Marco Pereira

Apresentou-se em concertos na Alemanha, França, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá e, com grande sucesso, no Festival de Jazz de Paris. Na Espanha, obteve dois prêmios em importantes concursos internacionais: Concurso Andrés Segóvia (Palma de Mallorca) e Concurso Francisco Tárrega (Valência).

De volta ao Brasil, foi convidado pela UnB (Universidade de Brasília), para criar os cursos de Violão Superior e Harmonia Funcional.

Lançou, em 1965, o LP “Violão popular brasileiro contemporâneo”, contendo suas composições “Pra Hermeto”, “Pivete”, “Samba urbano”, “Pixaim”, “Baião cansado”, “O choro de Juliana” e “Forrozal”, além de “Mulher rendeira (Zé do Norte). O disco contou com a participação de Sizão Machado (baixo acústico), Zé Eduardo Nazário (bateria e percussão) e Oswaldinho da Cuíca (cuíca e percussão).

Em 1987, lançou o LP “Círculo das cordas”, com suas composições “Num Pagode em Planaltina”, “Estrela da manhã”, “Preguiça mineira”, “Lis” e a faixa-título, além de “La fiesta” (Chick Corea), “O trenzinho do caipira” (Heitor Villa-Lobos) e “Frevo rasgado”  (Egberto Gismonti). O disco contou com a participação de Toninho Carrasqueira (flauta) e João Parahyba (percussão).

Os dois discos o levaram ao Town Hall, de Nova York, em 1988. No mesmo período, excursionou pelo Canadá, apresentando-se em diversos festivais.

Em 1989 participou do Free Jazz Festival, com o Trio D’Alma.

Atuou em gravações com diversos artistas, como Zélia Duncan, Edu Lobo, Cássia Eller, Zé Renato, Gilberto Gil, Gal Costa, Wagner Tiso, Daniela Mercury, Zizi Possi, Rildo Hora, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Milton Nascimento, Zé Nogueira, Toninho Carrasqueira, Leandro Braga, Virgínia Rosa, Leila Pinheiro, Carol Sabóia, Rosana, Fátima Guedes e Nelson Gonçalves, entre outros.

Em 1991 participou do Free Jazz Festival, apresentando seu trabalho solo.

Em parceria com Cristóvão Bastos, lançou, em 1992, o CD “Bons encontros”, com as faixas “Na Baixa do Sapateiro”, “Aquarela Brasileira”, “É luxo só/No Tabuleiro da Baiana” e “Folhas mortas”, todas de Ary Barroso, “Feitiço da Vila”, “Feitio de oração”, “Conversa de botequim” e “Pra que mentir”, todas de Noel Rosa e Vadico, “No Rancho Fundo” (Ary Barroso e Lamartine Babo), “As pastorinhas” (Noel Rosa e João de Barro) e “Três apitos” (Noel Rosa). Nesse mesmo ano, participou do Free Jazz Festival, ao lado de Wagner Tiso.

Foi contemplado com o Premio Sharp, na categoria Melhor Arranjador de MPB, pelo disco “Gal”, de Gal Costa, em 1993, como Melhor Solista (categoria instrumental) e Melhor Disco Instrumental do ano, pelo trabalho “Bons encontros”, em duo com o pianista Cristóvão Bastos, em 1994.

Lançou, em 1995, o CD “Dança dos quatro ventos”, com as faixas “Pixula”, “Num pagode em Planaltina”, “Pixaim”, “Nostálgica”, “Bate-coxa” e “Plainte”, todas de sua autoria, além de “Mulher rendeira” (Zé do Norte), “Choro pro Zé” (Guinga), “Samambaia” (César Camargo Mariano), “Choro melancólico” (Edmar Fenício), “Loro” (Egberto Gismonti), “Lamentos” (Pixinguinha) e “Babel” (Baden Powell). O disco contou com a participação dos músicos Leandro Braga (teclados), Nico Assumpção (baixo), Bororó (baixo), Jurim Moreira (bateria), Marcos Suzano (percussão), Marco Lobo (percussão) e Zero (percussão). Nesse mesmo ano, lançou o CD “Elegia”, gravado em Bethaniënklooster, Amsterdam. No repertório, suas composições “Samba urbano”, “Flor das águas”, “A Ladeira de São Roque”, “Bate-coxa”, “Fantasia sobre tema popular” e a faixa-título, além de “Imagem” e “Com mais de mil”, ambas de Canhoto da Paraiba, “Jorge da Fusa” e “Desvairada”, ambas de Garoto, “Carinhoso” (Pixinguinha), “Sons de carrilhões” (João Pernambuco) e “Valsa brasileira (Se ela perguntar)” (Dilermando Reis). Ainda em 1995, lançou, em parceria com Ulisses Rocha, o CD “Brasil Musical – Série Música Viva”, gravado ao vivo no Sesc Pompéia (SP) em 1993, com as músicas “Todo sentimento” (Cristóvão Bastos e Chico Buarque), “As rosasnão falam” (Cartola), “Da cor do pecado” (Bororó), “Curumin” (César Camargo Mariano), “Minha pequena” (Leandro Braga), “Nascente” (Flávio Venturini), “Mulher rendeira” (Zé do Norte) e “My Funny Valentine” (Rodgers e Hart).

Apresentou-se em 1995 e 1996, no Festival Brasil em Caracas, nesse último ano em duo com o clarinetista Paulo Moura.

Em 1996, apresentou-se, ao lado de Baden Powell e Vicente Amigo, no XXème Carrefour Mondiale de la Guitare, na Martinica. Nesse mesmo ano, participou do Free Jazz Festival, ao lado de Edu Lobo.

Em parceria com Ulisses Rocha, lançou, em 1997, o CD “Instrumental no CCBB”, gravado ao vivo no Centro Cultural Banco do Brasil, com “Morena boca de ouro” e “Na baixa do sapateiro”, ambas de Ary Barroso, “Frevo rasgado” (Egberto Gismonti), “Modinha” (Tom Jobim), “Todo sentimento” (Cristóvão Bastos e Chico Buarque), “Lamentos do Morro” (Garoto) e “Mulher rendeira” (Zé do Norte).

Em 1999, à frente da Orquestra Sinfônica de Brasília, apresentou o “Concerto nº 1”, para violão e orquestra, de Mario Castelnuovo-Tedesco, e a primeira audição de sua composição “Luz das cordas”, para violão, bandolim e orquestra de cordas. Nesse mesmo ano, gravou o CD “Valsas brasileiras” com suas composições “Marta” e “Plainte”, além de “Beatriz” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Eponina” (Ernesto Nazareth), “Eu te amo” (Tom Jobim e Chico Buarque), “Desvairada” (Garoto), “Manhãs de sol” (Canhoto), “Valsinha” (Chico Buarque e Vinícius de Moraes), “Emotiva nº 1” (Hélio Delmiro), “Luiza” (Tom Jobim) e “Valsa negra” (Leandro Braga). Em 1999 e até 2002, foi diretor artístico da série “Grandes Encontros”, projeto de valorização do músico brasileiro que teve lugar no Teatro Leblon (RJ).

Em 2000, assinou a direção artística da “Série Grandes Encontros”, realizada mensalmente no Teatro do Leblon (RJ). Nesse ano, lançou, em parceria com Hamilton Pereira, o CD “Luz das cordas”, contendo suas composições “Bate coxa”, “Seu Tonico na ladeira” e a faixa-título, além de “Brasileiro” e “Enchendo o latão”, ambas de Hamilton de Holanda, “Um a zero” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Lamentos do morro” (Garoto), “50 anos” (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), “Pra você (For Tânia Maria)” (Michel Camilo), “O xote das meninas” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)/”Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso) e “Las abejas” (Agustín Barrios).

Em 2002, gravou, em Belmont (Califórnia), o CD “Original”, com as faixas “Tio Boros”, “Flor das águas”, “Tempo de futebol”, “Seu Tonico na Ladeira”, “Nostálgicas nº 2”, “O choro de Juliana”, “Sarará”, “Num pagode em Planaltina”, “Estrela da manhã”, “Bate-coxa”, “Cantiga”, “Vadiagem”, “Chama-me!” e “Baião cansado”, todas de sua autoria.

Lançou, em 2004, o CD “O samba da minha terra”, contendo suas composições “Tempo de futebol“, “Amigo Léo”, “Seu Tonico na Ladeira” e “Chazz!”, todas de sua autoria, além de “Lamentos do Morro” (Garoto), “La fiesta” (Chick Corea), “My funny Valentine” (R.Rodgers e L.Hart), “Morena Boca de Ouro” (Ary Barroso), “Choro melancólico” (Edmar Fenício) e “Zazueira” (Jorge BenJor).

No ano seguinte, lançou, em parceria com Gabriel Grossi, o CD “Afinidade – Violão e Gaita”, com suas composições “Sambadalu” e “Ponto de luz”, além de “Mulher Rendeira” (Zé do Norte), “As rosas não falam” (Cartola), “Coisa nº 8 (April Child)” (Moacir Santos), “Choro pro Waldir” (Cristóvão Bastos e Paulinho da Viola), “Foi a noite” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Modinha” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).

Em 2006, participou Umbria Jazz Festival, na Itália, onde fez o lançamento do seu CD “Stella del Matino”, gravado em Perugia, contendo as faixas “Estrela da manhã” e “Sambadalu”, ambas de sua autoria, “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso),  “Ternura” (K-Ximbinho), “Modinha” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Frevo” (Egberto Gismonti), “Medley (sobre temas de Baden Powell) e “Suíte das águas (sobre temas de D.Caymmi)”. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Camerístico”, contendo suas composições “Círculo dos amantes”, “Lis”, “Roda das baianas”, “Luz das cordas” e “Dança dos quatro ventos”, e ainda canções de outros autores.

Lançou, em 2007, o CD “Essence”, com suas composições “Plainte” e “Carioca”, além de “Cristal” (Cesar Camargo Mariano), “Mulher Rendeira” (Zé do Norte), “Um abraço no Bonfá” (João Gilberto), “Eu te amo (Tom Jobim) e “Be my Love” (Nicholas Brodsky), entre outras. Nesse mesmo ano, publicou o livro/CD “Ritmos brasileiros”, um trabalho de pesquisa dos principais ritmos brasileiros de todas as regiões do país.

Em 2010, lançou o CD “Cristal”, com as faixas “Choro em Si Menor (Suaves Enganos)” “Choro em dó menor (Fefucha)“ e “Choro em Mi Menor (A Lira do Poeta)”, todas de sua autoria, além de “Pedacinhos do Céu” (Waldir Azevedo) e “Ingênuo” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Luz negra” (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso), “Choro negro” (Paulinho da Costa e Fernando Costa) e a faixa-título (César Camargo Mariano), entre outras. O disco foi produzido pelo também violonista Swami Jr.

Ao longo de sua carreira, vem mantendo intensa atividade como solista no Brasil e no exterior. Suas composições estão editadas pela Editora Lemoine, de Paris, e têm sido gravadas e tocadas em concerto por grandes intérpretes europeus.

É professor adjunto no Departamento de Composição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).