
Compositor. Nasceu no morro de São Carlos, próximo ao centro do Rio de Janeiro. Ganhou seu apelido quando era criança pois, sempre costumava pedir um “niquinho” para comprar doces. Aprendeu a tocar de ouvido e aos sete anos já tocava cavaquinho, violão e bandolim. Faleceu aos 66 anos, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).
Aos 14 anos de idade começou a frequentar programas de calouros saindo sempre como vencedor. Começou a atuar profissionalmente aos 16 anos de idade quando, apadrinhado pelo compositor Ary Barroso, ingressou na Rádio Tamoio para tocar viola americana. Pouco depois, foi contratado pela Rádio Clube do Brasil e atuou em programas como “Samba e outras coisas”, e “Bazar de novidades”, entre outros. Também trabalhou em outras rádios como a Mayrink Veiga e Vera Cruz. Em 1954, teve sua primeira composição gravada, o samba “Precaução”, com Hélio Nascimento, lançado pelo cantor Raul Moreno em disco da Todamérica. Em 1958, o cantor Paulo Marques no LP “Orgia do samba” da gravadora Columbia registrou o samba “Seu Nome Tem Silva Lessa”, com Hélio Nascimento. Em 1961, o xote “No Dia Do Batizado”, com Zé Trindade, foi gravado no LP “Festa no Arraiá – Zé Trindade com a Banda do Mestre Britinho”, da gravadora Columbia. Em 1962, o cantor Anísio Silva no LP “Só penso em ti”, da Odeon, cantou o bolero “Amor Sublime”, com Noemi Cavalcanti e Mário Machado. Em 1963, o ator Zé Trindade, no LP “É um estouro”, da CBS, registrou o xote “As Filhas do Malaquias”, com Zé Trindade. No mesmo ano, o samba-canção “Ele e Maria “, com Othon Russo, foi registrado pela cantora Marisa Barroso no LP “Astor Silva/Marisa Barroso”, da CBS. Teve ainda o bolero “Há Uma História Triste “, com Othon Russo, gravado por Elis Regina no LP “O bem do amor”, da CBS. Ainda em 1963, fez sucesso com o bolero “Louco Fui Eu”, com Othon Russo, lançado pelo cantor Carlos Alberto em LP da CBS. Em 1964, o xote “Eu Gosto É de Muié”, com Zé Trindade, foi gravado por Zé Trindade no LP “Forró no arraiá – Zé Trindade e Suas Brincadeiras Juninas”, da CBS. No mesmo ano, seu choro “Niquinho no Choro”, com Renato Tito, foi gravado no LP “Onde está Mangueira – Renato Tito e Seu Conjunto”, da gravadora: Continental. Em 1965, o cantor e comediante Zé Trindade, no LP “Arraiá em festa – Zé Trindade e Suas Brincadeiras Juninas”, lançado por ele pela CBS, gravou as composições “Vou Pra Maragojipe”, “O Forró do Migué”, “A Banda do Mestre Bento” e “As Pernas da Maricota”, todas com Zé Trindade. Também em 1965, conheceu outro sucesso na Jovem Guarda, a balada “Gosto do Jeitinho Dela”, com Othon Russo, lançada por Roberto Carlos no LP “Jovem Guarda”, da CBS. No mesmo ano, o bolero “Amor Quando É Amor”, com Othon Russo, deu título ao LP lançado pelo cantor Roberto Müller pela CBS, e logo se tornou sucesso sendo gravado, em 1966, pela cantora Clara Nunes no seu disco de estréia, um compacto simples, além de fazer parte do LP “A voz adorável de Clara Nunes”, lançado por ela pela Odeon. Foi ainda registrado pelo violonista Irany Pinto no LP “Boleros em surdina Nº 10 – Irany Pinto e seu Conjunto”, da Odeon. Também em 1966, a balada “Ar de Moço Bom”, com Othon Russo, foi lançada com sucesso pelo cantor Roberto Carlos, em compacto simples e em LP. No mesmo ano, seu samba “Tudo é balanço”, com Nilton Pereira, foi gravado por Elza Soares no LP “Com a bola branca”, da Odeon. Ainda em 1966, lançou seu primeiro LP “Mixidinho – Niquinho e Seu Conjunto”, pelo selo Entré/CBS, interpretando as músicas “No Tempo do Vovô”, de Ormindo Fontes, o “Toco Preto”, “Sossega Violão”, de Luimy Fernando, “Começa Tudo Assim”, de Almeida Rego e Armando Quezada, “Vem Meu Grande Amor”, de Reinaldo Fernandes e Pedro Pacheco, “Ginga de Morro”, de A. Bourget e Luimy Fernando, “Um Bandolim no Samba”, de sua, ” Mixidinho”, de Mário Pereira e Ivan Nepomuceno, “Beija-me”, de Roberto Martins e Mário Rossi, “Ninguém”, de Magno Mattos, Almir Mattos e Ivan Mattos, “Sorriso da Zilah”, Cenira M. Nunes e Zilah Santana, e “Esperança Perdida”, com Hélio Nascimento. Em 1967, o saxofonista Pitanga, no LP “Show de sucessos” lançado pela Continental registrou o bolero “Amor Quando É Amor”, com Othon Russo. Teve ainda mais uma composição gravada pelo comediante Zé Trindade, o xote “As Filhas de Dona Flor”, com Zé Trindade. No mesmo ano, o cantor Jerry Adriani, em LP da CBS, gravou a “Canção da Felicidade”, com Othon Russo. Ainda nesse período fez sucesso com a balada “Deixe o Tempo Passar”, com Othon Russo, e lançada pelo duo Os Jovens, além de ser registrada na mesma época por Lafayette no LP “Lafayette apresenta os sucessos – VOL. IV”, do selo Entré/CBS. Também em 1967, lançou o LP “Deixa pra mim – Niquinho e Seu Conjunto”, pelo selo Entré/CBS, interpretando as músicas “Pra Machucar Meu Coração”, de Ary Barroso, “Caçulinha”, de A. Bourget e Luymi Fernando, “Parece, Mas Não É”, de Helinho, “Subindo São Carlos”, de Jorge Wanderley e Sidney Machado, “Cenira”, com Cicinato Santos, “Deixa Pra Mim”, de Jair do Pandeiro e Edson Mello, “O Romance”, de Ormindo Fontes, o “Toco Preto” e Leonardo Alves, “O Que Fazer”, de Jaime Florence, o “Meira” e Jota Santos, “Sambando no Estácio”, de Othon Russo e Amaury Nunes, e “Shirley”, de Amaury Nunes e João Lopes Vieira, “Zigue Zague” e “Não Sou Graúna Não”, de sua autoria. Em 1968, conheceu um de seus maiores sucessos, um clássico da Jovem Guarda a balada “Bilhetinho Apaixonado”, com Othon Russo, lançado em compacto simples pela cantora Kátia Cilene e ainda gravada por grupos como The Pops e The Fevers. Teve mais duas composições gravadas pelo instrumentista Pitanga, em LP do selo Musicolor/Continental: a balada “Bilhetinho Apaixonado”, com Othon Russo, e o bolero “Amor Diferente”, com Otaviano Pitanga. Ainda no mesmo ano, a balada “Eu Lhe Dei Bom Dia”, com Othon Russo, foi registrada por Jerry Adriani no LP “Esperando você”, da CBS, e o bolero “Minha Vida”, com Othon Russo, foi registrado por Anísio Silva, no LP “Lembrança de você”, da Odeon. Em 1969, o samba “Barracão”, com Jair do Cavaquinho, foi gravado pelo grupo Cinco Só para o LP “Um partido mais alto”, do selo Entré/CBS. No mesmo ano, Carlos José no LP “Quando o amor chegar”, da CBS, lançou o bolero “Não Vá Agora”, com Othon Russo, Ainda em 1969, lançou o LP “Eu toco para você – Niquinho e Seu Conjunto”, do selo Entré/CBS, interpretando as músicas “Eu Toco Pra Você”, de Luis de Souza e Jair do Pandeiro, “Isto É Saudade”, de Ormindo Fontes, o “Toco Preto” e Leonardo Alves, ” Um Chorinho Atual”, de Renato Tito, “Foi Você”, de Oscar Bellandi e Paulo Gesta, “Sete Degraus”, de João Lopes Vieira, “Chorei Choramos”, de Almeidinha, “Sonoroso”, de K-Ximbinho e Del Loro, “Bem-Te-Vi Atrevido”, de Lina Pesce, “Mexendo”, com Mário Pereira, “Alô Rio Alô Brasil” e “Tira Teima”, com Othon Russo, e “Polqueando”, de sua autoria. Em 1970, a cantora Cleide Alves, no LP “Canção de nós dois”, da RCA Victor, registrou a balada “Depois da Ladainha”, com Othon Russo. No mesmo ano, o cantor José Roberto no LP “José Roberto e seus sucessos – Vol. 3” gravou a balada “Desta Vez Não Vou Chorar”, com Othon Russo. Também em 1970, o cantor Odair José em LP da CBS registrou a balada “Vou Contar de Um a Três”, com Othon Russo. Em 1971, o cantor José Roberto, no LP “José Roberto e seus sucessos – Vol. 5”, do selo Epic/CBS, gravou a balada “A Carta Que Você Recebeu”, com Othon Russo. A cantora Núbia Lafayette em LP lançado por ela na gravadora CBS gravou o bolero “Amargura”, com Othon Russo. No mesmo ano, o cantor Roberto Müller, no LP “Meu mundo de esperança”, da CBS, gravou com grande sucesso o bolero “É Triste a Solidão”, com Othon Russo, em disco que incluiu ainda o bolero “Nunca Meu Amor”, com Roberto Müller. Em 1972, a cantora Núbia Lafayette, em seu clássico LP “Casa e comida” registrou o bolero “Não Vou Me Conformar”, com Othon Russo. No mesmo ano, gravou com Altamiro Carrilho o LP “As 14 regionais – A flauta de prata e o bandolim de ouro – Altamiro Carrilho e Niquinho”, que contou com o acompanhamento do Canhoto e Seu Regional na interpretação das músicas “Doce de Coco”, de Jacob do Bandolim, “Carinhoso”, de João de Barro e Pixinguinha, “Rio-São Paulo”, de sua autoria, “Bem-Te-Vi Atrevido”, de Lina Pesce, “Língua de Preto”, de Honorino Lopes, “Ave-Maria”, de Erothides de Campos, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, “Lamentos”, de Pixinguinha, “André de Sapato Novo”, de André Victor Correia, “Pedacinhos do Céu”, de Waldir Azevedo, ” Tico-Tico No Fubá”, de Zequinha de Abreu, “Revendo o Passado”, de Freire Júnior, “Três Beijos”, de Altamiro Carrilho, e “Apanhei-te Cavaquinho”, de Ernesto Nazareth. Em 1973, a cantora Núbia Lafayette registrou o samba-canção “Ficará Só A Saudade “, com Othon Russo, lançada em seguida em LP da Entré/CBS. Neste ano, a cantora Diana no LP “Uma vez mais”, da CBS, gravou a balada “Um Mundo Só Pra Nós”, com J. P. Cruz. Em 1977, o cantor paraibano Messias Holanda em seu LP “Olhe eu aqui de novo”, do selo Entré/CBS lançou o xote “Nem a Loteca Deu Jeito”, com J. P. Cruz. Seu principal parceiro foi Othon Russo, com quem compôs, entre outras música a balada “Bilhetinho apaixonado”, um dos maiores sucessos da Jovem Guarda. Com seu conjunto ou em atuação solo fez várias participações em álbuns de sambas ou serestas de artistas como Carlos José, Silvio Caldas, Candeia, e Roberto Ribeiro, entre outros. Teve mais de 50 composições gravadas.