0.000
Nome Artístico
Oberdan
Nome verdadeiro
Oberdan Magalhães
Data de nascimento
31/3/1945
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Multi-instrumentista (sax tenor, clarinete, sax alto, flautas e piano). Arranjador. Compositor.

Nasceu no subúrbio carioca de Madureira.

Vários de seus familiares foram fundadores do G.R.E.S. Império Serrano.

Era compadre de Mano Décio da Viola e sobrinho de Silas de Oliveira.

Formou-se em Química.

Trabalhou na Orquestra Sinfônica Brasileira ao lado de Paulo Moura, seu amigo e incentivador.

Irmão do divulgador da Warner Alcione Magalhães.

Estudou orquestração e flauta na E.N.M.U.B, e fez por correspondência o curso da Berklee School of Music, de Boston.

Seu filho William Magalhães, pianista e compositor, remontou a Banda Black Rio no ano de 2001, gravando o disco “Movimento”, apresentando-se em vários teatros do Rio de Janeiro e São Paulo e retomando a carreira internacional da banda original, reconhecida nos Estados Unidos e na Europa.

Dados artísticos

Em 1960 apresentava-se em shows e na televisão acompanhando orquestras de baile.

Ao longo da década de 1960 e início dos anos 70, além de participar de discos e bandas, tais como Raulzito e Impacto 8, do trombonista Raul de Souza (1968 – LP “Hot Internacional – Selo Equipe); Banda Criy Babies (1969 – LP Cry Babies – Greavadora CID); Don Salvador e Grupo Abolição (1971 – LP “Som, sangue e raça”, gravadora CBS); grupo de Osmar Milito, (1971 – LP “E deixa o relógio andar”, gravadora Som Livre), trabalhou em shows e gravações com artistas tais como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia, Milton Nascimento, Gal Costa, Ivan Lins e Luiz Melodia, para quem fez, em 1975, o arranjo para a música “Ébano”, apresentada no “Festival Abertura”, da Rede Globo, e um dos maiores sucessos do artista. A partir do ano seguinte, em 1976, com Dom Filó e Alcione Magalhães, fundou a Hot Stuff Band, embrião da Banda Balck Rio, já com – com Cristóvão Bastos (piano), Luiz Carlos Batera (bateria), Jamil Joanes (baixo), Cláudio Steverson (guitarra) e Barrosinho e Lúcio Silva (sopros), Carlos Dafé (voz). Com a Banda Black Rio obteve alguns sucessos, entre eles “Maria-Fumaça” (c/ Luiz Carlos Batera), lançada em 1977 em LP homônimo. O grupo se dissolveu em 1980.

Faleceu na década de 1990. Por essa época, os pubs ingleses começaram a tocar os discos da Banda Black Rio. No Brasil, os LPs da banda foram relançados em CD.

Em 2000, seu filho William Magalhães (tecladista) retomou as atividades do grupo, que voltou a se apresentar em maio na casa de espetáculos carioca Giraldia Upjazz. No ano posterior, em 2001, a BMG Brasil lançou a série “2LPs em 1 CD”, na qual compilou os LPs “Gosto do prazer” (A Cor do Som) e “Saci Pererê” (Banda Black Rio). Ainda neste ano, a gravadora BMG relançou em CD os três discos da banda.

No ano de 2003 foi lançado pela primeira vez em disco a gravação do show “Bicho baile show”, de Caetano Veloso. O show foi gravado ao vivo no ano de 1978, quando a Banda Black Rio (1ª formação), que acompanhava Caetano Veloso, iniciou a turnê deste show no teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. O CD foi incluído em uma caixa intitulada “Todo Caetano”.

Discografias
2003 CD Bicho baile show

(Banda Black Rio e Caetano Veloso)

1980 RCA Victor LP Saci Pererê

(c/ a Banda Black Rio)

1978 RCA Victor LP Gafieira universal

(c/ a Banda Black Rio)

1977 Atlantic/WEA LP Maria Fumaça

(c/ a Banda Black Rio)

Obras
Broto sexy
Caminho da roça (c/ Barrosinho)
Leblon via Vaz Lobo
Maria fumaça (c/ Luiz Carlos Batera)
Melissa
Rio de fevereiro (c/ Hélio Matheus)
Samboreando (c/ Luiz Carlos Batera)
Shows
Caetano Veloso e Banda Black Rio, Teatro Carlos Gomes, RJ.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011.3ª ed. EAS Editora, 2014.

PEIXOTO, Luiz Felipe de Lima, e SEBADELLE, Zé Octávio. 1976 – Movimento Black Rio. Rio de Janeiro. Editora José Olympio, 2016.

REPPOLHO. Dicionário Ilustrado de Ritmos & Instrumentos de Percussão. Rio de Janeiro: GJS Editora, 2012. 2ª ed. Idem, 2013.