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Nome Artístico
Luciano Alves
Nome verdadeiro
Luciano Alves Pereira
Data de nascimento
10/1/1956
Local de nascimento
Minas Gerais
Dados biográficos

Instrumentista (pianista e tecladista). Compositor. Arranjador. Professor de informática na música.

Aos sete anos de idade começou seus estudos de música e piano clássico.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira artística aos 13 anos de idade, como tecladista e diretor musical de diversas peças teatrais.

Dois anos depois, começou a utilizar sintetizadores, aprofundando seus conhecimentos através de cursos de eletrônica (no qual se graduou como técnico), eletroacústica e computação.

Em 1976, atuou com o conjunto Os Mutantes, com o qual gravou o LP “Mutantes ao vivo” e excursionou pelo Brasil e Itália.

No ano seguinte, residiu em Milão, onde escreveu seus primeiros arranjos e participou de gravações com diversos artistas europeus.

Em 1978, voltou ao Brasil, passando a integrar a banda de Pepeu Gomes, com quem se apresentou, na década de 1980, em três edições do Festival de Jazz de Montreux (Suíça), além de ter atuado como arranjador e tecladista em vários discos do guitarrista, de quem é parceiro nas músicas “Arco-íris”, “Receita para sambar”, “120 watts” e “Cartagena”.

A partir dessa época, começou a atuar, como tecladista, arranjador ou programador, em discos de Moraes Moreira, Caetano Veloso, Evandro Mesquita, Alcione, Erasmo Carlos, Belchior, Kleiton e Kledir, Léo Jaime e Lulu Santos, entre outros.

Em 1983 participou, como diretor musical e tecladista, do espetáculo “Coração Brasileiro”, de Elba Ramalho, apresentado no Brasil, Portugal e Israel.

Na área erudita, apresentou-se como solista em concertos com a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, executando a “Nona sinfonia”, de Ludwig von Beethoven, e “Assim falou Zaratustra”, de Richard Strauss, na Praça da Apoteose (RJ), e o “Bolero”, de Maurice Ravel, na Quinta da Boa Vista (RJ), sob regência do maestro Isaac Karabtchevsky.

Em 1985, iniciou sua carreira solo, apresentando-se, no Brasil e no exterior, em festivais, casas de espetáculo, universidades, instituições culturais e programas de televisão.

Compôs e gravou vários temas de abertura e trilhas sonoras de programas da TV Globo, TV Bandeirantes, TV Manchete e TV Educativa.

Criou e executou a trilha sonora de “Alucinação arte abstrata”, média-metragem em vídeo de Ricardo Nauemberg, pela qual foi contemplado, em 1989, com o Prêmio Leonardo Da Vinci, em Milão (Itália). Ainda nesse ano, lançou seu primeiro disco solo, “Quartzo”. Também em 1989, participou do ciclo de estudos “História do jazz”, realizado no Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói, proferindo conferência sobre o tema: Eletrônica no Jazz. Nesse mesmo ano, começou a ministrar cursos práticos e teóricos sobre informática, música e multimídia em instituições como Centro Musical Antônio Adolfo, Musikvidenskabelit Institut (Dinamarca), Feira de Informática Sucesu, Teatro Municipal de Niterói e Feira de Informática Infopuc.

A partir de 1990, passou a escrever matérias e análises sobre programas e instrumentos musicais para diversas publicações, como a revista “Byte Brasil”, o “Caderno de informática” do jornal “O Globo” e a revista “Música e tecnologia”, entre outras.

Em 1991, apresentou-se, com o percussionista Marcelo Salazar, em diversas cidades dinamarquesas como Copenhague, Odense e Århus, divulgando os ritmos afro-brasileiros e o seu disco “Quartzo”. Nessa ocasião, foi convidado para ministrar cursos sobre música brasileira e informática em diversas universidades.

Lançou, em 1993, o CD “Baobá”, registrando onze músicas instrumentais, das quais dez são de sua autoria. O disco contou com a participação de Sérgio Dias (guitarra), Raul Mascarenhas e José Carlos (sax), Don Chacal (percussão), Beto Saroldi (sax midi) e Guilherme Dias Gomes (flugel horn), entre outros. Pelos arranjos desenvolvidos neste CD, foi finalista do VII Prêmio Sharp de Música. Ainda em 1993, lançou, pela Editora Gryphus/Forense, seu primeiro livro de música, o “Dicionário de acordes para piano e teclados”, que representou a editora na Feira Internacional do Livro em Frankfurt. Ministrou “workshops” na Celtec sobre a utilização da informática na música e sobre a produção do “Dicionário de acordes para piano e teclados”.

Em 1996, gravou o CD acústico “Mosaico”, em que homenageou dez estados brasileiros com composições próprias. O disco contou com a participação de Paulo Moura (clarinete), Celso Woltzenlogel (flauta), Marcos Suzano (percussão) e Osvaldinho do Acordeon, entre outros. Realizou show de lançamento do disco no Rio Jazz Club (RJ). Também em 1996, foi lançada, pela Irmãos Vitale Editores, a segunda edição de seu livro Dicionário de acordes para piano e teclados.

No ano seguinte, foi lançado internacionalmente, pela Sonoton Records, o CD “Brasil Today – Luciano Alves”, contendo cinqüenta trilhas sonoras de sua autoria, com temática brasileira.

Em 1998, publicou seu segundo método de música, Escalas para improvisação, pela Irmãos Vitale Editores. Ainda nesse ano, retomou seu estudo de piano clássico.

Em 1999, assinou a organização e a revisão do livro “Exercícios de técnica para piano” (Editora Irmãos Vitale), de Ondine de Mello, em que escreveu, organizou e ampliou cerca de 1.000 exercícios desenvolvidos pela professora. Desde 1999, vem realizando shows e recitais com teclados ou piano acústico, interpretando suas composições, choros e música erudita. Implantou, nesse ano, sua página na Internet, http://www.digiweb/~lalves.

Produziu, para diferentes editoras, os seguintes livros, métodos, partituras avulsas e songbooks: “A Inúbia do Caboclinho (para flauta e piano) – Guerra-Peixe”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Axé music – coletânea” (Irmãos Vitale); “Bateria em todos os níveis – método de bateria de Rui Motta” (Bruno Quaino Editores); “Chorinhos didáticos – coletânea de Altamiro Carrilho” (Bruno Quaino Editores); “Clássicos da bossa-nova – coletânea com arranjos de Cristine Prado” (Irmãos Vitale), “Curso de bateria – método de bateria de Rui Motta”, em 3 volumes com CDs (Irmãos Vitale); “Fantasia sobre um tema romântico (Piano e Orquestra) – Carlos Cruz”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Harmonia prática da bossa-nova – método de Carlos Lyra”, com CD (Irmãos Vitale); “Método completo de guitarra – Gaetano Kay Galifi” (Irmãos Vitale); “Método para teclados – de Mario Mascarenhas”, em 3 volumes (Irmãos Vitale); “Meu primeiro teclado – método de Cristine Prado” (Irmãos Vitale); “Música brasileira para conjunto de flauta – coletânea”, em 2 volumes (Irmãos Vitale); “Música brasileira para contrabaixo – método de Adriano Giffoni”, com CD (Irmãos Vitale); “Sonata T. 5 para flauta e piano – Brenno Blauth”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Sonata para piano – Camargo Guarnieri”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Sonatina para flauta e piano – Camargo Guarnieri”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Sonatina em ré maior para flauta e piano – Radamés Gnattali”, partitura avulsa (Irmãos Vitale); “Suíte infantil para piano – Francisco Mignone”, part. avulsa (Irmãos Vitale); “O melhor de 14 BIS – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Alceu Valença – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Barão Vermelho – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Beto Guedes – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Edson Frederico – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Elis Regina – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Flávio Venturini – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Garganta Profunda – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Gonzaguinha – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Leo Gandelman – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Martinho da Vila – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Mutantes – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Pepeu Gomes – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Roberto Carlos – songbook” em 2 volumes (Irmãos Vitale); “O melhor de Roberto Menescal – songbook” (Irmãos Vitale); “O melhor de Victor Biglione – songbook” (Irmãos Vitale); “Rock Book Raul Seixas – Songbook” (Editora Gryphus); “Rock – O Primeiro Passo – método de bateria de Albino Infantozzih” (Irmãos Vitale); “Samba for All – método de percussão com CD de Marcelo Salazar” (Irmãos Vitale); “Song Boca – Songbook Boca Livre” (Velas) e “The Police – Songbook” (Irmãos Vitale).

Em 2002, lançou o livro “Fazendo música no computador” (Editora Campus), sobre técnicas de seqüenciamento, gravação digital, produção e notação musical com indicações de softwares e equipamentos para instrumentistas, compositores, arranjadores, operadores de som e produtores de música popular e erudita.

Em 2003, inaugurou, no Rio de Janeiro, o Centro de Tecnologia Musical Luciano Alves, funcionando como escola, estúdio e produtora, onde os alunos aprendem a planejar, tocar, gravar, mixar e editar os próprios trabalhos.

Publicou , em 2005, os livros “Teoria Musical – Licões Essenciais” e “Exercícios para Piano e Teclados”, ambos pela Editora Irmãos Vitale.

Lançou, em 2009, o CD “Luciano Alves interpreta Ernesto Nazareth”, contendo as seguintes faixas: “Odeon”, “Brejeiro”, “Apanhei-te cavaquinho”, “Coração que sente”, “Escorregando”, “Escovando”, “Fon-Fon”, “Eponina”, “Cavaquinho por que choras?”, “Sustenta a nota”, “Favorito” e “Pipocando”.

Em 2011, lançou, em parceria com Bettina Graziani, o CD “Só o que a gente gosta”, interpretando clássicos do jazz, blues e MPB com arranjos inéditos. Ao lado da cantora, fez shows com o repertório do disco em vários espaços, como Teatro Municipal de Niterói, Teatros do SESC, Lapinha, Centro de Referência da Música Carioca, Espaço Rio Carioca, Jazz Village e Terra da Luz Jazz Club.

Discografias
2011 Só o que a gente gosta (Luciano Alves e Bettina Graziani) - Fina Flor - CD
2009 Biscoito Fino CD Luciano Alves interpreta Ernesto Nazareth
1997 Sonoton Records CD Brasil today-Luciano Alves
1996 Velas CD Mosaico
1993 Perfil Musical CD Baobá
1989 Gravadora Retoque CD Quartzo
Obras
120 watts (c/ Pepeu Gomes)
Amazonas
Ana
Arco-íris (c/ Pepeu Gomes)
Bahia
Baobá
Capricórnio
Cartagena (c/ Pepeu Gomes)
Ceará
Dá um break
Insônia
Luzes no Terceiro Mundo
Maracasamba
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Paraíba
Pas de deux
Pernambuco
Piano blues
Piauí
Preamar
Receita para sambar (c/ Pepeu Gomes)
Replantar
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro a janeiro
Réveillon
Sweet Temptation
Swingmania
São Paulo
Vôo da garça
Vôo livre
Vôo livre
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014. 4ª ed. EAS Editora, 2020.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.