Cantor. Compositor.
Filho de produtor de discos e shows e ex-coordenador de produção e diretor artístico da Philips entre 1975 e 1981.
Sobrinho do compositor e cantor Tom Zé.
Desde pequeno conviveu com vários artistas do cenário nacional, devido aos contatos musicais de seu pai.
Radicou-se no Rio de Janeiro em meados da década de 1990.
Em 1993, foi morar na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Como flautista, trabalhou com o compositor baiano Gerônimo, até que Caetano Veloso e Gilberto Gil, o chamaram para participar da gravação de “Baião atemporal” no disco “Tropicália 2”, em 1993. Logo depois, entrou para a banda Unplugged MTV, de Gilberto Gil.
Ainda na década de 1990, Marisa Monte e Daniela Mercury gravaram algumas composições de sua autoria.
No ano 2000, lançou pela Natasha Records seu primeiro disco, “Eletro bem Dodô”, bem aceito pela crítica especializada, ganhando destaque nos jornais Folha de São Paulo, O Globo e O Dia.
Em 2002 o disco foi indicado pelo jornal “New York Times” como um dos dez discos independentes daquele ano e logo depois foi lançado no Japão.
No ano de 2003, ao lado do grupo Cabeça, fez o penúltimo show do “Projeto Humaitá pra peixe – Piracema, O movimento dos peixes contra a maré na época da desova”, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro e em parceria com Plínio Gomes “Profeta”, montou o evento “Superestéro”, no qual receberam os convidados Xis (Rapper) René (Rapper cubano) e David Moraes (guitarrista filho de Moraes Moreira). Neste mesmo ano lançou o CD “Parada de Lucas”. O CD foi inspirado na obra do geógrafo e sociólogo baiano Milton Santos (autor de Pobreza urbana e Pensando o espaço do homem, entre outros livros). Neste disco incluiu “Quando você e eu”, “Tática de machine”, “Reggae party” (Bob Marley e Lee Perry), “Teclado Cássio vulgar” (c/ Quito Ribeiro), “Cigarro Colomy” (Gerônimo e Dito), “Lycra limão” (c/ Quito Ribeiro), esta composição integrou a trilha sonora do filme “Deus é brasileiro”, “Eu @ com você” e “Samba cubano”, em parceria com Plínio Profeta, também produtor do disco.
No ano de 2006 lançou o “3 sessions in a greenhouse” por seu Selo Digionois. Produzido por Buguinha Dub (técnico de som do grupo Nação Zumbi) e pelo próprio Lucas Santtana o disco contou com várias participações especiais, entre as quais a de Tom Zé (tio de Lucas) na faixa “Ogodô ano 2000”, de autoria de Tom Zé. Também foram incluídas no trabalho outras composições de Lucas Santtana, entre elas “Pela orla dos velhos tempos”. O show de lançamento, com o cantor acompanhado pela banda Seleção Natural, aconteceu no Teatro Odisséia (na Lapa), dentro da “Festa Ronca Ronca”, um dos principais eventos de música no Rio de Janeiro.
Em 2007, ao lado da banda paulista Hurtmold e a da banda inglesa Magic Numbers, participou do “Festival Indie Rock”, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Na ocasião foi acompanhado pela banda Seleção Natural.
Em 2009 lançou o CD “Sem nostalgia”, que contou com a participação de Curumim, da banda Do Amor, entre outros.
Em 2012 lançou o CD “O Deus que devasta mas também cura”, com a participação de artistas como Céu, Curumin, Kassin, Gustavo Ruiz, Gui Amabis e Guizado, entre outros. A música título contou com a regência do maestro Letieres Leite e participação da Orkestra Rumpilezz. O disco também incluiu a faixa “Dia de furar onda no mar”, uma parceria sua com seu filho Josué Santtana.
Gravou “Amor, meu grande amor” (Ângela Ro Ro e Ana Terra), para o CD “Coitadinha Bem Feito – As canções de Ângela Ro Ro”.
Em 2013 relançou em formato de LP o disco “O Deus que devasta mas também cura”, com adesão das músicas “Tanto faz para o amor” (Lucas Santtana e Quito Ribeiro) e “Now no one has anything” (Lucas Santtana). Apresentou o show de lançamento no teatro da Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, acompanhado dos músicos Bruno Buarque (MPC, bateria e efeitos) e Caetano Malta (guitarra e baixo).
Em 2014 disponibilizou em seu canal no portal SoundCloud a música “Partículas de amor”, de sua autoria, gravada com a participação de Bi Ribeiro (baixo), Bruno Buarque (MPC) e Luis Filipe de Lima (violão de sete cordas). Nesse mesmo ano lançou, pelo selo Diginois, o CD “Sobre noites e dias”, com músicas autorais dentre as quais “Alguém assopra ela”, com participação do maestro Letieres Leite; “Human time”, com participação da atriz francesa Fanny Ardant; “Diário de uma bicicleta”, com participação do rapper fluminense De Leve.
Tem várias composições gravadas por artistas como Fernanda Abreu, Marisa Monte, Céu, Daniela Mercury, Kátia B, Cris Braun.
Em 2017 lançou álbum multimídia “Modo avião”, viabilizado pelo projeto Natura Musical, em que uniu a trama escrita em parceria com João Paulo Cuenca às músicas inéditas e autorais do CD, lançado juntamente com o livro, com ilustrações de Rafael Coutinho.
Em parceria com Fabio Pinczowski produziu a trilha sonora do filme “Alguma coisa assim” (2017), dirigido por Esmir Filho e Mariana Bastos. Em 2018 a trilha foi disponibilizada nas plataformas de áudio na internet.
Em 2019 lançou o CD “O céu é velho há muito tempo”, com 10 faixas autorais e participações especiais de Jaloo, Juçara Marçal e Linn da Quebrada em “Ninguém solta a mão de ninguém”, Duda Beat em “Meu primeiro amor”.
Em 2020 regravou a música “A jangada voltou só”, de Dorival Caymmi, para o documentário “Dorivando Saravá – O preto que virou mar”. Nesse mesmo ano relançou, em edição comemorativa de 20 anos, seu primeiro CD “Eletro Bem Dodô”, remixado e remasterizado pelo produtor Chico Neves.
Em 2021 relançou o álbum “3 Sessions in a Greenhouse”, que gravou com a banda Seleção Natural no ano de 2006.
Em 2023 lançou, pelo selo francês No Format!, o CD “O paraíso”, com oito faixas inéditas e autorais e as regravações de “Errare humanum est” (Jorge Bem Jor) e “The fool on the hill” (John Lennon e Paul McCartney). O álbum contou com as participações especiais de Flavia Coelho em “Muita pose, pouca yoga” e Flore Benguigui em “The fool on the hill”.
(com a banda Seleção Natural)
(com Fabio Pinczowski)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.