5.001
Nome Artístico
Marcelo Tupinambá
Nome verdadeiro
Fernando Álvaes de Castro Lobo
Data de nascimento
29/5/1889
Local de nascimento
Tietê, SP
Data de morte
4/7/1953
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Compositor. Pianista.Violinista.

Filho do maestro Eduardo Álvares Lobo e de Maria Rodrigues de Azevedo. O pai era regente da banda Santíssima Trindade, em Tietê. O tio, Elias Lobo, também era maestro. A convivência com a música começou bastante cedo, ainda nos primeiros anos da infância. Aprendeu a tocar piano de ouvido e estudou violino com Savino de Benedictis. Quando tinha cinco anos, a família mudou-se para Itapetininga. Em 1904, foi matriculado no Ginásio São José, de Pouso Alegre, MG onde chegou a executar diversos instrumentos e deu os primeiros passos em seus estudos de regência. Entre seus colegas estava o futuro poeta Menotti Del Pichia. Aos 15 anos, excursionou pelo interior de São Paulo, acompanhando ao piano o flautista Patápio Silva. Em 1911 inicia o curso de engenharia civil na Politécnica de São Paulo. Na ocasião, optou por adotar um pseudônimo para assinar suas composições, pois o diretor daquele estabelecimento de ensino era radicalmente contrário ao fato de haver ali estudantes que quisessem ser músicos. Seguno o livro “A canção no tempo”, o Diretor Paula Souza o teria chamado a seu gabinete e dito: “Não permito que aluno meu ande fazendo maxixes. Quem vai confiar num engenheiro que faz maxixes?”. Assim, decide-se pelo pseudônimo de Marcelo Tupinambá em 1914, fazendo ao mesmo tempo uma referência ao personagem da ópera La Bohème, e aos indígenas brasileiros. Como Marcelo Tupinambá abraçou a carreira musical e como Fernando Álvares Lobo tornou-se engenheiro civil, formando-se em 1916.

Em 1917, transferiu-se para Barretos e exerceu a profissão de engenheiro até 1923, impedido de continuar a trabalhar em decorrência de uma doença nos olhos. Afastado da engenharia, voltou-se inteiramente para a música, compondo e apresentando-se em espetáculos. Em 1918, casou-se com Irene de Menezes, com quem teve uma filha, Cecília de Menezes Lobo. Morreu de derrame cerebral, aos 64 anos de idade.

Dados artísticos

Em 1914, musicou a revista musical “São Paulo Futuro”, de Danton Vampré, que estreou no Teatro São José, em São Paulo. Em 1916, a canção “São Paulo futuro” foi gravada na Odeon pelo cantor Bahiano. Em 1917, musicou a revista “Cenas da roça”, escrita por Arlindo Leal (José Eloy). Em 1918, seu tanguinho “Que sodade” foi gravado na Odeon pelo Bloco dos Parafusos e pela Orquestra Odeon de São Paulo, sendo um dos destaques do ano. Em 1920, Mário Pinheiro gravou com grande sucesso na Odeon o cateretê “O matuto”, regravado pela Banda do Batalhão Naval e o tanguinho “Pierrô”. Em 1924, Mário de Andrade chegou a dizer que ele era quem, ao lado de Ernesto Nazareth, “tornava-se notável na construção de uma música nacional”. Em 1927, Francisco Alves gravou sua marcha “Asas do Jaú”, Gastão Formenti a toada-sertaneja “Cabocla apaixonada” e Albenzio Perrone o tango “Paraguayta”. Em 1928, teve gravadas por Roberto Vilmar as canções “Pobre pierrô…pobre cega…”, “Canção da guitarra” e “Canção da saudade”, por Leontina Kineese as canções “Única”, com Correia Jr. e “Infantil”, com Olegário Mariano e por Francisco Alves o maxixe “Pião”, a modinha “Ruana” e a canção “Barbuleta, barbuleta”. No mesmo ano, foi realizado em Porto Alegre um  festival de suas músicas com versos de poetas gaúchos. Em 1929, Patrício Teixeira gravou a canção “Trovas”. No mesmo ano, duas parcerias com o escritor Coelho Neto foram gravadas: “Batuque”, por J. Thomaz e a toada “Muchocho” por Edgard Arantes. 

Em 1930, Jesy Barbosa gravou a toada “Cantiga”,  Lindomar Torres a toada “Cafuné”, com Hélio Azevedo e Gastão Formenti a canção “Quadras” e a valsa “Noite de encanto”. Para a Revolução de 1930 compôs o hino “Redenção”, com versos de Paulo Gonçalves. No mesmo ano, mais seis composições foram gravadas por Edgard Arantes: as canções “Cirandinha”, com Augusto Méyer, “Canção”, com Alphonsus de guimarães, “Soldadinhos de chumbo”, com Galba de Paiva, “Olhos venenosos” e “Canção marinha”, sob poema de Mário de Andrade e a toada “Mal de amor”, com Coelho Neto. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, compôs outro hino marcial, “O passo do soldado”, com versos de Guilherme de Almeida. Em 1933, Gastão Formenti gravou a toada “Fico de mal”, a toada-canção “Coisa ruim” e a valsa “Castelo de cartas”. Ainda nesse ano, compôs com Paulo Gonçalves “A glória de São Paulo”, hino das forças constitucionalistas. Em 1938, Silvinha Melo gravou a canção “Soldadinhos de chumbo”, com Galda de Paiva.

Musicou poemas de Vicente de Carvalho, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Olegário Mariano, Coelho Neto, entre outros, e teve intérpretes como Francisco Alves, Gastão Formenti, Vicente Celestino, Patrício Teixeira, Abigail Maia e Bidu Saião. Boa parte de sua obra teve inspiração em temas sertanejos. Compôs cerca de 264 músicas, entre cateretês, valsas, maxixes, tangos e algumas peças eruditas. Destacam-se os tangos “Pierrô”, ” Xodó” (com J. Taful), “Viola cantadera” (com Arlindo Leal), o fox-canção “O  cigano” (com João do Sul) e o cateretê “Matuto” (com C. Costa), além de “Tristeza de caboclo” (com Arlindo Leal), que foi até gravada em Paris pelo barítono belga Armand Crabbé, e “Maricota, sai da chuva”. Outras de suas canções de destaque foram “Ruana” (C/ Arlindo Leal) e Serenata damor (c/Bento de Camargo), ambas gravadas por Francisco Alves.  Acompanhou, ao piano, diversos intérpretes de suas canções em espetáculos pelo interior paulista e chegou a usar outros pseudônimos, como Biograph, Samuel de Maio, XYZ, Hélio Azevedo, L. Azevedo e Pedro Gil. Na década de 1950, o pianista Nelson Souto dedicou-lhe todo um elepê (10 polegadas), pelo selo Sinter. Em 1955, por acasião do segundo aniversário de sua morte a Revista da Música Popular, dirigida por Lúcio Rangel publicou reportagem sobre sua vida e obra assinada por Dupat Fiúza, que escreveu: “Com a morte de Tupinambá, sofreu a música popular rude golpe, pois o seu nome ultrapassou o ambiente regional para projetar-se com brilho no cenário da música popular nacional, da qual foi um nome consagrado. As músicas de Tupinambá representam historicamente uma época, uma tradição que os paulistas guardam com veneração, constituindo glorioso patrimônio de seu estado natal e da cidade que oconsagrou e onde morreu”. Em 1958, sua valsa “Tristeza de caboclo”, com Arlindo Leal, foi gravada por Oswaldo Sbarro e seu conjunto no LP “Hora da saudade – Swaldo Sbarro e conjunto Serenata” da gravadora RGE. Considerado o criador do tanguinho e um dos primeiros divulgadores dos ritmos regionais paulistas. Em 1961, sua toada “Eu tenho adoração por meus olhos”, com letra de Clêmenes Campos, foi gravada por Hebe Camargo, no LP “Hebe comanda o espetáculo”, da Odeon. Em 2007, o selo Revivendo lançou o CD “Gastão Formenti – Noite de encanto” com gravações feitas pelo cantor em 1930 e 1931 pelo selo Brunswick. Fazem parte do CD suas canções “Quadras” e “Noite de encanto”.

Obras
A araponga e a juriti (c/ Batista Júnior)
A canção da saudade (c/ Olegário Mariano)
A glória de São Paulo (c/ Paulo Gonçalves)
A hora do crepúsculo (c/ Plácido dos Santos)
A mesma frase de amor
A vida é essa (c/ Arlindo Leal)
Acugele! Acubabá! (c/ José Elói)
Ai! ai! (c/ Arlindo Leal)
Albatroz (c/ J. Taful)
Alma em flor (c/ L. Rinaldo)
Amor de palhaço
Andorinha (c/ Manuel Bandeira)
Angelus
Anjo ideal (c/ G. Barroso)
Ao som da viola (c/ Arlindo Leal)
Aparição da Iara
Araponga
Arrastando a asa
Arrufos
Asas do Jaú (c/ Otacílio Gomes)
Assim são elas (c/ G. Barroso)
Até a volta
Até eu
Balaio (c/ Coelho Neto)
Bambuí
Barbuleta, barbuleta (c/ José Elói)
Batuque (c/ Coelho Neto)
Beija-frô, meu beija-frô (c/ José Elói)
Bórgia (c/ Navis)
Cabeça virada (c/ Duque de Abramonte)
Cabocla
Cabocla apaixonada (c/ G. Barroso)
Cabocro de sorte (c/ Arlindo Leal)
Cafuné (c/ Hélio Azevedo)
Candonga (c/ Ari Machado)
Cantiga (c/ Bento Camargo)
Cantiga de ninar (c/ Olegário Mariano)
Canto chorado (c/ F. Nascimento)
Canção (c/ Alphonsus Guimaraens)
Canção banal (c/ Ana Amélia)
Canção da guitarra (c/ Aplecina do Carmo)
Canção de amor (c/ Menotti del Picchia)
Canção discreta (c/ Martins Fontes)
Canção do tempo (c/ Laura Margarida de Queirós)
Canção dolente (c/ Moacir Chagas)
Canção dos escoteiros (c/ M. Nogueira)
Canção dos pescadores (c/ Ana Amélia)
Canção marinha (c/ Mário de Andrade)
Canção nupcial (c/ Francisco Pati)
Canção praiana (c/ Filémon Assunção)
Canção primaveril (c/ Veiga Miranda)
Canção triste (c/ Paulo Gonçalves)
Capoera
Carochinha (c/ Paulo Gouveia)
Castelo de cartas
Castelos (c/ Hermes Fontes)
Cateretê
Chorão (c/ Arlindo Leal)
Chão parado (c/ Arlindo Leal)
Cirandinha (c/ Augusto Meyer)
Cisma
Cochicho
Coisa ruim
Coitado (c/ Fernando Mendes de Almeida)
Colhendo pérolas (c/ Ildefonso Falcão)
Colombina (c/ Manuel do Carmo)
Como da primeira vez
Confidência
Confissão (c/ Gentil de Camargo)
Coração (c/ Capitão Furtado)
Cruz na estrada
Dexe está (c/ Arlindo Leal)
Diabinha (c/ Maurício Goulart)
Doce momento (c/ Suzana de Campos)
Dodói (c/ Ari Machado)
Dor doida
Duas almas (c/ Alceu Vamosi)
Elogio do verso (c/ Afonso Schmidt)
Encantadora (c/ João do Sul)
Esperança vã
Esse jeitinho que você tem
Eta eu! (c/ Infante)
Eu hei de ser de você (c/ Castelo Neto)
Eu tenho adoração por meus olhos (c/ Cleómenes de Campos)
Eu tenho medo de mim
Fandango (c/ Castelo Neto)
Feitiço (c/ Cesídio Ambroge)
Fico de mal
Fidalgo
Fim de romance (c/ Afonso Schmidt)
Finório (c/ Arlindo Leal)
Fiteiro
Flor cabocla (c/ Gastão Barroso)
Flor da rua (c/ Gastão Barroso)
Flor de maracujá (c/ Amadeu Amaral,)
Flor venenosa (c/ Gastão Barroso)
Gosto de beijo (c/ Afonso Schmidt)
Gratas ilusões (c/ Gastão Barroso)
Grupo dos 13
Hino do partido constitucionalista
Hino à imprensa (c/ Menotti del Picchia)
Hora anônima (c/ J. Antônio Dávila)
Há nos teus olhos estrelas (c/ Carlos Maul)
Idílio (c/ Navis)
Idílio suave (c/ Guilherme de Almeida)
Infantil (c/ Narbal Fontes)
Infiel (c/ Aristeu Seixas)
Infinito prazer
Itapura
Jururu (c/ Antão Fermoso)
Lingüinha de cobra (c/ Ari Machado)
Ma poupée (c/ Gastão Barroso)
Madrigal (c/ Manuel Bandeira)
Magia (c/ Marcus)
Mal de amor (c/ Coelho Neto)
Mal-estar
Malandro
Mandinga
Maria
Maricota, sai da chuva (c/ Arlindo Leal)
Marina (c/ Chiquito Nascimento)
Meiga (c/ Arlindo Leal)
Meu amor (c/ Arlindo Leal)
Minh'alma (c/ J. Malta)
Minha terra (c/ Gastão Barroso)
Minha terra tem palmeiras (c/ Gonçalves Dias)
Minha vida pela tua
Miragem (c/ Arlindo Leal)
Moleque (c/ Rui Cirne Lima)
Morena
Morrer, de amor (c/ Júlio Salusse)
Muchocho (c/ Coelho Neto)
Mudança (c/ Arlindo Leal)
Máscaras (c/ João Sul)
Na paz de outono (c/ Ronald de Carvalho)
Natal! (c/ Aplecina do Carmo)
Nhá moça (c/ F. Nascimento)
Ninho de amor
Noite d'encanto (c/ Navis)
Noturno (c/ Onestaldo Penaforte)
Novena (c/ Teodemiro Tostes)
Não vale a pena amar
O Cruzeiro do Sul (c/ Silva Barreto)
O beijo (c/ Luís de Freitas)
O cigano (c/ João do Sul)
O flerte (c/ Castelo Neto)
O leque (c/ Marcelo Gama)
O matuto (c/ Cândido Costa)
O passo do soldado (c/ Guilherme de Almeida)
Olhos venenosos (c/ Fernando Mendes de Almeida)
Os versos que tu me inspiras (c/ Maria Eugênia Afonso Celso)
Para tua janela (c/ Flávio da Silveira)
Paraguaita
Pau d'água
Pensava em ti (c/ José Lannes)
Perdão
Pierrô
Pinto pelado (c/ C. da Cintra)
Piruando
Pito aceso (c/ Navis)
Pião (c/ Fernando Mendes de Almeida)
Plenilúnio (c/ Osvaldo Orico)
Pobre pierrô, pobre cega (c/ Álvaro Moreira)
Ponto final (c/ Ari Machado)
Por ti! (c/ Arlindo Leal)
Pra que tanta judiação (c/ Coelho Neto)
Pé d'ouvido (c/ Peri d'Albuquerque)
Quadras (c/ Vargas Neto)
Quando o crepúsculo descia (c/ Rodrigues de Abreu)
Que sodade (c/ Arlindo Leal)
Quebra, meu povo! (c/ Gastão Barroso)
Quebranto (c/ Fernando Mendes de Almeida)
Queixas (c/ Heitor Lima)
Quem será?
Querida (c/ Venturelli Sobrinho)
Rabicho (c/ Olegário Mariano)
Recordação (c/ Raul Machado)
Redenção (c/ Paulo Gonçalves)
Rosário de estrelas (c/ Alfredo Pena)
Ruana (c/ Arlindo Leal)
Rute (c/ Ana Amélia de Queirós Carneiro de Mendonça)
Saci-pererê (c/ Arlindo Leal)
Saia do sereno (c/ João do Sul)
Segredos de mãe d'água
Semeador (c/ Reinaldo Porchat)
Serenata (c/ Vicente de Carvalho)
Serenata d'amor (c/ Bento de Camargo)
Serenata de D. João (c/ Otacílio Gomes)
Sereno
Sinhazinha querida
Soldadinhos de chumbo (c/ Galba de Paiva)
Solidão (c/ Ribeiro Couto)
Sombra e luz (c/ Atílio Milano)
Sonho azul
Sonho d'amor (c/ Danton Vampré)
Sonhos
Sorriso de mulher (c/ Oduvaldo Vianna)
Sou batuta (c/ José Elói)
Suindara
Sá dona (c/ Chiquito Nasciment)
São Paulo futuro (c/ Danton Vampré)
São Paulo futuro - Cavaleiros do luar (c/ Danton Vampré)
(c/ Ana Amélia)
Súplica (c/ Belmiro Braga)
Timidez (toada)
Tiro de guerra 512 (c/ Caá-Ubi)
Toada (c/ Arlindo Leal)
Torturas
Trasmontana (c/ L. Rinaldo)
Trevo de quatro (c/ João do Sul)
Trigueira (c/ Arlindo Leal)
Trigueirinha (c/ Arlindo Leal)
Tristeza de caboclo (c/ Arlindo Leal)
Trova noturna (c/ Murilo Araújo)
Trovas (c/ Adelmar Tavares)
Velhinhos (c/ Laurindo de Brito)
Velho adágio (c/ P. de A. Pessoa de Melo)
Vem cá, meu amor
Versos escritos na areia (c/ Homero Prates)
Vida de minha vida (c/ Belmiro Braga)
Viola cantadera (c/ Arlindo Leal)
Viola mimosa (c/ Correia Júnior)
Visita à casa paterna (c/ Luís Guimarães)
Você foi embora
Você é a minha melodia (c/ Roberto de Andrade)
Xodó (c/ João Taful)
Zara (c/ Gastão Barroso)
Ó belezinha (c/ Gastão Barroso)
Ó de casa!
Último adeus (c/ Gastão Barroso)
Única (c/ Correia Júnior)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.

VASCONCELLO, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira – volume 1. Rio de Janeiro: Martins, 1965.