
Instrumentista (pianista, tecladista, acordeonista). Arranjador. Compositor.
Iniciou seus estudos de música aos quatro anos de idade na Escola de Música Santa Cecília (Niterói, RJ), onde cursou piano, teoria, harmonia e canto coral. Foi aluno de Sergio Benevenuto (harmonia funcional) e Blas Rivera (arranjo), ambos graduados pela Berklee School of Music de Boston (Massachussets, EUA). Em 1987, participou da Oficina de Verão de Curitiba (PR), cursando Composição e Música Contemporânea com o compositor José Penalva. No ano seguinte, ingressou na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde graduou-se em Piano e, posteriormente, em Composição, tendo sido agraciado com uma bolsa de incentivo à pesquisa pelo CNPq (Conselho Nacional Científico e Tecnológico). Estudou com Guerra Peixe, Marisa Resende e Ronaldo Miranda (composição), Mary Benaion e Giulio Dragghi (piano) e Geraldo Vespar (música incidental). Além do piano e dos teclados, a partir de 1989 começou a tocar acordeom, especializando-se no instrumento de forma autodidata.
Ingressou no cenário artístico aos 13 anos de idade, tocando em regionais, conjuntos de baile, casas noturnas e bandas instrumentais.
Acompanhou vários artistas como Emílio Santiago, Sandra de Sá, Flávio Venturini, Djavan, Leila Pinheiro, Pepeu Gomes, Paulinho Moska, Cássia Eller, Baby do Brasil, Ed Motta, Elza Soares e Cassiano, entre outros.
Na música instrumental, atuou em shows e gravações com Victor Biglione, Marcio Montarroyos, Arthur Maia, Torquato Mariano, Henrique Cazes e Mauro Senise, entre outros.
Participou de diversos musicais como “Teatro Musical Brasileiro”, “A Noiva do Condutor” (Noel Rosa) e “Nosso Sinhô do Samba”.
Em 1998, assinou a direção musical da comédia “Peep Show”, de Maurício Moraes e Marcos Botassi. Ainda nesse ano, atuou no I Festival Internacional de Música de Natal (RN), ministrando o curso de teclado, na área de improvisação e harmonização pianística, ao lado de profissionais nacionais e internacionais, tanto do campo popular como do campo erudito. O evento culminou com uma apresentação do instrumentista, ao lado de Nelson Faria, André Neiva e Pascoal Meirelles.
Em 1999, começou a atuar como pianista da Víttor Santos Orquestra, até a dissolução do grupo.
No ano seguinte, idealizou e realizou o projeto “Marcos Nimrichter e Zeca Assumpção revisitam Ravel”, concebendo novos arranjos para obras desse compositor francês. Além do contrabaixista, atuaram como solistas convidados Leila Pinheiro, Paulinho Moska, Leo Gandelman e Víttor Santos.
Atuou em workshows por todo o Brasil, apresentando canções de sua autoria, além de composições de J.S. Bach, Bill Evans e Lyle Mays.
Em 2000 e 2001, fez parte das bandas de Ana Carolina, Cláudio Infante, Mario Adnet e Elza Soares, para quem assinou também a direção musical.
Participou, em 2001, das gravações do álbum “Ouro Negro – Moacir Santos”, indicado para o Grammy latino, do CD “Vênus”, de Mauro Senise, e dos últimos lançamentos de Olívia Hime e Daniela Mercury, além de ter produzido e participado como instrumentista do CD “Rio Carioca”, de Mario Adnet.
Em 2002, acompanhou Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Sivuca, Lenine, Fagner, Elba Ramalho, Zeca Pagodinho, Carmélia Alves e Rita Ribeiro, em um projeto realizado pelo selo Biscoito Fino, em homenagem a Humberto Teixeira, com arranjos de Wagner Tiso. Nesse mesmo ano, participou dos CDs de Olívia Hime e Billy Blanco, também lançados pelo Biscoito Fino, e do projeto “Jobim Sinfônico”, de Mario Adnet, realizado na Sala São Paulo, com a Osesp. Também em 2002, atuou com Gal Costa e Milton Nascimento no Prêmio Caras de Música. Ainda nesse ano, lançou o CD “Marcos Nimrichter”, tocando piano, acordeom, sintetizador, piano elétrico, contrabaixo fretless e percussão. No repertório, suas composições “Segunda barca”, “Resulátero”, “Paráfrase”, “Paixão de carnaval”, “Um tango para um amor”, “Prudência”, “Cara de feliz”, “Frevo do Frei Frívolo” e “Querubim” (c/ Altay Veloso). O disco contou com a participação de músicos como Jessé Sadoc (trompete), Marcelo Martins (sax tenor e flauta), Alberto Barreira (flauta), Toninho Carrasqueira (flauta), Carlos Prazeres (oboé), Paulo Sérgio Santos (clarinete), Aloysio Fagerlande (fagote), Alberto Continentino (contrabaixo), Carlos Bala (bateria), Henrique Band (sax barítono), Alexandre Carvalho (guitarra), Zeca Assumpção (contrabaixo), Marco Lobo (percussão), Rogério Souza (violão), Rodrigo Campello (guitarra), Ricardo Amado (violino), Rogério Rosa (violino), Jairo Diniz (viola), Hugo Pilger (violoncelo), Pantico Rocha (bateria), Carlos Malta (sax soprano e flautim), Philip Doyle (trompa), Marcelo Mariano (contrabaixo elétrico), Márcio Bahia (bateria e percussão), Waltenir Estevão (percussão), Andréa Ernest Dias (flauta), André Rodrigues (contrabaixo).
Faz parte, como acordeonista, do Novo Quinteto (grupo formado para dar continuidade ao trabalho do Quinteto Radamés Gnattali), juntamente com Henrique Cazes (guitarra), Maria Teresa Madeira (piano), Omar Cavalheiro (contrabaixo) e Oscar Bolão (bateria). O CD foi relançado, em 2003, pelo selo Biscoito Fino.
Em 2004, encerrou a programação do I Musifest Instrumental, mostra realizada em Niterói, dividindo o palco com Hermeto Pascoal.
Apresentou-se, em 2005, no Snug Harbor Jazz Bistro, em New Orleans, ao lado de David Mooney (guitarra), James Singleton (baixo) e Wayne Maureau (bateria).
Em 2006, lançou, em parceria com o violonista Caio Márcio, o CD “Radamés em Companhia”, contendo as seguintes composições do homenageado: “Estudo nº V”, “Amargura”, “Estudo nº VII”, “Valsa triste”, “Invocação a Xangô”, “Tocata em Ritmo de Samba nº II” e “Pé-de-Moleque”. Também no repertório, “Sonoroso” (K – Ximbinho), “Batuque” (Ernesto Nazareth), “Assanhado” (Jacob do Bandolin) e “Perfume de Radamés” (Guinga). O disco foi co-produzido ao lado de Caio Márcio, com quem dividiu também a seleção de repertório, arranjos e adaptações.
É professor de piano da Escola de Música da UFRJ.
Marcos Nimrichter e Caio Márcio
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ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.