3.003
Nome Artístico
Márcio Gomes
Nome verdadeiro
Márcio da Silva Gomes
Data de nascimento
5/6/1974
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor.

Começou a cantar aos 15 anos e logo tornou-se integrante do TORJ (Teatro de Ópera do Rio de Janeiro).

Dados artísticos

Cantor essencialmente romântico, apresenta marcantes recursos vocais. Integrando o Teatro de Ópera do Rio de Janeiro, apresentou-se em diversos teatros do Rio como também de outras cidades.
Em 1997, venceu o 1º Festival de MPB do Clube Militar do RJ. Nesse período, estreando uma série de shows em diversas casa noturnas, clubes e teatros, passou a cantar música popular, iniciando sua carreira profissional. Desde 2000, apresenta-se pela RIOTUR no carnaval da Cinelândia, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, ao lado de expoentes da nossa música, como Marlene, Emilinha Borba, Adelaide Chioso, Carmen Costa, Carmélia Alves, entre outros. Em 2001, foi vencedor do “IV Festival de Serestas Sílvio Caldas”, promovido pela UNIGRANRIO, na cidade de Conservatória. Sua carreira conta com incentivo e apoio de grandes astros e estrelas da MPB, como Ademilde Fonseca, Helena de Lima, Carmélia Alves, Cauby Peixoto, entre outros.
Em abril de 2002, realizou um espetáculo na cidade de Setúbal, Portugal. No mesmo ano lançou o CD “Canção que ficou”, uma produção independente que trouxe obras inéditas de Klécius Caldas e Candeias (Jota Júnior), além de algumas regravações de outros autores. Em 2003, foi convidado pela gravadora MZA a gravar o CD “O som do bolero”, distribuído pela Universal Music. É apontado por muitos como o herdeiro da vertente romântica da MPB, resgatando o canto de voz possante, dos grandes seresteiros, na linha de intérpretes como Francisco Alves, Cauby Peixoto, Orlando Silva, Agnaldo Rayol, entre outros.
Compôs o elenco formado por Carmélia Alves, Ellen de Lima e Carminha Mascarenhas do espetáculo “Tra-lá-lá – Lamartine é 100”, escrito, dirigido e apresentado por Ricardo Cravo Albin, que estreou no pré-reveillon de 2004, no Bar do Tom, em Ipanema. O espetáculo se tornou a 1ª homenagem aos 100 anos de Lamartine Babo, celebrados em janeiro do mesmo ano, seguindo temporada em março de 2004 no Teatro Villa Lobos, e no Teatro João Caetano (RJ). Em 2006, apresentou com a cantora Lana Bittencourt, o show “Grandes nomes em sintonia”, acompanhado pelo maestro Mirabeau, no Teatro Ipanema. No repertório, grandes sucessos da canção romântica, como as composições de Roberto Carlos “Força estranha”, “Emoções”, e “Falando sério”, passando por “Começaria tudo outra vez”, de Gonzaguinha, “Chão de estrelas”, de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, “Brigas”, e  “Canta Brasil”,  além de versões como “Fascinação”, entre outros. Em 2009, lançou, em show realizado na Modern Sound o CD “O fado e o tango”, disco no qual gravou tangos e fados clássicos, entre os quais, os tangos “Uno”, “A media luz”, “Adios pampa mia”, “Por uma cabeza”, e fados como “Coimbra”, “Canção do mar”, “Foi Deus”, e “Saudades do Brasil”, este último composto por Vinícius de Moraes, quando de seu exílio em Portugal. No show de lançamento, assim como em todo o CD, teve o acompanhamento do maestro Agostinho Silva. O show foi repetido com sucesso no Teatro Maison de France, durante três noites com casa lotada. No final deste ano foi indicado como “revelação masculina” para o prêmio ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin) de MPB. Em outubro de 2010, lançando o CD “O fado e o tango”, estreou show homônimo no Canecão (RJ), com supervisão geral de Bibi Ferreira. O espetáculo, cujo repertório reuniu músicas de Amália Rodrigues e Carlos Gardel, obteve lotação máxima, com maior bilheteria paga que muitos outros famosos. Em 2011, lançou o CD independente “Márcio Gomes canta Francisco Alves”, em ocasião do aniversário de 60 anos da morte do Rei da Voz. O disco, que foi produzido pelo jornalista Rodrigo Faour e recebeu arranjos do violonista Alfredo Del-Penho, reapresenta obras lançadas e eternizadas por Chico Viola, como “Nervos de Aço”, de Lupicínio Rodrigues; “Despedida de Mangueira”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral; “Boa Noite, Amor”, de José Maria de Abreu e Francisco Matoso; “Canta Brasil”, de Alcyr Pires Vermelho e David Nasser; “O Amor É Sempre o Amor” (Herman Hupfeld/ Versão de Jair Amorim para “As Time Goes By”; e “A Lapa”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda. O álbum tem participação de Cauby Peixoto, na faixa “Eu Sonhei que Tu Estavas Tão Linda”, de Lamartine Babo e Francisco Matoso, uma valsa lançada por Francisco Alves em 1931.
Em 2012, o CD foi lançado com um show apresentado por ele no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi entrevistado no programa “Sem Censura”, no Canal Brasil, no qual declarou sua paixão pelo seu trabalho de trazer ao público clássicos e pérolas da música popular. No mesmo ano, recebeu o Diploma Ernesto Nazareth, no evento “Chorando com Joel”, realizado no Instituto Cultural Cravo Albin, no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, foi celebrado o centenário do nascimento do compositor Herivelto Martins, com inauguração de uma exposição em sua homenagem. Ao lado de Joel do Bandolim, apresentando-se como convidado especial, interpretou músicas da obra de Herivelto. Em 2014, junto com o pianista João Carlos Assis Brasil, lançou o DVD “Música Popular In Concert”. O álbum, gravado ao vivo no Teatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), registrou um repertório de clássicos da MPB e da canção internacional, com músicas como “Manhã de Carnaval”, “Ave Maria no Morro”, “Modinha”, “Begin the Beguine” e “El Dia que Me Queiras”. No mesmo ano, apresentou o show “Eternas Canções”, no Centro Cultural João Nogueira, o Imperator, também no Rio de Janeiro (RJ), revivendo sucessos dos anos 1940 e 1950. Em 2015, lançou durante o show “Eternas Canções”, então há um ano e meio em cartaz, no Imperator, casa de espetáculos do bairro carioca do Méier, o CD “Eternas Canções” no qual interpretou obras consagradadas nas vozes de cantores como “Orlando Silva, Waldick Soriano, Dalva de Oliveira e Luiz Ayrão, entre outros. Nesse show cantou ao lado da cantora Angela Maria, que fez uma participação especial. Em 2017, apresentou no Teatro Imperator, no bairro carioca do Méier, o espetáculo “Márcio Gomes – Eternas canções”.No mesmo ano, apresentou-se no sábado e na segunda-feira de carnaval no tradicional baile carnavalesco da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. No mesmo ano, apresentou-se no sábado e na segunda-feira de carnaval no tradicional baile carnavalesco da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Também no mesmo ano, em comemoração aos vinte anos de carreira fez no Teatro Municipal uma versão do show “Eternas canções”, sendo acompanhado por 12 músicos, entre os quais, do violonista português Wallace Oliveira, e do violonista Marcel Powell, em uma homenagem a Baden Powell. No show, interpretou clássicos como o fado “Foi Deus”, o samba-canção “Apelo”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, e “Bastidores”, de Chico Buarque. Em 2018, fez apresentação especial no Instituto Cultural Cravo Albin, na Urca, por ocasião do lançamento da biografia do crítico musical Ricardo Cravo Albin, “Uma vida em imagem e som”, da escritora Cecília Costa. Na ocasião interpretou “à capela” a modinha “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco.

Discografias
2014 Música Popular In Concert (c/ João Carlos Assis Brasil) – DVD
2011 Márcio Gomes canta Francisco Alves - Independente - CD
2009 CD O tango e o fado
2003 MZA CD O som do Bolero
2002 Independente CD Canção que ficou
Bibliografia Crítica

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.