2.001
Nome Artístico
Luís Bittencourt
Nome verdadeiro
Luís Gonzaga Bittencourt
Data de nascimento
6/5/1915
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Violonista.

Filho do violonista Antonio Lourenço Bittencourt e de Laura Augusta Bittencourt. Estudou violão com o pai. De 1967 a 1975, exerceu cargos na Ordem dos Músicos do Brasil. Em 1961, passou a integrar a Orquestra Sinfônica Nacional.

Dados artísticos

Estreou no rádio em 1930, na antiga Educadora do Brasil, hoje Tamoio. Por essa época, atuou também no famoso programa da Philips “Horas do outro mundo”, de Renato Murce. Participou como violonista de várias orquestras e conjuntos, dentre os quais o Conjunto Regional RCA Victor, Conjunto Regional Guanabara, o Regional de Dante Santoro, de Benedito Lacerda e o de Rogério Guimarães. Participou, também, da Orquestra do Cassino da Urca e do Conjunto Chiquinho e seu ritmo. Atuou na Rádio Nacional durante muitos anos. Sua primeira composição gravada foi “Lua triste”, registrada em 1936 por Sílvio Caldas na Odeon. Trabalhou na Continental e Todamérica. Entre 1953 e 1961, atuou como diretor artístico na Sinter e na Philips, tendo sido também um dos mais destacados produtores da Musidisc e da Nilser. Como compositor, teve cerca de 130 músicas gravadas, dentre as quais “Nova ilusão”, com José Meneses, e o samba-canção “Aquelas palavras”, com Benny Wolkoff, ambos sucessos de 1948. Destacam-se ainda “A grande verdade”, com Marlene, “Se você não tem amor”, “Aquelas palavras”, e o bolero “Afinal”, uma parceria com Ismael Netto, sucesso no ano de 1951, gravado por Heleninha Costa na Sinter.

Em 1954, Albertinho Fortuna gravou a valsa “Ronda dos bairros”, parceria com Fernando Jacques na Continental. No mesmo ano, gravou com seus solistas a valsa “Vaya com Dios”, de Russel, Inez James e B. Pepper, o choro “De mansinho”, de Radamés Gnatalli, o vira “Êta! Viradinho bom…”, parceria com José Menezes e a valsa “Ronda dos bairros”. Ainda no mesmo período, acompanhou com seu conjunto as gravações da valsa “Faz um ano” por Maria Neide e Joel de Almeida, do baião “Dança gostosa”, por Maria Neide e do samba “Mais um samba popular” e o bolero “Não sei porque” por Ana Cristina. No ano seguinte, José Menezes e Seu Conjunto gravou o samba “Violão nagafieira”, parceria dos dois. Em 1957 compôs com Luiz de França o samba “Que Deus me castigue”, gravado por Neusa Maria e com Luiz Bandeira a marcha “Vamos saravá”, gravada por Humberto Martins. No mesmo ano, José Menezes gravou com seu quarteto, da parceria dos dois, o “Bolero napolitano”. Em 2003, teve o samba-canção “A grande verdade”, com Marlene regravado pela cantora Marion Duarte no CD “Fonte de energia”.

Discografias
1954 Sinter 78 Vaya com DioS/De masinho
1954 Sinter 78 Êta! Viradinho bom.../Ronda dos bairros
Obras
A grande verdade (c/ Marlene)
Afinal, bolero (c/ Ismael Netto)
Amoroso (c/ Garoto)
Aquelas palavras (c/ Benny Wolfoff)
Bolero napolitano (c/ José Menezes)
Lua triste (c/ Leonel Azevedo)
Nova ilusão (c/ José Meneses)
Panela no fogo (c/ Hélio Guerreiro)
Que Deus me castigue (c/ Luiz de França)
Ronda dos bairros (c/ Fernando Jacques)
Se você não tem amor (c/ Jairo Argileu)
Tudo Azul (c/ José Meneses)
Vamos saravá (c/ Luiz Bandeira)
Violão na gafieira (c/ José Menezes)
Êta! Viradinho bom... (c/ José Menezes)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.