ Marcello Lessa)
Xote da diretora (c/ Mú Carvalho)
Xote dos pássaros (c/ Edmundo Souto)
À beira do cais (c/ Arthur Verocai e Ivan Lins)
É natural (c/ Antonio Adolfo)
Shows
2010 Sucesso Sempre. Paulinho Tapajós, Claudinha Telles e Tavynho Bonfá - Bar do Tom, Rio de Janeiro.
1990 O som do meio-dia. Série Grandes compositores. Com Paulo Tapajós. Teatro João Theotônio do Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro.
Projeto Poeta mostra a tua cara. Jazzmania, Rio de Janeiro.
Billy Blanco e Paulinho Tapajós. Vou Vivendo, São Paulo. Hipódromo Up, Rio de Janeiro.
Festival de Inverno. Conservatória, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós e Claudia Telles. Bar do Tom, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós e Claudia Telles. Vinicius Piano Bar, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós e Guilherme de Brito. Vinicius Piano Bar, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós e Marcello Lessa. Bar Vinicius, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Bar do Tom, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Com Aline Anandi e Mú Carvalho. Bar Vinicius, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Espaço Cultural Correia Lima, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Far Up, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Little Club, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Merci Piano Bar, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Parque da Aclimação, São Paulo.
Paulinho Tapajós. Projeto "Bossa Nova no Feitiço Mineiro". Brasília.
Paulinho Tapajós. Projeto "Sextas Acústicas", São Bernardo do Campo.
Paulinho Tapajós. Projeto "Terças Musicais". Espaço Cultural Cremerj, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Projeto "Viva Melhor, Viva Música", Jardim São Benedito, Campos.
Paulinho Tapajós. Projeto Cantarena (Umes), São Paulo.
Paulinho Tapajós. Sala Funarte, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Shopping America Off Price, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Shopping Downtown, Rio de Janeiro.
Paulinho Tapajós. Teatro Sesc, Campos.
Paulinho Tapajós. Vinicius Piano Bar, Rio de Janeiro.
Projeto Aquarela do Rio. Praia do Leme, Rio de Janeiro.
Projeto MPB nas Bibliotecas. Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo.
Projeto Poeta mostra a tua cara. Rio Jazz Club, Rio de Janeiro.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB: a história de um século. São Paulo: Funarte/Ed. Atração ilimitada, 1998.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica – 2a. ed – São Paulo: Art Editora – Publifolha, 1998.

FEIJÓ, Elias J. Torres (coordenação). Do Músculo da boca. Santiago de Compostela. 2001.

MELLO, Zuza Homem de. A era dos festivais – uma parábola. São Paulo: Editora 34, 2003.

MOTTA, Nélson. Noites tropicais. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva Ltda., 2000.

PIMENTA, Alexandre, Saudade seresteira. Belo Horizonte: Editora Lemi, 1988.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem. A canção no tempo – 85 anos de músicas brasileiras vol. 2: 1958-1985. São Paulo: Ed. 34, 1998.

TAPAJÓS, Paulinho. De versos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1986.

XAVIER, Ricardo e SACCHI, Rogério: Almanaque da TV: 50 anos de memória e informação. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva Ltda., 2000.

Crítica

Paulinho Tapajós é um destes irreparáveis músicos, poetas e cidadãos que, infelizmente, nós não encontramos na vida com a freqüência que queremos. Poeta habilíssimo, artesão canoro irrepreensível, rapsodo sofisticado, Paulinho é um carioca típico, amante dos contornos das grandiosas montanhas, enamorado dos movimentos das ondas, conhecedor da arte de andar pelas ruas, vielas e becos do Rio de Janeiro. Filho da força telúrica de Norma e da leveza melódica de Paulo, um dos maiores nomes de nossa música, irmão de sangue e de acordes de Maurício e Dorinha, marido de Lozinha, sua afinação maior, pai de Bruno e Marcelo, claves que iluminam o sol de sua existência, companheiro solfejado de tantos chicos, ivans, beths, edmundos, tons, mús, dadis, danilos e tantos mais.

Paulinho Tapajós é um destes inesquecíveis contadores de histórias que, felizmente, a memória de um povo preserva como forma de nos livrar do esquecimento, da solidão e do abandono. Violonista habilíssimo, arquiteto sonoro irrepreensível, menestrel sofisticado, Paulinho é um tricolor apaixonado, amante dos falares e sentires de sua gente, enamorado da alma brasileira, conhecedor dos mistérios do som em sua incansável luta contra o silêncio. Premiado nacionalmente, referência na história contemporânea de nossa música popular, ator sempre presente na cena cultural brasileira, esse homem comum, que anda sorrindo pelo calçadão do Leblon em direção ao horizonte sem fim da arte, nos lega a mais que pretérita lição de um futuro que se quer sempre presente, a da vida como exercício contínuo da paixão.

Júlio Diniz