Pachequinho

Iniciou a carreira artística no início dos anos  1950. Atuou como arranjador da gravadora Copacabana. Em 1951, lançou pela Todamérica seu primeiro disco, um 78 rpm com  os choros “Zig Zag”, de J. R. de Oliveira e     Walgton F. Silva, e “Balanceado Carioca”, de Carlos L. Espírito Santo e     Walgton F. Silva. Em 1959, estreou na Polydor com um 78 rpm com o fox-trot “When”, de P. Evans e     J. Reardon, e o mambo “Jumbo Jumbo”, de Perez Prado. No mesmo ano, gravou pela Polydor o LP “Alô, Maestro…!” com as músicas “Samba na Penumbra”, de sua autoria; “When”, de P. Evans e J. Reardon, “Bana-bana-bananas”, de Manuel Salinas, “Puro Satélite”, de Ramon Inclan, “Negra Consentida”, de Joaquim Pardavél, “Saudade”, de Ruy Rey e Emílio Batista, “Jumbo-jumbo”, de Perez Prado, “Nóca”, de J. R. Oliveira e Walgton F. Silva, “Please”, de L. Robin e R. Rainger, “Foi Lá no Morro”, de Rocha Filho, “Why Wait”, de Perez Prado, e “Over The Rainbow”, de Harold Arlen e E. Y. Yarburg. Ainda em 1959, lançou o LP “Samba, muito samba”, e, com o pseudônimo de Don Pacheco, registrou o LP “Bailando com Don Pacheco – Don Pacheco e Sua Orquestra” com músicas como “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Eterna Melodia”, de sua autoria e J. R. de Oliveira, “Porque e Para Que”, de Jaime Florence e Fernando César, “Madureira Chorou”, de Carvalhinho e Julio Monteiro, “Canção do Amor Distante”, de sua autoria e “Gimba”, de Gianfrancesco Guarnieri e Jorge Kaszas, entre outras. Em 1960, também com o pseudônimo de Don Pacheco, lançou o LP “Rumbas Inolvidables – Don Pacheco y Su Ritmo Tropicall” interpretando rumbas clássicas, entre as quais, “Cachita”, de Rafael Hernandez e Bernardo Sancristóbal, “Cubanacan”, de Moisés Simons, Sauvat e Chamfleury, “Frenesi”, de Alberto Dominguez, o tema tradicional “La Cucaracha”, e “Siboney” e “Para Vigo Me Voy”, ambas de Ernesto Lecuona. No mesmo ano, gravou o LP “Hoje é dia de rock – Don Pacheco e Sua Orquestra” com diversos rocks de sucesso na época, entre os quais, “Wake Up Little Susie”, de Felice Bryant e Boudleaux Bryant. Em 1961, foi para a gravadora Copacabana e lançou o LP “Música do Coração – Orquestra Regida Por Pachequinho” com as músicas “Ternura Antiga”, de Ribamar e Dolores Duran, “Favela”, de Roberto Martins e Waldemar Silva, “Poema do Adeus”, de Luis Antônio, “Adeus”,de Roberto Martins e Mário Rossi, “Só Saudade”, de Tom Jobim e Newton Mendonça, “O Cigano”, de Marcelo Tupinambá e João do Sul, “Despedida”, de Tito Ramos, “Foi a Noite”, de Tom Jobim e Newton Mendonça, “Balada Em Dó”, de Fernando Costa e Alfredo Max, “São Paulo Não Pode Parar”, de Miguel Gustavo, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. Em 1962, registrou o LP Brasil em cha-cha-cha – Don Pacheco y Sus Muchachos”, no qual, apresentou conhecidas músicas brasileiras, a maioria marchas carnavalescas, em ritmo de cha cha cha, tais como “Daqui Não Saio”, de Paquito e Romeu Gentil, “Lero-Lero”, de Benedito Lacerda e Eratóstenes Frazão, “Alá-Lá-Ô”, de Haroldo Lobo e Antônio Nássara, “Cai Cai”, de Roberto Martins, “Zum Zum”, de Fernando Lobo e Paulo Soledade, “Pastorinhas”, de João de Barro e Noel Rosa, “Bacardy Chá-chá-chá”, de Miguel Gustavo, “Touradas Em Madri”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, “Marchinha do Grande Galo”, de Lamartine Babo e Paulo Barbosa, “Brigitte Bardot”, de Miguel Gustavo, “O Passo do Canguru”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e “Pirulito”, de João de Barro e Alberto Ribeiro. No mesmo ano, lançou o LP “Don Pacheco viaja pelo mundo – Don Pacheco y Sus Muchachos” com diferentes temas internacionais. Em 1963, lançou o LP “Seu Baile de Hoje (Rumbas & Boleros) – Don Pacheco y Sus Muchachos, com diferentes pot-pourris de rumbas e boleros de sucesso. No mesmo ano, lançou o LP “Isto é Sucesso – Os Rouxinóis e Pachequinho e Sua Orquestra”, no qual, no lado A acompanhou com sua orquestra o grupo “Os Rouxinóis”, composto por Terezinha, Dinorah, Matilde, Jair Avelar, Raul Moreno, Mário Machado e Inácio, nas músicas “O Passo do Elefantinho (Baby Elephant Walk)”, de Henry Mancini, versão de Ruth Blanco, “Uirapuru”, de Murillo Latini e Jacobina, “Papai Walt Disney (Papa Walt Disney)”, de A. V. Savona, G. Giacobetti e Espírito Santo, “Zé da Conceição”, de João Roberto Kelly, “Tudo de Mim”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, e “Sonho de Menina”, de Denise Belamar, e, no lado B, somente com sua orquestra interpretou as músicas “Afrikaan Beat”, de Bert Kaempfert, “Making Believe”, de J. Work, “Al Di La”, de Mogol e Carlo Donida, “Sonhar Contigo”, de Adilson Ramos e Armelindo Leandro, “Maria”, de Leonard Bernstein e Stephen Sondheim, e “Autumn Souvenies”, de Boudleaux Bryant e Felice Bryant. Em 1964, lançou o LP “Isto é Sucesso – Os Copa 4 e Pachequinho e Sua Orquestra”, no qual, no lado A, acompanhou o conjunto vocal Os Copa 4, formado por Ivan Paulo, Cosme Teixeira, Vera Ivete e Rildo Hora, na interpretação das músicas “Bigorrilho”, de Sebastião Gomes, Paquito e Romeu Gentil, “O Sapo”, de Jaime Silva e Neusa Teixeira; “As-as-ruê”, de Marino Pinto e Pernambuco, “Telefone”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, “Dominique”, de Soeur Sourire, versão de Paulo Queiroz, e “Homenagem de Saudade”, de Luis Jannuzzi e J. Piedade, e, no lado B, somente com sua orquestra, interpretou: “Sweet September”, de Bill McGuffiem Lorraine Philips e Peter Stanley, “Vola Colomba”, de Carlo Concina e Bruno Cherubini, e “Symphonie”, de Alstone, entre outras. Em meados da década de 1960, trabalhou como arranjador na gravadora RGE fazendo arranjos para entre outros artistas o cantor Roberto Carlos. Em 1969, lançou o LP “Carnaval no Caribe – Don Pacheco y Sus Muchachos”, na verdade um relançamento de LP de sete anos antes com diferentes marchas carnavalescas em ritmos caribenhos. Ainda em 1969, lançou mais dois LPs, o primeiro, pela Parlophone/Odeon sechamou “A Orquestra Jovem de Pachequinho”, com diversos rocks de sucesso. O segundo, pela Caravelle, se chamou “Brasil: New Dimension of Samba”, que apesar do título apresentou os sucessos brasileiros “O Amor E A Rosa” e “A Canção dos Seus Olhos”, de Pernambuco e Antônio Maria, “Eu Não Tenho Onde Morar” e “Dois de Fevereiro”, de Dorival Caymmi, “Outra Vez”, de Tom Jobim, “Pé Grande”, de Tom Jobim e Armando Cavalcanti, “Mulata No Sapateado” e “Já Era Tempo”, de Ary Barroso e Vinicius de Moraes, “Minha Madrinha”, de Paulo Sérgio e Eustáquio Sena, “Nono Mandamento”, de René Bittencourt e Raul Sampaio, “Noites do Rio”, de Tom Jobim e Billy Blanco, e “Destino”, de Raul Sampaio e Ivo Santos. Em 1977, fez os arranjos para o LP da cantora Waleska lançado pela gravadora Copacabana. No mesmo ano, lançou o LP “Don Pacheco” interpretando diversos sucessos internacionais, além do samba exaltação “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. Deixou mais de quinze discos gravados, entre 78 rpms e LPs, tendo atuado nas gravadoras Polydor, Copacabana, Odeon, Todamérica e Beverly.