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Nome Artístico
Manoel Lima
Nome verdadeiro
Manoel Bezerra Lima
Data de nascimento
6/6/1883
Local de nascimento
Pão de Açúcar, AL
Data de morte
15/1/1945
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Violonista. Compositor.

Cego de nascença ficou também conhecido como Maestro Nezinho Lima. Estudou música desde criança. Em 1912, ingressou no Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro aprendendo a ler e a escrever em Braille.

Dados artísticos

Em 1908, viajou ao Rio de Janeiro e apresentou-se no Café Mourisco durante a Exposição da Praia Vermelha. Permaneceu alguns anos no Rio de Janeiro e ganhou fama de grande violonista. Retornou depois para Alagoas continuando a realizar apresentações tendo feito concertos no Teatro Deodoro e no Cine-Teatro Floriano.

Em 1925, viajou para Pernambuco e apresentou-se no salão nobre do Diário de Pernambuco na cidade do Recife. Apresentou-se também na cidade de Guaranhuns. Nesse ano, criou com Luperce Miranda, João Miranda, Romualdo Miranda; Augusto Calheiros e João Frazão o grupo Turunas da Mauricéia, que se apresentou durante vários vezes na cidade do Recife.

Em 1927, embarcou com o grupo para o Rio de Janeiro e realizou apresentação no Teatro Lírico no festival “O que é nosso” promovido pelo Jornal Correio da Manhã. Gravou 18 discos com os Turunas da Mauricéia incluindo a clássica embolada “Pinião”, de Augusto Calheiros e Luperce Miranda. Com a separação do grupo em fins desse ano, retornou ao Nordeste. Em 1929, apresentou-se no Recife no Teatro Santa Izabel e no Cinema Moderno, entre outros locais. Apresentou-se no mesmo ano no Natal clube da cidade de Natal, RN.

Em 1934, fez apresentações no salão nobre da Escola Normal Pedro II e no jornal Diário da Manhã, na cidade de Vitória, ES. Quatro anos depois, apresentou-se em Aracaju, SE, no salão nobre da Biblioteca Pública. Apresentou-se ainda na cidade de Propriá, também em Sergipe, na Sociedade Recreativa. Em 1939, apresentou-se no Cine-teatro Guarani, em Recife.

Em 1940, apresentou-se no Cine Eldorado em Recife e no ano seguinte, no Cassino Baltazar na cidade de Carpina, PE. Em 1942, fez apresentações no Cine-Teatro Caruaru, na cidade de Caruaru, PE. Fez ainda algumas apresentações no Rio de Janeiro. Seus concertos eram bastante concorridos e chegou a ser chamados por alguns jornais de “O Mozart Alagoano”. Entre suas mais de trinta composições estão as valsas “Abandono”; “Alice” e “Amor oculto”; o samba “Escorrego do urubu”; o choro “Fuxico” e o tango “Murmúrio”, além da valsa em seis partes “Veneza americana”, homenagem à cidade do Recife.

Obras
Abandono
Alice
Amor oculto
Arlinda
Artemísia
Bem-te-vi
Choro do coração
Cortina de veludo
Dedos por cordas
Delírio
Escorrego de urubu
Estado Novo
Filomena
Fuxico
Gema
Geni
Guaraná
Guará
Ilusão do passado
Ilá
Lady
Lamento
Liege de Oliveira
Linda imagem
Margarida
Miragem
Mosquitinho
Murmúrio
Noite alegre
Nunca mais
Olindina
Pisiquinha
Recordação
Rosada
Samba do barulho
Saudade de minha terra
Sentimento d'alma
Serena estrela
Sertanejo
Teimosia
Veneza americana
Área
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

VASCONCELOS, Ary. A nova música da República Velha. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1985.