
Pianista.
Começou a tocar de ouvido, tendo recebido estímulo da família: do pai, conhecido como Cadete, que tocava violão, da mãe, que tocava bandolim, e do tio, o grande pianista Nonô (Romualdo Peixoto). Sua família legou grandes nomes à música popular brasileira: é irmão do cantor Cauby Peixoto, da cantora Andiara e do trompetista Araquén Peixoto, além de primo do falecido cantor Cyro Monteiro. Estudou no Conservatório Nacional de Música. Foi proprietário, com seus irmãos, da Boate Drink, no Rio de Janeiro, entre os anos 1960 e 1970.
Começou sua carreira profissional em 1936, quando tocou com o conjunto Chuca-Chuca e sua Orquestra, no Rio de Janeiro. Em 1940, ingressou na Orquestra de Napoleão Tavares, tocando simultaneamente no conjunto de Moacir Silva. Atuou em vários conjuntos da época: no conjunto de Guilherme Pereira, de 1941 a 1942; na Niki Cold Band, de 1942 a 1945; no Conjunto Pernambuco, de 1947 a 1948; e no Conjunto de Bibi Miranda, em 1948, ano em que se transferiu para a capital paulista, onde organizou seu próprio conjunto, que se apresentava em boates, com várias formações (duos, quartetos e principalmente trios).
Na dédaca de 1950, destacou-se como um dos primeiros músicos brasileiros de jazz. Em 1957, gravou com Nonô, Araquén e Cauby, o elepê “Quando os Peixotos se encontram”. Apresentou-se em shows de jazz no Teatro Cultura Artística de São Paulo. No ano seguinte, gravou o elepê “Good neighbours jazz”, na Colúmbia, com músicos americanos (Woody Herman, Jimmy Campbell e Major Holley). Ainda em 1958, gravou “Cofee and Jazz”, com o Brazilian Jazz Quartet. De 1962 a 1964, acompanhou o cantor Cyro Monteiro em shows. Na mesma época, acompanhou seu irmão Cauby em várias apresentações. Em 1964, gravou o elepê “Pra balançar”, pela Philips.
Em 1966, foi morar nos EUA e depois no México. Em 1972, apresentou-se em Portugal, e em seguida, retornou ao Brasil. Em 1973, passou a tocar no restaurante “A Baiúca”, de São Paulo onde ficou por cinco anos. Em 1978, realizou shows no Harmonia Tênis Clube de São Paulo Em 1979, gravou novo LP, intitulado “Um piano dentro da noite”, pela Eldorado.
Nos anos 1980, apresentou-se no Maksoud Plaza Hotel e no Trianon National Club de São Paulo. Em 1994, partcipou ao piano do disco “Nelson Gonçalves & Elza Soares”. Em 1996, gravou o CD “Jeito brasileiro – Brazilian way”, com distribuição limitada. Em 2003, ainda estava se apresentando com seu trio tendo inclusive show marcado para o clube All of Jazz, de São Paulo onde se apresentaria, quando faleceu dias antes da data marcada para o show. Foi um dos pioneiros na criação de arranjos sofisticados misturando jazz e samba.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.