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Nome Artístico
Luiz Melodia
Nome verdadeiro
Luís Carlos dos Santos
Data de nascimento
7/1/1951
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
4/8/2017
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Violonista.

Nasceu e foi criado no bairro do Estácio, em uma comunidade conhecida como Atrás do Zinco, no Morro do São Carlos.

Filho de Oswaldo dos Santos, conhecido por Oswaldo Melodia, funcionário público cais do porto e depois, do IASERJ (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado) e nas horas vagas, em casa, tocava, cantava e compunha em seu violão de quatro cordas. Sua mãe, Eurídice Rosa de Oliveira, era a costureira.

Durante a adolescência compôs e cantou músicas, chegando a formar, com os amigos da vizinhança, o conjunto Os Instantâneos, depois renomeado para Os Filhos do Sol.

Participou de vários programas de calouros, incluindo o de Jair de Taumaturgo, na Rádio Mauá e na TV Continental, até ser descoberto pelo artista plástico Hélio Oiticica, levada para conhecê-lo por Rosimari, amiga e moradora do Estácio, também conhecida Baby Rose ou Rose do Estácio, que logo depois o apresentou a Waly Salomão e Torquato Neto para que ouvissem suas composições.

Segundo trecho da biografia, escrita por Toninho Vaz:

 

“Tive a felicidade de estar na hora e no local certos quando uma mulher que virou minha amiga, a Rose, foi me procurar no morro. Ela conhecia muito bem os baianos, Caetano, Waly Salomão, Gal, todos eles.”

 

Foi casado com a produtora e cantora Jane Reis, com quem teve o filho Mahal (cantor e compositor) e como integrante da dupla de hip hop Aliança 21, com o rapper Tigrão, lançou o CD “Apocalipse”.

Faleceu em decorrência de câncer de medula, tendo seu corpo velado na Quadra da Escola de Samba Estácio de Sá e sepultado no Cemitério do Catumbi.

Em 2018 a cantora e cineasta Karla Sabah finalizou o documentário “Luiz Melodia – O Negro Gato”, com cenas do cotidiano do cantor e a participação de vários amigos, tais como Waly Salomão e Gal Costa. No ano seguinte, em 2019, o diretor Marco Abujamra e a produtora Mariana Marinho, através da Companhia Cinematográfica Dona Rosa Filmes, deram início às filmagens do documentário “Todas As Melodias”, sobre a vida e a oba do cantor e compositor, com trilha sonora integrada por regravações e novas versões de algumas de suas composições por Zezé Motta, Céu e Arnaldo Antunes.

No ano de 2020 foi lançada pela Editora Tordesilhas a biografia “Meu nome é ébano – A vida e a obra de Luiz Melodia”, escrita pelo jornalista Toninho Vaz, com contracapa escrita por Jards Macalé e na qual o autor coletou depoimentos de Ricardo Cravo Albin, Ronaldo Bastos, Renato Piau, Jards Macalé, Zezé Motta, Euclides Amaral, Galvão, Renato Piau, Galvão, Victor Biglione, Hyldon, Márcio Borges, Maria da Glória Lampreia, Fredera, Joel Macedo, Raimundo Mazzei, Líber Gadelha, Humberto Araújo e Alessandro Cardozo, além de textos recolhidos da imprensa, de várias épocas, de jornalistas e amigos como Gal Costa, Jards Macalé, Fábio Rolón Stella, Sérgio Bittencourt, Torquato Neto, Luiz Carlos Bettarello, Waly Salomão, Jorge Salomão, Rosy do Estácio e amigos de infância e adolescência do biografado.

Dados artísticos

Começou a compor aos 14 anos, em 1965, sendo sua primeira música intitulada “Céu, terra e mar”, da qual só lembrava um pequeno trecho:

 

“Amo o céu e terra/e também o mar/amo a vontade que tenho de amar.”

 

Logo depois, aos 15 e 16 anos, fazendo parte do grupo Os Instantâneos, passou a compor com Walmir Lucena, mais conhecido como Mizinho, baterista, cantor do grupo e amigo de infância e adolescência. Com Mizinho compôs “Guarida”, também conhecida pelos amigos por “Doces desejos” e ainda “O playboy”, parceria de ambos, que faziam sucesso na turma em que frequentavam e por onde o grupo se apresentava, em bailes e festas caseiras pelo bairro do Estácio e Morro de São Carlos na segunda metade da década de 1960, influenciados pela Jovem Guarda como na composição “Quero você perto de mim”, de 1967, esta somente de sua autoria, mas nenhuma delas gravadas posteriormente. Logo depois o grupo mudaria o nome para Os Filhos do Sol, já contando com a entrada de um novo cantor chamado Marquinhos, que mais tarde ganharia de Jards Macalé o pseudônimo “Marquinhos Satã” (em homenagem ao travestis Madame Satã). Marquinho Satã mudaria o nome para Marquinhos Sathan e se tornaria um cantor de sucesso anos mais tarde.

Em 1972 Torquato Neto produziu um compacto duplo da cantora piauiense Lena Rios, sua conterrânea, para o qual separou as composições “Garanto” (Luiz Melodia e Célio José), primo de Luiz; “Eu sou eu, Nicurí é o diabo” (Raul Seixas), “Verão estrelado” (Hyldon e Mazzola) e a faixa-título, “Sem essa, aranha”, de Carlos Galvão e Torquato Neto. Sendo “Garanto”, a sua primeira composição gravada. Neste mesmo ano, de 1972, compôs a pedido de Gal Costa “Presente cotidiano”, mas a Censura Federal a proibiu de fazer parte do show da cantara “Gal Fa-Tal”, no Teatro Tereza Raquel com direção de Waly Salomão, que indicou à cantora a composição “Pérola negra” em substituição a música censurada, sendo aceita por Gal Gosta, que a tornou o primeiro sucesso nacional de Luiz Melodia, ainda no show. Neste mesmo ano sua música “Pérola negra” foi gravada por Gal Costa no LP “Gal a todo vapor – Gal – Fa- Tal”. Ainda em 1972, Maria Bethânia gravou sua composição “Estácio, holly Estácio” e Angela Maria, no LP “Angela” regravou “Pérola negra”, desta vez pela gravadora Copacabana em LP inserido no catálogo como CLP 11687. No ano seguinte, em 1973, lançou o primeiro LP, “Pérola negra”, registrando suas composições “Magrelinha”, “Estácio, holly Estácio”, “Vale quanto pesa”, “Farrapo humano”, “Estácio, eu e você”, “Pra aquietar”, “Abundantemente morte”, “Objeto H” e “Forró de janeiro”, além da faixa-título “Pérola negra”. Dois anos depois, em 1975, foi finalista do “Festival Abertura”, da TV Globo, com a música “Ébano”, tendo como acompanhamento a Banda Black Rio. Neste mesmo ano a gravadora Som Livre lançou um compacto simples com as faixas “Ébano” e “Maria particularmente”, ambas de sua autoria.

Em 1976 lançou o LP “Maravilhas contemporâneas”, com suas composições “Congênito”, “Maravilhas contemporâneas”, “Veleiro azul” (c/ Rubia Matos), “Amor”, “Baby Rose”, “Questão de posse”, “Memórias modestas”, “Paquistão”, “Mary” e “Juventude transviada”, que logo foi incluída na trilha sonora da novela “Pecado Capital”, da TV Globo.

A partir do ano de 1977 participou das primeiras edições do “Projeto Pixinguinha”, dividindo o palco com Zezé Motta e depois, com a jovem cantora e compositora Marina Lima em turnê por todo o Brasil.

No ano de 1978 lançou pela gravadora Som Livre o LP “Mico de circo”, no qual gravou de sua autoria “Presente cotidiano”, “Onde o sol bate e se firma”, “Giros de sonho”, “Bata com a cabeça”, “Solando no tempo”, “Fadas” e “O morro não engana”, esta última em parceria com o violonista Ricardo Augusto. Também interpretou de outros compositores “A voz do morro” (Zé Kéti), “Mulato latino” (Papa Kid) e “Falando de pobreza”, de Tureko. No disco, com produção executiva e direção de estúdio de Sérgio Mello, teve como músicos Perinho Santana (guitarra), Jamil Joanes (baixo), Oberdan Magalhães (sax tenor e sax alto), Márcio Montarroyos (trompete), Luiz Carlos (bateria e percussão) e João Donato (teclados), além de arranjos escritos por Perinho Santana, Oberdan Magalhães, Márcio Montarroyos, Severino Araújo, João Donato e Armandinho Macedo. Neste mesmo ano a cantora e atriz Zezé Motta gravou e sua autoria as composições “Magrelinha”; “O morro não me engana” (c/ Ricardo Augusto) e “Dores de amores” no disco “Zezé Motta”, lançado pelo selo Atlantic. Ainda em 1978 foi lançada em todos as bancas de jornal do país o fascículo “Nova História da Música Popular Brasileira – Jards Macalé e Luiz Melodia”, pela Editora Abril Cultural, contendo um fascículo com a história do compositor e um disco de oito polegadas com as faixas “Pérola negra”, interpretada por Gal Costa; “Estácio, holly Estácio”, com Maria Bethânia; “Farrapo humano, cantada por Jards Macalé, e ainda “Juventude transviada”, na voz do próprio autor.

No ano de 1980 lançou o LP “Nós”, no qual foram incluídas de sua autoria “Segredo”, “Surra de chicote”, “Hoje e a amanhã não saio de casa”, “Mistério da raça” (c/ Ricardo Augusto), “Dias de esperança” e “Feras que virão”, além de “Passarinho viu”, faixa na qual contou com a participação especial da esposa, a cantora Jane Pinto, que anos depois assinaria como Jane Reis. Também interpretou neste disco “Ilha de Cuba” (Papa Kid) e “Negro gato”, de Getúlio Cortes, regravação que lhe rendeu muito sucesso nas emissoras de todo o país. Neste mesmo ano, de 1980, a cantora Olívia Bayngton regravou “Onde o sol bate e se firma” em seu segundo disco “Anjo vadio”.

Em 1982 interpretou em dupla com Sérgio Sampaio a faixa “Doce melodia”, composta em sua homenagem e incluída no LP “Sinceramente”, do amigo, lançado pelo Selo Gravina. No ano posterior, em 1983, lançou o disco “Felino” com as suas composições “O sangue não nega” (c/ Ricardo Augusto), “Divina criatura” (c/ Papa Kid), “Um toque”, “Neja”, “Pássaro sem ninho” (c/ Ricardo Augusto), “Só” (c/ Perinho Santana), “Sorri pra Bahia” (c/ Cardan Dantas e Edil Pacheco), “Destino coração” e a faixa-título Felino”.

No ano de 1984 foi lançado o LP e fascículo “História da Música Popular Brasileira – Série Grandes Compositores:  Luiz Melodia e Djavan” pela Editora Abril Cultural, no qual foram incluídas suas faixas “Pérola negra”, cantada por Gal Costa; “Estácio, holly Estácio”, por Maria Bethânia; “Dores de amores”, na interpretação de Zezé Motta, e o próprio compositor interpretando “Vale quanto pesa”, “Juventude transviada” e “Mistério da raça”, esta última composta em parceria com Ricardo Augusto. Neste mesmo ano, de 1984, sua composição “Frágil força, em parceria com Ricardo Augusto, deu título ao LP de Zezé Motta, lançado pelo Selo Musical Pointer.

Em 1987, pela gravadora Continental, lançou o LP intitulado “Claro”, com as composições “O menino”, “Que é que é isso”, “Decisão” (c/ Sérgio Mello), “Revivendo” (c/ Perinho Santana), “Seja amar” (c/ Ricardo Augusto), “Malandrando” (c/ Silvio Lana e Perinho Santana), “Saco cheio” (Tony Marinho), “Verão tropical” (Papa Kid e Indiano), “Que loucura” (Sérgio Sampaio) e a regravação de um antigo sucesso de Roberto Carlos, “Broto no jacaré”, da dupla Roberto e Erasmo Carlos. No ano seguinte, em 1988, em dupla com o violonista Raphael Rabello gravou a faixa “Cordas de aço” (Cartola) no disco-tributo “Cartola: Bate outra vez…”, LP do qual participaram Beth Carvalho, Rildo Hora, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Cazuza, Gal Cota, Dona Ivone Lara, Leila Pinheiro, Nélson Gonçalves, Paulinho da Viola, Paulo Ricardo e Vânia Bastos.

Em 1991, pela gravadora Universal Music, lançou o CD “Pintando o sete”, no qual cantou músicas autorais e de outros compositores: “Maria particularmente”; “Gerações”; “Sigo e vou”; “Bola de cristal” (c/ Beto Marques); “Cara a cara” (c/ Renato Piau), com a participação especial da banda Cidade Negra; “Garanto” (c/ Célio José), “Poeta do morro” (c/ Luis Carlos Anuram e Ruizinho), “Maura” (Oswaldo Melodia), “Mistério do planeta” (Moraes Moreira e Luiz Galvão), “Traição” (Dagô Miranda e Waldir Santos) e um de seus maiores sucessos, a regravação de “Codinome beija-flor”, de Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves, que nesse mesmo ano seria incluída na trilha sonora da novela “O Dono do Mundo”, da TV Globo. No ano seguinte, em 1992, Cássia Eller lançou o disco “O marginal”, que dentre as faixas constaram de sua autoria “Sensações” e “Amnésia”, esta última em parceria com o poeta Cláudio Lobato.

No ano de 1995 lançou o CD “Relíquias” com as faixas “Magrelinha”, “Dores de amores”, “Vale quanto pesa”, “Juventude transviada”, “Só assumo”, “Pérola nega”, “Paixão”, “Memórias modestas”, “Salve linda canção sem esperança”, “Estácio, holly Estácio” e “Jeito danado” (c/ Edil Pacheco), além de “Com muito amor e carinho” (Eduardo Araújo e Chil Deberto), “Saco cheio” (Tony Marinho) e “A coitadinha fracassou” (Hélio Nascimento e Arnaldo Passos). Neste mesmo ano, de 1995, o parceiro Renato Piau gravou o primeiro disco individual intitulado “Guitarra brasileira”, lançado pelo Selo Amazon Records, no qual contou com a sua participação especial nas faixas “Fadas” e “Me beija” (c/ Renato Piau e Tureko).

Em 1997 o CD “Claro” foi relançado pelo Selo Blaricum CD Companhy sob o título “Decisão”, contudo, mantendo as mesmas faixas. Neste mesmo ano, de 1997, lançaria mais um disco de carreira, desta vez intitulado “14 quilates”, no qual interpretou “Ébano”, “Sem trapaça” (c/ Ricardo Augusto), “Começar pelo recomeço” (c/ Torquato Neto), “Sub-anormal” (c/ Ricardo Augusto), “Morena brasileira” (c/ Ricardo Augusto), “Morena da novela” (c/ Renato Piau), “Pra quê” (c/ Ricardo Augusto), “Cruel” (Sérgio Sampaio), “Dançou, dancei” (c/ Papa Kid), “Frágil força” (c/ Ricardo Augusto), “Ser boêmio” (Osvaldo Melodia), “Bate verão” (c/ Ricardo Augusto) e “Morar no Rio”, de Beto Marques, além da regravação de “Quase fui lhe procurar”, de Getúlio Cortes, na época, muito executada por todo o país. No ano posterior, em 1998, participou do disco-homenagem “Balaio do Sampaio”, de Sérgio Sampaio, produzido por Sergio Natureza, no qual interpretou a faixa “Cala a boca, Zebedeu”, do maestro Raul G. Sampaio, pai de Sérgio Sampaio. O CD contou com as participações de João Nogueira, Erasmo Carlos, Zizi Possi, Chico César, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Eduardo Dusek, João Bosco, Jards Macalé, Lenine e Renato Piau interpretando obras de Sérgio Sampaio. Neste mesmo ano, de 1998, a gravadora EMI Music lançou a coletânea musical “Preferência nacional: Luiz Melodia”, CD no qual foram compiladas de sua autoria as composições “Estácio, holly Estácio”, “Pérola negra”, “Magrelinha”, “Presente cotidiano”, “Juventude transviada”, “Ébano”, “Salve linda canção sem esperança”, “Vale quanto pesa”, “Só assumo só” e “Farrapo humano”, com a participação especial da banda mineira Skank, além das compostas em parcerias: “Jeito danado” (c/ Edil Pacheco) e “Decisão” (c/ Sérgio Mello). Também foram incluídas interpretações suas para “Com muito amor e carinho” (Eduardo Araújo e Chil Deberto), “Quase fui lhe procurar” (Getúlio Cortes), “A voz do morro” (Zé Kéti) e “Saco cheio”, do compositor Tony Marinho.

Em 1999, pela gravadora Indie Records, lançou “Luiz Melodia: Acústico, ao vivo”, gravado no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, com Renato Piau (violão de aço e náilon) e Perinho Santana (violão de náilon e guitarra), interpretando músicas suas e de outros compositores, destacando-se as faixas “Fadas”, “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha), “Amor”, “Maura” (Osvaldo Melodia), “Dores de amores”, “Cruel” (Sérgio Sampaio), “Memórias modestas”, “Surra de chicote”, “Só” (c/ Perinho Santana), “Quase fui lhe procurar” (Getúlio Cortes), “Pérola negra”, “Cara a cara” (c/ Renato Piau), “Cuidando de você” (c/ Renato Piau), “Magrelinha”, “Codinome Beija-Flor” (Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias), “Estácio, holly Estácio” e “Questão de posse”. Neste mesmo ano, de 1999, Cássia Eller gravou “Esse filme eu já vi”, parceria com Renato Piau.

No ano 2000 realizou o mesmo show, “Luiz Melodia: Acústico, ao vivo”, no Garden Hall, no Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2001, lançou o CD “Retrato do artista quando coisa”, com arranjos de cordas e sopros. O disco, produzido pelo guitarrista Perinho Santana, com arranjos de sopros e cordas na maioria das faixas contou com a participação de Ricardo Silveira (guitarra) e Luiz Alves (baixo acústico). No repertório incluiu suas composições “Feeling da música” (c/ Ricardo Augusto e Hyldon); “Gotas de saudade” (c/ Perinho Santana); “Lorena” (c/ Renato Piau e Mahal), que contou com a participação de seu filho Mahal; “Brinde” (c/ Ricardo Augusto), “Esse filme eu já vi” (c/ Renato Piau), “Perdido”, “Boa atmosfera” (Papa Kid), “Quizumba” (c/ Cara Feia) e a faixa-título “Retrato do artista quando coisa”, melodia sobre versos do amigo, o poeta pantaneiro Manoel de Barros, além de “Otimismo” (Célio José e Marize Santos), “Levanta a cabeça” (Ivan Nascimento e Osvaldo Nunes), “Sempre comigo” (William Duba e Anísio Silva) e “Poderoso gangster”, de Guida Moira.

Em 2002 gravou o CD “Luiz Melodia Convida Ao Vivo”, lançado pela gravadora Indie Records, com as faixas “O sangue não nega” (c/ Ricardo Augusto); “Ébano”; “Poeta do morro” (c/ Luis Carlos e Ruizinho) e participação especial de Zeca Pagodinho; “Palhaço” (Nelson Cavaquinho, Osvaldo Martins e Washington Fernandes); “Estácio, eu e você”, com participação especial de Zezé Motta; “Farrapo humano”; “Objeto H”; “Lorena” (c/ Renato Piau e Mahal) com participação do filho Mahal; “Congênito”; “Fadas”, com participação especial de Elza Soares; “Cruel” (Sérgio Sampaio) com participação do Coro da Escola de Música da Rocinha; “Negro gato” (Getúlio Cortes); “Quizumba” (c/ Cara Feia) e com participação especial da cantora Luciana Mello; “O caderninho” (Olmir Stocker); “Hoje e a amanhã não saio de casa” e “Presente cotidiano”, está última com participação especial de Gal Costa. O show contou com os músicos Perinho Santana (guitarra e violão), Renato Piau (violão), Zé Luis Maia (baixo), Marçalzinho (percussão), Jorjão Barreto (teclados), Élcio Cáfaro (bateria), Nelson Henrique (trompete), Marco Túlio (sax tenor e flauta), Antônio Henrique (trombone) e arranjos de Perinho Santana e Serginho Trombone. O trabalho foi lançado em DVD e para esta mídia foram adicionadas outras faixas, tais como “Magrelinha”, “Pérola negra”, “Retrato do artista quando coisa” (c/ Manoel de Barros), “Brinde” (c/ Ricardo Augusto), “Poderoso gangster” (Guida Moira), “Esse filme eu já vi” (c/ Renato Piau), “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha), “Maura” (Osvaldo Melodia), “Juventude transviada”, “Negro gato” (Getúlio Cortes), “Estácio, holly Estácio”, “A voz do morro” (Zé Kéti), “Levanta a cabeça” (Oswaldo Nunes e Ivan Nascimento) e a regravação de “Codinome Beija-Flor”, de Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves. Neste mesmo ano, de 2002, “Juventude transviada” interpretada em dueto com Cássia Eller foi incluída no CD “Os melhores do ano III”, coletânea da gravadora Índie Records. Ainda em 2002 Renato Piau e Alfredo Herkenhoff produziram o CD “O Tom do Leblon”, lançado pelo selo Guitarra Brasileira, do qual participaram Dalmo Castelo, Elza Maria, Chico Caruso, Jards Macalé, Dulce Quental, Alfredo Karam, Baden Powell e Luiz Melodia que interpretou sua composição “Me beija”, parceria com Tureko e Renato Piau. No ano seguinte, em 2003, lançou o CD “Luiz Melodia – Perfil: Ao Vivo”, com as composições “Negro gato” (Getúlio Cortes); “Fadas”; “O caderninho” (Olmir Stocker); “Dores de amores”; “Farrapo humano”; “Pérola negra”; “A coitadinha fracassou” (Hélio Nascimento e Arnaldo Passos); “Ébano”; “Cara a cara” (c/ Renato Piau); “O sangue não nega” (c/ Ricardo Augusto); “Magrelinha”; “Palhaço” (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes); “Codinome Beija-Flor” (Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves); “Maura” (Osvaldo Melodia); “Congênito”; “Estácio, holly Estácio” e “Valsa brasileira”, de Edu Lobo e Chico Buarque.

Apresentou-se em 2005 no Parque dos Patins, no Rio de Janeiro, dentro do projeto “Vivo na Lagoa”. Neste mesmo ano participou do CD “Um pouco de mim – Sergio Natureza e amigos”, no qual interpretou “Vela no breu” (Paulinho da Viola e Sergio Natureza). Ainda em 2005 foi participou da coletânea “Balaio Atemporal”, lançada pela gravadora Guitarra Brasileira, na qual interpretou de sua autoria “Me beija”, parceria com Tureko e Renato Piau. Do disco também participaram Renato Piau, Rubens Cardoso, Fábio Rolón, Silvério Pontes, Tim Maia (in memorian) e o guitarrista e bandolinista Armandinho Macedo, entre outros cantores e instrumentistas. No ano seguinte, em 2006, apresentou-se no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro e foi capa da revista “Carioquice”, editada pelo Instituto Cultural Cravo Albin. Neste mesmo ano, de 2006, ao lado de Eudes Fraga, Wanda Sá e Claudia Telles, participou do CD “Par ou ímpar”, de Marcelo Lessa e Paulinho Tapajós, no qual interpretou a faixa “Veludo azul”, parceria do anfitriões.

No ano de 2007 participou em dueto com a cantora Helô Helena, ao lado de Roberto Menescal (guitarra), Renato Piau (violão de aço) e Novelli (baixo), da faixa “Pérola negra” do CD “Acreditar – Heloisa Helena canta Luiz Melodia”, que trouxe ainda outras nove composições de sua autoria: “Estácio, holly Estácio”; “Estácio, eu e você”; “Magrelinha”; “Questão de posse”; “Dores de amores”; “Surra de chicote”; “Felino” e “Fadas”, além de “Cara a cara” (c/ Renato Piau) com participação especial de Renato Piau. O disco contou com acompanhamento dos músicos Gláucio Cachorrão (bateria, percussão e vocal), Hudson Almado (baixo), Nelsinho Laranjeira (guitarra) e Marcelo Moreno (sax, flauta e vocal). Neste mesmo ano, de 2007, lançou o CD “Estação Melodia”, contendo duas composições de seu pai Oswaldo Melodia, “Não me quebro à toa” e “Linda Tereza”, além de “Nós dois”, de sua parceria com Renato Piau, e ainda “Tive sim” (Cartola), “Dama ideal” (Alcebíades Nogueira e Arnaldo Passos), “Papelão” (Geraldo das Neves), “O Rei do Samba” (Miguel Lima e Arino Nunes), “Chegou a bonitona” (Geraldo Pereira e José Batista), “Cabritada mal sucedida” (Geraldo Pereira), “Recado que Maria mandou” (Haroldo Lobo e Wilson Batista), “Contrastes” (Ismael Silva), “Eu agora sou feliz” (Mestre Gato e Jamelão), “O neguinho e a senhorita” (Noel Rosa de Oliveira e Abelardo Silva) e “Choro de passarinho”, de Renato Piau, Rubens Cardoso e Euclides Amaral. Esta última interpretada em dueto com sua esposa Jane Reis. O CD foi lançado em turnê nacional por várias capitais do país. Também neste ano, de 2007, em dupla com Seu Jorge, interpretou “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha) para o CD e DVD “Cidade do Samba”, em espetáculo gravado na Cidade do Samba, com produção de Max Pierre, Rildo Hora e Zeca Pagodinho, e apresentação de Ricardo Cravo Albin. No ano posterior, em 2008, gravou o DVD “Ao Vivo MTV”, também lançado em CD, interpretando composições do disco “Estação Melodia” e alguns de seus sucessos de carreira, destacando-se “Estácio, eu e você”, “Fadas”, “Estácio, holly Estácio” e “Sem hora pra voltar”, além de “Contrastes” (Ismael Silva), “Rei do samba” (Miguel Lima e Arino Nunes), “Tive sim” (Cartola), “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha), “Dama ideal” (Alcebíades Nogueira e Arnaldo Passos), “Gente humilde” (Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes), “Amor de malandro” (Alcides Dias Lopes e Monarco), “Não me quebro à toa” (Oswaldo Melodia), “Recado que Maria mandou” (Wilson Batista e Haroldo Lobo), “Chegou a bonitona” (Geraldo Pereira e José Batista), “Cabritada mal sucedida” (Geraldo Pereira) e “Eu agora sou feliz”, de Jamelão e Mestre Gato, e ainda a faixa “Choro de passarinho”, de Renato Piau, Rubens Cardoso e Euclides Amaral, na qual contou com a participação especial da cantora Jane Reis. Neste mesmo ano 2008 foi lançado a compilação “Luiz Melodia & Participações” pelo Selo LGK Produções Artísticas Ltda, na qual fez duetos com Caetano Veloso em “Vamo comer”; Cassiano em “Salve essa flor”; Cássia Eller em “Juventude transviada; Miltinho em “Menina moça”; Karla Sabah em “Congênito”; banda Skank em Farrapo humano”; Mart’nália em Estácio, holly Estácio”; Carlos Lyra em “O X do problema” (Noel Rosa); Emílio Santiago em “Tereza da Praia” e Zezé Motta, em “Dores de amores”, além de ter gravado sozinho “Feitio de oração” (Vadico e Noel Rosa) e a valsa  “Rosa, de Pixinguinha e Otávio de Souza.

Em 2013 apresentou-se no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi lançada a caixa “Três tons de Luiz Melodia”, contendo três discos gravados pelo cantor em três décadas diferentes: “Pérola negra”, de 1973, “Felino”, de 1983, e “Pintando o sete”, de 1991.  No ano seguinte, em 2014, lançou em show no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, o CD “Zerima”, seu 14º disco solo (gravadora Som Livre), no qual interpretou de sua autoria “Cheio de graça” (c/ Ricardo Augusto); “Dor de carnaval”, com a participação especial da cantora Céu; “Moça bonita”; “Vou com você”; “Caindo de bêbado” (c/ Rúbia Matos); “Cura” (c/ Renato Piau); “Papai do Céu”; “Amusicadonicholas”, faixa instrumental composta para seu neto, e “Sonho real”, parceria com o violonista Renato Piau, além da faixa-título “Zerima”, também de sua autoria. No disco foram incluídas “Nova Era” (Ivone Lara e Délcio Carvalho); “Do coração de um homem bom” (Ricardo Augusto); “Leros e leros e boleros” (Sérgio Sampaio) e “Maracangalha” (Dorival Caymmi), com a participação especial do seu filho, o cantor Mahal Reis.

Em 2015 ganhou o “26º Prêmio Música Popular Brasileira” na “Categoria MPB – Canção Popular – Melhor Cantor” pelo disco “Zerima”. Fez turnê de lançamento do CD “Zerima”, por Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e no Rio de Janeiro, em show no Circo Voador, na Lapa, zona boêmia da cidade. Neste mesmo ano, de 2015, acompanhado pelo violonista Renato Piau, fez turnê por várias cidades da Suíça. No ano seguinte, em 2016, acompanhado pelo violonista Renato Piau, fez show em Belo Horizonte e lançamento do CD “Zerima” no projeto “Maio Musical”, em show no palco da Sala Acrísio de Camargo, na cidade de Indaiatuba, em São Paulo. Ainda em 2016 fez o seu último trabalho musical, a gravação em estúdio da composição “Aquele abraço”, de Gilberto Gil, tema da abertura das Olimpíadas no Brasil naquele mesmo ano.No ano de 2017, logo após o seu falecimento, recebeu diversas homenagens, entre as quais “Estação Melodia – Uma Homenagem ao Negro Gato Luiz Melodia”, show coletivo no Circo Voador, na Lapa, no Rio de Janeiro, no qual se apresentaram Alceu Valença, Itamara Koorax, Zezé Motta, Frejat, Elba Ramalho, Renato Piau, Martnália, Getúlio Cortes, Geraldo Azevedo, Flávia Bittencourt, Charles Teony, Omar Salomão, Qinho, Elisa Lucinda, Picassos Falsos, Zé Luiz Maia, Mário Wanser, Duda Black, Jonas Sá, Marlon Sette, Zé Bigorna, Altair Martins, Carlos César, Leandro Braga, Humberto Araújo, Netinho Chapinha, Maionese e Charles Rodrigo de Jesus. Também foi montado o espetáculo “Baby Te Amo – Tributo a Luiz Melodia”, na Sala Municipal Baden Powell, produzido por Mihay, com participações de João Donato, Simone Mazzer, Sílvia Machete, Duda Black, Chico Chico, Ana Bispo, Mahal Reis, Flávia Bittencourt, Doralyce, Laura Lavieri, João Matuano, Katia Jorgensen, Itamara Koorax, Posada, Tais Feijão, Tyaro Maia, Mihay Vandro Augusto, Raquel Coutinho, Mari Blue e Maíra Freitas, acompanhados por uma banda integrada por Renato Piau (violão, arranjos e direção musical), Mário Wanser (violão), Ferr (piano), Gabriel Barreto (percussão), Marcos Sá (DJ) e Paulo Sabino (poesias). Neste mesmo ano, de 2017, a dupla Itamara Koorax (cantora) e Renato Piau (violonista) apresentou o espetáculo “Tributo a Luiz Melodia”, no Beco das Garrafas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O Instituto Cravo Albin o homenageou com uma palestra didática feita por Ricardo Cravo Albin para 80 crianças das Escolas Públicas da Urca-Botafogo. Ainda em 2017, em sua homenagem a gravadora Som Livre reeditou em CD o compacto simples, lançado em 1975, com as faixas “Ébano” e “Maria particularmente”, ambas de sua autoria.

No ano de 2018 a cantora Thalma de Freitas, acompanhada pelos guitarristas Renato Piau e Dennys Christian, interpretou algumas de suas composições mais conhecidas no show em homenagem ao cantor, em Los Angeles. Neste mesmo ano o cantor e compositor Pedro Luís lhe prestou homenagem montado o show “Pérola negra”, apresentado no Teatro Riachuelo, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. No espetáculo interpretou as dez faixas do primeiro disco do homenageado, lançado em 1973 e intitulado “Pérola negra”. Também em 2018 o “29º Prêmio da Música Brasileira” lhe prestou homenagem em cerimônia ocorrida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com patrocínio da Petrobras. Com textos de Zélia Duncan e apresentação das atrizes Camila Pitanga e Débora Bloch a cerimônia contou com shows de artistas renomados interpretando algumas de suas composições. Entre os amigos que se apresentaram estavam Caetano Veloso, Maria Bethânia, Céu, Hamilton de Hollanda, Renato Piau, Yamandu Costa, Baby Consuelo, Iza, Lazzo Motumbi, Áurea Martins, Pedro Luís, Sandra de Sá, Alcione e Fabiana Cozza. Ricardo Cravo Albin, crítico e supervisor do Dicionário Cravo Albin da MPB publicou dias depois, no jornal O Dia, uma crônica sobre esta edição do prêmio, do qual destacamos o seguinte trecho:

 

“Não vou me perder aqui, nem devo, a citar os ganhadores do prêmio, que isso já é de farto conhecimento. Mas devo registrar o trabalho de uma abelhinha tenaz, a querida Zélia Duncan. Que roteirizou com perfeição toda a premiação, esgrimindo texto de primeiríssima ordem literária. De fato, tudo confluiu para uma noite memorável. Em especial, o tema da festa, este ano dedicada a Luiz Melodia. Que foi um exemplo não apenas de talento, mas de resistência, ao sair da miséria absoluta do morro de São Carlos para ganhar os holofotes do mundo. Comovedor.”

 

Ainda em 2018 o violonista Ricardo Augusto lançou o CD “Parceria”, pelo Selo Maurício Musikal, com dez composições interpretadas por ambos: “Replicante capiau”, Frágil força”, Brinde”, “Chama Clementina”, “Sempre esperança”, “Mistério da raça”, “Baianima”, “Juro por Deus”, “Leve e solto” e “Grande bem”, parcerias da dupla. Ainda em 2018 foi lançado o CD “Luiz Melodia: Zerima Ao Vivo”, pelo Selo Mandacaru Produções e Eventos em parceria com a gravadora Universal Music. No disco foram incluídas as faixas “Cheio de graça” (c/ Ricardo Augusto); “Vou com você”; “Congênito; “Cura” (c/ Renato Piau); “Zerima”; “Papai do céu”; Dor de amores”; “Pérola negra”; “Vale quanto pesa”; Ébano”; “Estácio, holly Estácio” e “Magrelinha”, além “Nova Era” (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho) e “Maracangalha” (Dorival Caymmi) com a participação especial do seu filho, o cantor Mahal Reis. Também em 2018, foi lançado um single, póstumo, com uma única faixa de sua autoria intitulada “Felicidade agora”,  pelo Selo Musical Mandacaru Produções e Eventos em parceria com a gravadora Universal Music Internacional. No ano seguinte, em 2019, o violonista e parceiro Renato Piau, ao lado de Priscila Marchon, Mahal Reis e Priscila Tossan, apresentou o espetáculo “Entre nós”, no Teatro Rival BR, no centro do Rio de Janeiro. O show foi em sua memória e em comemoração ao seu aniversário. Eliane Guedes, Tinho Martins e Lulu Martan montaram o espetáculo “Tributo a Luiz Melodia”, apresentado no “Projeto 15 Pras 7”, do teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Ainda em 2019, a gravadora Biscoito Fino lançou o DVD, gravado ao vivo durante a entrega do “29º Prêmio da Música Brasileira – Ano Luiz Melodia” no ano anterior, quando o cantor foi o homenageado por sua obra. No trabalho foram incluídas as participações de Alcione (acompanhada ao violão por Renato Piau); Lazzo Motumbi, Maria Bethânia, Baby do Brasil, Caetano Veloso, Hamilton de Holanda, Yamandu Costa, Fabiana Cozza, Céu, Lenine, João Cavalcanti, Moreno Veloso, Xênia França, Zeca Veloso, Zezé Motta, Áurea Martins, Pedro Luís, Lineker, Os Caramelows, Sandra de Sá, Tom Veloso e a cantora Iza. O cenário do espetáculo, de Gringo Cardia, foi inspirado no universo de Rubens Gerchman. O show foi lançado em CD e nas plataformas digitais. Também em 2019 a gravadora Universal Music lançou o CD “Todo veneno vivo”, disco inédito de Cássia Eller gravado em show no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, em 1997, dirigido e produzido pelo poeta Waly Salomão, com a inclusão da sua composição “Farrapo humano”. Renato Piau e a cantora Valéria Oliveira receberam como convidado o cantor e compositor Jubileu Filho no espetáculo “Tributo a Luiz Melodia”, apresentado no palco do Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, em Natal, no Rio Grande do Norte. Neste mesmo ano de 2019, em sua homenagem e depois de longas conversas através dos anos com Luiz Melodia, o músico, cantor e compositor carioca Pedro Luís lançou o CD “Vale quanto pesa – Pérolas de Luiz Melodia” pela gravadora Deckdisc, no qual interpretou “Vale quanto pesa”, “Congênito”, “Juventude transviada”, “Estácio, eu e você”, “Pérola negra”, “Magrelinha”, “Abundantemente morte”, “Estácio, holly Estácio”, “Cara a cara” (c/ Renato Piau), “Pra aquietar”, “Objeto H”, “Fadas”, “Passarinho viu” e “A voz do morro”, de Zé Kéti, um dos sucessos alheios na voz do homenageado.

Em 2020 o violonista e parceiro Renato Piau se juntou à banda Attemporais e apresentaram o espetáculo “Tributo a Luiz Melodia”, no Espaço Em Balaio, na Praça Colombo, no bairro de Rio Vermelho, em Salvador. Também em 2020 foi lançada uma edição de luxo do CD “Vale quanto pesa – Pérolas de Luiz Melodia”, na qual Pedro Luís incluiu as faixas-bônus “Feto, poeta do morro”, “Forró de janeiro”, “Farrapo humano” e composições que fizeram sucessos na voz do homenageado, tais como “O caderninho” (Olmir Stocker), “Maura” (Osvaldo Melodia) e “Negro gato”, de Getúlio Cortes.

Em 2023 foi lançado o disco ao “Estácio Vivo”, pela gravadora Sony Music, contendo o registro de um show no Teatro Riva BR, ano de 1998. Integrado por 16 faixas, dentre as quais se destacam “Magrelinha”, “Pérola Nega”, “Onde o sol bate e se firma”, “O sangue não nega” (c/ Ricardo Augusto), “Objeto H”, “Quizumba” (c/ Cara Feia), “Congênito”, “Farrapo humano”, “Mistério da raça” (c/ Ricardo Augusto), “Levanta a cabeça” (Oswaldo Nunes e Ivan Nascimento), “Palhaço” (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes), “Que loucura” (Sérgio Sampaio), “Gotas de saudade” (c/ Perinho Santana) e “Lorena”, parceria com o filho Mahal e o guitarrista Renato Piau. No show foi acompanhado por uma banda composta por Jorjão Barreto (teclados, vocais e direção musical), Aluízio Veras (contrabaixo), Élcio Cáfaro (bateria) e Renato Piau (guitarra e violões). No ano seguinte, em 2024, foi lançado o EP “Pérolas Negras”, pela gravadora Universal Music. O tributo ao compositor foi produzido pela cantora Mahmundi, e contou com as participações de Criolo, Mart’nália, Sandra de Sá e Zezé Motta.

Durante a carreira participou de vários songbooks a convite de Almir Chediak, destacando-se as suas interpretações para “Onde anda você” (Hermano Silva e Vinicius de Moraes) do songbook de Vinicius de Moraes; “Bom conselho” (Chico Buarque), do songbook de Chico Buarque, além de coletâneas com diversos artistas, tais como “Palco MPB”, “Soul brasileiro”, “Soul Tim duetos”, “Os melhores do ano III” (Índie Records), “Tributo a Tim Maia”, além do CD e DVD “Cidade do samba”.

Discografias
2023 Sony Music, CD - EP Estácio Vivo
2021 Selo Arara Produções POETA DA CANÇÃO: As Letras de Euclides Amaral

PLAYLIST

2020 Selo Guitarra Brasileira/Dist. Tratore - DD Luiz Melodia e Renato Piau Ao vivo
2019 Gravadora Biscoito Fino DVD 29º Prêmio da Música Brasileira - Ano Luiz Melodia

(vários)

2019 Gravadora Biscoito Fino CD 29º Prêmio da Música Brasileira - Ano Luiz Melodia (vários)
2019 Gravadora Biscoito Fino DVD 29º Prêmio da Música Brasileira - Ano Luiz Melodia (vários)
2018 Selo Musical Mandacaru Produções e Eventos/Universal Music Internacional CD Felicidade agora
2018 Selo Mandacaru Produções e Eventos/Universal Music Internacional CD Luiz Melodia: Zerima Ao Vivo
2018 Selo Maurício Musikal CD Parceria

(Ricardo Augusto & Luiz Melodia)

2018 Selo Maurício Musikal CD Parceria (Ricardo Augusto & Luiz Melodia)
2017 Gravadora Som Livre CD Ébano/Maria particularmente
2014 Gravadora Som Livre CD Zerima
2013 Universal Music CD Três Tons de Luiz Melodia

Reedição - Caixa com 3 CDs

2013 Universal Music CD Três Tons de Luiz Melodia - Reedição - Caixa com 3 CDs
2008 Gravadora Biscoito Fino CD Estação melodia Ao vivo

Especial MTV

2008 Gravadora Biscoito Fino DVD Estação melodia Ao vivo

Especial MTV

2008 Gravadora Biscoito Fino CD Estação melodia Ao vivo - Especial MTV
2008 Gravadora Biscoito Fino DVD Estação melodia Ao vivo - Especial MTV
2008 Selo LGK Produções Artísticas Ltda CD Luiz Melodia & Participações

(vários)

2008 Selo LGK Produções Artísticas Ltda CD Luiz Melodia & Participações (vários)
2007 Selo Guitarra Brasileira CD Acreditar - Heloísa Helena canta Luiz Melodia

(participação)

2007 Selo Guitarra Brasileira CD Acreditar - Heloísa Helena canta Luiz Melodia (participação)
2007 Gravadora Biscoito Fino CD Estação Melodia
2006 Gravadora Kuarup CD Par ou ímpar - Marcelo Lessa & Paulinho Tapajós

(participação)

2006 Gravadora Kuarup CD Par ou ímpar - Marcelo Lessa & Paulinho Tapajós (participação)
2005 Selo Guitarra Brasileira CD Balaio atemporal

(vários)

2005 Selo Guitarra Brasileira CD Balaio atemporal (vários)
2005 Selo SescRio.Som CD Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos (vários)
2004 Selo SescRio.Som/Gravadora Rob Digital CD Um pouco de mim - Sergio Natureza e amigos

(vários)

2003 Gravadora: Som Livre CD Luiz Melodia - Perfil: Ao Vivo
2002 Gravadora Indie Records CD Luiz Melodia Convida - Ao vivo
2002 Gravadora Indie Records DVD Luiz Melodia Convida - Ao vivo
2002 Gravadora Indie Records CD Os Melhores da Indie Records III

(vários)

2002 Gravadora Indie Records CD Os Melhores da Indie Records III (vários)
2001 Gravadora Warner Music Brasil CD Luiz Melodia -Warner 25 anos

(coletânea)

2001 Gravadora Warner CD Luiz Melodia -Warner 25 anos (coletânea)
2001 Gravadora Indie Records/Universal Music CD Retrato do artista quando coisa
1999 Gravadora Indie Records/Universal Music CD Luiz Melodia: Acústico, ao vivo
1998 Gravadora MZA/PolyGram CD Balaio do Sampaio

(vários)

1998 Gravadora MZA/PolyGram CD Balaio do Sampaio (Sérgio Sampaio - vários)
1998 Gravadora EMI Music CD Preferência nacional - Luiz Melodia

(Compilação)

1998 Gravadora EMI Music CD Preferência nacional - Luiz Melodia (coletânea)
1997 Gravadora EMI-Music CD 14 quilates
1995 Selo Amazon Records CD Guitarra brasileira - Renato Piau

(participação)

1995 Selo Amazon Records CD Guitarra brasileira - Renato Piau (participação)
1995 Gravadora EMI-Music CD Relíquias
1991 Gravadora Universal Music CD Pintando o sete
1988 Gravadora Som Livre LP Cartola: Bate outra vez...

(vários)

1988 Gravadora Som Livre LP Cartola: Bate outra vez... (vários)
1987 Gravadora Continental LP Claro
1984 Editora Abril Cultural - Fascículo LP História da Música Popular Brasileira

(Série Grandes Compositores - Luiz Melodia e Djavan)

1984 - Editora Abril Cultural - Fascículo LP História da Música Popular Brasileira - Série Grandes Compositores - Luiz Melodia e Djavan
1983 Gravadora Ariola LP Felino
1982 Selo Gravina LP Sinceramente

(participação)

1982 Selo Gravina LP Sinceramente (Sérgio Sampaio) (participação)
1980 Gravadora Warner Music Brasil LP Nós
1978 Gravadora Som Livre LP Mico de circo
1978 Editora Abril Cultural/Fascículo LP Nova História da Música Popular Brasileira

(Jards Macalé e Luiz Melodia)

1978 Editora Abril Cultural/Fascículo LP Nova História da Música Popular Brasileira - Jards Macalé e Luiz Melodia
1976 Gravadora Som Livre LP Maravilhas contemporâneas
1975 Gravadora Som Livre LP Carnaval 75 - Convocação Geral

(vários)

1975 Gravadora Som Livre LP Carnaval 75 - Convocação Geral (vários)
1975 Gravadora Som Livre Compacto simples Ébano/Maria particularmente
1973 Gravadora Fontana LP Máximo de Sucesso

(vários)

1973 Gravadora Fontana LP Máximo de Sucesso (vários)
1973 Gravadora Phonogram LP Pérola negra
Obras
A festa é nossa
Abundantemente morte
Agulha no palheiro (c/ Ricardo Augusto)
Amnésia (c/ Cláudio Lobato)
Amor
Amusicadonicholas
Baby Rose
Baianima (c/ Ricardo Augusto)
Bata com a cabeça
Bate verão (c/ Ricardo Augusto)
Bola de cristal (c/ Beto Marques)
Brinde (c/ Ricardo Augusto)
Caindo de bêbado (c/ Rúbia Matos)
Cara a cara (c/ Renato Piau)
Chama Clementina (c/ Ricardo Augusto)
Cheio de graça (c/ Ricardo Augusto)
Começar pelo recomeço (c/ Torquato Neto)
Congênito
Cuidando de você (c/ Renato Piau)
Cura (c/ Renato Piau)
Céu, terra e mar - Inédita
Dançou, dancei (c/ Papa Kid)
Decisão (c/ Sergio Mello)
Destino coração
Dias de esperança
Divina criatura (c/ Papa Kid)
Dor de carnaval
Dores de amores
E você diz (c/ Frejat e Jards Macalé)
Esse filme eu já vi (c/ Renato Piau)
Estácio, eu e você
Estácio, holly Estácio
Fadas
Farrapo humano
Feeling da música (c/ Ricardo Augusto e Hyldon)
Felicidade agora
Felino
Feras que virão
Forró de janeiro
Fraqueza (c/ Renato Piau)
Frágil força (c/ Ricardo Augusto)
Garanto (c/ Célio José)
Gerações
Giros de sonho
Gotas de saudade (c/ Perinho Santana)
Grande bem (c/ Ricardo Augusto)
Guarida - Doces desejos (c/ Mizinho) - inédita
Hoje e amanhã não saio de casa
Jeito danado (c/ Edil Pacheco)
Juro por Deus (c/ Ricardo Augusto)
Juventude transviada
Leve e solto (c/ Ricardo Augusto)
Lorena (c/ Renato Piau e Mahal)
Magrelinha
Malandrando (c/ Silvio Lana e Perinho Santana)
Maravilhas contemporâneas
Maria particularmente
Mary
Me beija (c/ Renato Piau e Tureko)
Memórias modestas
1978 Mico de circo Gravadora Som Livre
Mistério da raça (c/ Ricardo Augusto)
Molimbow (c/ Sergio Natureza - inédita)
Morena brasileira (c/ Ricardo Augusto)
Morena da novela (c/ Renato Piau)
Moça bonita
Na calada da noite (c/ Frejat)
Neja
Nós dois (c/ Renato Piau)
O menino
O morro não engana (c/ Ricardo Augusto)
O playboy (c/ Mizinho) - Inédita
O sangue não nega (c/ Ricardo Augusto)
Objeto H
Onde andará
Onde o sol bate e se firma
Paixão
Papai do céu
Paquistão
Passarinho viu
Perdido
Poeta do morro (c/ Luiz Anuram e Ruizinho)
Pra aquietar
Pra quê?
Presente cotidiano
Pássaro sem ninho (c/ Ricardo Augusto)
Pérola negra
Que tal (c/ Torquato Neto - Inédita)
Que é que é isso?
Quero você perto de mim - Inédita
Questão de posse
Quizumba (c/ Cara Feia)
Replicante capiau (c/ Ricardo Augusto)
Retrato do artista quando coisa (sobre versos de Manoel de Barros)
Revivendo (c/ Perinho Santana)
Salve linda canção sem esperança
Segredo
Seja amar (c/ Ricardo Augusto)
Sem hora pra voltar
Sem trapaça (c/ Ricardo Augusto)
Sempre esperança (c/ Ricardo Augusto)
Sensações
Sigo e vou
So assumo só
Solando no tempo
Sonho real (c/ Renato Piau)
Sorri pra Bahia (c/ Cardan Dantas e Edil Pacheco)
Sub-anormal (c/ Ricardo Augusto)
Surra de chicote
(c/ Perinho Santana)
Um toque
Vale quanto pesa
Veleiro Azul (c/ Rubia Matos)
Vou com você
Zerima
Ébano
Ébano
Shows
2013 Luiz Melodia – Teatro Rival, Rio de Janeiro
2000 Acústico. Garden Hall, Rio de Janeiro.
1999 na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro (Rede Globo de Televisão), RJ.
Ao Vivo MTV. Canecão, RJ.
Estação Medlodia. Teatro Rival Petrobras, RJ.
Estação Melodia. Canecão, RJ.
Luiz Melodia. Teatro Rival BR, Rio de Janeiro.
Retrato do artista quando coisa. Teatro Rival BR, Rio de Janeiro.
Show "Acústico", de Luiz Melodia, com Renato Piau e Perinho Santana. Teatro Rival do Rio de Janeiro, RJ.
Show "Balaio do Sampaio" (c/ vários), roteiro e direção de Sergio Natureza. Hipódromo Up, RJ.
Show "Balaio do Sampaio", c/ participação de vários artistas da MPB, incluídos no CD homônimo. Teatro Rival, RJ.
Show "Guitarra brasileira", participação de Cássia Eller e Luiz Melodia. Teatro Rival, Rio de Janeiro, RJ.
2014 - Luiz Melodia - Zerima - Teatro Rival, Rio de Janeiro, RJ
Clips
Cara a cara MTV.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB – A História de Um Século. 2ª ed. Revista e ampliada, Rio de Janeiro: MEC/Funarte/Instituto Cultural Cravo Albin, 2012.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na Música Popular Brasileira: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014. 4ª ed. EAS Editora, 2020.

AMARAL, Euclides. Poesia Resumida – Poemas & Letras (Antologia Poética). Rio de Janeiro: Edição Casa 10 Comunicação, 2013. 2ª ed. EAS Editora, 2014.

AMARAL, Euclides. Quase Tudo: Poemas, Letras & Convidados. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2023.

CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

GALVÃO, Luiz. Novos Baianos – A história do grupo que mudou a MPB. São Paulo; Lazuli Editora, 2014.

JUÇÁ, Maria. Circo Voador – A Nave. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2014.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira – erudita, folclórica e popular. 2 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.

MATUS, Moduan. Histórias de Nova Iguaçu – Iguassú – Recortes de uma cronologia ilustrada de 510 anos. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2018.

MIGUEL, Antonio Carlos. GUIA DE MPB EM CD. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.

MOREIRA, Rodrigo. Eu quero é botar meu bloco na rua. Rio de Janeiro: Editora Muiraquitã, 1ª ed. 2000. 2ª Edição Revista e ampliada. Editora Muiraquitã, 2003.

NETO, Torquato. Torquato – Cancioneiro Torquateano – A Palavra Cantada – 1965/1972. Piauí: Halley Gráfica Editora e Fundação Quixote, 2007.

PIAU, Renato. Songbook Renato Piau Guitarra Brasileira. Rio de Janeiro: Booklink Publicações Ltda, 2002.

THOMPSON, Mario Luiz. Música Popular Brasileira (vol. 1 e 2). São Paulo: Editora Bem Te Vi, e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.

VAZ, Toninho. A Biografia de Torquato Neto. Curitiba, Paraná: Editora Nossa Cultura, 2013.

VAZ, Toninho. Meu nome é ébano – A vida e a obra de Luiz Melodia. São Paulo: Editora Tordesilhas, 2020.

VAZ, Toninho. Pra mim chega, a biografia de Torquato Neto. São Paulo: Editora Casa Amarela, 2003.

Crítica

Luiz Melodia é um dos formatadores da moderna MPB, isto é, da geração citada no livro “1973, o Ano que Reinventou a MPB”, que mapeou com excelência tal data, por sinal, quando foi lançado o seu primeiro disco, o emblemático “Pérola Negra”, no qual foram registradas algumas de suas composições mais conhecidas, tais como “Estácio, eu e você”, “Magrelinha”, “Estácio, holly Estácio”, “Vale quanto pesa” e “Farrapo humano”, além da faixa-título “Pérola negra”.

Com a sua polivalência perpetuou-se no cancioneiro popular através de suas composições e também de suas interpretações singulares para clássicos como “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha), “Negro gato” (Getúlio Cortes) e “Codinome beija-flor”, de Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves e transformando-os em quase seus, em uma apropriação pertinente a seu desempenho de cantor.

Outra característica, pouco comentada em sua obra, é o seu trato com a letra e a poesia nas composições. Ainda que o texto poético tenha, na maioria das vezes, cadência e ritmo próprios, com a música colocada (harmonia, melodia e ritmo) é gerado um terceiro produto – a composição em si – privilegiando e ressaltando os dois principais códigos da MPB: A letra e melodia. Depois, é incorporado o arranjo, e por fim, a interpretação, que leva o produto para outro lado, dependendo do timbre e afinação.

Ele era profícuo em versos para as próprias melodias e nos que produzia para violonistas como Renato Piau, Perinho Santana e Ricardo Augusto, assim como quando musicava letras e poesias, como nos casos de “Começar pelo recomeço” e “Que tal”, endereçadas a ele pelo poeta Torquato Neto, e ainda, “Retrato do artista quando coisa”, poema do amigo Manoel de Barros, que veio a nomear o seu CD do ano de 2001.

O Luiz Melodia foi mestre em gerar este terceiro produto, quando compunha (como letrista ou melodista) e na interpretação de outros autores, sendo este o seu legado à MPB.

Euclides Amaral (poeta-letrista e pesquisador de MPB)