5.001
Nome Artístico
Marco Bosco
Nome verdadeiro
Marco Antônio Bosco
Data de nascimento
28/04/1956
Local de nascimento
Torrinha (SP)
Dados biográficos

Filho de um alfaiate e uma costureira, Marco Bosco passou a infância nas cidades de Torrinha e Barra Bonita. No ensino fundamental, em Barra Bonita, descobriu a música na banda da escola, onde tocou corneta e começou a aprender percussão. Ao voltar de Barra Bonita para Torrinha, ajudou a implantar uma banda também na escola na qual cursou o atual ensino médio. Começou a faculdade de linguística na Universidade Estadual de Campins (Unicamp), a qual cursou por um ano, entre 1978 e 1979.  Enquanto fazia a faculdade,  estudou teoria musical com Paulo Simões Silva e José Ulisses Arroyo, ambos professores e músicos integrantes da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas/SP. Nessa época também começou a atuar profissionalmente como músico na noite de campinas. Já em São Paulo, onde começou a gravar nos estúdios Pauta e Vice-versa, estudou  percussão sinfônica com Cláudio Stephan, percussionista da Orquestra Sinfônica  Municipal de São Paulo.

Como músico de estúdio, trabalhou com profissionais da produção de discos e trilhas para dança, cinema, teatro. Participou da gravação de aproximadamente 500 peças publicitárias para rádio e televisão em campanhas locais, nacionais e internacionais.

No Brasil, em gravações ou performances ao vivo, trabalhou com Egberto Gismonti, Maestro Rogério Duprat, Raul de Souza, Sebastião Tapajós, Nelson Ayres, André Geraissati, RPM, Wanderléia, Raul Seixas, Toquinho, Luiz Ayrão, Neguinho da Beija Flor, Nilson Chaves, Jean & Paulo Garfunkel, Simone, Lucinha Lins, Baby do Brasil, Belchior, Adoniran Barbosa, Zé Geraldo, Ronaldo Bastos, Renato Teixeira, Pena Branca & Chavantinho, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo, Sá & Guarabira, César Camargo Mariano, Zé Rodrix, Dori Caymmi, Ivan Lins, Rita Lee, Caetano Veloso, Tom Zé, Flavio Venturini, Elza Soares, , Zélia Duncan, Sandra de Sá, Maestro Moacir Santos e outros.

Dados artísticos

Começou a carreira profissional atuando na noite de Campinas até entrar para a banda de Zé Rodrix no fim dos anos 1970.

Durante a virada dos anos 1970 para os 1980 atuou como músico de estúdio em São Paulo. Nesta época, formou com Ruriá Duprat a banda Acaru. Também trabalhou com profissionais da produção de discos e trilhas para dança, cinema, teatro. No período, tocou em aproximadamente 500 peças publicitárias para rádio e televisão em campanhas locais, nacionais e internacionais.

Em 1980, gravou com o grupo Acaru, durante temporada em Tokyo, o álbum “Live at Hot Crocket” (RCA Victor), disco também distribuído na Europa.

De volta ao Brasil, em 1981, lançou, com o grupo Acaru, o álbum  “Aqualouco” (Café/FIF), segundo disco do grupo.

Em 1983, gravou o álbum solo “Metalmadeira” (Arco-Íris/Odeon) com a participação de
Belchior, Luli & Lucina, Ruriá Duprat, Nico Resende e Nico Assumpção.

Em 1986 gravou “Fragmentos da Casa” (Carmo/Odeon), seu segundo álbum solo com a participação
de Egberto Gismonti, Oswaldinho do Acordeom e Paulo Calasans, entre outros.

Em 1990 mudou-se para o Japão. Lá, começou a estudar percussão japonesa com “O Edo Sukeroku Taiko”, tradicional grupo do Japão.  Também fez trabalhos para a Rádio Televisão Nacional do Japão (NHK) em transmissões domésticas e BS satélite HiVision para a Ásia e Europa.

Em 1991 lançou seu terceiro álbum solo “Hánêreá-Power of Nature” (JVC-Japan), baseado na lenda
do guaraná da tribo amazônica Sateré-Maué. O álbum teve a participação de Cesar Camargo Mariano, Sebastião Tapajós, Pique Riverte, Walmir Gil, Ruriá Duprat e Paulo Calasans.

Em 1993, lançou “Tokyo Diary” (New Frontier), quarto disco solo, gravado em Tokyo, Los Angeles e São Paulo com a participação de Oscar Castro Neves, Don Grusin, Alex Acuña, Jane Duboc, Flora Purin, Airto Moreira, Jimmy Johnson, Ricardo Silveira, Gary Meek, Paulo Calasans, O Edo Sukeroku Taiko e outros. O álbum integrou o projeto Pioneer 3D Museum LD Rom.

Em 1994, lançou, no Japão, o single “Soccer Alegria” (Toshiba/EMI).

Em 1995, teve uma experiência como ator com o diretor sino-americano Ping Chong e sua companhia em Tokyo no Teatro Documentário “Gaigin – Undesirable Elements”, em comemoração aos 50 anos do fim da segunda guerra.

Em 1996, trabalhou como produtor para Media Garden Inc. e como diretor de repertório para Music.Co.Jp Inc.

Em 1997 produziu, para a mesma  companhia, a gravação ao vivo dos concertos de Airto Moreira e Flora Purin no Ronnie Scott’s Club em Londres e Tsuyoshi Yamamoto Quartet e Guilherme Vergueiro & Marco Bosco no Tatou Club em Tokyo.

Em 1998 lançou “There Will Be No Money Today” (Ape’s/Sony-Japan), seu quinto trabalho solo com a participação de Tsuyoshi Yamamoto, Casey Rankin, Paulo Calasans, Cisão Machado, Marcelo Mariano e Eiki Nonaka.

Em Maio de 2000, veio ao Brasil como percussionista na banda da cantora norte americana Nina Simone e voltou definitivamente ao país. Fundou a gravadora Rainbow Records com o maestro Ruriá Duprat.

Em 2001 gravou o álbum “Techno Roots”, lançado no final de 2001, com versões  techno das músicas de Jackson do Pandeiro com a participação de Egberto Gismonti, Dominguinhos, Marlui Miranda, Jean Garfunkel, Genival Lacerda, Vicente Barreto, Fuba de Taperoá e Miltinho Edilberto entre outros.

Em agosto de 2002 desenvolveu o projeto “Arte nos Trilhos”, em Torrinha – SP, sua cidade natal. O projeto era voltado para a pesquisa de ritmos e a recuperação das atividades musicais junto a crianças, adolescentes e jovens; formando um grupo de percussão sonoramente baseado em latas de óleo de 20 litros.

Em 2004 retornou ao Japão e gravou o álbum “Live at the Brazilian Embassy”, voltado para jazz Standards e bossa nova. O álbum foi gravado ao vivo no auditório da Embaixada Brasileira em Tokyo com a participação do internacional pianista japonês de jazz Tsuyoshi Yamamoto e a cantora americana D’nessa. O lançamento foi  em junho de 2005.

Em 2006 tocou e produziu para o mercado japonês o álbum “Depois do Nosso Tempo”, de Sonia Rosa. O álbum foi gravado nos EUA, com a participação de Cesar Camargo Mariano, Oscar Castro Neves, Romero Lubambo e Ivan Lins entre outros. No mesmo ano, participou do álbum do DJ Taro e coproduziu o primeiro álbum para o Japão do violonista  brasileiro Yamandu Costa.

Em 2008, trabalhou para Tokyo Conrad Hotel e produziu para o mercado fonográfico Brasileiro e Japonês, o álbum Vicente, de Vicente Barreto, também distribuído mundialmente pela internet para download.

Em fevereiro 2009, o álbum “Randy in Brazil”, produzido originalmente para a gravadora a qual Bosco era sócio de Ruriá Duprat, recebeu o Grammy americano. na categoria Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo.  No mesmo ano, dirigiu e produziu o concerto e a gravação de “Oscar Castro Neves live at Blue Note Tokyo”, no Japão, com os convidados especiais Airto Moreira e Leila Pinheiro. Também produziu, no Brasil e EUA, o álbum Flor de Fogo, de Chico Pinheiro, lançado internacionalmente como “There’s a Storm Inside”, com as participações especiais de Dianne Reeves e Bob Mintzer.

Em 2010, trabalhou pela primeira vez em radio com o programa diário “Amazon Space” na Amazonas FM em Manaus, AM. Também coordenou e coproduziu gravações de Seigen Ono em projeto ligado a Universidade de Waseda em Tokyo. O projeto era o desenvolvimento de um novo sistema de gravação em alta definição. Os testes eram feitos com os sons da natureza da Floresta Amazônica e com cantos indígenas.

Em 2011, como representante brasileiro da CT Music & Cendi Music/Japan coproduziu, com Paulo Calasans, o projeto “Raiz”, de Leila Pinheiro, com repertório e temática voltados para a Amazônia. O álbum concorreu ao Grammy Latino na categoria Melhor Disco de MPB em 2012.

Em 2012 coproduziu e lançou internacionalmente o álbum “Believe What I Say – The Music of Ivan Lins”.  Além de Ivan Lins, participaram também  Simoninha, Jair Oliveira, d’Nessa, Luciana Melo, Charito, Nilson Chaves, Carla Vallet, Zé Colmeia & Dom Pixote entre outros. Ainda em 2012, aconteceu a produção e o lançamento do álbum “Amores”, do poeta e cantor amazônico Nilson Chaves.

Em 2014 lançou o álbum duplo “33”, uma coletânea para comemorar os 33 anos de carreira em gravações.

Em 2015, produziu, co-dirigiu e tocou no Tributo a Oscar Castro-Neves, com as participações especiais de Alaíde Costa, Leny Andrade e Sebastião Tapajós .

No mesmo ano, começou, na China, com o baterista Leonardo Susi,  o quarteto instrumental Balaio. O quarteto fez turnê com 28 concertos em Hong Kong e China em setembro/outubro 2015.

Em abril de 2016 o Governo do estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura apresentaram o álbum “Marco Bosco e Paulo Calasans ONLINE”.

Em 2016 aconteceu a turnê pela China e Europa “Balaio Convida Randy Brecker”, O repertório foi o do álbum “Randy in Brasil”.

Em 2017, o Balaio retornou à Ásia e à Europa para mais shows da banda  e também com o trompetista americano Randy Brecker. Durante a Balaio Ásia Tour, em 2017, foi gravado em Xangai o álbum “Balaio” com as participações especiais de Mike Stern (guitarra ), Randy Brecker (trompete), Nils Landgren (trombone), Paulo Calasans (teclados) e Zeca Baleiro(voz).

Em 2018, o Balaio lançou o primeiro álbum  ao vivo. O álbum foi um registro da turnê  do show “Balaio convida Mike Stern” no Brasil.

Em 2019, Marco Bosco lança na Europa o disco “Metalmadeira”, de 1983. Lançou Também dois re-mixes Electricwood I e Electricwood III das músicas  do Metalmadeira em versão eletrônica com as participações de Paulo Calasans e da gravação original com Belchior e o contrabaixista Nico Assumpção. No mesmo ano, ministrou um curso de produção e distribuição por 2 meses na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa – ESTAL. Ainda em 2019, produziu o álbum “ A Música cantada de Paulinho Nogueira” com Regina Dias, Ulisses, Rocha, Sizão Machado, Nelson Faria e Luiz Carlos Sá. No mesmo ano, fez outra turnê na Ásia e Europa com o Balaio.

Em 2020 produziu o álbum e o concerto de A Música Cantada de Paulinho Nogueira, da cantora Paulista Regina Dias, com a participação especial de Luiz Carlos Sá e Flavio Venturini . Também produziu o álbum da artista afro-cubana Danae Estrela.

Em 2021 produziu a cantora Afro-Portuguesa Sandra Fidalgo em seu Show-Live e single.

Em 2022 produziu o álbum “Não Negai “, de Regina Dias em um Tributo a Luis Vagner, o Guitarreiro pai do Samba-Rock. No mesmo ano, fez o relançamento na Europa e no Brasil do seu álbum “Fragmentos da Casa” (1987), remasterizado por Ricardo Carvalheira.

Discografias
2016 Cendi Music Marco Bosco & Paulo Calasans "ONLINE"

Com Paulo Calasans

2005 Cendi Music CD - plataformas de streaming Live at Brazilian Embassy in Tokyo

com Tsuyoshi Yamamoto

2000 Raimbow Records CD - Plataformas de streaming Techno Roots
1998 Ape's/Sony-Japan There Will Be No Money Today
1991 JVC-Japan CD - Plataformas de streaming Hánêreá-Power of Nature
1986 Carmo/Odeon LP - Plataformas de streaming Fragmentos da Casa
1983 Arco-Íris/Odeon Metalmadeira
1981 Café/FIF LP - Palatformas de streaming Aqualouco

Grupo Acaru

Cendi Music CD - Plataformas de streaming 33

Coletânea

New Frontier CD - plataformas de streaming Tokyo Diary