
Cantora.
Começou a atuar artisticamente em meados da década de 1940. De curta carreira fonográfica, foi uma das muitas artistas de origem portuguesa que atuou no Brasil em especial até a década de 1950 quando ainda era muito intensa a imigração portuguesa para cá, o que acabou por formar um forte mercado para a música de inspiração lusitana, em especial os fados. Contratada pela gravadora Continental, lançou seu primeiro disco em 1947, com acompanhamento de Chiquinho e sua orquestra, interpretando o choro “Docinho de Iaiá”, e o samba “Isso é Brasil”, ambas composições de José Maria de Abreu e Luiz Peixoto. Em 1948, gravou com acompanhamento de José Maria de Abreu e sua orquestra, as valsas “Valsa do amor”, de José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago, e “Saudade”, de Norberto Silva e Maria Pimentel Silva, o samba “Me dá Iaiá”, de José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro, e a marcha “Cantando tudo”, de José Maria de Abreu e Pedro Caetano. No ano seguinte, também com a orquestra de José Maria de Abreu, gravou o samba “Lá vem a baiana”, de João de Barro, e a canção “Varinas de Portugal”, de M. Pimentel e Norberto Walmar Silva. Em 1950, gravou os fados “Não venhas…” e “Se me quizesses”, ambos de C. Moreno e A. Rodrigues, o motivo popular portugues “Josezito”, com arranjos seus, e a marcha “Rosmaninho”, de Antonio Melo. Gravou um total de oito discos pela gravadora Continental.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.