Compositor. Cantor.
Filho de Hermegildo Maximiano da Costa, pastor, tocador de acordeon. Sobrinho do poeta Accioly Lopes.
Apesar de ter nascido no bairro carioca de Botafogo, foi criado nos subúrbios de Bento Ribeiro e Madureira, surgindo daí a sua aproximação com o samba e os grandes mestres das escolas Portela, Tradição e Império Serrano.
Começou a tocar violão aos14 anos.
Músico da noite, atuou em bares, boates, shoppings e termas do Rio de Janeiro.
Começou a sua carreira na década de 1970, participando de vários grupos musicais e atuando em festivais universitários e regionais, como o “Festival de Águas Claras”, em São Paulo. Por essa época, apresentou-se em teatros como João Caetano, Sala Funarte, Tereza Raquel, Carlos Gomes, dentre outros. Como músico, acompanhou, tocando vários instrumentos, Elymar Santos e Clarisse Grova. Participou, como corista, de gravações em discos de Fafá de Belém, Grupo Molejo, entre outros.
Em 1979, o grupo Copa Sete gravou a sua primeira música, “Aos trancos e barrancos”, em parceria com Beto Soares, sendo regravada por Bebeto no ano seguinte. Ainda em 1979, ingressou no grupo de artistas Panela de Pressão, participando de vários shows e atuando como músico e ator em peças e musicais como “Bar Brasil”, “Labirinto das Águas” e “Drummondiando”, ao lado de Euclides Amaral, Sidney Cruz, Marko Andrade e Lúcio Celso Pinheiro, entre outros.
No ano de 1993, Israel do Carmo gravou “Gata magricela”, parceria com o poeta Marcos Madeira. Neste mesmo ano, o grupo Molejo incluiu em seu primeiro disco a música “Vem mais” (c/ César Rodrigues e Ricardo Perez). Ainda neste ano, ingressou no grupo Tempero, de Santos, atuando como violonista e principal vocalista no segundo disco do grupo, premiado com o “Disco de Ouro” por 100.000 cópias vendidas. O disco incluiu de sua autoria a música “Matita poeira” (c/ César Rodrigues).
Em 1994, gravou com o grupo Tempero o CD “Suingue do meu samba”. Produzido por Bira Havai para a Sony Music, o disco chegou a vender 100.000 cópias, sendo indicado para o “Prêmio Sharp” de “Melhor Grupo de Samba & Pagode”, fato que garantiu a aparição em programas de televisão como “Domingão do Faustão”, Raul Gil, “Vídeo Show”, Ana Maria Braga, Sílvio Santos, Gugu Liberato e Globo Esporte, entre outros. No ano seguinte gravou pela Sony Music o disco “Grupo Tempero”.
Em 1996, Rubens Cardoso incluiu em seu CD “Dança das cores”, duas parcerias de ambos, “Meu sabiá” e “Coração de caqui”. Ainda em 1996, Solange Pereira gravou “Faróis” (Moisés Costa e César Rodrigues), em seu CD de estréia produzido na Espanha.
No ano de 2000, a música “Santo maior” (c/ Euclides Amaral), interpretada por Solange Pereira e com arranjos de Rubens Cardoso, foi incluída na coletânea “Conexão carioca 2”. O CD, produzido por Euclides Amaral para o selo Guitarra Brasileira contou com a apresentação do crítico Ricardo Cravo Albin.
Em 2002, sua composição “Coração de caqui” (c/ Rubens Cardoso) foi interpretada pelo parceiro no disco “Conexão carioca 3”, produzido por Euclides Amaral e com apresentação do poeta e letrista Sergio Natureza.
No ano de 2003 sua composição “Você nunca mais vai me ver” (c/ Euclides Amaral), interpretada por Paulinho Miranda, foi incluída na coletânea “Quem são os novos da MPB?”. O CD “Conexão carioca 3” ganhou quatro faixas-bônus e foi relançado pelo selo Peixe Vivo. Neste mesmo ano, ao lado de Jorjão Barreto, Lenilton, entre outros, passou a integrar a banda gospel Rota 33.
No ano de 2005, integrando o grupo gospel Rota 33, lançou o primeiro CD da banda.
(c/ o Grupo Tempero)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
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