Suas principais influências foram a soul music americana, produzida pelo selo Motown, e o Tropicalismo.
Teve seu primeiro registro como compositora em 1977, quando Gal Costa gravou sua composição “Meu doce amor”, no disco “Caras e bocas”. Nesse mesmo ano, Maria Bethânia tentou gravar “Alma caiada”, contudo, a música foi proibida pela censura por causa do verso “Eu não me enquadro na lei”.
Contratada pela WEA, lançou em 1979 o primeiro disco, “Simples como o fogo”, contendo parcerias com o irmão, o poeta e filósofo Antônio Cícero, além de “Solidão” (Dolores Duran) e “Não há cabeça” (Ângela Rô Rô).
Em 1980, gravou o LP “Olhos felizes”, no qual apareceu seu primeiro sucesso em rádio “Nosso estranho amor”, composta e gravada em parceria com Caetano Veloso.
No ano seguinte, 1981, lançou o disco “Certos acordes”, a partir do qual começou a se firmar como compositora, com a maior parte do repertório evidenciando a parceria com seu irmão Antônio Cícero. O LP trouxe também parcerias com compositores de sua geração, como Léo Jaime e Fred Nascimento.
Gravou, em 1982, o LP “Desta vida, desta arte” com as faixas “Acho que D”, “Depois Me Diz”, “Mapa Mundi”, “É a Vida que Diz”, “Este Ano”, “Meu Tempo”, “Noite e Dia”,”Essas Coisas que Eu Mal Sei”, “Nos Beijamos”, “Demais” e “Emoções”.
Transitando pelo universo pop, com incursões pela música eletrônica, recebeu a atenção da mídia e do grande público, em 1984, com o LP “Fullgás”, do qual se destacou o sucesso “Fulgás” (c/ Antônio Cícero), além de suas releituras para “Me chama” (de Lobão) e “Mesmo que seja eu”, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
No ano seguinte, em 1985, lançou o LP “Todas”, registrando “Eu te amo você” (Kiko Zambianchi), muito executada nas emissoras de rádio,disco com o qual ganhou o “Disco de Platina” pela venda 250 mil exemplares.
Lançou, em 1986, o LP “Todas ao vivo”, contendo gravações de seus sucessos em shows, e também uma versão de “Ainda é cedo”, do grupo Legião Urbana. O disco gerou o vídeo “Sexo é bom! Todas ao vivo”, com a participação de Antônio Cícero e Wally Salomão. Com o disco, ganhou seu segundo “Disco de Platina”. No ano seguinte, em 1987, gravou o LP “Virgem”, pelo qual recebeu o “Prêmio Sharp de Música”, nas categorias “Melhor Cantora Pop-Rock”, “Melhor Disco” e “Melhor Intérprete”, com “Preciso dizer que te amo”. A faixa-título se tornaria uma de suas composições mais conhecidas, fazendo com que ganhasse o terceiro disco de platina pela venda de 250 mil exemplares. No ano posterior, em 1988, foi lançado o vídeo “Making of…”, uma coletânea de trechos de bate-papos, vídeo-clipes, depoimentos da cantora, cenas de bastidores, ensaios e imagens dos espetáculos apresentados no Projeto SP (SP) e no Canecão (RJ), na temporada de “Todas ao vivo”.
Em 1989, lançou o LP “Próxima parada”, que lhe valeu o “Prêmio Sharp de Música”, nas categorias “Melhor Disco” e “Melhor Cantora Pop-Rock”. O disco trouxe o sucesso “À francesa”, composição de Cláudio Zoli e Antônio Cícero. Com esse trabalho ganhou o “Disco de Ouro” pela venda de 100 mil cópias. No ano seguinte, em 1990, entrou no ar a MTV, que teve sua interpretação de “Garota de Ipanema” como o primeiro vídeo-clipe transmitido em rede nacional pela emissora.
Assumindo seu sobrenome, lançou, em 1991, o CD “Marina Lima”, produzido por Liminha e Fábio Fonseca. No disco foi incluída a música “Não sei dançar”, de Alvin L., que se tornaria parceiro de várias outras composições. Com esse CD ganhou o “Disco de Platina”.
Em 1993, gravou o CD “O chamado”, em um período em que vivenciou várias perdas, uma das quais representada na única parceria com o irmão, a faixa “Eu vi o Rei”, composta em homenagem ao pai. O disco ganhou versão internacional intitulada “A tug on the line”, sendo lançado nos Estados Unidos com versões em inglês para as faixas “O chamado”, “Carente profissional” e “Meus irmãos”. Ganhou o “Disco de Ouro” por esse trabalho. No ano seguinte, em 1994, foi lançada a coletânea “Marina total”.
No ano de 1995, gravou o CD “Abrigo”, interpretando músicas consagradas como “Samba do avião” (Tom Jobim) e gravando composições de novos autores, o que lhe rendeu mais um “Disco de Platina” na carreira. Lançou no ano seguinte, em 1996, o CD “Registros à meia-voz” (Disco de Ouro), retomando sua faceta de compositora e renovando a parceria com Antônio Cícero.
No ano de 1998 gravou o CD “Pierrot do Brasil”, que lhe valeu mais um “Disco de Ouro”, no qual apresentou um diálogo bem forte com a linguagem eletrônica. O disco foi coproduzido pelo músico iugoslavo Suba, que revestiu o trabalho com programações de bateria eletrônica e sons sintetizados. Essa parceria rendeu também uma trilha para um desfile de moda na “Feira São Paulo Fashion Week”.
Após permanecer seis anos afastada dos palcos, no ano 2000, apresentou o espetáculo “Sissi na sua”, que estreou em julho desse ano na cidade mineira de Juiz de Fora. A turnê passou por outras capitais e apresentou no repertório basicamente composições dos discos “Registros à meia voz” e “Pierrot do Brasil”, além de alguns antigos sucessos e três músicas inéditas, sendo duas parcerias com a escritora Fernanda Young (“Síssi” e “Estou assim”). O espetáculo gerou o CD “Síssi na sua – ao vivo”, que lhe rendeu mais um “Disco de Ouro” na carreira.
Em 2001, lançou o CD mais autoral de sua carreira, “Setembro”, contendo as composições “Alguma prova” e “Paris – Dakar”, ambas com Alvin L., “Dois durões (Lagoa)”, “Notícias” (c/ Claudio Rabello e Dalto), “Fala (não cala)” (c/ Alvin L. e Edu Martins) e “Terra à vista” (c/ Giovanni Bizzotto), além de “No escuro”, “Me diga (Francisca)” e a faixa-título, todas com Antônio Cícero. Uma novidade foi apresentada neste trabalho, a cantora apareceu tocando teclado, não apenas nas gravações, mas também em alguns momentos da turnê intitulada “Mais Perto de você”.
Em 2003, sua composição “Sugar” foi incluída na trilha sonora da novela “Agora é que são elas”, da Rede Globo. A música foi bastante executada nas emissoras de rádio. Nesse mesmo ano, de2003, lançou o CD e o DVD “Acústico MTV – Marina Lima”, ganhando mais um “Disco de Ouro”.
Em 2004 substituiu Rita Lee no programa “Saia Justa”, exibido pelo canal a cabo GNT. No ano posterior, seguinte, em 2005, a gravadora Universal relançou em CDs os oito discos gravados pela cantora na década de 1980, sendo eles “Olhos felizes” (1980), “Certos acordes” (1981), “Desta vida desta arte” (1982), “Fullgás” (1983), “Todas” (1985),”Todas ao vivo” (1986), “Virgem” (1987) e “Próxima parada” (1989). Também em 2005 estreou o show “Primórdios”, dirigido por Monique Gardenberg. Neste mesmo ano foi lançada a coletânea “Novo Millennium: Marina Lima”, com as faixas “Deixe Estar”, “À Francesa”, “Nosso Estranho Amor”, “Pra Começar”, “Uma Noite e Meia”, “Preciso Dizer que Te Amo”, “Difícil”, “Emoções”, “Charme do Mundo”, “Noite e Dia”, “Me Chama”, “Mesmo que Seja Eu”, “Veneno”, “Virgem”, “Eu Te Amo Você”, “Nada por Mim”, “Garota de Ipanema”, “Transas de Amor”, “Ainda é Cedo”, “Fullgás” e “Gata Todo Dia”.
Lançou, em 2006, o CD “Lá nos primórdios”, contendo suas composições “Três”, “Anna Bella”, “Difícil” e “$ Cara”, todas com Antonio Cícero; “Valeu”, “Entre as coisas”, “Meus irmãos” e “Que ainda virão”, além de “Dura na Queda” (Chico Buarque) e “Vestidinho vermelho”, versão de Alvin L. para “Beautiful Red Dress” de Lauri Anderson, e ainda, “Entre as Coisas” e “Vestidinho Vermelho”. No ano posterior, em 2007, foi lançada pela gravadora Som Livre a coletânea “Marina Lima – Novelas”, na qual foram incluídas algumas de suas interpretações mais conhecidas nacionalmente, por terem feito parte de trilhas sonoras de novelas da Rede Globo: “Fullgás”, “Uma Noite e Meia”, “À francesa”, “Preciso dizer que te amo”, “Nada Por Mim”, “Pessoa”, “Charme Do Mundo”, “Eu Não Sei Dançar”, “A Chave do Mundo”, “O Chamado”, “Acontecimentos”, “Gata Todo Dia”, “Uma Antiga Manhã”, “Prá Começar”e “Difícil”.
Em 2011 lançou o CD “Climax”, no qual contou com a participação especial do cantor e compositor mineiro Samuel Rosa na faixa “Pra sempre”, além de incluir as composições “Não me venha mais com amor”, “Sp Feelings”,” Lex”, “Keep Walking”, “A Parte Que Me Cabe”, “De Todas Que Vivi”, “Call Me”, “Doce de Nós”, “Desencantados” e “As Ordens do Amor”.
No ano de 2015 lançou o CD “No osso – Ao Vivo”, com as faixas. No ano seguinte, em 2016, fez show de lançamento do CD “No osso”, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2018 lançou o CD “Novas famílias”, no qual interpretou composições inéditas, entre as quais a faixa-título “Novas famílias” e “Mãe gentil”, parceria com o coprodutor do disco Arthur Kunz e a cantora Letícia Novaes, da Banda Letrux, com a qual interpretou em dueto a faixa. Para o CD regravou de sua autoria “Pra começar”, parceira com o irmão poeta-letrista Antonio Cícero. Outras composições incluídas foram “Juntas”, “Só os Coxinhas” (c/ Antonio Cícero), “É sexy é gostoso (c/ Arthur Kunz e Dustan Gallas), “Do Mercosul” (c/ Silva e Dustan Gallas) e “Climática” (Klébi Nori e Gian Correa), além de “Árvores alheias”, música composta para a trilha sonora do filme “Baleia”, no qual também aparece como atriz na ficha técnica.
Ainda em 2018 seu musical foi lançado. Inspirado em sua obra, com roteiro de Christovam Chevalier e direção de Felipe Reis, o musical construiu sua narrativa a partir de sua ligação com o Rock Brasileiro, seu temperamento arrojado, e de sua influência através das gerações.
Em 2019 estreou em dois projetos no cinema, o documentário “Essa garota chamada Marina”, sobre sua trajetória, dirigido por Candé Salles, e o longa de ficção “Baleia”, dirigido por Esmir filho, no qual ela contracena com Andréa Beltrão. Ainda neste ano apresentou-se no Teatro Castro Alves, Salvador (BA), executando sucessos da carreira. Na ocasião, cantou 27 músicas inéditas de seu CD lançado no ano anterior, “Novas Famílias”, produzido por Marina e Dustan Gallas, e com a colaboração de Arthur Kunz. O trabalho trouxe duas parcerias novas com seu irmão Antonio Cicero, além de parcerias com Leticia Novaes, Silva e Dustan Gallas. A faixa “Novas famílias” (Marina Lima) teve a participação de Marcelo Jeneci no vocal e no piano. Ainda integraram o CD as faixas, “Árvores alheias” (Marina Lima), “Juntas” (com Antônio Cicero), “Mãe gentil” (com Arthur Kunz e Letícia Novaes), escrita por ela, com base em tema instrumental enviado por Arthur Kunz, “Climática” (Gian Correa e Klébi Nori, 2015), entre outras.
Em 2021 lançou o e-songbook “Marina Lima, música e letra”, com 175 composições de seus 21 discos. O songbook trouxe todas as músicas desde seu primeiro disco “Simples como fogo” (1979) até “Motim” (2021), em ordem cronológica e pode ser baixado a partir do site
http://www.marinalima.com.br. A cantora também apresentou o EP “Motim” nas plataformas digitais, com as musicas “Pelos apogeus” (Marina Lima), “Motim” (Marina Lima/Alvin L./Giovanni Bizzotto), “Kilimanjaro” (Marina Lima/Alvin L./Alex Fonseca) e “Nóis” (Marina Lima). O EP foi produzido por Marina Lima e Alex Fonseca e contou com as participações de Carlos Trilha, Mano Brown e Alvin L. Neste mesmo ano, de 2021, gravou com o rapper Mano Brown a música “Nóis”, no EP “Motim”, de Mano Brown
Em 2024 encerrou a turnê “Nas ondas da Marina”, em show na Praia de Ipanema, pelo “Projeto Vivo na Praia”. Neste mesmo ano apresentou o espetáculo “Rota 69”, como qual celebrou seus 69 anos de idade, iniciando uma turnê pelo país, comemorando 45 anos de carreira artística. Ainda em 2024, apresentou-se em dupla com o cantor Filipe Catto na Praia do Leblon, no espetáculo interpretaram a sua composição “Partiu”, gravada pelo cantor anteriormente, deu início a turnê do espetáculo “Rota 69”, com direção artística e roteiro de Candé Salles, no palco do Teatro I Love Prio, no Jockey Clube, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Na turnê foi acompanhada por uma banda integrada por Gustavo Corsi e Geovanni Bizzoto (guitarras), Alex Fonseca (bateria) e Carol Mathias (baixo e teclados), além da dançarina Carol Rangel e da dupla Troá, da cena pop alternativa carioca.