5.002
Nome Artístico
Marcos Lucena
Nome verdadeiro
Marcos Antônio de Queiroz Lucena
Data de nascimento
31/12/1959
Local de nascimento
Mossoró, RN
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Poeta. Cordelista.
Aos 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ), com o sonho estabelecer carreira artística. Começou cantando no calçadão da praia de Copacabana, inspirando-se em nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Raul Seixas, Belchior, Fagner, Ednardo, no Brasil, Bob Dylan, Charles Aznavour e Jaques Brel.
Em 2018, em comemoração a seus 30 anos de carreira, lançou o livro “As aventuras de Marcus Lucenna, o Cantador dos Qu4tro Cantos, na corte do Rei Luiz”, resgatando passagens da sua vida pessoal e artística que se relacionam com a história do forró e de personagens marcantes do gênero.
Como radialista, dirigiu e apresentou os primeiros programas regulares de forró em horário nobre no Rio, em emissoras como Imprensa FM e Tropical FM. Também apresentou o programa “Nação Nordeste”, na Rádio Viva Rio, do Sistema Globo, e “Marcus Lucenna – a Voz do Povo”, na Rádio Carioca AM.
Na TV, dirigiu, produziu e apresentou  “Marcus Lucenna De Repente”, programa da NGT.
Foi colunista da seção Canto do Povo Nordestino, do jornal Povo do Rio, e fundou o jornal Nação Nordeste.
Também realizou participações especiais e foi entrevistado programas como Jô Soares e Domingão do Faustão, da TV Globo.
Como ativista da cultura, foi idealizador de projetos de valorização da cultura popular e em defesa das causas do migrante nordestino, e ocupou por 6 anos o cargo de gestor do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, no Rio de Janeiro.
Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), foi condecorado com os títulos de Cidadão Fluminense, pela Assembleia Legislativa, e Cidadão Carioca, pela Câmara de Vereadores.

Dados artísticos

Tendo como principal referência artística Luiz Gonzaga, pautou também sua carreira pelo ecletismo, passando por forró pé-de-serra, brega, cantoria de viola, tango, rumba, lambada e chorinho.

Tendo escrito os cordéis “A voz de Luiz Gonzaga traduz o grande sertão”, “O amor e a vida nos tempos da Aids”, “Uma feira de mangaio que o Nordeste deu ao Rio” e “Dívida eterna, eles gastam e nós pagamos”, lançou, em 1988, o LP “Cantolínea psicordélica”, pela Polygram, em que canta a convivência harmoniosa entre os ritmos brasileiros. O disco traz, entre outras, as músicas “Amor na rede”, “Cantiga de Paz”, “Crença”, “Minha menia”, de sua autoria, além do destaque especial da canção homônima, também de sua autoria.  O disco teve participação de artistas como Joca de Natal, Zé Américo e Severo do Acordeon.

Em 1992, lançou o LP “O cantador dos 4 cantos, em que se destacaram, entre outras, “Amor ausente”, parceria com José Messias, “De um alguém para outro alguém” e “História de retirante”, de sua autoria, ” e “O cantador dos 4 cantos”, em parceria com Aécio Flávio, que dá título ao disco LP.

No LP “O pau de arara moderno”, de 1993, são destaques “Chameguinho”, “Faísca na gasolina”, “Gonzagão tocando em Marte”, de sua autoria e “A lua por testemunha” poema de Eliseu Ventania, musicado por ele, além de “Por aí”, com Aluizio Silva, “Tome cheiro”, com Roque da Paraíba e “Um seixo no riacho”, com Capinam”.

Tem músicas gravadas por diversos intérpretes potiguares, como Zé Lima , Banda Shi -Ray e Bartô Galeno. Em homenagem ao cantor Carlos Alexandre, pelo clássico brega “Feiticeira”, compôs a música “Cigana Feiticeira”.

Tem várias participações em programas de televisão, como o “Sem Censura”, “E preciso cantar”, “Em algum lugar do passado”, (especial sobre Capiba e Zé do Norte), “Sílvia Popovic”, “Clube do Bolinha”, “MPB especial”, “Documento especial”, Domingão do Faustão” e “Na cadência do tempo”.

Durante a carreira, musicou letras ou teve poemas musicados por nomes como Luiz Vieira, Mirabô, Capinam, Mario Lago Filho, Maria Rio Branco, Vicente Telles, Zé Lima, Roque da Paraíba, Edson Show, Chico Pessoa  e Zé do Norte.

Escreveu uma coluna semanal no jornal “O Povo”, no Rio de Janeiro e produz e apresenta programas de rádio.

Em 2018, lançou seu 15º disco de carreira, “Marcus Lucenna na Corte do Rei Luiz”, comemorando seus 30 anos de carreira. O álbum foi lançado em espetáculo durante a “III Feira do Cordel Brasileiro”, na Caixa Cultural, em Fortaleza (CE), com participações especiais de Adelson Viana e Tarcísio Sardinha, foram responsáveis pelos arranjos e regência do disco. O CD apresentou 15 faixas, sendo 7 regravações autorais, “O Salvador Daqui”, “APMAS”, “Retirante”, “Faísca na Gasolina”, “Tome Cheiro”, parcerias com Roque da Paraíba e Edson Show, e “Quero amar você” e “Vida Retirêra (Hino da Feira de São Cristóvão)”, cuja gravação teve participação especial de Adelson Viana, Chambinho do Acordeon, Marcelo Mimoso, Neidinha Rocha e Jadiel Guerra; além de 4 inéditas autorais: “Heroivô”, “Fundamental”(parceria com João de Deus e Dedé Nepó), “A Mala do Folheteiro” (parceria com Klévisson Viana), e “O Ritmo dos Corações”, gravada com a participação especial de Chambinho do Acordeon.

No mesmo ano, apresentou-se como uma das principais atrações da primeira edição do “Trem do Forró”, do Rio de Janeiro (RJ) até Caxias (RJ), que integrou as comemorações do evento anual “Semana do nordestino”.

Discografias
2018 Marcus Lucenna na Corte do Rei Luiz – independente – CD
1993 Art Show LP O pau de arara moderno
1992 Cid Luxo LP O cantador dos 4 cantos
1988 Paratodos LP Cantolínea psicordélica
Obras
A lua por testemunha
A magia do amor
Amor ausente (c/ José Messias)
Amor na rede
Cantiga da paz
Cantolínea psicordélica
Carne de terceira
Chameguinho
Comparações (c/ Zé Lima)
Compra moço, pra me ajudar (c/ José Messias)
Crença
De um alguém para outro alguém
Desafio (c/ Zé Lima)
Eu pareço um marinheiro (c/ Zé Lima)
Faísca na gasolina
Gonzagão tocando em Marte
História de retirante
Jesuíno
Mossoró, Mossoró (c/ Vicente Telles)
Não sei te esquecer (c/ Pedro Mataraca)
O cantador dos 4 cantos (c/ Aécio Flávio)
O paraíba baiano
Olhar de lua cheia
Por aí (c/ Aluízio Silva)
Tome cheiro (c/ Roquie da Paraíba)
Um seixo no riacho (c/ Capinam e Mirabô)
Vim, rachei e entortei (c/ Chico Santana e Dino Rossi)
Vinheta de fechamento
Voltas no tempo (c/ Chico Santana e Beto Lima)
Zé roqueiro (c/ Elias Soares)
Bibliografia Crítica

CÂMARA, Leide. Dicionário da Música do Rio Grande do Norte. Natal: Acervo da Música Potiguar, 2001.