
Instrumentista (violonista).
Filho do também violonista Mário Mathias, aos cinco anos de idade apresentou-se tocando sanfona de quatro baixos, ao lado da cantora Carmem Costa no programa de Geraldo Blota (Rádio Bandeirantes/SP). Aos sete anos, seu pai o presenteou com um violão Di Giorgio.
Em 1966, participou do programa “Improviso” (Rádio Record/SP), apresentado e produzido por Mario Albanese, ao lado da baterista Elizabeth Del Grande, então com 13 anos de idade e hoje percussionista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Nessa época, autorizado pelos pais, passou a residir na casa de Mario Albanese, o que possibilitou seu aprimoramento musical, e conheceu o também violonista Sílvio Santisteban, com quem formou um duo de violões e gravou o LP “Violão em Duas Cores”.
A partir de 1967, passou a atuar na primeira série de programas semanais destinada a ensinar violão pela televisão, “Vamos aprender violão?” (TV Cultura/SP), ao lado de Mário Albanese e Sílvio Santisteban. Também nesse ano, participou do programa musical semanal “Mario Albanese” e do programa diário “O assunto é violão” (Rádio Excelsior/SP). Ainda em 1967, integrou o júri do “Concurso de violão para amadores”, promovido pelo programa “O assunto é violão”, que premiou os irmãos Odair Assad e Sérgio Assad, que viriam a formar o Duo Assad.
Nos anos 1970, acompanhou vários artistas, como Suzana Colonna, Wilson Simonal, Leny Andrade, Jair Rodrigues, Cláudia e Hermeto Pascoal , entre outros. Participou de gravações com orquestra de estúdio e conjunto.
Em 1973, formou um conjunto com Moacir (piano), Daniel (contrabaixo), Murtinho (bateria) e Rosamaria (voz), com o qual se apresentou em bares e casas noturnas. Nesse mesmo ano, gravou, integrando o grupo Macumbinha e Família, sua música “Na escadaria” (c/ Mutinho) no disco “Catedral do samba”, lançado pela gravadora Phonogram (hoje Universal Music). Ainda em 1973, acompanhou o compositor Pedro Caetano no programa “MPB-Especial” (TV Cultura/SP), dirigido por Fernando Faro, e lançado em CD em 2001, num trabalho conjunto da emissora com o SESC/SP.
Divulgador, ao lado de Sílvio Santisteban, do ritmo “jequibau”, criado por Mário Albanese, faleceu prematuramente no dia 30 de junho de 1977, em seu apartamento, em São Paulo, juntamente com a família, num acidente com vazamento de gás.
Em 2003, Silvio Santisteban produziu, a partir do acervo de Mario Albanese, uma biografia do amigo, generosamente cedida para a confecção deste verbete.