
Arranjador. Instrumentista. Regente. Aos oito anos játinha aulas de música com o regente Alberto Aurélio de Carvalho. No mesmo ano, começou a integrar a Banda Saboeira de sua cidade natal, regida por seu professor. Aos 12 anos, compôs o frevo “Furacão”.
Em 1950, aos 15 anos de idade, começou a integrar a Jazz Band Acadêmica e a Orquestra Paraguari. No mesmo período atuou na Rádio Jornal do Comércio do Recife. Em 1953, foi classificado em segundo lugar no Festival de Música Carnavalesca promovido pela Câmara Municipal do Recife, com o maracatu “Homenagem à Princesa Isabel”. Neste período, já era regente e arranjador da Orquestra Paraguari. Ainda em 1953, assumiu o departamento de música da TV Jornal do Comércio. Em 1960, realizou cursos de regência e de música sacra na Escola de Artes da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1961, musicou a peça “Um americano no Recife”, dirigida por Graça Melo. Musicou, também, trabalhos dirigidos por Lúcio Mauro e Wilson Valença. Em 1962, começou a integrar a Orquestra Sinfônica do Recife, executando oboé e corne-inglês. Em 1963, criou uma orquestra de bailes. Em 1967, assinou contrato com a TV Bandeirantes de São Paulo, após já ter sido chefe do departamento de música da TV Jornal do Commercio. Em 1970, voltou para o Recife, tornando a integrar a Orquestra Sinfônica e passando a atuar como professor-arranjador do Conservatório Pernambucano de Música. Em 1971, obteve o primeiro lugar no Festival do Frevo promovido pela Rede Tupi com o frevo de rua “Quinho”. No mesmo ano, organizou uma orquestra para bailes carnavalescos, que recebeu por diversos anos o prêmio de melhor orquestra do ano. Em 1975, gravou disco em homenagem ao Jornal Diário Pernambucano pela gravadora Rozemblit. Teve frevos gravados pela Orquestra de Severino Araújo, assim como sambas gravados, entre outros, por Jamelão. Em 1980, foi escolhido como arranjador do Festival MPB-Shell promovido pela Rede Globo. Em 1982, sua composição “Suíte nordestina” foi escolhida para abrir as festividades da Semana da Pátria, sendo transmitida pela TVE para todo o Brasil. Em 1985, sua orquestra representou o Brasil na Feira das Nações em Miami, na Flórida (Estados Unidos). Em 1987, foi responsável pelo arranjo, regência e direção artística em todas as músicas da terceira edição da série “Compositores pernambucanos”, lançado pelo Centro de Estudos de Documentação da História Brasileira (CEHIBRA). O álbum, que homenageou Getúlio Cavalcanti, reuniu doze sucessos desse cantor e compositor , entre sambas, sambas-canção, frevos de bloco, toadas e maracatus. O projeto seria relançado em 2010, em formato de CD, através de uma parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Ministério da Educação. Em 1988, executou a obra “Música para metais número 2”, com a participação do trompetista americano da Orquestra Sinfônica de Boston, Charles Schlueter, em comemoração aos 138 anos do Teatro Santa Isabel, em Recife. Teve músicas gravadas no exterior, estando presente em mais de 100 discos. Foi eleito por diversas vezes o melhor arranjador do Nordeste. É regente-arranjador e instrumentista da Orquestra Paraibana de Música Popular. Sua mais famosa obra é a peça sinfônica “Fantasia carnavalesca”, gravada pela Orquestra Sinfônica do Recife e Coral Ernani Braga. Vem alcançando destaque internacional com a direção musical da ópera “Catirina”, baseada em autos populares do bumba-meu-boi maranhense. Foi escolhido pelo Projeto Memória Brasileira, da Secretaria de Cultura de São Paulo, como um dos 12 melhores arranjadores do século. Em 1997 o Projeto Memória Brasileira lançou o CD “Arranjadores”, com seu arranjo para “Bachianas nº5”, de Heitor Villa-Lobos, tocado pela Banda Savana, homenageando-o ao lado de outros grandes arranjadores brasileiros como Maestro Cipó, Moacir Santos, Cyro Pereira, José Roberto Branco e Nelson Ayres. Em 1999, lançou com orquestra, o CD “Coleção de Frevos de Rua”, que contou com quatro volumes.
Em 2007, teve o frevo “Nino, o pernambuquinho” relançado pela Spok Frevo Orquestra no CD “Passo de anjo ao vivo” gravado ao vivo no Teatro Santa Isabel, na cidade de Recife. Em 2008, recebeu homenagem do Ministério da Cultura, por meio da secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) e da Representação Regional Nordeste (RR/NE MinC), no Conservatório Pernambucano de Música. O evento encerrou oficialmente a edição 2007 do Prêmio “Culturas Populares”, que levou o nome do Meaestro e também homenageou o centenário do frevo. Em 2009, apresentou-se com sua orquestra no carnaval de Recife, na Praça do Marco Zero, sendo o evento transmitido ao vivo pela Rede Bandeirantes de Televisão. No mesmo ano, foi homenageado pela troça carnavalesca Turma da Jaqueira Segurando o Talo, no seu vigésimo sexto desfile, em Recife; pela revista Perto de Casa; e na Mostra de Música de Olinda. Em 2010, as seguintes músicas que contaram com seu arranjo foram premiadas no “Festival de Música Carnavalesca 2010”, realizado em Recife: “Meu Carnaval Olindense”, de Luiz Fernando Poeta, interpretada por Almir Rouche, na categoria Frevo canção; “O Bloco do Bila”, de Luiz Guimarães, interpretada por Coral Edgar Morais, na categoria Frevo de bloco. Do festival, participaram cerca de 200 artistas e compositores.
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Entre 2019 e 2020, foi uma das principais atrações do Carnaval do Recife antigo, animando a Praça do Arsenal da Marinha.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.