Cantora. Compositora. Violonista.
Filha e neta de músicos imigrantes italianos. O pai era saxofonista da Orquestra de Simonetti e o avô era maestro.
Em 1974, trabalhou como desenhista gráfica. Em 1978, mudou-se para Roma. Em 1985, ganhou uma bolsa de estudos para cursar a Berklee School of Music de Boston, acompanhada do prêmio Sara Vaughan. Teve aulas de técnica vocal com Eva Plüer , na Alemanha, em 1993, e com Márcia Taborda, no Brasil, a partir de 2000.
Fez sua primeira apresentação (voz e violão) na praça Campo di Fiori, em Roma, adotando, até 1986, o nome artístico de Lua Branca.
Em 1981, atuou no Sedano Allegro, em Treviso, abrindo shows para grandes artistas, como Sun Ra, Paul Bley e o Art Ensemble of Chicago. Nessa época, tocou em piano-bares e formou uma banda de jazz.
No ano seguinte, fez o primeiro show de jazz, no clube Blue Moon, ao lado dos Irmãos Tonolo.
Em 1984, trabalhou como diretora de cruzeiro do navio Oriente Express, fazendo viagens entre Veneza, Grécia e Turquia. Nesse mesmo ano, partiu em turnê de cinco meses, como cantora, no navio Achille Lauro. O navio ficou ancorado durante um mês, para a Americas Cup Louis Vuitton, em Western, na Australia, onde foi convidada pela cantora de jazz Helen Matthews para se apresentar nos clubes de Perth e Fremantle.
Em 1990, mudou-se para Colônia, na Alemanha. O primeiro show nesse país foi em duo com o guitarrista Paul Shigihara. Viajou pela Europa com a Lica Cecato & Band, com variadas formações, convidando renomados instrumentistas, como Paul Shigihara, Michael Heupel, Martin Wind, Claudio Puntin, Hubert Nuss, Charlie Mariano, Mario Andragona, Luizão Paiva, Carlo Morena, Michele Stillo, Martin Wind, Mark Walker, Stefano Scutari, Marco Ponchirolli, Paulo Bellinati, Massimo Manzi, Jeff Hamilton, John Golsby e Martin Gjakonowski, entre outros.
Em 1992, lançou seu primeiro disco “Our Favorite Songs”, em duo com Stefano Scutari.
Participou, em 1994, do CD “Music of the World”, comemorativo ao 50º aniversário das Nações Unidas, com duas canções. Na Alemanha, integrou o elenco da peça “Rocky Horror Show”, com direção de Wally Bockmeyer, em cartaz durante 10 meses no Kaiserhof Theatre.
No ano seguinte, apresentou-se no Stadtgarten, em Colônia. Realizou ainda a produção musical “Blue Tom”, em homenagem a Tom Jobim, na Deutsche Welle, com Peter Weniger, Hubert Nuss, Hans Braber, Martin Wind.
Entre 1996 e 1998, apresentou-se em diversos espaços, como Schmuck-Kästchen, Chin’s, Jazz Brunch Oberhausen, e nos festivais Düsseldorf-Brussels Jazz Rally e Kultursommer Nordhessen, na Alemanha.
Em 1999, atuou, em Portugal, no IV Ciclo de Jazz da Guarda, com Carlo Morenae Quarteto, e também nos festivais de Cascais e de Coimbra, no Teatro Acadêmico Gil Vicente e no Acert Tondella. Fez show solo no Porto, no espaço Anik-Bobó. Atuou no Festival de Jazz de Pescara, na Itália. Participou, como artista convidada, do CD “Voices”, produzido em comemoração dos dez anos do clube de jazz Statgarden de Colônia, como artista convidada.
Em 2000, fez seu primeiro show solo no Brasil, no Mistura Fina (RJ), registrando o lançamento de seu segundo CD, “Pele”, gravado na Alemanha. O espetáculo contou com a participação de Celso Pixinga, José Lourenço, Ale Cecato, Renato Massa e Jesse Sadoc. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Stadtgarten, em Colônia, com a Lica Cecato & Band. O show teve a presença de Charlie Mariano, Paul Shigihara, Carlo Morena, Dave King e Bert Smag.
Em 2001, lançou seu terceiro disco “Constelário”, com apresentações no Museu do Açude e no Mistura Fina (RJ) e também no Teatro Crowne Plaza e na Fnac (SP). Fez ainda shows nas casas Bastidores e Hipódromo Up (RJ). Ao lado da compositora eletroacústica Vania Dantas Leite, da escultora Iole de Freitas e da bailarina e coreógrafa Gisela Maria Moreau, apresentou, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o espetáculo multimídia “Caleidocosmos”, que uniu expressão corporal, grafismos visuais, música de vanguarda e poesia concreta. Nesse evento, interpretou poemas de Augusto e Haroldo de Campos relacionados à arte contemporânea. Fez shows solo no Apricot Hall e no Kamata, em Tokyo, e no Blue Club, em Minami-Aoyama. Apresentou-se em duo com o violonista Romero Lubambo em Hamburgo-Marken Huus-Bendestorf, Colônia-Stadtgarten, na Alemanha, e também no Lisboa- Hot Clube, em Portugal, no Unchal- Vespas, em Madeira, e no Centro Cultural de Belém.
Em 2002, lançou, no Japão, o CD “Balan-Balancing New Bossa”. Apresentou-se, em São Paulo, junto à Fundação Japão, no “Tokyo Concert in Sampa”, e também no Café Piu Piu e no Supremo Musical. Fez shows nos espaços cariocas Rio Scenarium, Espaço Cultural Sergio Porto e Bastidores. Participou, em Florianópolis, do Festival Summer Itapema, no Latitude 27. Ainda nesse ano, fez nova apresentação no Stadtgarten, em Colônia, e teve seu CD “Constelário” indicado para o Grammy Latino, na categoria MPB.
Em 2003, lançou, com Romero Lubambo, o CD “Lica Cecato & Romero Lubambo, Live in Europe”. Atuou na Daros Latin America, em Zurique, com a participação do flautista Michael Heupel, o guitarrista Paul Shigihara e o baterista Mark Walker. Apresentou-se no Brunch Cultural do Museu do Açude e na Modern Sound (RJ), com a participação do DJ Dodô, e também na Fnac e no Mistura Fina (RJ), no Brasil, e no Stadtgarten, em Colônia. Participou, no Teatro da PUC, em São Paulo, do evento “Galáxia Haroldo” (TV Cultura), uma homenagem a Haroldo de Campos.
Em 2004, apresentou-se no Sesc (SP) e no Centro Cultural da Justiça Federal (RJ), com a participação de Blas Rivera. Participou do Writer’s Festival, em Darebin, Melbourne, Austrália, com o projeto de poesia “Project Z”, realizado em vários idiomas. Lançou no Japão o CD “Pimenta rosa”, contendo suas canções “Chuva tropical”, “Estrela de papel”, “Íntima”, “Via da ilusão” e “Prarrasar”, todas com José Lourenço, “Filme”, “Há mais de uma semana”, “Bem demais” e “Quero ar”, todas com Junior Aguiar, “Hoje/Today”, “Beijo” e “Passa”. O disco contou com a participação dos músicos Paulo Calazans (piano), Heitor TP (guitarra), Carlos Balla (bateria) e Romero Lubambo (violão).
Em 2005, apresentou “Project Z”, com os músicos Michael Heupel e Paul Shigihara, o poeta greco-australiano TT.O e a artista Sandy Caldow, na inauguração do D’s Garden, em Bangkok, Tailândia. “Project Z” foi registrado no CD “Going Down Swinging”. Nesse mesmo ano, lançou, no Brasil, o CD “Pimenta rosa”.