
Cantor. Compositor. Originário de uma família simples. Estudou no Liceu Coração de Jesus (SP), onde fez o curso ginasial e participou do coral Canarinhos Liceanos.Teve aulas particulares de piano e violino. Na adolescência foi marinheiro. Trabalhou como estivador no Moinho Fluminense. Foi garimpeiro em Mato Grosso. Trabalhou também no Circo Piolim. Foi operador de rádio na Educadora Paulista (Gazeta). Chegou a ser reprovado junto com Nelson Gonçalves num teste para cantor realizado em outra emissora.
Iniciou sua carreira artística em 1940, quando assinou contrato com a Rádio Tupi de São Paulo. Três anos depois, regravou “Alza Monolita” ou “Manolita, as cartas não mentem jamais”, valsa de Leo Daniderff, idéia do maestro Spártaco Rossi e que se tornou grande sucesso com oitenta mil cópias vendidas. No ano seguinte gravou as valsas “Hoje em dia”, de Francisco Malfitano e “Onde estás”, de Olga Maria e Ribeiro Filho. Nesse período se apresentou na Rádio Farroupilha no Rio Grande do Sul, Ceará Rádio Clube de Fortaleza e Rádio Poti de Natal. Em 1945 gravou a marcha “Pela pátria” e a valsa “Quisera esquecer-te”, ambas de Manoel Alves e Antônio Romeu. Em 1951 foi contemplado com o Prêmio Roquete Pinto de melhor cantor. No ano seguinte passou a integrar o elenco da Rádio Nacional de São Paulo. Em 1953 gravou um disco relançando sucessos internacionais como: “Bandolins ao luar”, versão de Lourival Faissal e “Violino cigano”, versão de Alberto Ribeiro. Ainda nesse ano, gravou os sambas canção “Risque”, de Ary Barroso e “João Valentão”, de Dorival Caymmi. Recebeu ainda pela segunda vez o prêmio Roquete Pinto de melhor cantor. Em 1954 gravou o beguine “Maré baixa”, de Maxwell e Haroldo Barbosa e o samba “Meu pecado”, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins. Em 1955 lançou o jongo “Navio negreiro”, de Sá Roris, J. Piedade e Alcir Pires Vermelho e o samba “Tudo isto é samba”, de Luís Iglesias e Osvaldo Borba. No ano seguinte estreou como compositor fazendo as versões do fox “Adeus”, de Madriguera e do beguine “Minha prece”, de J. Gomera. No mesmo ano gravou de Alcir Pires Vermelho e Jair Amorim a toada “Saudade danada” e do iniciante Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça o samba canção “Foi a noite”. Em 1959 gravou da dupla Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Morais o samba canção “Eu sei que vou te amar”. Em 1960 gravou as valsas “Pisando corações”, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos e “Tardes em Lindóia”, de Zequinha de Abreu e Pinto Martins. Fez apresentações no Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Panamá e Cuba. Em 1967 estreou na Rádio Mundial de São Paulo. Afastou-se da vida artística em 1973.