
Cantora. Compositora.
Nascida e criada no favela-bairro Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Trabalhou como cozinheira de uma creche na favela Cidade de Deus.
Aos 12 anos começou a freqüentar os bailes da comunidade, nos quais aprendeu as coreografias funks e logo depois, passou a cantar.
O apelido “Quebra-Barraco” veio a partir do primeiro sucesso “Barraco 1”.
Criadora de vários bordões, entre eles, “Jesuuuuuuuuuus!” e “Sou feia, mas tô na moda”, ambos, comuns nos bailes funks do Rio de Janeiro, cidade que abriga também outros ícones do funk nacional: As Tchutchucas (Ana, Elaine, Kelly e Danielle), Bonde do Tigrão, Vanessinha Picachu, Cláudinho (ex- Cláudinho e Bochecha) e Bonde do Faz Gostoso.
É considerada o “Tim Maia do funk”, tanto por suas posições e falas sempre polêmicas, quanto por seus furos de comparecimento às entrevistas.
Sua filha Milla Cristina, nascida em abril de 2004, ganhou dos funkeiros o apelido carinhoso de Milla Quebra-Berçário.
Tem também mais dois filhos: Ana Carolina (1995) e Yuri (1998).
No ano 2000 lançou o CD “Tati Quebra-Barraco”, pela gravadora Pipos Records, no qual interpretou 21 composições, entre elas “Montagem Barraco” e “Montagem bota na tcheca”. Neste mesmo ano, ao lado de MC Cacau do Dendê, Bonde do Tigrão e MC Sapão, participou da coletânea “Bom até debaixo DÁgua – Volume 2”, da mesma gravadora, disco no qual interpretou as faixas “Montagem pidona”, “Montagem Carcereiro”, “Montagem não sou Cocota” e “Montagem soca tcheca”.
Em 2001 sua composição “Mega mix Tati” foi incluída na coletânea “Bonde do tesão”, da gravadora Pipos Records, disco do qual também participaram Gorila e Preto, Cidinho e Doca, Equipe Pipos, Bonde do Tigrão, Mr. Catra e Lady Lú. Pela mesma gravadora, ao lado de Cidinho e Doca, Equipe Pipos e Bonde do Tigrão, participou do disco “Techno Pipos 2”, no qual interpretou de sua autoria as faixas “Techno pidona”, “Techno tchutchuco” e “Mega mix Tati”. Por essa época, também foi incluída na coletânea “O Melhor dos bailes”.
Em 2004, a convite da coligação Cooperativa de Kombi e a Grife Cavalera, participou, ao lado de DJ Edu Corelli e Luis Depeche, do evento underground “DA Lôka”. Foi também uma das principais figuras do documentário sobre o funk carioca, “Sou feia, mas tô na moda”, de autoria de Denise Garcia. Neste mesmo ano fez turnê por vários Estados do país, entre eles, Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Lançou o CD “Boladona”, no qual interpretou de sua autoria “Sou feia, mas sou gostosa” e de outros autores “Tapinha atrás, tapinha na frente” (Márcio e Batata DJ), “Satisfação”, “Se marcar”, “Matemática”, “Demorô já é”, além da faixa intitulada “Montagem”. O CD ainda contou com a participação do grupo Bonde do Tigrão na faixa “Orgia” e faixas assinadas por vários autores, entre eles, Márcio (irmão da cantora), Marquinhos, Boletti, Gustavinho, DJ Batata, Bruno, Marcos e Wagner. Ainda em 2004 A funkeira foi convidada a participar do “Festival Ladyfest”, em Stuttgart, que queria uma artista feminina como representante da cultura brasileira. Além do festival, a cantora apresentou-se também em uma festa para convidados no Palácio da República, em Berlim e ainda fez shows em Berlim, Zurique e Amsterdã. A passagem, paga pelo Ministério da Cultura, gerou polêmica em vários jornais no Brasil, chegando o Jornal O Globo Online a criar a pergunta: “funk é cultura?”, contando com mais de 500 respostas e opiniões diversas. Parte da sociedade caiu de pau neste empreendimento artístico do governo. Até a própria classe artística ficou dividida com relação ao fato. Neste mesmo ano de 2004 participou do “Tim Festival” como convidada de DJ Marlboro
No ano de 2005 o documentário “Sou feia, mas tô na moda” estreou nas Ilhas Britânicas e ainda foi comprado pela rede de TV árabe Al Jazeera, culminando em contratos para show da MC no Golfo Pérsico. Neste mesmo ano lançou o primeiro DVD “MC Tati Quebra-Barraco ao Vivo”, no qual foram incluídos seus principais sucessos: “Se marcar”, “Kabo kaqui”, “Boladona”, “Satisfação”, “Tapinha atrás”, “Tapa na frente”, “Vou botar você na pista”, “Montagem cartão magnético”, “Barraco II”, “Matemática”, “Pidona”, “Assadinha”, “Soca tcheca”, “Dako é bom”, “Montagem guerreira”, “Comigo ninguém pode” e “Demoro já é”.
No ano de 2006 foi envolvida em outra polêmica, desta vez acusada de calúnia por policiais do 2º BPM da Maré e de difamação pela Assessoria Jurídica da Polícia Militar, por ter alegado que a PM “São todos mortos de fome e se vendem por qualquer R$ 10,00” . De acordo com o processo a funkeira diz ter sido vítima de tentativa de extorsão por partes dos policiais. A funkeira já havia sido presa, neste mesmo ano, portando maconha, tendo recebido pena alternativa. Ainda em 2006 fez turnê por várias cidades da Argentina.
Seus maiores sucessos foram “Barraco 1”, “Barraco 2”, “Techno tchuchuco”, “Assadinha”, “Soca tcheca” e “Dako é bom”, esta última sua homenagem aos fogões da marca Dako, nos quais trabalhava quando era cozinheira de uma creche.
Foi incluída em muitas coletâneas de funk, entre as quais “Funk carioca”, da gravadora Unimar Music e “Festa funk”, da gravadora Universal Music, qual também participaram outros expoentes do funk carioca Bonde do Tigrão, Gaiola das Popozudas, Malha Funk e Mc Serginho.
(vários)
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vários
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ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.