Cantor. Compositor. Nascido no Rio de Janeiro, mudou-se para Fortaleza, Ceará com apenas um ano de idade. Em 1949, casou-se e deixou Fortaleza mudando-se para Recife. Depois de morar em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, retornou à Fortaleza em 1967.
Iniciou a carreira de seresteiro com apenas 15 anos de idade interpretando modinhas, valsas e outros gêneros que na noite da cidade de Fortaleza onde conheceu artistas como Lauro Maia, José Menezes, José Jatahy e outros. Apresentou-se em programas de calouros como “Calouros a fantasia”, em 1945, na Ceará Rádio Clube. Atuou durante algum tempo no teatro tendo participado das peças “Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo, e “O coração não envelhece”, de Paulo Magalhães. Fez parte da companhia de teatro do Fernando Silveira. No começo da década de 1950, atuou na Rádio Clube de Pernambuco. Em 1951, no Recife, participou do filme “Desfile de astros”, interpretando “Cabelos cor de prata”, de Silvio Caldas e Rogaciano Leite. Em 1958, gravou seu primeiro disco, pela Chantecler, com as músicas “Maceió”, de Lourival Passos, e “Protegido de Nossa Senhora”, de Jair Silva e Jadir Ambrósio. Seguiu depois para Belo Horizonte e, em 1959, foi para o Rio de Janeiro contratado pela Rádio Nacional. Ainda em 1959, gravou a marcha “Mancha de Batom”, com Corumba, incluído na coletânea “Carnaval Chantecler – VOL. 1”, da gravadora Chantecler. Em 1960, gravou pela Chantecler “A Carta Que Não Mandei”, de Jairo Aguiar, ” Solitário”, de Nelson Trigueiro e F. Mesquita, “Eu Vou Pra Santos”, de Felisberto Martins e Nilo Silva, e ” Eu Não Sou Cabrito”, de Felisberto Martins e Eratóstenes Frazão. Em 1962, pelo selo RM gravou “Amor Sem Fim”, de Evaldo José, Hilton Simões e Luis Lemos, e ” Vivo Por Você”, de Pereira dos Santos e Rosângela Maldonado.
Em 1963, mudou-se para São Paulo e abriu a boate “Arrastão Drinks”, que passou a ser frequentada por artistas como Altemar Dutra, Noite Ilustrada e Jorge Veiga. Por essa época, teve duas composições gravadas pelo Conjunto Zequinha de Abreu no LP “Rua da saudade 1040”, da gravadora Cartaz: “Mais Uma Taça” e “Violões Em Serenata”. Em 1967, regressou à Fortaleza e passou a cantar no programa “Show do Mercantil”. Atuou ainda como programador musical do programa “Ontem, Hoje e Sempre”, de Augusto Borges. Em 1971, teve o bolero “Nunca Mais”, com Venâncio, gravado por Waldick Soriano no LP “A voz do povo” da gravadora Continental.
AZEVEDO, M. A. (Nirez) A História Cantada em 78 Rotações, Fortaleza, Edições UFC, 2012.