Instrumentista (violonista). Compositor. Cantor.
Começou a tocar violão ainda menino, de forma intuitiva. Mais tarde, estudou violão erudito com o maestro uruguaio Isaías Savio, de cuja orquestra fez parte. Interpretando uma peça erudita de Francisco Tárrega, classificou-se em 3º lugar em um concurso de violonistas promovido pelo programa “Hora do guri”, de Tia Chiquinha (Rádio Tupi). Mudando-se para São Paulo, passou a se interessar pela música popular.
Iniciou sua carreira profissional em 1945, integrando, como violonista e vocalista, o Trio Campesino, com o qual se apresentou nos cassinos da Ilha Porchat (Santos) e de Icaraí (Niterói).
No ano seguinte, entrou para a Rádio Nacional, levado pelo também violonista Garoto, com quem tocava no programa “Clube da bossa” e através de quem se familiarizou com a harmonia da bossa nova.
De 1946 a 1952, integrou o conjunto Quitandinha Serenaders, juntamente com Luís Teles, Francisco Pacheco e Alberto Ruschell. Com a dissolução do grupo, iniciou sua carreira solo como violonista.
Em 1953, teve canções de sua autoria, como “Ranchinho de palha”, “Perdido de amor”, “Sem esse céu” e “Canção do vaqueiro”, gravadas por Dick Farney. Nessa altura já era amigo do então estreante Tom Jobim, com quem compôs algumas músicas.
Em 1956, foi o violonista da gravação da trilha sonora da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes, lançada em disco pela Odeon.
Excursionou com a cantora Mary Martin, em 1956 e 1959, pelos Estados Unidos, onde gravou LPs lançados pela etiqueta Atlantic, recebendo elogios da crítica especializada norte-americana.
Em 1962, participou do histórico Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall de Nova York.
De 1964 a 1966, morou nos Estados Unidos, apresentando-se ao lado da parceira Maria Helena Toledo, com quem foi casado.
Compôs músicas para os filmes “Chico Viola não morreu” (1955), dirigido por Román Vignoly Barreto, “Orfeu do Carnaval” (1959), dirigido por Marcel Camus, e “Os cafajestes” (1962), dirigido por Ruy Guerra.
Em 1966, participou do I Festival Internacional da Canção, classificando em 3º lugar sua canção “Dia das rosas” (c/ Maria Helena Toledo), interpretada por Maysa.
Participou das edições seguintes do mesmo festival, com suas composições “Vem comigo cantar” e “Amada canta”, também em parceria com Maria Helena Toledo.
No final da década de 1960, mudou-se para os Estados Unidos, onde, na década de 1970, atuou com Eumir Deodato, voltado para o repertório do jazz, gravando vários discos, com destaque para “Introspection” (1972), considerado um clássico do violão solo.
No final dos anos 1980, voltou a gravar no Brasil, continuando a lançar discos no mercado norte-americano.
Em 1997, Djavan gravou com sucesso sua música “Correnteza”, incluída na trilha sonora da novela “O rei do gado” (Rede Globo). Nesse mesmo ano, Ithamara Koorax lançou o CD “Almost in love – The Luiz Bonfá songbook”, no qual o violonista participou ao violão, tocando em 12 faixas de sua autoria, com destaque para a canção-título, única música brasileira gravada por Elvis Presley.
Constam também da relação dos intérpretes internacionais de suas músicas Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson, Tony Bennett e Julio Iglesias. Teve músicas gravadas por Nora Ney (“De cigarro em cigarro”), Angela Maria (“A chuva caiu”), Agostinho dos Santos (“Manhã de Carnaval”) e vários outros artistas brasileiros.
Entre suas composições mais conhecidas estão os clássicos “Manhã de Carnaval” e “Samba de Orfeu”, ambas com Antônio Maria, além de “A chuva caiu” (c/ Tom Jobim), “Correnteza”, “De cigarro em cigarro”, “The gentle rain”, “Menina flor”, “Mania de Maria” (c/ Maria Helena Toledo) e “Sem esse céu”. Faleceu em 2001, nos Estados Unidos, onde era considerado um músico de qualidade e prestígio.
Em março de 2023, foi feito um show em comemoração ao centenário do músico no Sesc Santana, em São Paulo (SP): “Luiz Bonfá 100 anos – Pra não Perder a Fantasia”. O evento foi idealizado e dirigido pelo produtor e curador do Acervo Violão Brasileiro, Alessandro Soares. Entre os músicos que se apresentaram estavam os violonistas Guinga, Marco Pereira, Conrado Paulino e Lucas Félix; no contrabaixo Zeca Assumpção, no clarinete Proveta, na percussão Luiz Guello e a cantora Lívia Nestrovski. No repertório foram incluídos sucessos como Manhã de Carnaval, Samba de Orfeu, Gentle Rain e Correnteza. Entre temas menos conhecidos, foram tocados “Deve Haver Alguém”, que é uma parceria de Bonfá e Vinícius de Moraes desaparecida que foi redescoberta.
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
(Entre 1945 e 1956:)
Reedição
TRilha Sonora Reedição
Reedição
(Coletâneas:) Luiz Bonfá e as raízes da bossa
(Entre 1958 e 1963:)
(Coletâneas:) Garoto e Luiz Bonfá
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
Luiz Bonfá & Maria Toledo
(Participação:)
(Entre 1958 e 1963:)
Com Stan Getz
(Entre 1958 e 1963:)
(Participação:)
(Brazil's King of Bossa Nova and Guitar)
(Entre 1958 e 1963:) Luiz Bonfá e Norma Suely
(Entre 1958 e 1963:)
Trilha sonora do filme Orfeu Negro, com Antônio Carlos Jobim
(Entre 1958 e 1963:) Fafá Lemos e Luiz Bonfá
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
(Entre 1958 e 1963:)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.