
Cantora.
É casada com o instrumentista, arranjador e maestro Jaques Morelenbaum.
Iniciou sua carreira profissional em 1979, como uma das integrantes do grupo vocal Céu da Boca. Com o conjunto, gravou os discos “Céu da boca” (1981) e “Baratotal” (1982) e realizou shows por todo o Brasil.
Em 1984, foi convidada por Antônio Carlos Jobim para integrar a Banda Nova. Trabalhou com o compositor durante 10 anos, gravando os discos “Passarim”, “Antonio Brasileiro” e “Tom Jobim: inédito”, atuando como vocalista e solista. Também com o compositor, apresentou-se no Brasil, Japão, Europa, Canadá e Estados Unidos, destacando-se concertos realizados no Carnegie Hall e no Lincoln Center.
Em 1989, fez parte da montagem do musical “Lamartine para inglês ver”, de Antônio de Bonis, cantando e representando, ao lado dos atores Vera Holtz, Guida Vianna e Fábio Junqueira.
No ano seguinte, cantou com Tom Jobim em um show dedicado a Vinicius de Moraes, posteriormente transformado no CD “Tom canta Vinicius”. Ainda em 1990, iniciou sua carreira solo em Nova York, apresentando-se em diversos clubes de jazz, como o Birdland, acompanhada por músicos americanos.
Em 1993, lançou seu primeiro CD solo, “Paula Morelenbaum”, produzido por Jaques Morelenbaum, que participou também como instrumentista e arranjador em algumas faixas. O disco incluiu canções de Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Rita Lee, Arrigo Barnabé, Paulo Jobim, José Miguel Wisnik, Gershwin e Vinicius de Moraes. Nesse mesmo ano, foi contemplada com o Prêmio Sharp de Música, na categoria Revelação Feminina Pop Rock.
Em 1994, realizou o show “Chica-chica-boom-chic”, apresentando parte do repertório de Carmen Miranda, numa leitura contemporânea, com arranjos de sua autoria. Excursionou com o show por todo o Brasil.
No ano seguinte, formou, com Paulo Jobim, Daniel Jobim e Jaques Morelenbaum, o Quarteto Jobim Morelenbaum, com o qual se apresentou no Brasil, Estados Unidos e Europa, e lançou, em 1999, o CD “Quarteto Jobim Morelenbaum”.
Atuou, ainda, em produções como o CD “Smoochy”, de Ryuichi Sakamoto, em songbooks produzidos por Almir Chediak e na trilha sonora de Antonio Pinto para o filme “Menino maluquinho”, de Helvécio Raton.
Em 2002 lançou, com Jaques Morelenbaum e Ryuichi Sakamoto o CD “Casa”, gravado na casa de Antonio Carlos Jobim, autor de todas as músicas registradas no disco.
Em 2003, apresentou-se com o Jaques Morelenbaum e Ryuichi Sakamoto pela Europa, onde participou dos festivais de jazz de Montreux, Viena, Coliseu de Lisboa e do Porto, Roma e Milão, entre outros, e nos Estados Unidos. A turnê gerou o CD “A day in New York” (Morelenbaum2/Sakamoto).
Em 2004, lançou o CD “Berimbaum”, contendo releituras eletrônicas de obras de Vinicius de Moraes: “Consolação”, “Berimbau” e “Canto de Ossanha”, todas com Baden Powell, “Insensatez”, “Brigas nunca mais” e O nosso amor”, todas com Tom Jobim, “Você e eu” (c/ Carlos Lyra), “Desalento” (c/ Chico Buarque), “Seule” (c/ Pixinguinha), “Tomara” e “Medo de amar”.
Em 2008, lançou o CD “Telecoteco – Um sambinha cheio de bossa”, contendo pérolas da música brasileira do período anterior à bossa nova, como “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá e Antonio Maria), “O samba e o tango” (Amado Régis), “Um cantinho e você” (José Maria de Abreu e Jair Amorim), “Ilusão à toa” (Johnny Alf), “Telecoteco” (Murilo Caldas e Marino Pinto), “Sei lá se tá” (Alcydes Pires Vermelho e Walfrido Silva), “O que vier eu traço” (Alvaiade e Zé Maria) e “Luar e batucada” (Tom Jobim e Newton Mendonça), entre outras, além de “Love is Here to Stay” (George & Ira Gershwin). O disco contou com a participação especial de Ryuichi Sakamoto, João Donato, Marcos Valle, Bajofondo, Jaques Morelenbaum, Leo Gandelman e Chico Pinheiro, e teve show de lançamento nos espaços Tom Jazz, em São Paulo, e Mistura Fina, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Teatro Tom Jobim (RJ), na série “Concertos para Amazônia”, com a participação especial de Jaques Morelenbaum.
Lançou, em 2010, o CD “Bossarenova”, gravado com a SWR Big Band de Stuttgart, formada por dezesseis músicos de sopro e quatro de base, com produção e arranjos de Ralf Schmid. No repertório, “Águas de Março” e “Chovendo na roseira”, ambas de Tom Jobim, “Mas que nada” e “Vem morena vem”, ambas de Jorge Benjor, “O que é bossa nova (Trecho da prosa)” (Vinicius de Moraes), “O morro não tem vez” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Tempo de amor” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Tarde em Itapoã” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Setembro” (Ivan Lins e Gilson Peranzzetta), “Modinha (Seresta No. 6)” (Heitor Villa-Lobos), “Para que chorar (Ich Grolle Nicht)” (Robert Shumann e Heirich Heine, vrs. Arthur Nestrovski), “Blackbird” (John Lennon e Paul McCartney) e a faixa-bônus “Soul Bossa Nova” (Quincy Jones). Gravado parte em Stuttgart, parte no Rio, em 2009, o disco contou com a participação do trompetista alemão Joo Kraus, e dos músicos brasileiros Jaques Morelenbaum, Lula Galvão e Portinho, além do pianista e arranjador Ralf Schmid. Em parceria com João Donato, lançou, também em 2010, o CD “Água”, contendo as canções “Flor de maracujá”, “Café com pão”, “Muito à vontade”, “Mentiras” e “E muito mais”, todas de João Donato e Lysias Ênio, “Lugar comum”, “A paz” e “Tudo tem”, todas de João Donato e Gilberto Gil, “A rã” (João Donato e Caetano Veloso), “Ahiê” (João Donato e Paulo César Pinheiro), “Entre amigos” (João Donato e Mongo Santamaria) e “Everyday” (João Donato e Norman Gimbel). Nesse mesmo ano, dividiu o palco do Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico (RJ) com Paula Morelenbaum, em show de lançamento do CD “Água”. O espetáculo contou com a participação do grupo Paraphernalia.
Em 2014, apresentou-se no Espaço Sesc, no Rio de Janeiro, acompanhada de Marcos Valle.
Morelenbaum2/Sakamoto
Morelenbaum2/Sakamoto
(Participação como solista:)
Quarteto Jobim Morelenbaum
(Participação como solista:)
(Participação como solista:)
(Participação como solista:)
Tom Jobim
Tom Jobim
(Participação como solista:)
(Participação como solista:)
Tom Jobim
Tom Jobim
Céu da Boca
Céu da Boca
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.