Cantora. Compositora. Rapper. Atriz.
Nasceu na Zona Oeste de São Paulo no bairro de Pirituba.
Cresceu ouvindo o pai ensaiar em casa com o saxofone.
No ano de 2006 participou como atriz e cantora do seriado “Antônia”, exibido na Rede Globo com enorme sucesso de crítica e público. O trabalho teve como ponto de partida o filme homônimo de Tata Amaral, na época, ainda em filmagem.
Em 2007 foi levado às telas o filme “Antônia, terceiro longa-metragem da cineasta Tata Amaral, contando a história da luta contra o machismo e o preconceito no universo hip hop. O filme, trouxe, além de Negra Li como atriz e cantora, no papel de filha de Sandra de Sá como uma regente de um coral de igreja. A fita conta ainda com as cantoras Leilah Moreno, Mayah, do rapper Thaíde, dos DJs Negro Rico e Hadji, além dos MCs Macário, Kamu, Mionese, Ezequiel, Hébano e a MC Cindy Mendes.
Apareceu inicialmente no grupo RZO, formado na periferia de São Paulo, na região de Brasilândia e Pirituba, também integrado por MC Sandrão e o rapper Helião (Hélio Barbosa dos Santos – Salvador/Bahia). O grupo, apadrinhado pelo Racionais MCs, lançou em 1997 o primeiro disco “O trem”, editado pela gravadora Cosa Nostra, de Mano Brown, principal integrante dos Racionais MCs. O single mesmo sem divulgação nas rádios comerciais chegou à marca de 200 mil cópias vendidas apenas tocando em rádios comunitárias e divulgado em jornais de bairros e fanzines, além da propaganda boca a boca. Logo depois, pela mesma gravadora, lançou o CD “Todos são manos”, no qual o single anterior foi incluído, chegando também à marca de 200 mil cópias vendidas.
Em 2004 o grupo RZO foi convidado a participar do evento “Hip hop Manifesta”, no Riocentro, organizado pela empresa Rapsoulfunk, de MC Mr. Castra e Primo Preto. Neste mesmo ano, em dupla com Helião, lançou o CD “Guerreiro, guerreira”, pela Universal Music, disco no qual receberam como convidados Mano Brown (Racionais MCs) na faixa “Periferia” e Marcelo D2 (ex- Planet Hemp) na faixa “O rap não é pra ninguém”. Destacando-se ainda do CD a faixa “O mensageiro”, sucesso em várias emissoras paulista. NO ano seguinte, em 2005, a dupla ganhou um dos principais prêmios do universo hip hop no Brasil, o “Prêmio Hutúz”. Na festa de premiação no Canecão a dupla recebeu os troféus de “Melhor Grupo” e ainda “Melhor DJ de Grupo”, dado ao DJ Negro Rico, que os acompanha.
No ano de 2006 pela gravadora Universal e em carreira solo, Negra Li lançou o disco “Negra livre”, com faixa-título composta por Nando Reis especialmente para a cantora. No CD também foram incluídas várias outras composições inéditas, entre as quais a inédita “Você vai estar na minha”, de Marisa Monte e Lino Crizz e ainda a regravação “Tudo era lindo”, antigo suscesso de Carlos Dafé, composição de Carlos Dafé e Jomari. Com produção de Paul Ralphes o CD touxe ainda a regravação de “Meus telefonemas”, de Caetano Veloso em parceria com Dinho, LG, José Júnior, Cláudio Menezes e Jairo Cliff, integrantes do grupo carioca AfroReggae, faixa com a participação especial de Caetano Veloso.
Em 2012, com produção musical de Rick Bonadio, lançou o CD “Tudo de novo”, no qual interpretou as composições “Vai passar” (Sérgio Britto), “Volta pra casa” (Negra Li e Krhistiano Oliveira), “E eu” (Gisele de Santi), “Não vá” (Sérgio Britto), “Posso morrer de amor” (Leandro Lehart), “Fotografia” (Leoni e Léo Jaime), “Mais que um olhar” (Di Ferrero e Gee Rocha), “Hoje eu só quero ser feliz” (Rick Bonadio e Beto Paciello), “Como iguais” (Sérgio Britto) e “Culto de amor” (Edgard Scandurra e Taciana Barros), além da faixa-título “Tudo de novo”, de Mauricio Bressan. Fez show de lançamento do disco no palco do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Neste mesmo ano estreou, como atriz, o musical infantil “O Chapeleiro Maluco”, no Teatro Geo, em São Paulo; participou do evento da Rede Globo “Criança Esperança”, no palco do HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
No ano de 2014 lançou o CD “Você vai estar na minha – Duetos”, com várias participações especiais, entre as quais Caetano Veloso na faixa “Meus telefonemas”; Charlie Brown Jr em “Não é sério”; Skank na composição “Ainda gosto dela”; Rappin Hood e NX Zero em “O destino”; o antigo parceiro Helião em “Falei das flores”; a roqueira baiana Pitty na faixa “Chain of fool”; o rapper carioca Gabriel, O Pensador em “Deixa rolar” e Akon na faixa “Beautiful”, além das cantoras Leilah Moreno e Cindy na música “Antônia”, entre outras participações. No CD também interpretou a faixa-título “Você vai estar na minha” e ainda “Guerreiro, guerreira”.
No ano de 2016, ao lado de Luis Vagner, Carlos Dafé, Edi Rock e Rincon Sapiência, participou do projeto “RAPNSOUL”, no SESC Pinheiros, em São Paulo, como convidados do Trio Azymuth e o DJ Nuts, em espetáculo no qual o repertório foi integrado por composições representativas do soul music brasileiro e do rap nacional, sendo executados clássicos dos anfitriões e convidados, tais como Trio Azymuth (“Linha do Horizonte” e “Jazz Carnival”); Luis Vagner (“Segura a Nega” e “Saudade de Jackson do Pandeiro”); Carlos Dafé (“Pra que Vou Recordar o que chorei” e “A Cruz”), além do rap e a mistura sonora da cantora Negra Li, Edi Rock e Rincon Sapiência, representantes do hip hop nacional. Neste mesmo ano, de 2016, ao lado de Duani, B Negão, Rappin Hood, o duo Tropkillaz, Dexter, Céu e integrantes do grupo de rap RZO (DJ Cia e Sandrão), interpretou a faixa “Canão foi tão bom”, no CD “Sabotage”, produzido pelo Selo Instituto (Daniel Ganjaman, Tejo Damasceno e Rica Amabis), disco em homenagem ao rapper paulistano Sabotage. Todos os participantes cederam seus direitos autorais e conexos para Wanderson e Tamires, filhos do rapper assassinado na comunidade Canão, na Zona Sul de São Paulo.
Em 2018 lançou o CD autoral “Raízes”, que contou com a participação especial de Seu Jorge em “Eclipse lunar” (c/ Junior dread e Seu Jorge) e Rael na faixa-título, Gaab em “Uma dança” e Cynthia Luz em “Somos iguais”.
(c/ Helião)
com o grupo RZO
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.