0.000
Nome Artístico
Marcio Proença
Nome verdadeiro
Vicente Marcio Proença Pereira
Data de nascimento
14/11/1943
Local de nascimento
Niterói, RJ
Data de morte
21/5/2017
Local de morte
Niterói, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Instrumentista.

Faleceu em 2017, vitimado por leucemia, sendo sepultado no Cemitério do Maruí, em Niterói, sua cidade natal.

Dados artísticos

Iniciou a carreira musical aos 17 anos de idade. Teve seu primeiro registro como compositor com a gravação da música “A palavra que ficou” por Áurea Martins. Em seguida, teve outras composições de sua autoria interpretadas por Dóris Monteiro, Agostinho dos Santos, Roberto Silva e Cláudia.

Em 1964, gravou seu primeiro disco, um compacto duplo lançado pela Mocambo. 

Na década de 1970, fez parte do Movimento Artístico Universitário (MAU), ao lado de Gonzaguinha, Aldir Blanc, Ivan Lins, Paulo Emílio, Marco Aurélio, Eduardo Lage, Luiz Alfredo Milleco, Sidney Mattos, Guinga, Arthur Verocai, entre outros. Também nessa época, integrou, juntamente com Eduardo Lage, Flávio Faria e Ana Manhães, o Quarteto Forma, com o qual lançou um compacto duplo e um LP pela Odeon, produzidos por Mariozinho Rocha. Ainda nos anos 1970, participou de duas edições do “Festival Internacional da Canção” (TV Globo) e do “Festival Universitário” (TV Tupi).

De 1979 a 1981 fez parte do coro da orquestra de Roberto Carlos. 

No ano de 1981 lançou o LP “Marcio Proença”, pela gravadora Paladar, com as participações especiais de Lucinha Lins em “Pare de me arranhar” (c/ Darcy de Paulo, Flavio A. de Oliveira e Marco Aurélio); Aldir Blanc em “Boa” (c/ Aldir Blanc) e “Fêmea de Atlântida” (c/ Aldir Blanc) e Gonzaguinha em “Filme nacional”. O disco também contou com as faixas “Laura” (c/ Marco Aurélio), “Eustáquio, o camelô” (c/ Marco Aurélio), “Sei lá” (c/ Marco Aurélio), “Esse tal do amor” (c/ Paulo Emílio), “Outra vez você” (c/ Paulo Emílio), “Tarde demais” (c/ Marco Aurélio), “O novo messias” (c/ Silvio da Silva Jr. e Marco Aurélio) e “Bar do João” (c/ Silvio da Silva Jr. e Marco Aurélio). Do texto de apresentação do LP, escrito por Aldir Blanc, destacamos o seguinte trecho:

 

“São músicas bonitas porque verdadeiras. A gente encontra com elas na rua, na hora do cafézinho, como se fossem um amigo querido que inexplicavelmente não vemos há muito tempo; outra parece com aquela namorada que aprontou, mas nunca deu pé de esquecer, fiel dor de corno… O Marcio é o legítimo compositor popular, coisa que muito moleque com verba e campanha publicitária tenta, mas não emplaca”

 

Três anos depois, em 1984, gravou seu segundo disco solo, pela gravadora Paladar, intitulado “Eterno diálogo”, o qual contou com as músicas “Salvo conduto” (c/ Marco Aurélio), “Fogos de artifícios” (c/ Paulo Emílio e Marco Aurélio), “Baile comum” (c/ Marco Aurélio e Silvio da Silva Jr.),  “Na cama do INPS” (c/ Aldir Blanc e Marco Aurélio), “Eterno diálogo” (c/ Marco Aurélio e Darcy de Paulo), “Sentença” (c/ Moacyr Luz) e “Samba pro Mello Menezes” (c/ Aldir Blanc e Marco Aurélio). No trabalho também teve participação especial de Lucinha Lins em “Boca de cena” (c/ Marco Aurélio) e “Blusa de cetim” (c/ Marco Aurélio), e Nana Caymmi em “Águas partidas” (c/ Paulo Emílio e Marco Aurélio), totalizando 10 faixas.

Na década de 1990, apresentou-se nos seguintes espaços: Teatro da Universidade Federal Fluminense (Niterói), em 1994, com Paulo César Pinheiro; Vinícius Piano Bar (RJ), em 1995, com Moacyr Luz e Aldir Blanc; Jazzmania (RJ), em 1996, com Sueli Costa e Paulo César Pinheiro; Canecão (RJ), em 1997, no show de lançamento do CD de Aldir Blanc; Teatro da Universidade Federal Fluminense (Niterói), em 1999, com Ivor Lancellotti, no show “Encontro de parceiros musicais de Ivor Lancelloti e Marcos Lima”.

Em 2004, gravou o CD “Facho de luz”, produzido por João Carlos Carino. O disco contou com a participação de Leila Pinheiro, Simone Guimarães, Paulo César Pinheiro, Guinga, Ivor Lancellotti e Beth Carvalho, além de José Luiz Lopes, seu parceiro nas composições: “Delírio”, “Que bom seria”, “Gosto de batom”, “Um pouco mais canção”, Bons momentos”, “Já foi, mas volta”, “Marcas do passado”, “Um mal de amor”, “Avassalador”, “É bom, mas é ruim”, “Cilada fatal” e “Atitude”.

Em 2014, lançou o CD e LP “Retrato Cantado”, idealizado e produzido por João Carlos Carino, com 10 faixas. O disco trouxe composições inéditas na voz do músico, dentre elas “Pare de me arranhar”, “Niterói”, “Vício de amor” e “Castelos no ar”. 

O show, no Teatro Municipal de Niterói, foi a oportunidade para o lançamento de um DVD, com as mesmas músicas do CD. O espetáculo contou com as participações de Leny Andrade, Danilo Caymmi, Aurea Martins, Marcus Lima e Adriana Ninsk. Além de cantores, ainda participaram os violonistas Ricardo Gilly, responsável pelos arranjos, Charles da Costa e João Camareiro.

Autor de mais de 100 músicas gravadas, tendo entre seus principais parceiros Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Ivor Lancellotti, Marco Aurélio, Paulo Emilio, Cláudio Cartier, Nei Lopes, Sergio Natureza, Guarnieri e Gonzaguinha. 

Constam da relação dos intérpretes de suas composições Marília Medalha, Agostinho dos Santos, Dóris Monteiro, Ed Lincon, Wanderléa, Gonzaguinha, Lucinha Lins, Marília Medalha, Nana Caymmi, Pery Ribeiro e Luiz Eça, Simone, Beth Carvalho, Cauby Peixoto, Aldir Blanc, Zé Luiz Mazzioti, Célia Vaz, Roberto Silva, Leny Andrade, Romero Lubambo, Cristina Buarque, Danilo Caymmi, Agepê, MPB-4, entre outros.

Discografias
2014 Carino Produções CD Retrato Cantado
2014 Carino Produções LP Retrato Cantado
2004 Niterói Discos CD Facho de luz
1984 Paladar Produções LP Eterno diálogo
1981 Paladar Produções LP Marcio Proença
1964 Mocambo Compacto Duplo Marcio Proença
Obras
Atitude (c/ José Luiz Lopes)
Avassalador (c/ José Luiz Lopes)
Bar do João (c/ Silvio da Silva Jr. e Marco Aurélio)
Bença, negro (c/ Paulo César Pinheiro)
Boa (c/ Aldir Blanc)
Bons momentos (c/ José Luiz Lopes)
Cabrocha da Mangueira (c/ Paulo César Pinheiro)
Carteira assinada (c/ Alésio Milton de Barros)
Castelo no ar (c/ Marco Aurélio)
Cilada fatal (c/ José Luiz Lopes)
Coração marinheiro (c/ Paulo César Pinheiro)
Delírio (c/ José Luiz Lopes)
Esse tal do amor (c/ Paulo Emílio)
Eustáquio, o camelô (c/ Marco Aurélio)
Filme nacional
Fêmea de Atlântida (c/ Aldir Blanc)
Gosto de batom (c/ José Luiz Lopes)
Já foi, mas volta (c/ José Luiz Lopes)
Lagoa e vulcão (c/ Marco Aurélio)
Laura (c/ Marco Aurélio)
Marca da paixão (c/ Marco Aurélio)
Marcas do passado (c/ José Luiz Lopes)
O novo messias (c/ Silvio da Silva Jr. e Marco Aurélio)
Outra tarde (c/ Marco Aurélio)
Outra vez você (c/ Paulo Emílio)
Pare de me arranhar (c/ Flávio A. de Oliveira e Marco Aurélio)
Pingo de leite (c/ Wanderléa)
Poema do mar (c/ João Carlos)
Poeta (c/ Paulo César Pinheiro)
Que bom seria (c/ José Luiz Lopes)
Quem dera (c/ Marcos Lima e Marco Aurélio)
Recompensa (c/ Paulo César Pinheiro)
Retrato cantado (c/ Aldir Blanc)
Salvo conduto (c/ Marco Aurélio)
Sei lá (c/ Marco Aurélio)
Sem legenda (c/ Célia Vaz e Marco Aurélio)
Tarde demais (c/ Marco Aurélio)
Um mal de amor (c/ José Luiz Lopes)
Um pouco mais canção (c/ José Luiz Lopes)
Vício de amor (c/ Marco Aurélio)
Ziguezagueou (c/ Claudio Cartier e Marco Aurélio)
É bom, mas é ruim (c/ José Luiz Lopes)
É feio (c/ Marco Aurélio)
Shows
2014. Teatro Municipal de Niterói. RJ “Retrato Cantado”.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.