Cantor. Instrumentista (violonista). Compositor.
Filho de Caetano Veloso. Ainda menino, escreveu a letra para a música de Caetano Veloso “Um canto de afoxé para o bloco do Ilê”, registrada por seu pai no LP “Cores, nomes”, lançado em 1982. Ingressou, mais tarde, na Faculdade de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se formando nos anos 2000, mas decidiu abraçar a profissão de músico.
Em 2024 participou do programa de TV do canal fechado GNT “Que história é essa Porchat?”, apresentado pelo comediante Fábio Porchat. No programa, personalidades contam histórias engraçadas reais pela qual tenham passado. Moreno contou a história de quando estava indo aos EUA tocar com amigos e foi detido pelo FBI como suspeito por terrorismo em 1993. Na época, o músico estudava física, e os agentes fizeram várias perguntas relacionadas a isto sem que soubesse como eles sabiam de seu envolvimento com o campo de conhecimento em uma época na qual não estava difundido o uso da internet e dos celulares.
Em 1997, sua composição “How beautiful could a being be” foi registrada por Caetano Veloso no LP “Livro”, e tornou-se tema da propaganda da Adidas, na Europa. Pouco depois, sua música “Sertão” (c/ Caetano Veloso), foi gravada por Gal Costa.
Em 2000, gravou seu CD de estréia, “Máquina de escrever música”, com seu grupo Moreno + 2, integrado também por Domenico Lancelotti (percussão), integrante do grupo Mulheres Q Dizem Sim, e Kassin (baixo), do conjunto Acabou La Tequila, que assinou também a produção musical. O título do CD remete a uma estória envolvendo o compositor Antonio Carlos Jobim, que teria se referido a um computador trazido do exterior como “máquina de escrever música”. O disco conta com Daniel Jobim, nos teclados das faixas “Sertão” e “I’m wishing”, e João Donato, ao piano na faixa “Para Xó”, além da afetuosa participação de Caetano Veloso, na primeira música que ensinou o filho a cantar, “Só vendo que beleza” (Henricão e Rubens Campos). Ainda nesse ano, participou do Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em 2009 lançou, com o grupo Moreno +2(com Domenico Lancelotti e Kassin), a trilha sonora da coreografia “Imã”, do Grupo Corpo.
Em 2011 lançou “Solo in Tokyo”, pela indie Hapiness Records, com as músicas “A Base do Supremo” (Moreno Veloso e Rogério Duarte), “Um Passo à Frente” (Moreno
Veloso e Quito Ribeiro), “Jardim de Alah”(Moreno Veloso e Quito Ribeiro), “Corpo Excitado” (Reizinho), “Deusa do Ébano” (Miltão), “Deusa do Amor” (Adailton Poesia e Valter Farias), “Sertão” (Moreno Veloso e Caetano Veloso), “ Rio Longe”(Moreno Veloso) e Arriverdeci(Moreno Veloso), “Lá Vem a Baiana”(Dorival Caymmi), “Nem Eu”(Dorival Caymmi), “Maré” (Moreno Veloso e Adriana Calcanhotto), “Mais Alguém”(Moreno Veloso e Quito Ribeiro) e “Osaruno Nataasha” (Hiroshi Takano). No mesmo ano, trabalhou como produtor no álbum “Recanto”, de Gal Costa, sua madrinha, e apresentou-se, ao lado de Pedro Sá, no Solar de Botafogo (RJ).
Em 2014, lançou o CD “Coisa boa”, seu primeiro disco solo de estúdio. O CD foi produzido por ele e pelo guitarrista Pedro Sá e contou com participações e colaborações de Takako Minekawa, Domenico Lancelotti, Kassin, Alberto Continentino, Maurício Pacheco, Rubinho Jacobina, Rafael Rocha, Davi Moraes e Rodrigo Amarante. Contou com as faixas “Coisa boa”, “Hoje”, “De tentar voltar”, “Não acorde o neném”, entre outras.
Foi convidado novamente por Gal Costa para a produção de seu disco, “Estratosférica” em 2015.
Em 2018, ao lado de seu pai e seus irmãos Zeca e Tom Veloso realizaram o espetáculo “Caetano Moreno Zeca Tom Veloso”, todo dedicado às mães, e as homenagearam ao cantar “Ela e eu” para Dedé Gadelha (mãe de Moreno) e “Não me arrependo” para Paula Lavigne (mãe de Zeca e Tom). O show gerou o DVD “Ofertório ao vivo”. Foram registradas as seguintes músicas: “Alegria alegria” (Caetano Veloso); “O seu amor”(Gilberto Gil); “Boas vindas” (Caetano Veloso); “Todo homem”(Zeca Veloso); “Genipapo absoluto”(Caetano Veloso); “Um passo à frente”(Moreno Veloso e Quito Ribeiro); “Clarão” (Tom Veloso); “De tentar voltar” (Moreno Veloso e Domenico Lancellotti); “A tua presença morena” (Caetano Veloso); “Trem das cores” (Caetano Veloso, 1982); “Um só lugar” (Cezar Mendes e Tom Veloso); “Alexandrino” (Caetano Veloso); “Oração ao tempo” (Caetano Veloso); “Alguém cantando” (Caetano Veloso); “Ofertório” (Caetano Veloso), “Reconvexo” (Caetano Veloso); “Você me deu” (Caetano Veloso e Zeca Veloso); “O leãozinho” (Caetano Veloso); “Gente”(Caetano Veloso); “Ninguém viu”(Moreno Veloso); “Ela e eu” (Caetano Veloso). “Não me arrependo” (Caetano Veloso); “Um canto de afoxé para o bloco do Ilê” (Caetano Veloso e Moreno Veloso); “Força estranha” (Caetano Veloso); “How beautiful could a being be “(Moreno Veloso); “Canto do povo de um lugar” (Caetano Veloso); “Deusa do amor” (Adailton Poesia e Valter Farias) e “Tá escrito” (Xande de Pilares, Carlinhos Madureira e Gilson Bernini).
Em 2019, ao lado de Bem Gil, realizou show inédito no Teatro Ipanema do Rio de Janeiro. Apresentou composições inéditas como “Sereno”, “Sertão”, que escreveu em parceria com o pai, o cantor Caetano Veloso, além de “É de hoje”, parceria com o arranjador Luís Filipe de Lima. No mesmo ano de 2019, ao lado do cantor e compositor Paulo Costta, lançou o DVD “Recôncavo”, no SESC Avenida Paulista. Logo depois o DVD foi lançado no Teatro Sesi, no Rio de Janeiro. O trabalho reuniu poemas musicados de Mabel Velloso, poetisa que participou da educação primária de Paulo Costta. Mabel, irmã de Maria Bethânia e Caetano Veloso, tem mais 400 poemas escritos, e deste conjunto foram escolhidos 14 para serem musicados e comporem o DVD. O show incluiu uma dezena de ritmos do recôncavo baiano. Maria Bethânia participou do encerramento do show em off, declamando poemas de Mabel Velloso. Também participaram do DVD, Jaques Morelenbaum, Nando 7 Cordas, BB Kramer, Bruno di Lullo, Ricardo Dias Gomes, Zero, Joana Queiroz, Felipe Pinaud e Domenico Lancellotti. O DVD foi idealizado depois do reencontro de Paulo Costta com Mabel Velloso no aniversário de 102 anos de Dona Canô, matriarca da família Veloso.
Em 2022 lançou, com Beatriz Azevedo, o álbum "Clarice Clarão" pelo Selo Sesc, que foi uma homenagem ao centenário da escritora Clarice Lispector (1920-1977), O trabalho surgiu a partir do espetáculo “Now Clarice”, de Beatriz Azevedo e Moreno Veloso, que fizeram a produção musicla do álbum. O trabalho teve como músicos Jaques Morelenbaum (cello) e Marcelo Costa (percussão). Maria Bethânia participou declamando textos de Clarice Lispector. As músicas registradas foram “Canto” (Beatriz Azevedo e Moreno Veloso) “Bis”(Beatriz Azevedo e Deni Domênico), “Deusa do Amor” (Adailton Poesia e Vlter Farias), “Circo”(Beatriz Azevedo), “Um Canto de Afoxé para Bloco do Ilê” (Caetano Veloso e Moreno Veloso), “Água Viva”(Clarice Lispector), “Clarice Clarão”(Beatriz Azevedo) “Onde Estivestes de Noite”(Clarice Lispector), “Rede”(Beatriz Azevedo), “Três da Madrugada”(Carlos Pinto e Torquato Neto) e “Escapulário”(Caetano Veloso e Oswald de Andrade).
Em 2024 lançou o álbum “Mundo paralelo”. Além de cantar, tocar e compor, também fez a produção musical do trabalho. Os músicos que tocaram no álbum foram Domenico Lancellotti (bateria), Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e sintetizador), Thiago Queiroz(sopros), Kainã do Jêje (percussão) e Rodrigo Bartolo(sintetizadores). As músicas gravadas foram “Um dois e já” (Moreno Veloso e Quito Ribeiro), com a participação de Nina Becker na voz; “Bailando”(Piero Piccioni, com versão em espanhol de Bruno Di Lullo e Moreno); “Unga dorme nesse frio” (Moreno Veloso); “Vista da janela” (Moreno Veloso e Quito Ribeiro); “A donzela se casou” (Moreno Veloso), com participação de Caetano veloso e Maria Bethânia, e dos irmãos Tom Veloso e Zeca Veloso, “É de hoje” (Moreno Veloso e Luis Filipe Lima), “Mundo paralelo” (Moreno Veloso, Tiganá Santana e Carlos Rennó), “Um presente de Natal” (Moreno Veloso e Quito Ribeiro) e “Deixa estar”(Marina Lima e Antônio Cícero). Também em 2024 lançou o EP “Sons & sabores”. O trabalho foi concebido a partir do livro de receitas homônimo da chef Morena Leite. As músicas incluidas foram “Brasil pandeiro” (Assis Valente), “Cocada” (Antonio Vieira), “Cravo e canela” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Tropicana” (Alceu Valença e Vicente Barreto) e “Refazenda”(Gilberto Gil).
Single com carlos Rennó
Single com Marcelinho da Lua
Single com Iara Rennó
single com Nenung, Nuninga, Edo Portugal
Single
Single com Eletá
Ao vivo com Paulo Costta
Com Caetano, Tom e Zeca Veloso
Single com Cacuca
Single com Javelin
Com Kassin e Domenico Lancelotti
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.