4.001
Nome Artístico
Marcio Pereira
Nome verdadeiro
Marcio da Silva Pereira
Data de nascimento
22/8/1945
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista.

Em 1969, estudou harmonia e composição com o Maestro Guerra Peixe nos Seminários de Música da Pró-Arte. Cursou dois períodos de Licenciatura em Música no Instituto Villa-Lobos, no ano seguinte. Em 1971, graduou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. Estudou saxofone com Paulo Moura e flauta transversa com Celso Woltzenlogel e Carlos Alberto Rodrigues. Em 1980, iniciou o curso de Orquestração e Composição, ministrado pelo Maestro Guerra Peixe, no Centro de Estudos Musicais, no Rio de Janeiro e, em seguida, recebeu aulas particulares do maestro. Em 1998, freqüentou a classe de Regência do Maestro Alceo Bocchino, na Escola de Música Villa-Lobos, Rio de Janeiro. No ano seguinte, foi admitido como aluno especial no Curso de Mestrado em Música do C.L.A. da UNI-Rio. Em meados da década de 70, residiu por um ano em Nova York, EUA.

Dados artísticos

Em 1968, integrou o grupo do trompetista Claudio Roditi.

De 1973 a 1975, foi saxofonista da Rio Jazz Orchestra. Em seguida, participou do espetáculo “Quatro composições e dois tiques”, do compositor Guilherme Vaz, no MAM do Rio de Janeiro.

Em 1976, integrou o grupo do percussionista americano Ray Armando, fazendo temporada no MAM. Nesse mesmo ano, foi contratado como músico da orquestra do espetáculo “Brasil canta e dança”, sob direção de Haroldo Costa, com a qual realizou turnê, começando por Buenos Aires e passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Detroit e Washington.

No ano seguinte, participou da orquestra do show “Nove e meia”, no Canecão (RJ), onde teve a oportunidade de acompanhar diversos cantores da música popular brasileira, como Leny Andrade, Jackson do Pandeiro, Herivelto Martins e Pery Ribeiro, entre outros.

Em 1978, integrou a orquestra do show “Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha”, realizado no Canecão (RJ). Ainda nesse ano, trabalhou como músico de orquestra na peça “A Ópera do malandro”, de Chico Buarque, montada no Teatro Ginástico (RJ), e viajou em turnê pelo Norte e Nordeste, acompanhando Zezé Motta e Johnny Alf, pelo “Projeto Pixinguinha”.

Em 1979, participou de temporada da cantora no Teatro Ipanema (RJ), seguida de apresentações em várias casas de espetáculos de Buenos Aires. Participou, nesse mesmo ano, de shows dos compositores e instrumentistas Alberto Rosenblit e Mario Adnet. Em seguida, integrou a orquestra da peça “O Rei de Ramos”, de Dias Gomes, em temporada no Teatro João Caetano (RJ), com músicas de Chico Buarque e sob direção musical de Francis Hime, e trabalhou no antigo “Dancing Brasil”, hoje “Café Nice”. Ainda em 1979, acompanhou Joanna em temporada no Teatro Ipanema (RJ) e em shows realizados pela cantora em São Paulo.

No ano seguinte, estreou com a banda Metalúrgica Dragões de Ipanema, temporada no projeto “Noites Cariocas”, realizado no Morro da Urca (RJ), com produção de Nelson Motta. Também em 1980, acompanhou Ney Matogrosso em temporada no Teatro Carlos Gomes (RJ). Ainda nesse ano, participou do grupo de Antônio Adolfo, em shows realizados no Rio de Janeiro e em Brasília.

Em 1981, trabalhou com a cantora Fafá de Belém, excursionando durante todo esse ano pelo Brasil. Em seguida, conheceu o compositor Sergio Saraceni, com o qual participou, como instrumentista, das trilhas sonoras de vários filmes, como “Nunca fomos tão felizes”, de Murillo Salles, “Insônia”, de Nelson Pereira dos Santos, “O viajante”, de Paulo Cesar Saraceni, e “Engraçadinha”, de Haroldo Marinho Barbosa.

Em 1982, juntou-se ao grupo de jazz-fusion Mala, com o qual se apresentou em diversas casas noturnas. Como arranjador e compositor, realizou diversos trabalhos para o teatro, cinema, discos e televisão. Ainda em 1982, foi contratado pela TV Globo, como maestro-arranjador, função que vem exercendo desde então. Escreveu inúmeros arranjos e composições para a orquestra da emissora, na sua maioria música incidental para tele-dramaturgia, com destaque para “Memórias de um Sargento de Milícias”, dirigido por Mauro Mendonça Filho, contemplado com Medalha de Ouro na categoria Drama, no “New York Festivals”, em 1997, e “A Grande Noite”, episódio da “Comédia da Vida Privada”, levado ao ar em 1997. Assinou, ainda, a edição do “Globo Repórter”, quando da eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, bem como o “Especial Placido Domingo”, parte dos festejos pelos 30 anos da TV Globo, em 1995. Ainda na mesma emissora, participou dos Clips de encerramento dos capítulos da minissérie “Chiquinha Gonzaga”, em 1998.

Teve suas composições apresentadas em diversos eventos, como ” VI Panorama da Música Brasileira Atual”, na Escola de Música da UFRJ, “II Mostra de Novos Compositores e Intérpretes”, na Sala Funarte, “Homenagem a Vitor Assis Brasil”, na Sala Funarte, todos em 1983, e “IX Panorama da Música Brasileira Atual”, na Escola de Música da UFRJ, em 1986.

Ao longo de sua carreira, participou, como instrumentista, de discos de artistas como Alberto Rosenblit e Mario Adnet, Emílio Santiago, Celso Mendes, Fafá de Belém, Marina Lima e Jorge Clark, entre outros.

Em 1998, assinou a produção musical do CD “Chiquinha Gonzaga”, para a gravadora Som Livre.

Obras
Elegia para dois cellos e orquestra
Estudo sobre a síncopa em três movimentos para flauta-solo
Peça Sincopada para orquestra de cordas
Sete Duos para flauta e fagote
Suíte Barroca para piano
Uma Valsa com Radamés para flauta e piano, em parceria com Radamés Gnattali