
Instrumentista. Arranjador. Regente. Compositor.
Estudou com Carmen Strazzeri (piano) e João Sepe (teoria e harmonia), complementando sua formação com Osvaldo Lacerda e Hans Joachim Koellreutter. Estudou no Colégio Mackenzie. Considerado um dos grandes arranjadores de São Paulo.
Em 1949, iniciou a carreira artítstica atuando como pianista da orquestra da Rádio Tupi de São Paulo. Em seguida, passou a atuar como pianista da Orquestra de Zezinho, que se apresentava na TV Tupi de São Paulo. Em 1952, ainda na TV Tupi, começou a atuar como maestro. No mesmo ano, passou a fazer arranjos para orquestra na mesma emissora. Em 1954, acompanhou com sua orquestra na Sinter o cantor Léo Romano na gravação da valsa “Falsa mulher” e do bolero “Meu amor”. No mesmo ano, acompanhou Vilma Bentivegna na gravação da guaracha “Me “vo” a morir” e do samba canção “Chove”. Em 1955, gravou com Osmar Milani o LP “Encontro com a música – Luis Arruda Paes e Osmar Milani e Sua Orquestra”, da gravadora Odeon. Neste disco interpretou com sua orquestra as músicas “Le Grisby”, de Jean Wiener, e “Andalucia”, de Ernesto Lecuona, que contaram com a participação especial de Zezinho da TV no piston, ” Senhorita”, de Tito Madi, e ” Que É Amor”, de Júlio Nagib.
Em 1956, fez a trilha sonora para o filme “O sobrado”, de Walter George Durst. No mesmo ano, gravou com sua orquestra a fantasia “O sobrado”, de sua autoria e parte da trilha sonora do filme do mesmo nome. No outro lado desse disco, um 78 rpm, a cantora Heleninha Silveira interpretou a “Canção da esperança”, com Ribeiro Filho. Em 1957, gravou pela Odeon o LP, “Brasil – Dia e noite”, considerado um acontecimento no mundo fonográfico tanto sob o aspecto artístico como no comercial, sendo lançado também na Argentina, no México, nos Estados Unidos e no Japão. Neste LP foram incluídas as composições “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “Copacabana”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, “Samba Que Eu Quero Ver”, de Djalma Ferreira, “Maria”, de Ary Barroso e Luis Peixoto, “Caruaru”, de Belmiro Barrela, “Samba Fantástico”, de José Toledo, Jean Manzon, Leônidas Autuori e Paulo Mendes Campos, “Tico-Tico No Fubá”, de Zequinha de Abreu, “Alguém Como Tu”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, com a participação de Norma Avian, “A Voz do Morro”, de Zé Keti, “Risque”, de Ary Barroso, “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, e “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso. Ainda em 1957, acompanhou com sua orquestra a cantora Isarinha Garcia na gravação do LP “A Personalíssima”, da Odeon, o primeiro LP da cantora. Também em 1957, acompanhou a cantora Neide Fraga nas faixas “Um Milhão De Estrelas”, de Júlio Nagib e Bernardo Cascarelli Jr., o Xixa, “Bangalô de Chocolate”, de Macedo Guedes e Miranda Alves, “Fica Bonzinho”, de Denis Brean e Blota Júnior, e “A Dança Do Beijo (La Danse Du Baiser)”, de Michel Legrand e Eddie Barclay, versão de Juraci Mendes, no LP “Um Milhão de Estrelas” gravado por ela pela Odeon.
Em 1958, recebeu o Disco de Ouro, prêmio oferecido pela gravadora Odeon. No mesmo ano, gravou com sua orquestra as fantasias “Ternura”, “Edy Concerto” e “Sonho desfeito”, de Salatiel Coelho e Vilma Camargo e “Romance de amor”, adaptação de Marc Langean. Em 1959, lançou em 78 rpm “Nossa bandeira”, de sua parceria com Guilherme de Almeida e “Paris Belfort”, de Antônio Farigoul e Guilherme de Almeida. Ainda no mesmo ano, lançou com sua orquestra e coro o fox “Mulher”, de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, o fox canção “Nada além”, de Custódio Mesquita e Mário Lago e o samba canção “Eu sei que vou te amar”, de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Também no mesmo ano, lançou o LP “Piano romântico – Luis Arruda Paes, seu piano e sua orquestra” no qual foram interpretadas as músicas “Laura”, de J. Mercer e David Raskin; “Foi a noite”, de Tom Jobim e Newton Mendonça; “Concerto de outono”, de C. Bargoni e Danpa; “Till”, de Sigman e Danvers; “A canção da esperança”, de sua autoria e Ribeiro Filho; “E troppo tardi”, de W. Coll; “Conselho”, de Denis Brean e Osvaldo Guilherme; “Veneno”, de Poly e Henrique Lobo; “My funny Valentine” e “Bewitched”, de R. Rogers e L. Hart; “You go to my head”, de H. Gillespie e J. F. Coots, e “Além”, de Edson Borges e Sidney Morais. Em 1960, gravou o LP “Brasil moreno”. Em 1961, gravou com sua orquestra e coro as músicas “I love Paris”, de Cole Porter, e “Calcutá”, de Heino Gaze. No mesmo ano, lançou o LP “Itália eterna”. Em 1962, acompanhou com sua orquestra e coro as gravações de Zezinho da TV no trompete nos fox “Noites de Moscou” e “Love letters”, pela RCA Victor.
Em 1963, lançou o LP “Brasil é samba”. Por essa época, passou a dirigir uma orquestra com 30 componentes da qual fazia parte também o conjunto vocal “Os Modernistas”.
Em 1966, gravou o LP “Brasil, dia e noite, vol. 2”, lançado nos Estados Unidos sob o título de “Dawn is approaching”, com destaque para “A banda”, “Sonho de um carnaval” e “olá olá”, de Chico Buarque. Permaneceu na TV Tupi como maestro e arranjador até 1980. A partir desse ano, transferiu-se para Praia Grande (SP), atuando como autônomo. Participou, como arranjador e regente, da Jazz Sinfônica de São Paulo, de 1989 a 1992. Assinou arranjos para gravações de vários artistas. Foi orientador de diversos maestros entre os quais, Chiquinho de Moraes e José Briamonte. Foi premiado sete vezes com o troféu Roquette Pinto, da TV Record (SP). Em 1997, o arranjo que fez para a música “Calendário Lunar”, de Klébi Nori e Silvana Stiévano, foi utilizado pela cantora Vânia Bastos, no LP “Diversões não eletrônicas” lançado por ela pela gravadora Velas.
Com sua orquestra
Com sua orquestra e coro
Com sua orquestra e coro
Com sua orquestra
Com sua orquestra
Com sua orquestra
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.