
Cantora. Filha do professor de violão, pesquisador de folclore e compositor Teotônio Pavão.
Iniciou a carreira no conjunto vocal Alvorada, criado e dirigido por seu pai. Em 1963 gravou com o Conjunto Alvorada as músicas “Paraná” e “Cidade sorriso”, ambas de autoria de Teotônio Pavão. Em 1964, gravou o primeiro disco solo, pela Chantecler, um compacto simples com “O que é que eu faço do latim?”, versão de Teotônio Pavão para a música “Che me ne faccio del latino”, de Bertolazzi e Beretta, e “Tão perto tão longe (Hes so near yet)”, de D. Thomas e J. Thomas, versão de Juvenal Fernandes. Em seguida, lançou um segundo compacto, no qual foi acompanhada pelo conjunto Jet Blacks, interpretando as músicas “Areia quente (Ay… Como queima la arena)”, de J. S. Scotti e Limache, versão de Theotonio Pavão, e “Lili (hi Lili Hi Lo)”. No mesmo ano apresentou-se com sucesso em programas de TV no Rio de Janeiro. Em 1965 lançou compacto simples com “Cancei de lhe pedir” e “A mesma praia, o mesmo mar”, pela Chantecler. No mesmo ano lançou o LP “Rainha da Juventude”, como passou a ser chamada. Como parte da programação de lançamento, fez apresentações em rádios e tvs do Rio de Janeiro. Ainda em 1965, recebeu no programa Festival da Juventude, apresentado por Ademar Braga na TV Excelsior, o troféu “Grandes Ídolos da Juventude” como a cantora mais popular. Cantou e gravou várias vezes com o irmão, Albert Pavão, tendo viajado com este no mesmo ano para os EUA, onde gravaram um compacto pelo selo Roulette com as músicas “Piqued head” e “The river of jerere”, na verdade versões para o inglês de “Cabeça inchada”, de Hervê Cordovil e “De papo pro ar”, de Joubert de Carvalho. Em 1966 estreou na RCA com o compacto simples “Família buscapé” e “Robertinho, meu bem”. No mesmo ano gravou pela Polydor “Depois que a banda passou”. Em 1967, lançou pela RCA o seu segundo LP, “Meire”, no qual interpretou os rocks “Sobrinhos do Capitão”; “Família Buscapé” e “História da Menina Boazinha”, as três, de autoria do pai Theotonio Pavão, e do irmão Albert Pavão; “Escola do amor”, de Theotônio Pavão, Albert Pavão e Djalma Gonçalves; “Eu amo Batmam”, de Albert Pavão, Theotonio Pavão e Mário Rangel; “O rapaz do terno preto (Babys In black)”, de John Lennon e Paul McCartney; “Meu broto aprendeu karatê (My boyfriends learning karatê)”, de A. Resnick e K. Young; “Louco amor (Crazy talk)”, de M. Tills e W. P. Walker; “Robertinho meu bem (A girl like you)”, de J. Lordan, e “Chame um táxi (Tax man)”, de George Harrison, todas em versões de Albert Pavão; “O tipo”, de sua parceria com o irmão Albert Pavão, e “Canção mais linda”, de Antônio Heitor. No mesmo período atuou na TV Tupi do Rio de Janeiro no programa “O riso mora ao lado”. No mesmo canal, apresentou ao lado do cantor Wanderley Cardoso o programa musical “A grande parada”. Em 1969 afastou-se da vida artística, a qual retornou exporadicamente entre 1974 e 1982 participando de gravações de discos infantis.
PUGIALLI, Ricardo. No embalo da Jovem Guarda. Rio de Janeiro, Ampersand Editora, 1999.