Marcelo Costa Gordo

No início da década de 1970 apareceu com o pseudônimo “Marcelo Gordo”, com o qual assinou a sua primeira participação em disco, a faixa “Lady Jane” (Nando Carneiro e Geraldo Carneiro), em 1974 aos 14 anos de idade, quando passou a fazer parte do grupo carioca A Barca do Sol, também integrado, em suas duas formações, por Nando Carneiro, Muri Costa, Jaques Morelenbaum, Beto Rezende, Rui Motta, Marcelo Bernardes, Alain Pierre e David Ganc. Como percussionista deste grupo gravou os LPs “A Barca do Sol (Continental, 1974), do qual despontou o primeiro sucesso do grupo, a composição “Lady Jane”, de Nando Carneiro e do poeta Geraldo Carneiro; “Durante o verão” (Continental, 1976); “Corra o risco – Olívia Byngton & A Barca do Sol” (Continental, 1978) e “Pirata” (Verão Produções Artísticas, 1979).

No ano de 1979 gravou no primeiro LP do grupo Boca Livre nas faixas “Toada” (Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho) e “Quem tem a viola”, de Zé Renato, Claudio Nucci e do letrista Xico Chaves, considerados os primeiros sucessos do grupo.

No ano seguinte, em 1980, fez as percussões do disco “Alberto Rosenblit & Mario Adnet”, do qual se destacou nas rádios a faixa “Penedo”, de Márcio Resende, Alberto Rosenblit, Mario Adnet, letrada pelo poeta Luiz Fernando.

Em 1981, participou do “Festival MPB Shell”, da TV Globo, acompanhando a cantora e compositora Beth Goulart na música “O Balão”, de autoria de Nando Carneiro e Geraldo Carneiro. Neste mesmo ano participou da gravação do compacto simples da composição lançado pela gravadora Philips/PolyGram, que ainda neste ano lançou o LP “Sementes no Ar”, de Beth Goulart, disco no qual participou como percussionista em toda as faixas. No ano posterior, em 1982, atuou como percussionista do disco “Passional”, de Beth Goulart. Ainda em 1982 gravou a faixa “Trem das cores”, no LP homônimo de Caetano Veloso. Três anos depois, em 1985, gravou a percussão no disco de Gal Costa na faixa “Sorte”, de Celso Fonseca e do letrista Ronaldo Bastos.

Em 1987 atuou como percussionista na gravação de “Canção dos unicórnios”, de Carlos Sandroni, no disco “Daqui”, de Clara Sandroni. No ano seguinte, em 1988, como baterista gravou a faixa-título “Ultraleve”, de Jaques Morelenbaum e do poeta Cacaso no LP “Ultraleve”, de Rosa Emília.

No ano de 1991 gravou as percussões na composição “Fora de ordem”, no CD de Caetano Veloso. No ano posterior, em 1992 gravou com Adriana Calcanhotto a faixa “Esquadros”, no CD “Senha”.

Em 1994 fez a percussão na música “Tuareg”, no CD de Lulu Santos.

No ano de 2001 em “Eu te amo, te amo, te amo”, de Marisa Monte, fez todas as percussões da faixa. Dois anos depois, em 2003, atuou como percussionista de Maria Bethânia no sucesso “Carta de amor”.

Em 2019, com a nova geração, atuou como percussionista do disco “Torturadores”, de Ana Frango Elétrico. Neste mesmo ano lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o primeiro CD solo “Vol.1”, no qual Caetano Veloso participou das faixas “Feitiço da Vila” (Noel Rosa) e “Meu bom”, composição de Marcelo Costa Santos; Adriana Calcanhotto interpretou “Do fundo do meu coração” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos); Gal Costa cantou, acompanhada por Caçulinha, em “Beija-me” (Roberto Martins e Mario Rossi); Lulu Santos regravou com o anfitrião “Ele falava nisso todo dia” (Gilberto Gil); Eveline Hecker e José Miguel Wisnik atuaram na faixa “Pesar do mundo”; Péricles Cavalcante em “Quem nasceu”; Toninho Horta em “Igreja do Pilar”; Boca Livre em “Alegria”; Muri Costa em “Monsier” e Jaques Morelenbaum na música “Variações sobre coraçãozinho”. Ainda em 2019, integrava as bandas de três cantoras: Illy, Marisa Monte e Roberta Sá.

Em outubro de 2023, no dia 24, lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o segundo álbum próprio intitulado “Vol.2”. Com onze músicas, o álbum teve a participação de várias estrelas da MPB. Na primeira música, “Meu bom”, (Marcelo Costa Santos), a intérprete foi a cantora Maria Bethânia. O samba “Odette”(Vinpicius Eliud e Herivelto Martins) foi a única música que teve Marcelo também como intérprete com o irmão Muri Costa; a terceira, “Tão só”(Carlos Guinle e Dorival Caymmi), teve as participações de Marisa Monte na voz; Mart’nália cantou “Psiquiatra”(Zé Ketti e Elton Medeiros); Roberta Sá interpretou “Deixei recado”(João Donato e Gilberto Gil), que teve Alberto Continentino no baixo, Danilo Andrade no trompete e Pedro Sá na guitarra; Ney Matogrosso emprestou a voz a “Mulher sem razão”(Bebel Gilberto, Cazuza e Dé Palmeira); Jussara Silveira cantou “Nervos de aço”(Lupicínio Rodrigues); Maria Bethânia teve mais uma participação em “Valsa número um”(Benedito Lacerda e Mário Lago); “Você me abandonou”(Alberto Lonato) teve a voz de Teresa Cristina e Mauro Diniz apoiadas ainda pelos vocais de  Andrea Dutra, Cacala Carvalho e Elisa Queiroz; Paula Morelembaum emprestou a voz a “Esse cara”(Caetano Veloso) e Mariana de Moraes cantou “Se você disser que sim” (Vinicius de Moraes e Moacir Santos).

Entre os músicos que tocaram estavam Muri Costa, Fábio Nin, Bernardo Dantas, e Gabriel Improta (Violão), João Callado (Cavaquinho); Dadi Carvalho (Violões, Teclados e Baixo); Jorge Helder e Guto Wirtti (Baixo Acústico); Pedro Mibielli (arranjo de cordas e violino); Ricardo Amado, Glauco Fernandes, Rogério Rosa,Tiago Teixeira e Leonardo Fantini (Violinos); Bernardo Fantini e Daniel Albuquerque (Violas); Márcio Mallard e Marcus Ribeiro (Cellos); Sacha Amback e Chico Adnet (Teclado); Dirceu Leite (Clarinete); Márcio Hulk (Cavaquinho), Marcelinho Moreira (Repique de mão e Tan Tan); Jessé Sadoc(trompete) e Dirceu Leite(clarinete). As mixagens foram feitas por Gabriel Pinheiro, Daniel Carvalho, Dudu Chermont, João Thiré e Lucas Ariel

Como percussionista e baterista também gravou com Edu Lobo, Chico Buarque, Zizi Possi, Egberto Gismonti e Gilberto Gil, entre outros.