
Instrumentista. Pianista. Compositor. Nascido no bairro carioca do Irajá. Autodidata, começou a aprender música ainda criança ouvindo pianistas e estudando em métodos avulsos. Foi um dos fundadores da Ordem dos Músicos do Brasil. Foi casado com a cantora Eny Duarte.
Iniciou a carreira artística em 1952, tocando no Clube Transmontano, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. No mesmo ano, assinou seu primeiro contrato como pianista profissional quando foi levado pelo violonista Dausdeth de Azevedo, conhecido como Neco, para tocar na boite Balalaika, em Copacabana. Apresentou-se depois na boata Plazablanca, no bairro da Urca, e também na boate Pigalle, em Copacabana. Sempre atuando na noite carioca, apresentou-se ao lado de músicos como o violonista Bola Sete e o flautista Copinha. Em 1955, o samba “O culpado foi você”, com Carvalhinho, foi gravado por Alzirinha Camargo na Polydor. Em 1957, passou a integrar o conjunto do saxofonista Luiz Americano. Nesse ano, fez com Carvalhinho e Carrapeta o samba “Sem teu amor” gravado por Belinha Silva na Mocambo. No começo da década de 1960, passou a integrar o conjunto do maestro argentino Julio Pardo. Além de atuar em conjuntos e tocar na noite, acompanhou também diversos cantores tais como Nelson Gonçalves, Jamelão, Blecaute, Risadinha e Gregório Barrios. Tocou também com o barítono Nelson Ferraz com quem se apresentou no Rio de Janeiro e em Hamburgo, na Alemanha. Em 1960, a convite de Newton Mendonça, passou a se apresentar no bar Ma Griffe, no Beco das Garrafas, tradicional local de boemia carioca no qual se gestou a bossa nova, e onde acompanhava a cantora Dora Lopes. Em 1961, mudou-se para o estado de São Paulo passando a atuar na noite paulistana, apresentando-se em casas de espetáculos na capital. Em Santos, apresentou-se ao lado do baterista Milton Banana. No ano seguinte, retornou ao Rio de Janeiro e fez apresentações no Golden Room do Hotel Copacabana Palace e na boate Freds. Atuou no show “O teu cabelo não nega”, de Carlos Machado e Oscar Omnstein, numa homenagem a Lamartine Babo. Em 1965, foi finalista do concurso “Dez milhões por uma canção, um cantor por dez milhões”, da Rede Globo de Televisão, com a música “Canção da saudade” que foi defendida pela cantora Luciene Franco, recebendo o Troféu Francisco Alves. Em 1970, foi para a Europa, onde morou por dez anos apresentando-se em inúmeros shows ao lado da mulher e cantora Eny Duarte. Nesse período, realizou excursão ao Oriente Médio e África. Em sua temporada européia morou e trabalhou em Portugal, Alemanha, Dinamarca e França. Na capital francesa, escreveu partituras para a editora Symphonie Royale. Também na França, trabalhou como arranjador para shows das vedetes-travestis brasileiras Jane di Castro e Valéria. Durante o período de dez anos em que residiu na Europa veio ao Brasil por duas vezes, numa dessas ocasiões revezou-se como pianista do Le Roin Point, bar do Hotel Méridien, em Copacabana. Voltou a morar no Brasil em 1983, sendo levado pelo colunista social Ibrahim Sued para tocar no restaurante Le Bec Fin, no Rio de Janeiro, lá permanecendo durante oito anos. Em 1991, passou a ser pianista do Paissandu Atlético Club, no Leblon. Em 2000, tocou durante a inauguração da sala Vip do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, lá permanecendo como atração durante dois anos. Em 2003, apresentou-se com a atriz Maria Pompeu no Projeto Concerto Sarau, no Teatro Gláucio Gil, no Rio de Janeiro, em espetáculo sobre a vida e obra do compositor e pianista Custódio Mesquita. Em 2006, permaneceu atuando como pianista do Paissandu Atlético Clube. Como compositor, teve músicas gravadas por Belinha Silva, Alzirinha Camargo, Roseli e Eny Duarte.