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Nome Artístico
Norberto Martins
Nome verdadeiro
Norberto Honório Martins
Data de nascimento
14/9/1911
Local de nascimento
Serro, MG
Data de morte
2/4/1974
Local de morte
Itabira, MG
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista. Violonista.Na final da década de 1920, mudou-se para Belo Horizonte e em meados década de 1940, para o Rio de Janeiro. Em 1951, mudou-se para a cidade de Itabira, na qual se casaria no ano seguinte. Foi comerciante de pedras semipreciosas e administrador do Hotel Cristiano e do Bazar das Novidades.

Dados artísticos

Começou a carreira artística trabalhando no Rádio em Belo Horizonte como violonista e cantor. Em 1938, uma nota da imprensa mineira assim se referia a ele: “Cantor, compositor e violonista são qualidades que, dentro do rádio, podem colocar o artista em lugar de destaque. (…) Começou a aparecer como cantor, apresentando repertório próprio, o que já representa grande vantagem. Temos certeza que, com a força de vontade que tem, muito breve seu nome figurará entre os ases do nosso rádio.” Começou a frequentar ambientes musicais e logo fez amizade com diferentes artistas. Em 1944, teve sua primeira composição gravada, o samba “Sinuca de bico”, parceria com Pedro Caetano, e lançado por Linda Batista na Victor. No mesmo ano, o samba-choro “Juraci, boca de siri”, com Zé Ferreira, foi lançado por Moreira da Silva na Odeon. Em dezembro de 1945, teve mais uma composição gravada por Moreira da Silva, o samba “Lindo lar”, com Moacir Bernardino, lançado pela Odeon para o carnaval do ano seguinte. Em 1946, Linda Batista gravou o samba “Ranchinho abandonado”, com Pacheco Silva, e o samba “Rosália” foi lançado na Victor pelo cantor Nelson Gonçalves. No mesmo ano, Cyro Monteiro gravou na Victor o samba “Calvário de amor”. Ainda em 1946, assim se referiu a ele o jornalista Sylvino Gonçalves do jornal Carioca: “Almejamos ao compositor seja uma verdadeira pedra preciosa, para não esquecer sua antiga profissão e atual, de c o m p o s i t o r. . .Precioso”. Fez sucesso no carnaval de 1947, com o samba “Cadê Catarina”, lançado por Gilberto Alves na Victor. Esse samba por sinal chegou a lhe dar dores de cabeça, pois, seguindo seu próprio depoimento, em entrevista concedida em janeiro de 1948 ao jornal Diário da Tarde, de Minas Gerais, falsos autores queriam se apropriar indevidamente de sua composição. Ainda em 1947, o samba “Zona sul”, com Temístoteles de Araújo, foi gravado por Gilberto Alves na RCA Victor. Em 1948, o samba “Mandei fazer um patuá”, com Raimundo Olavo, foi gravado por Roberto Silva em disco do selo Star. Em 1949, outra parceria com Raimundo Olavo, foi gravada por Roberto Silva na Star, o samba “Normélia”. No ano seguinte, Nelson Gonçalves gravou o samba “Mensageira dileta” na RCA Victor. Ainda em 1950, seu samba “Vamos Pavuna”, com Martins Temístoteles de Araújo, foi gravado por Almirante na Todamérica. Em 1952, o samba “Minha dor”, com Pacheco Silva, foi lançado na RCA Victor por Nelson Gonçalves. Suas composições foram gravadas por nomes como Nelson Gonçalves, Ciro Monteiro, Linda Batista, Roberto Silva, Moreira da Silva, Almirante, e Gilberto Alves, entre outros. No começo da década de 1950, retornou para Minas Gerais indo morar em Itabira cidade na qual se casou. Como o pai de sua mulher não concordou que ela fosse morar no Rio de Janeiro, acabou abandonando a carreira artística. Foi homenageado pela prefeitura de Itabira que deu seu nome à Concha acústica do Parque Natural Municipal do Intelecto, que fica entre o Pico do Amor e a Mata do Intelecto.

Obras
Batefundo em Berlim com Claudionor Cruz
Cadê Catarina
Calvário de amor
Juraci, boca de siri
Lindo lar
Mandei fazer um patuá com Raimundo Olavo
Mensageira dileta
Minha dor com Pacheco Silva
Normélia
Quando anoitece
Ranchinho abandonado com Pacheco Silva
Rosália
Segue teu destino
Sinuca de bico com Pedro Caetano
Vamos, Pavuna com Temístoteles de Araújo
Zona sul com Temístoteles de Araújo