
Cantor. Compositor. Rapper.
Foi criado na periferia da cidade, no bairro do Capão Redondo, extremo sul da capital de São Paulo.
Seu primeiro pseudônimo era Paulinho Brown por cantar sobre batidas de James Brown após as apresentações de pagode no início da carreira. Com o tempo assumiu o novo pseudônimo “Mano Brown”.
Fundou com a esposa a gravadora Boogie Naipe, pela qual lançou o primeiro disco solo.
Apareceu para um público mais amplo no ano de 1988, quando passou a integrar como vocalista o grupo paulistano de rapper Racionais MCs, também formado por Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edi Rock (Edivaldo Pereira Alves) e KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões). Neste mesmo ano de 1988 o grupo participou da primeira coletânea de rap, o LP intitulada “Consciência black”, pela gravadora Zimbabwe Records, a mesma pela qual o grupo lançaria, dois anos depois, o primeiro disco, o LP “Holocausto urbano”.
De 1988 a 2014, integrando o Racionais MCs, lançou nove trabalhos entre coletâneas, LPs, CDs e DVDs, nos quais foram gravadas várias composições de sua autoria, percorrendo com o grupo todo o território nacionais com shows e turnês.
No ano de 2015, já em carreira solo, fez parceria com o cantor Naldo Benny e gravaram a composição Benny & Brown em videoclipe, no Capão Redondo e no Complexo da Maré (onde Naldo cresceu), entre outras locações nas duas cidades (Rio de Janeiro e São Paulo).
Em 2016 o grupo Racionais MCs fez show na quadra da Escola de Samba Mangueira, no Rio de Janeiro.
Durante a carreira, o Racionais MCs vendeu cerca de um milhão de cópias de seus discos, apesar de atuar na periferia de São Paulo, não fazer uso de grandes mídias como TVs abertas e mesmo de não participar de grandes festivais pelo Brasil. Neste mesmo, de 2016, a convite do maestro e compositor Arthur Verocai, fez participação especiais no CD “No voo do urubu”, no qual interpretou a composição “Cigana”, parceria com Arthur Verocai. O show de lançamento do “No voo do urubu” ocorreu no palco do Sesc Pinheiros, do qual participou ao lado de outros artistas convidados do maestro. Ainda em 2016, lançou o primeiro disco solo intitulado “Boogie naipe” em show no “Festival Bananada”, na cidade de Goiânia, tendo como convidado o cantor carioca Seu Jorge. No CD contou com a participação especial do parceiro Lino Krizz em quase todas as faixas, além de Seu Jorge, que dividiu as faixas “Louis Lane” e “Dance, dance, dance”. Também foram incluídas no CD as inéditas “Adicto”, “Gangstar boogie” e “Nova Jerusalém”, parceria com Carlos Dafé, que cantou em dueto e tocou órgão na faixa..
No ano de 2017 fez lançamento do CD “Boogie naipe” no Circo Voador, recebendo como participações especiais Carlos Dafé, Ed Motta e Hyldon, acompanhados por uma banda integrada por 13 músicos com guitarras, baixo, bateria, teclados, percussão, metais e backing vocais. Neste mesmo ano de 2017, no SESC Ginástico, no Rio de Janeiro, participou do lançamento do disco “No voo do urubu”, ao lado de Criolo, Lu Oliveira, Paula Santoro, Carlos Dafé e Elza Maria, acompanhados por uma orquestra regida pelo próprio maestro e compositor Arthur Verocai. Neste mesmo ano o espetáculo foi levado para o palco do “Festival Red Bull Music Academy”, apresentado na Praça da Sé, no centro de São Paulo, no qual também foi um dos convidados para o show.
Em 2024 foi uma das atrações principais na comemoração dos 50 anos do Chic Show, considerado a mais tradicional baile Bailes de Black Music de São Paulo. A festa de comemoração aconteceu no Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, São Paulo, onde dividiu o palco com Lauryn Hill, Sandra de Sá, YG Marley, Rael, Criolo, Jimmy “Bo” Horne e Carlos Dafé.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
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