Osmar Milani

Começou a carreira artística em sua cidade natal atuando na Orquestra Paratodos. Em 1939, mudou-se para a capital paulista sendo contratado pela orquestra de Orlando Ferri. Pouco depois se mudou para a cidade de Guarujá e começou a trabalhar no Cassino Guarujá. Em 1946, com o fechamento dos cassinos pelo governo Dutra retornou a São Paulo e começou a atuar em emissoras de Rádio, entre as quais, Cultura, Record, América, Bandeirantes,Gazeta, e Nacional, sendo que nessa última foi o maestro titular. Em 1952, contratado pela Odeon, gravou seu primeiro disco interpretando os choros “Brejeiro”, de Ernesto Nazareth, e “Coringa”, de Luis Figueiredo Filho.

Em 1954, fez parte do programa “Quando os maestros se encontram” da Rádio Nacional. Em 1955, gravou o fox “Cerisier Rose Et Pommier Blanc”, de Louiguy e Jacques Larue, e o samba “Brasil Dois Mil”, de sua autoria. No mesmo ano, gravou seu primeiro LP, dividido com o maestro Luis Arruda Paes, intitulado “Encontro com a música – Luis Arruda Paes e Osmar Milani e Sua Orquestra” interpretando as composições “Puladinho”, “Brasil 2000” e “Baião Chinês”, de sua autoria, e “Cerisier Rose Et Pommier Blanc”, de Louiguy e Jacques Larue. Em 1958, lançou pela gravadora Copacabana o LP “Dançando com Osmar Milani” no qual com arranjos seus sua orquestra interpretou as composições “Andalucia”, de Ernesto Lecuona, “Around The World”, de Victor Young e Harold Adamson, “326 Miles”, de G. Larson e B. Belland, “Chances Are”, de Al Stillman e Robert Allen, “Lets Beguine”, de Otto Cesana, “Esse É Nosso Choro”, de Duda, “Mocinho Bonito”, de Billy Blanco, “Wake Up Little Susie”, de Felice Bryant e Boudleaux Bryant, “Cha Cha Baby”, de Louis Rico, “Conversa de Pistons”, de Expedito de Carvalho, “         Insônia”, de Mário Albanese e Heitor Carillo, e “Moonglow”, de Irving Mills, Will Hudson e Eddie de Lange. No mesmo ano, lançou mais quatro discos em 78 rpm pela Copacabana com as músicas “Bambolê”, com Paulo Rogério, “A Bicada do Tico-Tico”, de Gaudio Viotti, “Cha Cha Baby”, de Louis Rico, “Conversa de Pistons”, de Expedito de Carvalho, “Around The World”, de Victor Young e Harold Adamson, “Wake Up Little Susie”, de Felice Bryant e Boudleaux Bryant, “Tequila”, de Chuck Rio, e “Mocinho Bonito”, de Billy Blanco. Ainda em 1958, gravou com a cantora Morgana o LP “Esta é Morgana” no qual acompanhou com sua orquestra a cantora nas músicas “Serenata do Adeus”, de Vinicius de Moraes, “Era Uma Vez”, de Lina Pesce, “Sombras Entre Nós”, de Hervé Cordovil e René Cordovil, “Dois Orgulhosos”, de Antônio Bruno, “Conselho”, de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, “Mais Brilho nas Estrelas”, de Aloísio Figueiredo e Nelson Figueiredo, “Porque Tu Me Feres”, de Gordurinha, e “Amar Ou Não Amar”, de Antônio Bruno e Amauri Medeiros, além de “André de Sapato Novo”, de André Victor Correia, “Volta Ao Mundo (Around The World)”, de Victor Young e Harold Adamson, versão de Alberto Ribeiro, “Solidão”, de Antônio Bruno, e “Mocinho Bonito”, de Billy Blanco. Interpretadas apenas com sua orquestra. Em 1959, lançou o LP “Baile dos Estados – Osmar Milani e Sua Orquestra” interpretando as composições “No Rancho Fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo, “Chinchilla”, de R. Starr e D. Wolf, “Piove”, de Domenico Modugno e Verde, “Sede de Amor”, de Mário Albanese, “Repouso Para Trombone” e “Trombone Ginga”, de sua autoria, “Um Chorinho no Parque São Jorge”, de Salgado Filho e Celso Pixinga, “Bikini”, de J. Altwerger e S. Schlinger, “Vagalume”, de Setti, “Boola”, de R. Sweetwater, “Mine At Last”, de Otto Cesana, e “Theme From (Bell Book And Candle)”, de George Dunning. Em 1961, lançou o LP “Estas… São as preferidas – Osmar Milani e Sua Orquestra” com as músicas “Theme For Young Lovers”, de Percy Faith, “    Neblina”, de Henrique Lobo e Mário Albanese, “Look For A Star”, de Michael Antony, “El Matador”, de J. Bowers e I. Burguess, “Boato”, de João Roberto Kelly, “  La Novia”, de Joaquim Prieto, “      Palhaçada”, de Luis Reis e Haroldo Barbosa, “Yomme… Yomme”, de Ricardo Suerte, Kim Drake e Eddy Marnay, “Calcutta”, de Heino Gaze, e “Mon Beau Chapeau”, de Sacha Distel e M. Tézé. Em 1963, gravou pela Fermata o LP “Bossa Nova das Américas – Osmar Milani e Sua Orquestra” com as composições “Balanço das Notas”, de João Maria de Abreu, “I Surrender Dear”, de G. Clifford e H. Barris, “Sambossa N° 1”, de João Maria de Abreu, “Sophisticated Lady”, de Duke Ellington, Irving Mills e Mitchell Parish, “Na Cadência do Samba”, de Ataulfo Alves e Paulo Gesta, “Solitude”, de Duke Ellington, Irving Mills e Eddie DeLange, “Waltzing Cat”, de L. Anderson, “Neném”, de Tito Madi, “Ill Buy The Ring And Chance Your Name To Mine”, de J. Mills, E. Rose e W. Raskin, “Samba da Madrugada”, de Dora Lopes, Carminha Mascarenhas e Herotides Nascimento, “Red Roses For A Blue Lady”, de Sid Tepper e Roy Brodszky, e “Vai Minha Canção”, de Tito Madi e Sidney Morais. Em 1965, quando as organizações Globo adquiriram a Rádio Nacional de São Paulo e a TV Paulista, passou a trabalhar na TV Globo e a apresentar a parte musical do programa “O Mundo é Das Mulheres”, um programa de Walter Forster, estrelado por Hebe Camargo e várias outras atrizes. Fez também programa com a comediante Dercy Gonçalves, compondo arranjos e tocando um sino para prestigiar os entrevistados do dia. Também compôs trilhas de aberturas de outros programas. Em meados dos anos 1970, ingressou no SBT na qual permaneceu por 30 anos. No mesmo período fez apresentações com sua orquestra em várias cidades do interior paulista o que o fez levar um ritmo puxado de trabalho com apresentações num dia e viagem no outro para fazer o programa “Sílvio Santos” nos quadros “Show da Loteria”e “Boa Noite, Cinderela”. Ainda nos anos 1990 continuou a se apresentar com sua orquestra em diferentes shows pelo Brasil. Ao longo da carreira, acompanhou com sua orquestra diferentes artistas, entre os quais, Orlando Silva, Vicente Celestino, Sílvio Caldas, e Francisco Alves. Em 2000, aos 80 anos, sua orquestra de 21 músicos já havia se apresentado no Uruguai, Argentina, Chile e México e ainda fazia apresentações.

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