
Cantor. Poeta. Letrista. Escritor. Ator.
Nasceu no Morro da Babilônia, no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde seu pai, Adolpho Gomes da Silva, foi o fundador e presidente do Rancho Carnavalesco Índios do Leme.
Em 1950 a família mudou-se para Mesquita, município da Baixada Fluminense, onde passou a infância.
Em 1958 passou a integrar o Grêmio Brasileiro de Trovadores. Através do qual participou de diversos encontros e jogos florais.
Trabalhou como funcionário público no Ministério do Planejamento.
Seu pseudônimo “Daoca” foi extraído da sigla OCA (Oficina de Criatividade da APAE do Rio de Janeiro), da qual foi um dos fundadores e onde trabalhou como Arte-Educador na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, no cargo de Chefe de Oficina Protegida.
A convite da APAE-Rio participou como palestrante do “II Seminário Nilopolitano de Educação Especial”, ministrando a palestra “Acreditando na Arte Eduacional”.
Fez estágio na “Oficina de Criatividade de Stten”, na Alemanha.
Colaborou com o livro “Trovadores do Brasil”, coletânea organizada pelo poeta Aparício Fernandes, sendo sócio do Grêmio Brasileiro do Trovador, com trova premiada com o “Troféu O Globo”. Teve trabalho premiado no “1º Jogos Florais de Bragança Paulista”.
Como ator, a convite de Augusto Rodrigues, participou do “Teatro de Bonecos – Escolinha Arte do Brasil”.
No ano de 1998 lançou, na “Bienal do Livro do Rio de Janeiro”, o livro “Alfredina a minhoca boboca”, com ilustrações dos participantes da Oficina de Criação APAE.
Em 2002 lançou o livro de contos “Esses excepcionais são mesmo excepcionais”, do qual destacamos um trecho da apresentação feita pelo poeta Sérgio Fonseca:
“Toda regra, dizem, tem exceção. E os excepcionais não fogem a isso: são criativos por excelência. Sob esse prisma, o da abertura dos limites da criação, o livro de Luciano Daoca é instigante – o que, por si só, vale uma reflexão. E, nesse caso, e exceção é regra.”
O livro, segundo o historiador e poeta Moduan Matus, no volume “Histórias de Nova Iguaçu – Iguassú – Recortes de uma cronologia ilustrada de 510 anos”, foi lançado no Rei dos Galetos, na Praça da Liberdade, em Nova Iguaçu.
Em 2017 lançou o livro de contos “Criando casos e fazendo história”, com prefácio do escritor Eleazar Diniz, do qual destacamos o seguinte trecho:
“Conto ou crônica? Deixando de lado essas digressões teóricas, os textos de Luciano convidam à leitura, tal a ausência de rebuscamento, a linguagem fluida, espontânea, com um toque de humor verdadeiramente popular.”
No ano de 1972 passou a integrar a Ala de Compositores do G.R.E.S. Beija-Flor.
Em 1976 teve gravada a sua composição “Jogo de amarelinha” (c/ Savinho), registrada no LP “Eu e meu pandeiro” (gravadora CBS), de Jorginho do Império. No ano seguinte, em 1977, a Escola de Samba Beija-Flor tornou-se a bi-campeã do Grupo 1 com o seu samba-enredo “Vovó e o Rei da Sartunália na Corte Egípcia”, em parceria com Savinho. Dois anos depois, em 1979, a escola voltaria a desfilar com outro samba-enredo de sua autoria, desta vez com “O Paraíso da Loucura” (c/ Savinho e Walter de Oliveira) com o qual a escola classificou-se em 2º lugar no desfile do Grupo 1, tendo como carnavalesco, em ambos os desfiles, Joãosinho Trinta. Nesta época, assinava com o pseudônimo Luciano da Beija-Flor.
Em 2006, no CD “Semente do samba” (gravadora CID), de Wilsinho Saravá, foi incluída sua composição “Revés”, em parceria com o multi-instrumentista Marcelo Menezes.
Entre seus parceiros musicais constam os melodistas Marcelo Menezes e Wilsinho Saravá, além do poeta Sérgio Fonseca, com quem dividiu a autoria da letra do samba “Dilamar”, com melodia de Vidal Assis.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.
FONSECA, Sergio. Canto Baixo. Rio de Janeiro: Editora Alarido, 1999.
FONSECA, Sergio. Dois dedos de prosa e um de poesia. Mesquita, Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2012.
MATUS, Moduan. Histórias de Nova Iguaçu – Iguassú – Recortes de uma cronologia ilustrada de 510 anos. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2018.