
Cantor. Compositor. Começou a aprender violão aos quatro anos de idade. Em 1966, aos 15 anos foi expulso juntamente com outros colegas do Colégio Antônio Vieira, já revelando o temperamento rebelde que seria a marca de sua vida artística. Em 1970 casou-se pela primeira vez.
Em 1978 começou a trabalhar na Rádio Aratu em Salvador, onde durante 4 anos produziu e apresentou o programa Rock Special, que além de traçar um vasto panorama da História do rock, procurava polemizar a música e a cultura baiana. Foi provavelmente o primeiro a tocar punk rock no Brasil. Em 1980 montou o grupo baiano de punk rock Camisa de Vênus do qual passou a ser vocalista e principal compositor. Em 1982 o grupo lançou seu primeiro disco contendo as músicas “Controle total”, com Gustavo Mullen e “Meu primo Zé”, com Franz Hummel. Em 1983 o grupo fez show para mais de 20.000 mil pessoas em Salvador, tendo gravado apenas um compacto. No mesmo ano foi gravado o primeiro LP do grupo. Em 1987, saiu do grupo e formou o conjunto Envergadura Moral, com o qual gravou dois LPs. Em 1988 encontrou-se com o ídolo Raul Seixas com quem realizou uma série de 50 shows. No ano seguinte, gravou com Raul Seixas, o disco “A panela do diabo”, pela WEA, trazendo entre outras as composições “Rocknroll”, “Banquete de lixo” e “Pastor João e a igreja invisível”, todas em parceria com Raul. Em 1991 lançou o álbum acústico “Blackout”. Em 1994, lançou o disco “Sessão sem fim”, no qual registrou “Estranho no ninho”. Em 1995, retornou com o Camisa de Vênus, com o qual realizou duas turnês e dois discos. Em 1996, o grupo lançou o CD “Quem é você”, contando com a participação do cantor Eric Burbon. Em 1998, lançou o CD “”Eu vi o futuro baby, ele é passado”, fazendo uma revisão de seu repertório. Em 2001, comemorando seus 5O anos de idade, lançou “Tijolo na vidraça”, caixa com três CDs fazendo uma retrospectiva da carreira, além de trazer novas composições como “Ainda não está escuro”, versão de “Not dark yet”, de Bob Dylan, “Noite e dia” e “Bomba relógio ambulante”, ambas de sua autoria. No mesmo ano lançou o CD “Grampeado em público”, aproveitando a gravação feita por um fã durante um, show, interpretando entre outras, os sucessos “Beth morreu” e “Faça a coisa certa” e “Hoje”. Em 2005, lançou pelo selo Ouver Records o CD “O galope do tempo”, que contou com as participações de Johnny Boy, na guitarra, órgão e piano, Lu Stopa, no contrabaixo, e Denis Mendes, na bateria. Nesse disco, tocou guitarra e interpretou as composições “Fecundado”, “O galope do tempo”, “Outubro de 65”, “Ninguém vai sair vivo daqui”, “Um passo pra frente dois pra trás”, “A balada do perdedor”, “Angel”, “Algumas vezes”, “Poeira no chão”, “Inêz dorme”, “O fantasma de Luis Buñuel”, “A torre escura”, “O sonho”, “O Deus de Deus”, “Fim de festa” e “A canção da morte”, todas de sua autoria. Em 2012, participou em Belo Horizonte, no Music Hall, do 8º Tributo Raul Seixas, homenagem aos 23 anos de morte do roqueiro baiano. Na ocasião, além de cantar composições próprias cantou também obras de Raul Seixas. Em 2013, concedeu longa entrevista ao cineasta Zé do Caixão, no programa “O estranho mundo de Zé do Caixão”. Na ocasião, contou fatos de sua vida e carreira, como também da banda Camisa de Vênus, além de contar casos de sua amizade com Raul Seixas. No mesmo ano, lançou pelo selo Unimar Music o CD “12 Fêmeas”, que contou com as participações de seu filho Drake Nova, na guitarra e violões, e Luiz de Boni, no piano, órgão, contrabaixo e violões. Nesse disco interpretou as músicas “Claro como a luz (Escuro como breu”, “Inverno impiedoso”, “Eu lhe vejo em sonhos”, “Anjo doce anjo”, “Blue eyes”, “O nome do jogo”, “Temporada no inferno”, “O ódio da mão que afaga”, “Mistério para mim”, “Não consigo escapar de você” e “Sinais de fumaça”, todas de sua autoria, além de “Minha inveja”, com Drake Nova. Em 2015, em comemoração aos 35 de fundação de sua banda, Camisa de Vênus, remontou o grupo com as novas participações de Célio Glouster, Leandro Dale e Drake Nova, além dele e do também remanescente Robério Santana. A banda realizou uma tournê com 14 apresentações em diferentes cidades, a maior desde a primeira separação do grupo em 1987, e que começou com apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Por ocasião do lançamento da excursão deu entrevista ao jornalista Silvio Essinger, do jornal O Globo: “É curioso nós termos sobrevivido a 35 anos. Sempre fomos os azarões (do rock brasileiro) – diz Marcelo, ao fim daquele que seriao quarto ensaio com a banda para os shows. – Aquelas canções que fizemos continuam relevantes. E aí você percebe que tem três gerações que nos acompanham. Por que não (voltar)? Estou numa idade em que posso me dar ao luxo de revisitar a minha obra. Está sendo divertido voltar a cantar canções que eu não cantava há décadas.” Em 2017, realizou show no Circo Voador com sua banda Camisa de Vênus intitulado “Camisa canta Raul”, uma homenagem ao cantor e compositor Raul Seixas. Em 2019, realizou show na Circo Voador, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 30 anos de lançamento do LP “Panela do diabo” que gravou com Raul Seixas, derradeiro disco do “Maluco Beleza”. No show, acompanhado por Leandro Dalle, no baixo, Célio Glouster, na bateria e Drake Nova, seu filho, na guitarra interpretou todas as músicas do disco, entre as quais, os clássicos “Carpinteiro do Universo” e “Pastor João e a igreja invisível”, parcerias com Raul Seixas, além de outras músicas de sua carreira solo e com o conjunto Camisa de Vênus.
(c/Raul Seixas)