Nilze Carvalho

Em 1981 gravou o primeiro disco “Choro de menina”. Nos anos posteriores, lançou outros LPs, todos pela gravadora CID: “Choro de menina. Volume 2”, em 1982; “Choro de menina. Volume 3”, em 1983 e, no ano seguinte, “Choro de menina. Volume 4”.

Aos 15 anos de idade, contratada pelo empresário italiano Franco Fontana, começou a viajar pelo exterior. No início, em palcos de países europeus e asiáticos e logo depois pelos Estados Unidos e América do Sul: Palácio do Congresso (Paris), Monte Carlo S. C (Principado de Mônaco),Teatro Sistina (Roma), Teatro Politeama (Nápoles), Teatro Verdi (Florença), Teatro Monumental (Madri), Teatro Apolo (Barcelona), Teatro Bagdá (Las Vegas), Teatro Pantages (Los Angeles), Teatro Abrassador (Broadway-Nova York), Casa Latina (Xangai), Ballroom Star City Casino (Sídnei/Austrália), Bacana (Tóquio, Sabath (Tóquio) e Argentina.

Em 1992 foi morar no Japão e tocar em uma churrascaria.

No ano de 1997, lançou o CD “Chorinhos de ouro volume 4”.

No Brasil, apresentou-se nos seguintes teatros: Teatro João Caetano, Teatro Arthur Azevedo, Sala Funarte/Sidney Miller e Maracanãzinho, todos no Rio de Janeiro e ainda em Brasília, no Teatro Villa-Lobos.

No ano de 1999 retornou definitivamente ao Brasil e p-assou a estudar música na UNI-Rio.

Em 2001, às vésperas do carnaval, apresentou-se no Tempero Carioca, em show promovido na Rua do Mercado (centro histórico do Rio de Janeiro) pelo Instituto de Arte e Cultura do Centro (Iacem).

No ano de 2002, foi convidada por Hermínio Bello de Carvalho para integrar o elenco do show “O samba é minha nobreza”, ao lado de Cristina Buarque, Roberto Silva, Pedro Miranda, Pedro Paulo Malta, Paulão Sete Cordas, entre outros, apresentado no Cine Odeon, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 2002 apresentou-se no show “Lembranças cariocas”, no bar Carioca da Gema.

Em 2003, sempre acompanhada pelo grupo Sururu na Roda, apresentou-se todas as sextas-feiras dos meses de maio e junho no Centro Cultural Carioca, no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, participou do projeto “Lembranças Cariocas”, apresentado em várias casas cariocas. O projeto, criado e dirigido por Lefê de Almeida, virou disco que juntou Nilze Carvalho, Pedro Miranda, Lucas, Macarrão, Trambique, Esguleba e Pedro Malta. O disco ainda contou com a participação especial de Chico Buarque declamando o poema “Canto do Rio sem sol”, de Carlos Drummond de Andrade. Ainda neste ano participou do “Projeto Novo Canto”, dirigido por Sergio Natureza, no qual apresentou-se ao lado do grupo Arranco de Varsóvia e Marquinhos de Osvaldo Cruz. Neste mesmo ano, ao lado de Dona Ivone Lara, Wilson Moreira, Elton Medeiros, Cristina Buarque, Monarco, Velha Guarda da Portela, Elza Soares, Teresa Cristina, Martnália, Cristina Buarque, Renato Braz, Seu Jorge e Walter Alfaiate, entre outros, participou do CD “Um ser de luz – saudação à Clara Nunes”, lançado pela gravadora Deckdisc, no qual interpretou a faixa “A deusa dos Orixás”, da autoria de Romildo e Toninho Nascimento.

Em 2004, ainda integrando o grupo Sururu na Roda, gravou o CD “Sururu na Roda”, no qual contou com a participação especial de Chico Buarque no pout-pourri que reuniu “A Rita”, “Samba do grande amor”, “Homenagem ao malandro” e “Feijoada completa”. No CD também foram incluídas “Minha embaixada chegou” e “E o mundo não se acabou”, ambas de Assis Valente, “É preciso muito amor” e “Mil réias”, as duas de Noca da Portela, “Leviana” e “A voz do morro”, composições de Zé Kétti, “Na linha do mar” (Paulinho da Viola), “O conde” (Jair Amorim e Evaldo Gouvêa) e ainda “Santa morena”, de Jacob do Bandolim. Participou como instrumentista do musical “Obrigado Cartola!”, no Centro Cultural Banco do Brasil.

No ano de 2005 lançou mais um disco solo, desta vez o CD “Estava faltando você”, no qual interpretou a faixa-título de autoria de Wilson das Neves e Délcio Carvalho, “Valsa do sonho” (Agenor de Oliveira e Paulinho Lemos), “Candeeiro da vovó” (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho), “Somos nós” (Wanderley Monteiro, Paulinho do Cavaco e Mário Lago Filho), “Samba ao samba” (Tuninho Galante e Marceu Viera), “Ilusão à toa” (Johnny Alf), “O cavalo de São Jorge” (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro), “Pra lá pra cá” (Dauro do Salgueiro e Nei Lopes), “Cest fini” (Padeirinho e Nei Lopes) e ainda três parcerias suas com o pai, entre elas a faixa “Andarilho”. O disco ainda contou com as participações especiais do pai da cantora (Cristino Ricardo) do pianista Márvio Ciribelli e de Nei Lopes.

No ano de 2006, ao lado de Eliane Faria, Monarco, Elton Medeiros, Gabriel # 9 e Roberto Silva, participou da coletânea “Circuito original” que reuniu alguns artistas participantes do projeto homônimo, apresentado em bares do Rio de Janeiro. No CD interpretou “Somos nós” (Wanderley Monteiro, Paulinho do Cavaco e Mário Lago Filho) e “Estava faltando você” (Wilson das Neves e Délcio Carvalho), ambas as faixas retiradas de seu disco “Estava faltando você”.

Participou como cantora, ao lado de Pedro Paulo Malta e Pedro Miranda, do CD Lembranças Cariocas, lançado em 2010 pela Biscoito Fino, cujo repertório incluiu composições de sambistas consagrados como Bide, Marçal, Cartola, Carlos Cachaça, Moreira da Silva, dentre outros compositores que não eram exclusivamente sambistas, como Dorival Caymmi e Lupicínio Rodrigues. O disco contou com as participações de Chico Buarque e Cristina Buarque. Nesse mesmo ano, lançou e produziu ao lado de Edu Krieger o CD “O que é meu”, com arranjos seus e de Alessandro Cardozo, Paulão Sete Cordas, Marcelo Caldi, Cristóvão Bastos e Ruy Quaresma. O repertório incluiu composições próprias como “Ela sabe que é” (c/ Camila Costa), “Nordestino” (c/ Zeca Leal) e “Proposta de paz” (c/ Cristiano Ricardo), além das faixas: “Banho de Manjericão” (Paulo César Pinheiro e João Nogueira), “Doces Recordações” (D. Ivone Lara e Délcio Carvalho), “Lamento da lavadeira” (Monsueto, João Vieira Filho e Nilo Chagas), “Chorei” (Paulo César Pinheiro, Eduardo Gudin e Mauro Duarte), “Festa” (Gonzaguinha), “Lua cheia” (Toquinho e Chico Buarque), “Barracão (Luiz Antônio e Oldemar Magalhães), “Mal de amor” (Benil Santos e Raul Sampaio), “O que é meu” (Toninho Geraes e Toninho Nascimento) e “Se um novo amor me convidar” (Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi). O show de lançamento do disco ocorreu no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro.

Em 2011 apresentou-se no Teatro Rival no Rio de Janeiro, em show cujo repertório incluiu as músicas do CD “O que é meu” e que contou com a participação do cantor e compositor Toninho Geraes. Nesse mesmo ano participou, como convidada de Dona Ivone Lara, do projeto “Encontro de Mulher dá Samba”, realizado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, do qual também participaram as cantoras Thaís Gulin e Fabiana Cozza. Gravou com o Sururu na Roda o CD “Se você me ouvisse” em comemoração aos 100 anos de Nelson Cavaquinho, com participações dos músicos Alexandre Caldi, Marcelo Caldi, Dirceu Leite e Cristino Ricardo.

Em 2012 participou da gravação do DVD “Casuarina – 10 anos de Lapa”, interpretando, ao lado de Áurea Martins, a música “Segredo” (Herivelto Martins e Marino Pinto), em show que contou com a participação de artistas que fizeram parte do cenário de revitalização do bairro da Lapa, como Eduardo Gallotti, Teresa Cristina, Moyseis Marques, Marcos Sacramento, Áurea Martins, Pedro Miranda, Zé Paulo Becker, Áurea Martins, Zé da Velha e Silvério Pontes, entre outros.

Em 2013 participou da “Semana Conexões”, dentro das comemorações do “Ano Brasil Portugal”, apresentando o show “O que é meu” no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal). Lançou um DVD com o grupo Sururu na Roda, com as participações de Monarco em “Quitandeiro”, Diogo Nogueira em “Pimenta no vatapá”, Péricles em “Ainda posso ser feliz”, e Dona Ivone Lara no pot-pourri “Senhora da canção/ Sonho meu/ Mas quem disse que eu te esqueço”.

Participou do “Sambabook Zeca Pagodinho”, lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou “Já mandei botar dendê” (Arlindo Cruz, Maurição e Zeca Pagodinho). Foi responsável pelos arranjos da série “Vozes do Samba”, exibida pelo Canal Brasil.

Em 2014 lançou, pelo selo Rob Digital, “Verde amarelo negro anil”, que produziu em parceria com o baixista Zé Luiz Maia, com reagravações de “Fumo de rolo” (Nei Lopes e Roberto Ribeiro), “Antes que eu volte a ser nada” (Leci Brandão), “Peso na balança” (Wilson Moreira), “Retrato da Bahia” (Riachão), “Roda baiana” (Ivan Lins e Vitor Martins), “Teco teco” (Pereira Costa e Milton Vilela), entre outras além das inéditas “Viola” (Zeca Leal) e a faixa-título de sua autoria com Marceu Vieira.

Em 2015 apresentou o show “Verde amarelo negro anil” no Teatro Municipal de Niterói (RJ). Nesse mesmo ano foi indicada ao “Grammy Latino” na categoria “Melhor Álbum de Samba e Pagode”, com o disco “Verde amarelo negro anil”.

Em 2016 viajou em turnê pelo Japão com o Sururu na Roda, onde gravaram o DVD “Made in Japan”, lançado no Brasil pelo selo Biscoito Fino.

Em 2018 lançou o DVD de carreira “40 anos”, comemorando suas quatro décadas dedicadas à música brasileira. Gravado ao vivo em estúdio, o DVD incluiu, além de clássicos como “Brasileirinho” (Waldir Azevedo) e “Barracão” (Luiz Antonio e Oldemar Magalhães), as autorais “Verde amarelo negro anil” (Nilze Carvalho e Marceu Vieira) e “Viola” (Nilze Carvalho e Zeca Leal). O show de lançamento foi apresentado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro e teve participação especial de Nei Lopes.

No ano de 2024 lançou o CD “Nos Combates da Vida”, do qual se destacam as composições “Vida ao jongo” (Lazir Sinval) e a faixa-título, de autoria de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho. No trabalho, coproduzido com o baixista Zé Luís Maia, também foram incluídas “É de manhã” (Caetano Veloso); “Isso é Fundo de Quintal” (Leci Brandão); “Zé do Caroço” (Leci Brandão); “Menina miúda” (Lazir Sinval e Lili Figueiredo); “Candeeiro” (Teresa Cristina), com participação especial da compositora. O disco teve lançamento no Teatro Rival Petrobras, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, de 2024, fez participação especial no espetáculo “Botequim do Aldir: sambas e canções”, da cantora Dorina, no Teatro Rival Petrobras.

Em 2025 gravou o samba “Brasil em cena”, que Jair Oliveira compôs para homenagear o filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, primeiro filme brasileiro a ganhar o Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro”. O gravação foi exibida pela tevê Globo em uma campanha publicitária no primeiro intervalo da transmissão da cerimônia de premiação do Oscar.

Durante a carreira apresentou-se no Japão, Estados Unidos (Los Angeles e Nova York, Austrália, França, Itália e Espanha.