5.001
Nome Artístico
Ney Alberto
Nome verdadeiro
Ney Alberto Gonçalves de Barros
Data de nascimento
27/9/1940
Local de nascimento
Mesquita, RJ
Data de morte
23/6/2012
Local de morte
Nova Iguaçu, RJ
Dados biográficos

Escritor. Letrista. Poeta. Jornalista. Historiador. Professor de História.

Filho de professores, seus pais eram os donos do Colégio Leopoldo, escola de referência no município de Mesquita.

Na década de 1960 foi presidente da União Iguaçuana de Estudantes (UIE).

Pertenceu à Ala de Compositores do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Beija Flor de Nilópolis.

Durante a década de 1970 escreveu regularmente para o jornal Correio da Lavoura, da cidade de Mesquita, município da Baixada Fluminense.

Em 1978 colaborou como colunista na primeira edição do jornal Berro da Baixada Fluminense. No ano seguinte, em 1979, prestou a entrevista “Nova Iguaçu é terra de frouxos” à Revista Equipe nº 12, de Nova Iguaçu. Ainda em 1979 lançou o livro “Em Nova Iguaçu depois da tempestade vem a lambança”, imitação de cordel, segundo o autor.

No ano de 1983 publicou “Topada sem palavrão” (imitação de cordel).

Na década de 1990 exerceu o cargo de Presidente do IHGNI (Instituto Histórico e Geográfico de Nova Iguaçu).

Em 1996 recebeu o título “Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro”.

No ano de 2002 foi inaugurada a Biblioteca Ney Alberto Gonçalves de Barros na Escola de Tecnologia e Cidadania Herbert de Souza, em Tinguá. Três anos depois, em 2005, ao lado de outros palestrantes como Valter Filé, Jurandir Ferreira e Sérgio Fonseca participou do “Ciclo de Debate do Espaço Cultural Sylvio Monteiro”, da mesa intitulada “Existe Baixada?”. Neste mesmo na ano, no ECSM, participou do”Video-Debate”com Marize Conceição e Daniel Caetano, a convite do grupo GESTAR. No ano posteror, em 2006, a convite da TV Maxabomba, participou d amesa redonda “Histórias de Nova Iguaçu” ao lado dos também historiadores da região Eduardo Corrêa, Sonali Maria e Sônia Barbosa, no ECSM (Espaço Cultural Sylvio Monteiro).

Em 2007 ministrou curso no workshop “Baixada Fluminense: Cultura e Sociedade”, no prédio do Fórum de Nova Iguaçu, auditório Ministro Vitor Nunes Leal, ao lado de Sérgio Fonseca, Marcus Monteiro, João Batista Damasceno, Ivonete Lima, Antônio Lacerda e Cláudio Estebam.

Em 2011, no teatro da UNIG (Universidade de Nova Iguaçu)  estreou a peça “Isto é coisa de Ney Alberto/Tributo ao professor”, de Gabriel Barbosa.

No mesmo ano de seu falecimento, em 2012, por iniciativa de sua viúva Ana Raquel de Jesus e da jornalista Jeania Maria, foi lançado um manifesto propondo a criação do Museu Professor Ney Alberto, em Nova Iguaçu, apoiado por juízes, intelectuais, professores, amigos e artistas da região. Neste mesmo ano, de 2012 foi lançado o livro póstumo “Deus nos livre da política de Nova Iguaçu – Crônicas e outros artigos”, no Saguão do Fórum de Nova Iguaçu, com exibição do vídeo biográfico produzido pelo fotógrafo Jorge Ferreira.

No ano de 2013 foi citado em verbete no livro “Frutos da Terra: Sambas e Compositores Iguaçuanos”, organizado por Otair Fernandes e Edna Inácio da Silva e Silva, publicado pelo Núcleo LEAFRO (Laboratório de Estudos Afro-brasileiro e Indígenas), da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).

Dados artísticos

No ano de 1971 o cantor Marcos Moran, com o samba “Vou fechar o meu negócio” (c/ Luiz Carlos de Almeida), ganhou o primeiro lugar no “Festival de Nova Iguaçu”.

Em 1984 Agepê, no LP “Mistura brasileira”, interpretou de sua autoria o samba “Clara Claridade”, composto em parceria com Romildo e Agepê, em homenagem à cantora Clara Nunes. Neste mesmo ano de 1984 Joel de Castro gravou de sua autoria “Noite de fantasia” (c/ Romildo Bastos e Edson Show) no LP “Pagode de Natal – A noite Feliz dos Bambas”, produzido e lançando pela Coca-Cola. No ano seguinte, em 1985, Bezerra da Silva, no LP “Malandro rifle”, incluiu o samba “Da pesada”, parceria com Edson Show e Romildo Bastos.

Em 1988 Bezerra da Silva, no LP “Violência gera violência”, gravou de sua autoria a faixa “Vida de operário”, em parceria com Romildo e Edson Show.

No ano de 1990 seu samba “O poeta operário” (c/ Romildo Bastos) foi incluído no disco “Eu não sou santo”, de Bezerra da Silva, lançando pela gravadora BMG Ariola.

No ano de 1991 compôs em parceria com Carlinho Pretinho o samba-enredo “Quem te viu, quem TV”, com o qual a Leão de Nova Iguaçu desfilou naquele ano. Dois anos depois, em 1993, também em parceria com Carlinho Pretinho, compôs “O que é que a Baixada tem?”, com o qual a mesma escola desfilou neste ano.

Em 2006 o parceiro Wilsinho Saravá interpretou algumas composições de ambos no CD “Sementes do Samba”.

No ano de 2012 foi homenageado pelo Bloco Carnavalesco Trem da Harmonia, da cidade de Nova Iguaçu, que desfilou com o samba-enredo “Nova Iguaçu é dele”, de autoria de Zezé e Crispim, interpretado por Cremilson Silva e Tonho PQDT.

Entre seus vários parceiros contam os melodistas Catoni, Wilson Bombeiro, Romildo Bastos, Agepê, Eloir, Carlinho Pretinho, Luiz Carlos de Almeida, João da Paz e Wilsinho Saravá, entre outros.

Obras
Clara claridade (c/ Agepê e Romildo)
Da pesada (c/ Edson Show e Romildo Bastos)
Noite de fantasia (c/ Romildo Bastos e Edson Show)
O poeta operário (c/ Romildo Bastos)
O que é que a Baixada tem? (c/ Carlinho Pretinho)
Quem te viu, quem TV (c/ Carlinho Pretinho)
Vida de operário (c/ Romildo e Edson Show)
Vou fechar o meu negócio (c/ Luiz Carlos de Almeida)
Bibliografia Crítica

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: 3ª ed. EAS Editora, 2014.

FERNANDES, Otair e SILVA, Edna Inácio da Silva (Organizadores). Frutos da Terra: Sambas e Compositores Iguaçuanos. Rio de Janeiro: Núcleo LEAFRO (Laboratório de Estudos Afro-brasileiro e Indígenas), da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2013.

FONSECA, Sérgio. Frente & verso – poemas, crônicas, letras, prosa e trovas. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2013.

MATUS, Moduan. Histórias de Nova Iguaçu – Iguassú – Recortes de uma cronologia ilustrada de 510 anos. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2018.