5.001
Nome Artístico
Nonô Basílio
Nome verdadeiro
Alcides Flisbini Basílio de Souza
Data de nascimento
22/11/1922
Local de nascimento
Formiga, MG
Data de morte
1/7/1997
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Diretor artístico.

Dados artísticos

Segundo a pesquisadora Rosa Nepomuceno, foi juntamente com Mário Zan, o inventor de um novo rítmo, o tupiano, “uma espécie de guarânia, com maior influência da música dos índios tupi-guaranis, em compasso três por quatro, marcado por tambor.” Fez com sua mulher Naná, a dupla Nonô e Naná. Em 1972, foi diretor artístico do setor sertanejo da gravadora Chantecler. Como compositor, teve composições registradas por inúmeros intérpretes, entre os quais, Nenete e Dorinho, Mário Zan, Chitãozinho e Xororó, Duo Ciriema, Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco e Barreto e Barroso. Em 1958, o Duo Irmãs Celeste gravou dele e Mário Zan a valsa “Calendário da vida”. Em 1959, o Duo Guarany gravou dele e Zé Garcia, o bolero-mambo “Doce ilusão” e Valter de Almeida gravou o xote “Coisinha fofa”, de parceria com Osmar Zan. Em 1960, a dupla Tonico e Tinoco gravou de sua autoria, Tonico e Nhô Fio, a cana verde “Canta moçada” e o Duo Ciriema, o bolero “Mais uma lição”, ambas grande sucesso. Em 1961, as Irmãs Celeste registraram o tango “Escrava do amor”, em parceria com Osmar Zan. No mesmo ano, gravou com Naná, o o tango “Papel de Madalena”. Em 1962, Cid Gaúcho gravou a milonga “Meu tempo de criança”, as Irmãs Galvão gravaram dele e Aldo Reis, o rasqueado “Rostinho colado” e as Irmãs Maria gravaram o huapango “Eterna lembrança”. Em 1963, gravou com Naná, de sua autoria e Sertãozinho, o baião “Vamos cochichar” e os Irmãos Vieira gravaram dele e Zé do Rancho, o rasqueado “Colibri”. Nenete e Dorinho gravaram “Conselho de amigo” dele, Piraci e Pierrot. Em 1976, Chitãozinho e Xororó gravaram no LP “Doce amada”, sua composição, “Uma casa de caboclo”. Em 1979, Chitãozinho e Xororó gravaram no LP “60 dias apaixonado”, a toada “Motivo de saudade”. Um de seus mais constantes parceiros foi Mário Zan, com quem compôs, entre outras, o xote “Criança sapeca”, gravado pelo próprio Mário Zan, a tupiana “Linda forasteira”, gravada pelas Irmãs Celeste e o baião “Vovó caduca”, gravado pelo Duo Ciriema. Entre suas composições estão diversos ritmos, como o bolero, o cururu, o tango, a valsa, a canção rancheira e o xote, entre outros. Um de seus maiores sucessos foi “Mágoa de boiadeiro”, composta em parceria com Índio Vago e gravada, entre outros pela dupla Pedro Bento e Zé da Estrada.

Obras
A dança do amor
Abandono
Abecê do amor
Arena do amor (c/ Antonio Celso)
Bambolê (c/ Mário Zan)
Boiadeiro beija-flor
Calendário da vida (c/ Mário Zan)
Canta moçada (c/ Tonico/Nhô Fio)
Cantando prá Goiás
Cartão vermelho
Chapéu furado
Coisinha fofa (c/ Osmar Zan)
Colibri (c/ Zé do Rancho)
Conselho de amigo (c/ Piraci)
Coração de pai
Criança sapeca (c/ Mário Zan)
Desprezada
Desquite (c/ Biguá)
Doce ilusão (c/ Zé Garcia)
Dormindo só
Egoísta (c/ Sebastião Vitor)
Escrava do amor (c/ Osmar Zan)
Eterna lembrança
Festinha do papai (c/ Osmar Zan)
Forró do zero a zero
Gauchinha boiadeira
Grande verdade
Homenagem à mamãe (c/ Mário/Zan)
Largando brasa (c/ Henrique de Almeida e Brasinha)
Linda forasteira (c/ Mário Zan)
Mais um drama da vida
Mais uma lição
Meu juramento
Meu sofrimento (c/ Nhô Belarmino e Nhá Gabriela)
Meu tempo de criança
Minha vida em tuas mãos (c/ Osmar Zan)
Motivo de saudade
Mulher ciumenta (c/ Palmeira)
Mulher valente
Mágoas de boiadeiro (c/ Índio Vago)
Nome de mãe (c/ Barreto)
Não bebo mais
O milagre da fé
O rei dos reis
Papel de Madalena
Recordar é sofrer (c/ Osmar Zan)
Restaurante do papai (c/ Osmar Zan)
Rostinho colado (c/ Aldo Reis)
Saudade da mamãe
Sem o teu amor (c/ Valdemar Salomão)
Sou igual a um passarinho
Tudo bem... Tudo bem
Um bom exemplo (c/ Tito Neto)
Uma casa de caboclo
Vamos cochichar (c/ Sertãozinho)
Vovó caduca (c/ Mário Zan)
Água mole em pedra dura
Bibliografia Crítica

Azevedo, M.A. (Nirez). A História Cantada em 78 rotações, Fortaleza Edições UFC: 2012.