
Cantor. Compositor. Produtor. Irmão do cantor Agnaldo Timóteo. Cresceu em ambiente musical e, com oito anos de idade, participou de um programa de calouros, passando, cada vez mais, a querer seguir a carreira artística. Aos 12 anos participou, em sua cidade natal, do conjunto Golden Boys, tocando em bailes e festivais. Em 1967, foi levado para o Rio de Janeiro, pelo professor João de Oliveira, proprietário do Colégio Casimiro de Abreu em Duque de Caxias, e passou a atuar como crooner do conjunto No Parking.
Teve mais de 80 composições gravadas por nomes como Agnaldo Timóteo, Angela Maria, Agepê, Wilson Simonal, Agnaldo Rayol, Jair Rodrigues, Reginaldo Rossi e Maria Creuza e Chico Buarque, entre outros. Sua primeira composição gravada foi “Manhã de primavera”, lançada por Agnaldo Timóteo, no LP “O sucesso é o astro”, em 1969. Em 1971, no LP “Sempre sucesso”, lançado por Agnaldo Timóteo, teve incluída a música “Uma canção pra Vera”, parceria com Toni Tornado. Em 1972, Agnaldo Timóteo no LP “Os brutos também amam” lançou a canção “O sinal da cruz”. Nesse ano, foi lançado como cantor, no Programa Flávio Cavalcanti, sendo aplaudido de pé pela platéia e pelo juri composto por Sergio Bittencourt, José Fernandes, Marisa Urban, Humberto Reis, José Messias, Aracy de Almeida e Herlon Chaves. No mesmo ano, foi contratado pela Odeon e lançou seu primeiro disco, um compacto simples com as músicas “Eu Te Amo”, com Arthur Neto, e “Não”, de sua autoria. Em 1973, gravou outro compacto simples com as músicas “Tristeza do Jeca”, clássico sertanejo de Angelino de Oliveira, e “Nem Tudo Que Reluz É Ouro”, de Clayton. No mesmo ano, lançou seu primeiro LP “Uma canção para Vera”, com música título de sua autoria. Em 1976, duas de suas composições, “São coisas do amor” e “Tristeza danada”, foram registradas por Agnaldo Timóteo, no LP “Perdido na noite”, da Odeon. No mesmo ano, lançou o LP “O Carimbó”, pela gravadora Som Livre, disco no qual fez a adaptação para os carimbós “Sinhá pureza”, “O curió”, “Isaura”, “Pisei na folha seca”, “A piaba”, “Mistura de Siriá e Carimbó”, “Carimbó do mato”, “O pinto”, e “Veado do mato”. Nesse disco, além da composição “O Carimbó”, de sua autoria, interpretou também “Meu negócio é peixe (A piranha)”, de Chico Xavier e Nem; “Carapirá”, de Pinduca e Vivaldo da Silva; “Morte do papagaio”, de Hudson Antônio e Mita; “Estourou no Norte”, de Franko Xavier e Dora Lopes; “Maria”, de Messias Holanda e João Gonçalves; “Severina Xique-xique”, de João Gonçalves e Genival Lacerda, e “A velha debaixo da cama”, de Jonas de Andrade, entre outras. Ainda em 1976, a dupla Deny e Dino gravou “Da vida nada se leva”, parceria com Eliane e Frank Gal, incluída no LP “Almoço com as estrelas”. Em 1977, Nelson Ned gravou “Quase quebrei o meu rádio”, parceria com Nelson Ned e Frank Gal, em LP lançado por ele na Copacabana. Em 1978, “Tristeza danada” foi relançada por Geraldo Nunes, no LP “Na onda do sucesso – VOL. 2” da RCA Camden. Nesse ano, “Em busca da felicidade”, uma parceria com Célio Roberto, foi gravada por Ângelo Máximo. Ainda em 1978, “Febre de desejo”, com Célio Roberto, foi gravada por Célio Roberto no LP “Minha confissão”. Em 1980, a canção “Quase quebrei o meu rádio”, com Nelson Ned e Frank Gal, foi gravada por Ângela Maria no LP “Apenas uma mulher”, da EMI-Odeon, em faixa que contou com a participação especial de Chico Buarque. No mesmo ano, as músicas “Quisera eu”, com Mita, e “Coração sem juízo”, foram gravadas por Agnaldo Timóteo no LP “Companheiros” da EMI-Odeon. Em 1981, Francisco Petrôneo gravou “Preciso tanto de você”, com Ivan Santos. Em 1982, a música “Tudo azul”, com Ivan Santos, foi incluída pelo cantor Sílvio Brito no LP “Panorama mundial”. Em 1983, teve quatro composições gravadas: “Enamorado”, parceria com Daniel, faixa de abertura do LP de Bartô Galeno; “Está decidido”, com Mita, registrada por Maurício Reis, e “Eu agradeço”, com Mita, que foi título do LP lançado por Agnaldo Timóteo naquele ano, e que incluiu ainda a música “Foi por amor”, também parceria com Mita, em faixa que contou com a participação de Tetê Espíndola. Em 1984, Tony Damito gravou “Saudade matadeira”, com Mita, em disco da gravadora Copacabana. No mesmo ano, duas parcerias com Mita, “Tempo” e “Ou mais” foram gravadas por Nilton César em LP da RCA Vik. Suas músicas “Um novo amor renascerá”, “Amor divino”, e “Que saudade traz os Beatles de você”, as três com Mita, foram incluídas por Agnaldo Timóteo no LP “Descobrimos nossas cores” da EMI-Odeon. Teve ainda a música “Aos meus pais”, com Mita, gravada por Agnaldo Rayol, no LP “Água caliente”. Em 1986, sua composição “Sem me dizer adeus”, com Wagner, foi gravada por Reninaldo Rossi, no LP “Com todo coração” da Jangada/EMI-Odeon, composição que foi regravada no mesmo ano por Edson Vieira. Ainda nesse ano, Adilson Ramos gravou “Deus é quem sabe”, com Dom Mita. Também em 1986, Agnaldo Timóteo, no LP “Presente de Deus”, gravou “Conselho de pai”, parceria com Wagner Montanheiro, que seria regravada no ano seguinte pela dupla Leandro e Leonardo. Em 1987, o samba-canção “Deixe a chave”, parceria com o irmão Agnaldo Timóteo, foi gravado por Nora Ney, no LP “Meu cantar é tempestade de saudade”. No mesmo ano, Wanderley Cardoso gravou “Quando você se foi”, com Dom Mita. Fernando Mendes gravou “A Menina do meu bairro”, com Ébano, em 1991, e no ano seguinte, o samba “Sem você”, com Frank Gal, foi gravada pelos Originais do Samba, no LP “Brincar de ser feliz”. Em 1993, a música “Favo de mel”, com Fernando Boêmio, foi lançada pela dupla sertaneja Augusto e Gustavo. Em 1994, o samba “Travado da Silva”, com Spaziani e Chico Santana, na interpretação de Jair Rodrigues, foi incluído no LP “Samba e pagode – Vol. 4” da Som Livre. Ainda nesse ano, Jair Rodrigues gravou o samba “A Filha do patrão”, com Wagner, no LP “Viva meu samba”. Além de cantar, atuou também como empresário e produtor de shows de artistas como: Beth Carvalho, Paulo Ricardo, Inimigos do Rei, Dr. Silvana, Gilliard, Jamelão, Gretchen, João Penca e seus miquinhos amestrados, Jair Rodrigues, entre outros. Em 2005, lançou o CD “Da água pro vinho”, com dez faixas, sendo nove de sua autoria. O disco foi gravado em São Paulo, com arranjos do Maestro Caixote e Wagner Montanheiro. Nesse período, formou uma banda, integrada por Hugo Braule (direção musical, piano, teclado e arranjos), César Machado (bateria), Luis Cláudio B.B. (guitarra) e Joelson Lima (teclados), que passou a acompanhá-lo em turné por todo o Brasil, contando ainda com participações de artistas como Carlos Nobre, entre outros.