
Violonista. Cantora. Pesquisadora.
Iniciou seus estudos de violão em 1981, sendo orientada por José Molina, na época professor de violão da loja A Guitarra de Prata. Realizou estudos de canto com as professoras Eliane Sampaio (Uni-Rio) e Carol Macdavit e fez especialização em repertório contemporâneo com Christine Schadeberg e Joan La Barbara em Nova York. Em 1987, diplomou-se Bacharel em violão, na Universidade do Rio de Janeiro, Uni-Rio, onde estudou sob a orientação do violonista Turíbio Santos. Cursou o Mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde apresentou a dissertação “Dino Sete Cordas – Criatividade e Revolução nos acompanhamentos da MPB”. orientada pelo violonista Turíbio Santos.
Iniciou sua carreira artística como participante da Orquestra de Violões do Rio de Janeiro, grupo que deu a Turíbio Santos o prêmio Golfinho de Ouro de 1984. Com a orquestra, apresentou-se nas mais importantes salas de concerto brasileiras, como a Sala Cecília Meireles, Teatro Municipal do Rio de Janeiro e Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1986, casou-se com o compositor Tato Taborda com quem teve o filho Raul, nascido no ano seguinte.
Foi integrante do Quinteto Brasileiro de Violões, grupo criado por Turíbio Santos, responsável pela abertura do Free Jazz Festival/São Paulo, em 1987, uma homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos.
Como intérprete, vem retomando a tradição das violonistas-cantoras representada por Olga Praguer Coelho, unindo em suas apresentações o violão típico do choro às peças representativas do repertório de canções brasileiras.
Em 1990, ao lado de Jards Macalé, Tim Rescala , Tato Taborda , Oscar Bolão e Ronaldo Diamante, foi ganhadora do prêmio “Concorrência Fiat para as Artes”, recebendo patrocínio para a montagem do show “Obcenas Cariocas”, apresentado com sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 1993, ao lado de Tato Taborda e Jards Macalé, participou da série “Música de invenção”, apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ). Ainda nesse ano, integrou o elenco da ópera “Inori”, de Jocy de Oliveira, encenada também no CCBB, trabalho posteriormente lançado em CD e em vídeo.
No ano seguinte, também ao lado de Jards Macalé e Tato Taborda, participou do espetáculo “Ôba”, apresentado na série “Música brasileira descomposta”, realizada pelo Podewill, sala de espetáculos em Berlim (Alemanha). Ainda em 1994, passou a atuar ao lado de Maria Pompeu e Nildo Parente no espetáculo “Retratos e Retalhos”, realizando inúmeras apresentações no Rio de Janeiro. O grupo foi ainda convidado a se apresentar no Festival Internacional de Teatro realizado em Cincinnatti (Estados Unidos).
Dedica-se também à interpretação da música contemporânea, tendo realizado inúmeras primeiras audições em Bienais e Festivais de música realizados no Brasil e exterior, como o Montags Musik Brasilien, em Berlim e Pró-Música Nova promovido pela Radio Bremen. Nessa área, manteve parceria com a compositora Vania Dantas Leite, que resultou em trabalhos como “Orfeu na Floresta”, “Sforzato-piano” e “Osanyin”, alguns dos quais lançados em CD. Ainda com Vania Dantas Leite, participou dos vídeos ” + & – ” e “Y”, realizados pela artista plástica Anna Maria Maiolino.
Foi a única brasileira premiada com The J. F. Kennedy Center (1997), aperfeiçoando seus estudos em Nova York. Nesse mesmo ano, apresentou-se no “The Kennedy Center – Millenium Stage”, em Washington DC, com repertório exclusivo de canções e choros brasileiros. Ainda em 1997, apresentou-se no The First Argentina – Brazil Jazz Festival of New York, atuando ao lado da pianista e compositora Vania Dantas Leite.
Em 1998, também com um programa de choros e canções brasileiras, foi convidada a participar da série “Southamerican Guitar Tango”, realizada na Weill Recital Hall – Carnegie Hall, em Nova York. Ainda nesse ano, passou a integrar o “Trio Rio”, conjunto de câmara organizado por Eládio Perez González, contando com apresentações em vários estados brasileiros.
Em 1999 e 2000, atuou como pesquisadora do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, integrando a equipe responsável pela produção de verbetes que englobam as raízes da música brasileira até a década de 1950.
Em 2000, ao lado das atrizes Maria Pompeu, Scarlet Moon, Rosa Maria Murtinho e Maria Lúcia Dahl, apresentou repertório de canções mexicanas, na leitura de cartas da pintora Frida Kahlo, em curta temporada realizada no Paço Imperial (RJ). Também nesse ano, ingressou no Doutoramento do Programa em História Social da UFRJ, com o projeto de pesquisa “História Social do Violão no Rio de Janeiro”, tendo por orientador o Prof. Dr. José Murilo de Carvalho.
Dedica-se ao estudo da Música Popular Brasileira, tendo lecionado as disciplinas de análise musical e violão na Uni-Rio, e História da Música Popular Brasileira no programa de Pós -Graduação em Jornalismo Cultural na UERJ.
Realizou workshops e seminários em diversas universidades no Brasil e no exterior, como a Universidade Estácio de Sá, Uni-Rio e Staatlich Hochschule fur Musik Karlsruhe, entre outras. Ministrou ainda o curso “História da música popular – uma edição de bolso” no Espaço Cultural Toca do Vinicius(RJ).
Lançou, em 2005, o CD “Choros de Paulinho da Viola”. Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco no Centro Cultural Carioca (RJ).
Em 2017 lançou, pela FAPERJ, o DVD “Viola & violão em terras de São Sebastião” em show especial na Casa do Choro, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, acompanhada por Gabriel Improta (violão) e Almir Côrtes (bandolim). O repertório contou com clássicos da música popular brasileira como “Jorge do Fusa” (Garoto) e “Abraçando Chico Soares” (Paulinho da Viola).