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Nome Artístico
Marinho Boffa
Nome verdadeiro
Mário Boffa Jr.
Data de nascimento
16/1/1960
Local de nascimento
São Paulo, SP
Dados biográficos

Instrumentista (pianista). Arranjador. Compositor.
Iniciou seus estudos de piano aos cinco anos de idade.
Em 1979, ingressou na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado). Estudou com João Carlos Martins, Antonio Bezan, José Eduardo Martins e teve aulas de regência com Diogo Pacheco. Nessa mesma época iniciou seus estudos de harmonia e improvisação com Amílson Godoy e técnica de piano com Zuleika R. Prado Bastos. Morando no Rio de Janeiro, estudou com Luiz Eça.

Dados artísticos

Em 1976, montou seu primeiro grupo, um sexteto, com o qual ganhou classificou-se em festivais de música promovidos pelo Governo do Estado de São Paulo, em três anos consecutivos.

Em 1981 embarcou para Tóquio, onde permaneceu durante seis meses atuando em shows e gravações.

De volta ao Brasil, trabalhou como arranjador na gravadora RCA Victor, em São Paulo, e começou a atuar em vários concertos de música instrumental ao lado do baixista Nico Assumpção.

Depois de mais uma temporada de sete meses no Japão, foi convidado por André Gereissati para gravar o LP “Música”, de Olivia Byington. Em seguida montou sua produtora de jingles, onde criou trilhas para McDonald’s, Cigarros Galaxy, Leite B e outros clientes.

Em 1984, gravou o LP “Chama”, com o guitarrista Hélio Delmiro, e mudou-se para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, passou a atuar em shows ao lado de Marcio Montarroyos, Paulinho Trompete, Nivaldo Ornelas, Robertinho Silva, Carlos Balla, Romero Lubambo, Mauro Senise, Ricardo Silveira e outros músicos.

Formou, em 1985, a Banda Retoque, juntamente com Celso Pixinga, Heitor T.P., Carlos Bala e outros instrumentistas. Acompanhou Gonzaguinha em shows pelo Brasil e no exterior.

Com arranjos próprios, lançou, em 1987, o LP “Marinho Boffa”, contendo suas composições “Na Barra” (c/ Celso Pixinga) e “BH” (c/ Heitor TP), além de “Ponte Aérea”, “Montanhas” (André Geraissati), “Balada Para Luis Eça” e “Garotinho (A pala que voa)”, todas de André Gereissati. O disco contou com a participação de Celso Pixinga (baixo), Jamil Joanes (baixo), Nico assumpção (baixo fretless), Don Harris (trompete), Paul Leiberman (sax alto e tenor, flauta), Widor Santiago (sax tenor), Leo Gandelman (sax tenor), Serginho Trombone (trombone), Heitor T.P. (guitarra), Carlos Bala (bateria) e Mingo (percussão). Em seguida, começou a viajar com seu trio pelo Nordeste e Sul do país.

Ao lado de Idriss Boudrioua (sax alto), Nico Assumpção (baixo acústico), Paulo Russo (baixo acústico), Paulo Bellinati (violão) e Paulo Braga (bateria), lançou, em 1989, o LP “30 Anos da Bossa Nova”, contendo as faixas “Garota de Ipanema” e “Se todos fossem iguais a você”, ambas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Inútil paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Wave” (Tom Jobim), “Imagem” (Luis Eça e Aloysio de Oliveira), “O barquinho” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Tristeza de nós dois” (Durval Ferreira, Maurício Einhorn e Bebeto), “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), “Samba de verão” (Marcos Valle e Paulo Sergio Valle) e “Terço” (Paulo Bellinati).

Participou de cinco edições do “Free Jazz Festival”, ao lado de Antonio Adolfo, Raul Mascarenhas, Mauro Senise, Nico Assumpção e Ricardo Silveira.

No início dos anos 1990, integrou, juntamente com Ivan Conti e Alex Malheiros, o trio instrumental Azymuth, com o qual lançou os CDs “Azymuth” (1990) e “Volta à turma” (1991), este último com Jurgen Seefelder.

Em 1993, montou a OBMB (Orquestra Brasileira Marinho Boffa), formada por 36 músicos das áreas erudita e popular. Em suas apresentações, na sala Cecília Meireles (RJ), contou com a participação de Leny Andrade, Chico Buarque, Os Cariocas e Leila Pinheiro.

Ao lado de Paulo Russo (contrabaixo) e Ivan Conti (bateria), lançou, em 1995, o CD “Afinidade”, contendo suas composições “Samba Pra Bill Evans” e “Just In Time”, além de “Blues Alley” e “Moringa de dar em doido”, ambas de Ivan Conti, “ChayenneE e “Samba 1”, ambas de Paulo Russo, “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Ângela” (Tom Jobim) e “Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso). Nesse mesmo ano, gravou, ao lado do saxofonista Raul Mascarenhas, a faixa “Takatanga” para o “Songbook Tom Jobim”.

Em 1996, lançou, com João Nogueira, o CD “Letra & Música”, contendo 14 canções de Chico Buarque sem parceiros: “Feijoada completa”, “A Rita”, “Samba e amor”, “Homenagem ao Malandro”, “Meu guri”, “Olhos nos olhos”, “Sem fantasia”, “Sonho de um Carnaval”, “Gota dágua”, “Bastidores”, “Deixa a menina”, “Olê, Olá”, “Com açúcar, com afeto“ e “Quem te viu, quem te vê”, as duas últimas com a participação da Cia. das Cordas. Esse trabalho lhe valeu uma indicação ao Prêmio Sharp de Música, na categoria Melhor Arranjador do ano, bem como a João Nogueira, na categoria Melhor Cantor. Nesse mesmo ano, mudou-se para Santiago do Chile, onde participou de quatro edições do projeto “Encuentros Internacionales de Jazz de Radio Clasica”, ao lado de Leny Andrade, Ivan Lins, James Moody e vários outros artistas. Participou de três concertos com a Orquesta Sinfónica de la Universidad de Chile, apresentando composições próprias. Em seguida, foi convidado pelo compositor Guillermo Rifo, nome de destaque na área erudita contemporânea do Chile, para ministrar um curso de especialização em harmonia e improvisação para os professores do Instituto Profesional y Escuela Moderna de Música, em Santiago. Assinou a direção musical de Joe Vasconcellos, com quem participou do “Festival Internacional da Canção de Viña del Mar”, além de uma série de 50 concertos pelo Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e República Dominicana. Esse trabalho gerou o CD “Vivo – Joe Vasconcellos”, lançado em 2000. Produziu e apresentou o programa de Rádio “Esto es Brasil”, no qual entrevistou nomes como Thiago de Mello, Francisco Wefor, Ivan Lins, João Bosco e Fernando Henrique Cardoso, entre outros. Promoveu concertos na Embaixada do Brasil no Chile.

De volta ao Brasil, trabalhou, de 2001 a 2005, como produtor de trilhas e jingles na Sam Studio, produtora de som de São Paulo, assinando trilhas para vários clientes, entre os quais Diário de S. Paulo, Sudameris, Petrobras, Ponto Frio, Sé Supermercados, Cine Band, Brasil Urgente e Itaú, entre outros.

Em 2002, participou do CD “Luiz Eça – Reencontro”, com a faixa “Quase um adeus” (Luis Eça). Nesse mesmo ano, o filme “O Cego”, da Telefônica, dirigido por Carlos Manga Jr. (Manguinha), com trilha sonora de sua autoria, foi contemplado com o Leão de Bronze no Festival de Cannes. Também em 2002, assinou a direção musical e os arranjos do CD “Ciranda Brasileira”, que teve a participação de Danilo Caymmi, Rosa Passos, Toquinho, Elza Soares, Seu Jorge, Lucinha Lins e Nana Caymmi.

Lançou, em 2003, o CD multimídia “Mario Boffa Jr. – Trio e Orquestra”, contendo suas composições “Abertura Brasileira nº 1”, “Ponte Aérea”, “Santiago”, “After The Gig” e “Anjo dourado”, além de “Dolphin” (Luis Eça), “Qui Nem Jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e “Valsa de uma cidade (Ismael Netto e Antônio Maria), e ainda as faixas “Entrevista com Mário Boffa Jr.” e “Faixa de comandos”, as duas para DVD ou CD Rom. O disco contou com a participação de Christian Galves (baixo elétrico) e Alejandro Espinoza (bateria). Nesse mesmo ano, apresentou-se com a Orquestra Jazz Sinfônica no Memorial da América Latina interpretando músicas do desse disco. Convidado pelo maestro Antonio Carlos Campos Neves, lecionou no Festival de Inverno de Campos do Jordão, núcleo Tatuí.

Em 2005, lançou o livro “Hamonia & Improvisação – O Modo Maior” (Editora HMP).

No ano seguinte, gravou arranjos para novelas da TV Record, com interpretações de Altemar Dutra Jr, Fafá de Belém e Gilbert, entre outros artistas.

Em 2007, lançou o CD “Paulistano”, com suas composições “De volta” (c/ Wiliam Barros Jacob), “Malma” (c/ Wiliam Barros Jacob e Vânia de Barros Neves), “Valsa leve”, “Choro pra Dori Caymmi”, “Santiago” e “Samba pra Bill Evans”, além de “Pirata” e “Primeira impressão”, ambas de Wiliam Barros Jacob e Vania de Barros Neves, e “Solo” (Tuca Camargo).

Ministra o curso “Harmonia e Improvisação” na Escola de Música ArtLivre, em São Paulo.

Discografias
2007 Paulistano (Marinho Boffa) – Lumiar Discos - CD
2003 Mario Boffa Jr. – Trio e Orquestra (Mario Boffa Jr.) – Visom – CD
2002 Ciranda Brasileira (Vários artistas) – participação como arranjador – SOS - CD
2002 Luiz Eça – Reencontro (Vários artistas) – participação - Biscoito Fino – CD
2000 Christian Galves (Christian Galves) – participação - Bolchevique Records (Chile) – CD
2000 Vivo (Joe Vasconcellos) – participação - EMI (Chile) - CD
1996 Chico Buarque, Letra & Música (João Nogueira e Marinho Boffa) - Lumiar Discos – CD
1996 Um Sopro de Brasil II (Paulinho Trompete) - participação – Sony – CD
1995 Afinidade (Marinho Boffa, Paulo Russo e Ivan Conti) – Afam Produções – CD
1995 Songbook Tom Jobim (Vários artistas) – participação – Lumiar Discos – CD
1991 Bruce Henry (Bruce Henry) - participação - Jungle Jazz Records – CD
1991 Volta à turma (Jurgen Seefelder) - West Wind Records - CD
1991 Zona de Fronteira (João Bosco) – participação - Sony – CD
1990 Azymuth (Azymuth) - West Wind Records - CD
1990 Um Sopro de Brasil I (Paulinho Trompete) – participação - Visom – CD
1989 30 Anos da Bossa Nova (Marinho Boffa, Idriss Boudrioua, Nico Assumpção, Paulo Bellinati, Paulo Braga e Paulo Russo) – Visom – LP
1989 Jade (Mauro Senise) – participação - Visom – LP
1987 Marinho Boffa (Marinho Boffa) – Visom - LP
1984 Chama (Hélio Delmiro) – participação – Som da Gente – LP
1984 Música (Olívia Byington) – participação - Elenco/Opus - LP
1981 Robertinho Silva (Robertinho Silva) - participação – PolyGram – CD
Obras
Abertura Brasileira Nº 1
After The Gig
Anjo Dourado
BH c/ Heitor TP
Choro pra Dori Caymmi
De volta c/ Wiliam Barros Jacob
Intuitiva
Just In Time
Malma c/ Wiliam Barros Jacob e Vânia de Barros Neves
Na Barra
Ponte Aérea
Samba Pra Bill Evans
Santiago
Valsa leve